Paula.Serkonos 02/07/2012
Prazeres não tão malditos assim
Eu li o primeiro volume da série Anita Blake, vampire Hunter há uns anos. E o engraçado é que eu já tinha conhecimento da série muito antes de ler. Não lembro muito bem, mas eu deixei para ler quando estivesse sem mais nada. Não vou dizer que me arrependi porque seria mentira – não porque a série é ruim, mas porque a editora que a publica no Brasil está pouco se fodendo para os leitores. Né, Rocco?
Na época, só tinha o primeiro, Prazeres Malditos e o segundo, O Cadáver que Ri, publicados aqui. Parece até muito, mas se você for ver, não é. A série tem, atualmente, vinte e um volumes. Sim, você leu certo: vinte e um.
É mais ou menos Os Cárpatos, muitos volumes, porém com conteúdo.
Se eu fosse depender da queridíssima editora Rocco para ler a série na íntegra, eu estaria tão, mas tão fodida. Quer dizer, a Rocco publica a série desde 2008, nós estamos em 2012 e até agora foram lançado apenas três. Sim, três. Legal, né? Não.
O quarto volume, Café dos Loucos, está em processo de publicação, ou pelo menos assim eles dizem. Tem até uma capa, ou melhor, uma miniatura de capa que não dá para ver absolutamente nada. Mas eu não estou aqui para falar mal do trabalho de lixo da editora, ou estou? É tudo tão relativo…
Enfim, Prazeres Malditos nos apresenta Anita Blake, uma ressuscitadora. Seu trabalho oficial é acordar os mortos, ou seja, acordar um cadáver, tornando-o um zumbi. Parece estranho explicar, mas é mais ou menos isso. Esses zumbis são diferentes dos que nós estamos acostumados a ver por aí, não saam correndo atrás de humanos, não são sedentos e famintos por carne, não assassinam ninguém, blá blá blá. Eles são mortos do bem, sabe? Esses zumbis são legais. Basicamente, são mortos reanimados através de rituais e mágicas. O reanimador que trouxer o morto de volta é como se fosse um mestre, o zumbi está sob seu controle.
Claro que para acordar um cadáver há um ritual bem legal, e requer sacrifício. O que quer dizer que quanto mais velho o morto, maior o sacrifício é. Mas a linda Anita, por senso e moral, não sacrifica humanos porque né, aí já é homicídio.
Logo no começo, Blake está no seu escritório na Animators. Inc., quando um vampiro aparece, com a proposta de trabalho bem peculiar, mas sem detalhes. Anita recusa na hora, mas logo se vê chantageada pela Mestra da Cidade, Nikolaos. Uma vampira com aparência de treze anos, mas imortal há mais de mil. Particularmente, não gosto muito da Mestra como vilã – é muito infantil para tal cargo.
Nikolaos quer que Anita investigue uma série de assassinatos no Distrito. Assassinatos de vampiros. Aí você me pergunta: Mas Ren, os vampiros não são mortos? Sim, minha criança, eles são mortos, mas use a cabeça. Ainda é crime assassinar os mortos. É lei americana. Tá no livro.
Eu preciso explicar que é de conhecimento mundial a existência de todas as criaturas citadas nos livros. Algumas nem tanto, mas entenda: o mundo sabe dos vampiros, licantropos, zumbis, demônios devoradores de carne, etc. A polícia americana tem até um esquadrão para os crimes sobrenaturais, o RPIT. Para entender, você precisa ler porque eu estou com sono e não vou explicar, seu folgado.
Mas alguém está matando vampiros a torto e a direito e isso é ruim para os negócios. Então Anita começa a investigar com a ajuda de Phillip, o striper super lindo e delicioso e também viciado em vampiros.
Há vários personagens cativantes nesse livro e infelizmente alguns não passam dele. Mas outros continuam. Um dos que mais gosto é o Edward, apelidado carinhosamente de Morte. A gente pode defini-lo como caçador de recompensas com tendências sádicas e sociopatas. Saca só que amor. Ele é perigoso que só (Profissões conhecidas: assassino de elite, caçador de recompensas, caçador de vampiros, marechal federal), e também uma das minhas paixõezinhas. Há momentos em que ele a Anita me fazem rir horrores, tipo esse:
“You don’t smoke do you?”
“No, why?”
“They’re afraid of fire.”
“Great, we’re going to be eaten alive because neither of us smokes.”
I almost laughed. He sounded so thoroughly disgusted…
“Você não fuma, não é?”
“Não, por quê?”
“Eles têm medo de fogo.”
“Ótimo, nós seremos devorados vivos porque nenhum de nós é fumante.”
Eu quase ri. Ele falou com um tom tão desgostoso (…)
Leia a resenha compelta em http://www.89segredos.org/blog/?p=283