O Aleph

O Aleph Paulo Coelho




Resenhas - O Aleph


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Dan 12/10/2010

O Aleph

Minha opinião:
Adorei o livro.
Faz-nos refletir sobre nosso destino.
Creio que todos já tivemos sonhos intrigantes, e lugares que sentimos que já conhecíamos, mesmo sendo a primeira vez que os visitamos.
O Aleph é muito interessante e recomendo.
Leiam! Vocês irão adorar, espero que gostem da resenha.

Viagem com O Aleph
Resenha:

O Aleph
Início...
Paulo sente-se infeliz.
J. explica que já é hora de mudar, sair, reconquistar seu reino. A rotina o está consumindo e consequentemente o deixando infeliz.
Paulo questiona dizendo que não é a rotina, só está infeliz.
J. fala que isso é exatamente rotina.

Paulo está prestes a jantar com os editores russos. Toma café enquanto aguarda a hora do jantar. Mônica, sua agente e melhor amiga senta-se ao seu lado e conversam um pouco.
Quando ia contar a Mônica sua conversa com J., entram no café as duas editoras da Bulgária. Muitos dos participantes da Feira do livro estão hospedados no mesmo hotel.
Conversam um pouco e logo vem a pergunta protocolar: “Quando irá visitar de novo nosso país?“. Paulo diz que se conseguirem organizar a viagem, sema que vem.
As duas o olham incrédulas.
Chega outro editor, este da Espanha, e faz a mesma pergunta. Paulo responde que daqui a duas semanas, após a visita a Bulgária.
“Comprometa-se”, dissera J.
Paulo cumprimenta os editores da Feira e vai aceitando os convites a medida que repetem a pergunta.
Logo, o editor da Rússia faz a pergunta de praxe e Paulo diz que sempre teve um sonho. Atravessar o país de trem e chegar ao oceano Pacífico. Assim podem parar em lugares e fazer tardes de autógrafos. Desta maneira honraram os leitores que jamais tem oportunidade de ir até Moscou.
Os olhos do editor brilham.
A agenda está completa com dois meses seguidos de viagem.
Se Paulo acreditasse que iria vencer, a vitória também acreditaria.
“Nenhuma vida está completa sem um toque de loucura.”

No decorrer da viagem...

Paulo chega com os editores, e avista uma jovem que está esperando do lado de fora do hotel em Moscou, no qual estão hospedados.
Ela se aproxima e segura em suas mãos, diz que precisa conversar com ele, que leu uma de suas histórias em um blog, e acredita que ele escreveu para ela, ela fala que ele precisará dela para descobrir o que está procurando.
Hilal diz que quer acompanhá-lo em sua viagem, os editores riem. Paulo despede-se gentilmente e entra no hotel.
Esquece o nome de Hilal, sua aparência, mas ao ir dormir acaba pensando nela.
Hilal está em seu destino e irá embarcar com ele.
Juntos esbarram no Aleph.
Paulo terá que confrontar o passado e buscar o perdão de Hilal.

Muitos de vocês devem estar se perguntando quem ou o que é o Aleph.
O Aleph – O ponto onde tudo está no mesmo lugar ao mesmo tempo.
Aline 18/10/2013minha estante
Li, não é uma leitura ruim, gosto da forma leve que Paulo Coelho escreve.
Mas o livro não me agradou, a historia do livro, na verdade.




Miguel 20/02/2011

...
Posso dizer com segurança que esse é o livro mais fraco que li do Paulo Coelho até hoje (esse é o quarto que li). Já percebi que como autor, ele é bem prolixo e sua escrita é muito pretensiosa. Com pretensiosa, quero dizer que ele parece escolher meticulosamente as palavras de forma que possa passar da melhor forma possível a ideia de sua ampla inteligência e cultura, pouco ligando se o tipo de linguagem escolhido realmente condiz com a obra.
Acho inacreditável o fato de que todo mundo a sua volta tenha muitos dotes intelectuais e espirituais, já que sempre parecem saber os segredos da vida e falar da forma mais culta possível, ou é pelo menos essa a ideia passada pelos diálogos transcritos por ele em seus livros. Nesse então, que se trata de um relato de sua trajetória pela transiberiana em 2006, não faltam diálogos tão belamente maquiados que mais parecem fantasiosos que reais. Esse é o grande problema do livro. Apesar de ser uma história real, não acho que o autor tenha conseguido passá-la dessa forma. Claro, não critico a bela escrita por si só, mas sim a falta de necessidade dela na maioria das passagens (principalmente em diálogos).
O melhor livro do Paulo que li até hoje foi 'A Bruxa de Portobello', pois ele foge de sua narrativa comum, ousando no uso de depoimentos. Talvez por isso eu goste tanto do livro... é menos Paulo Coelho que Paulo Coelho.
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Carol Ribeiro @carolcombina 22/02/2020

Diferente
Diferente de tudo que já li. O Aleph contém um romance, mas está cheio de ensinamento e reflexão ao longo da história.

Para quem curte histórias ligadas à reencarnação, energia, vidas passadas e carma; vai ficar fascinado por essa história!

Excelente leitura...
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ariel.php 26/12/2022

O Aleph
Esse é um livro sobre autoconhecimento. Nele, Paulo é um mago seguidor de uma prática mística oriental em que cada criação é parte de um todo chamado Deus (ou qualquer outro ser esteja regendo o universo), o que me faz recordar da filosofia de Plotino. No entanto, o avanço de Paulo na magia parece ter sido suprimido pelo mal entediante que persegue grande parcela da população mundial: a rotina.

Assim sendo, o autor nos leva a acompanhar a tentativa do mago de se reconectar com o universo, o que na verdade se revelou um desafio árduo que só pôde ser superado mediante a cooperação de todas as partes envolvidas.

Isto posto, a obra de Paulo Coelho foi bem construída. Primeiro, o roteiro segue uma linha de raciocínio de fácil compreensão (embora eu questione a viabilidade de determinados eventos no passado do mago). Segundo, as personagens são bem humanizadas: possuem fraquezas, tendem a persistir no erro e não deixam hábitos milagrosamente (pricipalmente a Hilal, que foi chata e inconveniente durante todo o livro, mas que certamente não é a mesma que iniciou a viagem).

Por fim, eu não só gostei do livro, como também estou muito interessado nas demais obras do autor. Recomendo que também experimente tal leitura.
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Luis Henrique 06/11/2022

Aleph
Mais uma vez, Paulo Coelho entrega tud9 e mais um pouco.
Em uma história onde ele procura seu reino, se depara com uma história do passado para resolver.
Excelente história que dá vontade de realizar junto com o autor.
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Daniel 01/02/2013

Curioso e confortável.
O que esperar de um livro de Paulo Coelho? aventura? mistério? romance? você encontra isso tudo e mais um pouco em O ALEPH, um livro que narra a trajetória de um homem que busca consertar um erro feito no passado mas que o incomoda no presente. Feito para quem acredita que o amor nos acompanha em todas as gerações de diferentes formas, mas da mesma maneira: inusitada, surpreendente e magica. Não é fácil encarar nossos erros, ainda mais difícil é quando o erro é feito há 500 anos atrás, um homem confuso em suas expectativas espirituais, uma violonista de apenas 21 anos movida pelo amor por uma pessoa que ate então só viu por fotos e redes sociais, um tradutor que sofre a dor da perda mas é mais forte que todos em volta, uma editora que se faz fria para não passar por coisas já vivida antes. Um livro que mostra que todos nós aprendemos com os outros, inimigos ou amigos, conhecidos ou não, todos nós aprendemos e ensinamos na mesma frequência, na mesma aula, no mesmo temo. É preciso ter a mente e o coração abertos para os sinais do tempo, é preciso aprender a ouvir a voz que fala dentro de nós para tomarmos a decisão certa, para então seguirmos em frente. Leiam e não se arrependeram.
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Douglas Freitas 02/10/2010

O mago está de volta?
Infelizmente!

O fato é: não lia nada tão chato desde "A Cabana". E antes que os inúmeros fãs comecem o ataque, digo que essa é a MINHA opinião e ponto final. Eu, de verdade, não ligo a mínima para a busca/recomeço/ou seja lá o quê que move Paulo Coelho na jornada das 253 enfadonhas páginas de "O Aleph".

Alguém que leu tudo pode me dizer se ele cita Glória Maria e a matéria exibida pelo Fantástico em 22/10/2006? (http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL696148-15607-175,00.html)

Quer saber? Preferia sentir saudade a um reencontro como esse.


ddelivery.blogspot.com
Aneurysm. 04/10/2010minha estante
Não! Ele não cita a Glória Maria no livro.


Cid Roberto 07/11/2010minha estante
Concordo com a sua opinião. O livro só tem lugar para a Hilal. Glória Maria nem pensar...




_manuhh._ 07/12/2023

Achei a leitura bem arrastadinha, e muitas coisas sao meio contraditorias, ou eu q fiquei meio confusa, mas msm assim, gostei de algumas psrtes
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naty 25/10/2011

A Busca
O Aleph me aguçou a curiosidade, pois antes mesmo de lançar o Livro em seu twitter eram postadas algumas pequenas frases que muito me interessaram. Assim que lançou nao pensei duas vezes antes de comprar. Um livro no qual Paulo Coelho descreve sua experiência pessoal a uma crise de fé que o levou a procurar um caminho de renovação, busca espiritual de reencarnações .
A história d se passa durante uma viagem que Paulo Coelho fez pela ferrovia Transiberiana, em 2006. Durante a jornada, vivenciada pelo próprio escritor, muitos acontecimentos tomam lugar, alguns tão curiosos que fazem a gente questionar se realmente ocorreram.
Um livro que busca a fé do leitor, uma Viagem onde faz o autor recuperar a paixão e o entusiasmo pela vida, enfrentando desafios, lutando com seu proprio eu, um livro que engloba passado e presente. Uma busca por Um novo homem menos orgulhoso e com mais fé.
O grande segredo do Autor e o Mistério com que discorre seus livros que muitas vezes despertou a fúria dos críticos, não importa a forma, não importa se os acontecimentos da viagem são fato ou imaginação importa a mensagem passada. E essa deveria ser também a maneira correta de compreender a própria religião. Se nos ativéssemos mais à mensagem e menos às formas, julgaríamos menos, amaríamos mais
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Beto 20/07/2011

O Mago
Mais um belo livro do Paulo Coelho, leitura fácil e envolvente...
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Juny K. 28/04/2011

Resenha "O Aleph" (Paulo Coelho)
Disponivel em: http://www.dear-book.net/2010/09/resenha-o-aleph-paulo-coelho.html

Confesso que nunca tinha lido nenhum livro de Paulo Coelho antes de começar "O Aleph", acredito que o livro deve ser ainda mais interessante para quem já acompanha as obras do autor, porém, mesmo sem um conhecimento prévio, é possível ler "O Aleph" e conhecer sua filosofia de vida com a magia.

Nesse livro, Paulo Coelho tenta resgatar a sua fé, voltar a ser rei de seu próprio reino, como ele mesmo diz em diversos momentos. As primeiras paginas, de sua conversa com J. (seu mestre), não prenderam muito a minha atenção. Tudo fica mais interessante quando ele aceita seu destino e decide fazer uma nova viagem, para buscar respostas e resgatar o sentido da sua vida.

"Sei que estou nas pessoas que me cercam, e elas estão em mim. Juntos escrevemos o livro da vida, com nossos encontros sempre determinados pelo destino e nossas mãos unidas na fé de que podemos fazer a diferença nesse mundo."


"O Aleph" se mistura entre uma narrativa biográfica, dos fatos da vida de Paulo Coelho nessa nova jornada, e uma narrativa psicológica com a análise de seus conflitos internos e uma reflexão sobre a vida. Há também muito sobre vida passadas e o perdão.

Após viajar por diversos países, ainda sem encontrar as respostas que procura, Paulo deseja fazer o caminho completo da "Transiberiana", linha de trem que corta toda a Rússia, do lado Europeu até o pacifico. No começo parece uma ideia equivoca e muito cansativa, mas depois tudo começa a se transformar e a fazer sentido.

Há duas pessoas que se destacam nessa jornada pela Transiberiana. Uma delas é Hilal, uma jovem e talentosa violinista, desvairada, apaixonada, persistente, que nos surpreenderá muito durante essa viagem. Há também Yao, o tradutor, que se torna um sábio e fiel amigo, companheiro de lutas de Aikido.

"As lágrimas da menina ou mulher diante de mim parecem querer sair por uma daquelas portas. Alguém disse que as lágrimas são o sangue da alma, e é isso que eu começo a ver agora."


Não entrarei no mérito de explicar o que é o "Aleph", posso dizer que é uma força do universo muito forte e diferente de tudo que você possa imaginar, o interessante é ir descobrindo mais sobre esse fenômeno ao decorrer da trama.

Cada pessoa que ler esse livro tirará lições de maneira diferente, de acordo com as reflexões, daquilo que busca em sua vida. É uma historia, mas também tem seu fundo de auto-ajuda, dá para tirar milhares de citações muito lindas e profundas em meio aos acontecimentos.

"Busque pessoas que não tem medo de errar e, portanto, erram. Por causa disso, nem sempre o trabalho delas é reconhecido. Mas é esse tipo de gente que transforma o mundo e, depois de muitos erros, consegue acertar algo que fará a diferença completa na sua comunidade."


Aos poucos a obra acabou me conquistando e fiquei interessada em saber mais sobre esse grande autor nacional, que não é a toa que está na academia brasileira de letras e tem suas obras reconhecidas em diversos países, comprei nessa semana "O Alquimista" e em breve teremos a resenha desse livro aqui.

Indico o Aleph para todos aqueles que querem fazer uma reflexão sobre o sentido da vida, a forma com que a conduzimos e o destino.

"Abençoa e será abençoado"
Adonias.Percello 23/06/2019minha estante
Afinal o Aleph foi escrito por Jorge Luis Borges, assim como o Zahir, paulo Coelho plagiou os titulos, existe um conto de Borges que se chama Loteria da Babilonia isso prova que desde a época que ele compunha com O Raul Seixas ele já plagiava Borges. Borges sim foi um dos maiores escritores de ficção do mundo.




Angélica 12/01/2011

Ler livros de Paulo Coelho é uma verdadeira lição de crescimento espiritual,engraçado como muitas coisas das quais ele fala no livro, em algum momento já passou pela minha cabeça...sinto como se ele estivesse dialogando comigo.O bom é saber que não estou sozinha,pois mais alguém pensa como eu.O Aleph é maravilhoso,o escritor detalha tudo com tanta riqueza que é possível ser transportado pra dentro do livro,e ver como ele viu as cenas se desenrolando á sua frente.
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Karina 14/03/2011

Paulo Coelho é Paulo Coelho...
... e em certas fases da vida acho que qualquer livro dele é indispensável!
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Juninhooo 14/11/2010

Postado no CooltureNews
Antes de começar essa resenha, venho avisar que sou fã incondicional do Paulo Coelho, mas tentarei (fazendo um grande esforço) ser imparcial. Essa, sem sombra de dúvidas foi a resenha mais difícil que já fiz, os livros do Paulo Coelho passam uma linguagem muito subjetiva, a interpretação das mensagens é muito influenciada com o que você esta vivendo no momento. Se eu for resenhar este livro daqui uns 2 meses garanto que faria de outra forma. Mas é exatamente isso que torna as obras do Paulo Coelho perfeitas, são livros para ler e reler (Fiz muito disso quando não tinha a oportunidade de comprar novos livros, e tinha somente uma coleção de todos os livros do Paulo Coelho, lançada por um grande jornal de São Paulo).

Quem já leu “Diários de um Mago” e as “Valkirias” vão reconhecer a forma com que “O Aleph” é contato. Em “O Aleph” o autor nos conta como ele conseguiu recuperar sua fé após um momento de dúvidas, para isso, seguindo os conselhos de seu mestre “J.”, Paulo se arrisca, marca compromissos e sai em mais uma viajem, em busca de respostas, tentar novamente se reconectar com o mundo e consigo próprio. Entre Março e Julho de 2006 Paulo passa por três continentes (África, Europa e Ásia). Percorrendo seu 3º caminho sagrado (depois da transformadora peregrinação a Santiago de Compostela, em 1986, e do perturbador Caminho de Roma, três anos depois). Essa não foi somente uma viajem física, foi espiritual, através do tempo e do espaço, do passado e presente o autor viajou em busca de si próprio.

Antes de embarcar atravessando a “Transiberiana” e seus 9.289 km de extensão, o autor conhece Hilal, uma leitora que acredita que deve fazer essa viajem junto do autor, e “acender o fogo na montanha vizinha”. Devido a insistência da moça, ela embarca junto desta jornada. Porém, a vida mostrou a ambos que eles se conheciam a muitos e muitos anos, em uma vida passada.

“Aleph”

“… na Tradição Mágica ele se apresenta de duas maneiras. A primeira delas é um ponto no Universo que contém todos os outros pontos, presentes e passados, pequenos ou grandes. Geralmente o descobrimos por acaso, como aconteceu no trem. Para que isso aconteça, a pessoa – ou as pessoas – tem que estar no mesmo lugar físico onde ele se encontra.”

“Estou no Aleph, o ponto onde tudo está no mesmo lugar ao mesmo tempo. Estou em uma janela olhando para o mundo e seus lugares secretos, a poesia perdida no tempo e as palavras esquecidas no espaço.
Estou diante de portas que se abrem por uma fração se segundo e logo tornam a se fechar, mas que permitem desvelar o que está escondido atrás delas – os tesouros, as armadilhas, os caminhos não percorridos e as viagens jamais imaginadas.”

Através do “Aleph” Paulo consegue, após 4 tentativas, entender o que aconteceu em uma de suas vidas, recupera sua fé, e volta a viver! Tudo graças a uma moça de 21 anos. “O Aleph”, como todos os outros livros do Paulo Coelho nos passa muitas mensagens importantes, que deveria fazer parte de nossas vidas, não vou colocá-las aqui, porque o contexto em que elas se encontram faz muita diferença. Recomendo não só essa mas todas as obras do Paulo Coelho.

Muitos classificam as obras do Paulo Coelho como de auto-ajuda, e o pior, como se fosse algo ruim… Do meu ponto de vista, não importa em qual gênero determinado livro é classificado e sim se é um livro que consegue te prender logo nas primeiras linhas ou páginas (essa é uma das características das obras do Paulo Coelho), e a história, a mensagem que o livro nos transmite, aquilo que fica em nossa mente e coração após ler. Isso, para mim, e não o gênero. Convido a todos que criticam sem ao menos dar uma chance (digo isso a todos os livros), que leiam antes de falar algo, não deixe a maré te levar, tenham suas próprias experiências e ai sim criem suas próprias opiniões. Não julguem um livro pela capa, e mais importante não julguem!
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Tórtoro 17/09/2010

MERGULHAR NO ALEPH É VIVER O PRESENTE

“Podemos ver o infinito em um grão de areia e a eternidade em uma flor”

William Blake



Antes do Big Bang não existiam o tempo, a gravidade, a eletricidade, o magnetismo nem as forças que mantêm coeso o núcleo dos átomos e fazem os elétrons girarem em torno dele. Era o tudo e o nada, o “alfa e o ômega”, a energia e a matéria de todo o universo condensados em um ponto do tamanho de 1 bilionésimo de um próton.
É sabido também que, para os nativos massais, da África Oriental, o limite do universo está no ponto mais distante alcançado por suas vacas, das quais toda a vida da tribo depende.
De um lado, o tudo contido em quase nada; do outro, o infinito limitado pela distância alcançada por uma vaca, ou pelo ponto em que perdem valor as leis da Física, sobre as quais se assenta todo o conhecimento humano: e entre esses dois extremos, o Aleph, no presente.
“Assim, aquilo que chamamos “vida” é um trem com muitos vagões. Às vezes estamos em um, às vezes em outro. Outras vezes atravessamos de um para o outro, quando sonhamos ou quando nos deixamos levar pelo extraordinário”: é assim que nos sentimos durante a leitura de O Aleph, o mais recente livro de Paulo Coelho, 255 páginas, da Editora Sextante.
A leitura dessa obra é uma viagem pela Transiberiana — uma das três maiores ferrovias do mundo, que começa em qualquer estação da Europa, mas que, na parte russa, tem 9.288 quilômetros, ligando centenas de pequenas e grandes cidades, cortando 76% do país e atravessando sete diferentes fusos horários — e que marca a volta de Paulo Coelho às origens.
“Num relato pessoal franco e surpreendente, ele revela como uma grave crise de fé o levou a sair à procura de um caminho de renovação e crescimento espiritual.
Para se aproximar de Deus, o mago resolve começar tudo de novo : viajar, experimentar, se re-conectar às pessoas e ao mundo. E, assim, entre março e julho de 2006, guiado por sinais, visita três continentes – Europa, África e Ásia – lançando-se em uma jornada através do tempo e do espaço, do passado e do futuro, em busca de si mesmo.
Ao longo da viagem, Paulo vai, pouco a pouco, saindo do seu isolamento, despindo-se do ego e do orgulho e se abrindo à amizade, ao amor, à fé e ao perdão, sem medo de enfrentar os desafios inerentes à vida”.
E o escritor descobre que não é preciso ir longe a fim de compreender o que está perto: a peregrinação o faz se sentir vivo novamente, capaz de enxergar o mundo com os olhos de criança e de encontrar Deus nos pequenos gestos cotidianos, no Aleph, no presente, bastando um simples momento de harmonia interior para que isso aconteça.
Meus colegas de academia não aprovam Paulo Coelho, mesmo depois de ele ocupar uma das Cadeiras da Academia Brasileira de Letras, mas confesso, despudoradamente, que gostei de viajar ao lado dele durante a travessia da Rússia, não para encontrar respostas que poderiam estar faltando em minha vida, mas para estar, por alguns momentos, conectado comigo e com o universo mágico à minha volta.
É isto que faz a vida interessante: acreditar em tesouros e milagres.
Para quem acredita nos cientistas quando eles dizem que a energia e a matéria de todo o universo, num certo momento, estiveram condensadas em um ponto do tamanho de 1 bilionésimo de um próton, fica fácil sonhar com a possibilidade de um mergulho em seu Aleph pessoal: “o ponto em que tudo está no mesmo lugar ao mesmo tempo”.



ANTÔNIO CARLOS TÓRTORO
ancartor@yahoo.com
www.tortoro.com.br



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