Neon Azul

Neon Azul Eric Novello




Resenhas - Neon Azul


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JJ 02/11/2011

Neon Azul, do jovem escritor, tradutor e roteirista carioca radicado em São Paulo, Eric Novello me chegou às mãos por intermédio de sua irmã, a igualmente talentosa cantora Cassia Novello (mais informações sobre os dois podem ser vistas em HTTP://ericnovello.com.br e HTTP://cassianovello.com.br). O romance fix up por definição lançado em 2010 utiliza como ponto central um local chamado Neon Azul, que dependendo do capítulo e da visão da personagem que o protagoniza, pode ser chamado de inferninho, boate, restaurante, etc. O texto é construído com uma inteligência e maturidade incomum para um jovem autor, eis que cada capítulo foca em um personagem que quase sempre é coadjuvante de um conto anterior ou posterior.

A arte do livro é um destaque à parte, com capa e ilustrações internas belíssimas, recheando uma obra instigante e de grande impacto. Qualquer descrição da trama prejudicará a leitura de quem se interessar por Neon Azul, que por ser claramente uma fantasia urbana (e, comemorem, tipicamente brasileira) consegue comungar elementos dos contos viscerais de Rubem Fonseca e do extraordinário mundo de Edgar Allan Poe.

O terceiro romance de Eric Novello traz algumas diferenças para seu livro de estreia, Dante - lançado em 2004. Conhecido pela excelência de seus contos, a primeira aventura de Eric em textos maiores foi bem sucedida, trazendo um romance histórico com elementos de fantasia. Novello transita entre a Roma da época de Julio Cesar e a mistura com elementos de mitologia de maneira tão familiar, que Dante poderia ser lançado em qualquer lugar do mundo que angariaria adeptos com facilidade. No ano de 2005 ele lançaria Histórias da Noite Carioca, que ainda não tive oportunidade de ler.

Já em Neon Azul a construção do ambiente é toda feita pelo escritor, que partiu de um dos inferninhos localizados nas ruas de ligação do centro financeiro do Rio de Janeiro para criar uma gama de personagens e histórias jamais vistos. O texto igualmente possui linguagem universal e mostra as relações obscuras entre personagens que precisam conviver com suas próprias solidões. Mais que isso, o livro é a confirmação da evolução de um autor que parece saber exatamente o que leitor de hoje deseja ler. Essa obra específica parece ter o condão de pedra fundamental de uma sociedade extraordinariamente comandada por Eric Novello, que merece ser trazido cada vez mais à superfície. Tanto que, ao final, lamentamos suas menos de duzentas páginas, pois quando a porta do Neon Azul se abre, a imaginação e a qualidade da escrita de Eric Novello parecem ser inesgotáveis.
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gabriela 11/08/2011

Bar/inferninho dos desejos e frustrações
Sinopse: Um homem que não dorme nunca. Um advogado com um cramulhão na garrafa. Um assassino que atravessa espelhos. Um escritor que não consegue prender sua personagem no papel. Esses são alguns dos frequentadores do Neon Azul, um bar diferente para cada um que entra nele. Escolha o seu lugar, faça o seu pedido. Depois do primeiro drinque, você jamais será o mesmo. (retirado da quarta capa do livro)

Ao ver o vídeo (http://www.youtube.com/watch?v=qOL7QuG7Qwc&feature=player_embedded) em que o autor explica certos aspectos de “Neon Azul” e usa a palavra “camadas”, encarei o livro na minha mão com um certo receio. O vídeo é interessante (e não chega a entregar spoilers), mas confesso que, com todo o meu preconceito, a primeira coisa que pensei foi algo como “putz, só falta ser um daqueles que usam a tal da ‘profundidade’ para explicar algo sem sal…”.

Ainda bem que eu estava enganada, porque o livro é muito legal! Ele é dividido em narrativas fechadas, cada uma contendo seu início e fim, com personagens que se repetem e ganham maior ou menor destaque em cada uma das histórias. Mesmo contendo flashbacks, nenhuma delas é confusa, se consideradas isoladamente. Em conjunto, elas chegam a pregar peças na memória do leitor.

Obsessões, um pouco de ocorrências sobrenaturais, outro tanto de violência e sexo – em algumas cenas fortes, mas não tão explícitas a ponto de revirar estômagos. Um livro de linguagem direta e com propostas de estrutura muito bem executadas. Ele “rende” um pouco mais, apesar das menos de duzentas páginas e dos capítulos curtos, por ter uma densidade maior de informações, e ainda é uma leitura rápida e tranquila.

http://medodespoiler.wordpress.com/2011/04/20/neon-azul-eric-novello/
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Bruna.Mateus 04/08/2011

Fix-up
Um livro diferente! Com uma escrita no estilo noir e com o gênero de romance fix-up, Neon Azul é uma boate na qual atrai as mais diversas personalidades humanas e faz com que as pessoas se sintam bem.
Não tinha ideia de como era um romance fix-up e até agora não encontrei sua definição, então para mim a definição deste estilo de leitura é uma narração de 3ª pessoa sobre várias pessoas em relação a um local em comum a elas.

Explicação do Autor: Um meio termo entre o romance e o conto. Um romance onde você pode ler os capítulos em qualquer ordem, digamos assim, ta lendo e não achou legal, vai pro final, depois volta. Várias histórias (contos?) que formam algo maior (romance?).


Pois é assim que é a narração deste livro, a cada capítulo conhecemos uma figura que faz parte do laço da boate chamada Neon Azul, e o autor faz com que cada capitulo esteja conectado por apenas um detalhezinho da vida dessas pessoas. Mas tem uma coisa que deixa sem você saber é quem é o Homem, uma figura importante na boate, o cara que comanda.
As personalidades deste livro são:

Oscar: um mendigo que vive longe das bebidas mas que faz parte do Neon, é ele que fica ali na porta esperando uma esmola dos super bem de vida. Mas Oscar não está só, ele tem ao Minotauro um cão de rua mais comportado que os demais. Mas o que levo Oscar a ser um mendigo?!
Armando: O sócio do Neon Azul, um cara com uma doença: Ele não dorme. Mas o que seria essa doença em que a pessoa não descansa?!

Murilo: Um assassino, que conversa com o espelho e tem uma grande afeição por Dita. Apesar de parecer um cara normal, ele tem fome de matar. Tipo um Dexter. Mas o que ele tem em relação ao Neon Azul?

Dita: Uma cantora querendo seu lugar na noite, com ajuda de Lucas faz um teste para ser cantora do Neon Azul, juntamente com um pianista. Seria ela o sucesso do local?

Dionísio: Um pianista clássico que tem um trabalho no museu, mas recebe o convite de Armando para tocar no Neon. Será que Dionísio irá se deixar abalar pelo lugar que possui uma aura cheia de magnetismo?

Lucas: Um escritor que estava um pouco sem criatividade e por passar em frente a boate com um toque noir resolve conhecer, e fica fascinado, nunca viu um lugar que deixasse com uma sensação de criatividade a mil. Mas será que ele seria permitido escrever sobre a boate!?

Jéssica: Uma pessoa religiosa que possuía sonhos hots e que tem dúvidas de quem ela é. Será que Jéssica foi dançarina do Neon? Mas ela é o ícone da sociedade religiosa, de acordo com o seu pastor.

Ricardo: Um cara altamente requisitado no Neon, possuía um imã de pessoas aos seu redor. Mas será que ele é uma pessoa que é de bem com a vida?!

Gabriela: Uma prostituta do Neon, muito profissional, sempre atenciosa com os seus clientes. O que será que ela sabe sobre o Homem e o que era o Neon Azul? Uma casa que vivia cheia.

Esses são os nossos personagens, cada capítulo conhecemos a fundo a história de cada um, mas e no final, o que tinha de tão especial nessa boate?!

O que achei:

Como mencionei no começo, uma leitura totalmente diferente das habituais! Eric Novello me conquistou com a escrita dele, gostei do livro por ser uma maneira diferente de ser contado.
Gostei principalmente das histórias, algumas senti falta de ter mais detalhes nelas, mas no mais todas me conquistaram. Só teve um ponto que eu fiquei triste com o livro, o mistério do dono do Neon Azul, o Homem, ele não explica nada sobre ele. Ficou muitas pontas soltas na minha cabeça… até sobre alguns personagens.
Mas no mais eu gostei do livro…
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Guilherme F. 23/07/2011

O Simbolista - http://www.osimbolista.blogspot.com
Olá gente, estou aqui para contar pra vocês do livro que li há algumas semanas no book tour da Editora Underworld, este livro foi lançado pela Editora Draco, e foi escrito por Eric Novello, um grande escritor brasileiro, que também participou da coletânea "Vapor Punk" e é de sua autoria também "Histórias das Noites Cariocas".O livro tem uma capa quem em minha opnião pe muito bem feita, e que já nos deixa um ar de mistério.

Sem ter um personagem principal, e sim vários personagens que são narrados ao longo do livro com sua história e acontecimentos ocorrendo ao redor do que pode ser dito como o principal desta história, a boate, casa noturna, ponto de encontro, restaurante, ou uma mistura de tudo isso o "Neon Azul", o que achei bem interessante e criativo no livro, mas que pode acabar confundindo alguns é a história não ter uma ordem dos acontecimentos, por exemplo, o 1º cap. pode ter ocorrido antes do 3º e por aí em diante, e também cada cap. estar em 1ª ou 3ª pessoa, um jogo gramatical que o autor soube utilizar muito bem.O autor trabalho alguns assuntos como: amor, solidão, dinheiro, sexo, trabalho, e a vida.

Na história, há personagens muito irreverentes, como um advogado que guarda um boneco "meio" vivo dentro de uma garrafa, uma dançarina que ainda não escolheu sua personalidade, um mendigo que tem um problema com sua família mas um cachorro fiel, outro que não dorme nunca, e para mim o mais misterioso, o Homem, o dono do Neon Azul que anda sempre com seu terno branco e chapéu panamá que oferece a alguns uma oferta irresistível através de seu empregado, e que bota medo e respeito em todos, e outros também...
Em torno de um clima tenso, misterioso, e bom, em vários climas, a história se decorre e o mais legal do livro , é que ao acabar um cap. você já está super ansioso para ler o próximo e saber qual outro personagem aparecerá nesta história, indico a todos lerem e incentivarem tanto a Editora Draco, que só publica livros de autores nacionais como o Eric, Douglas MCT, Estevão Ribeiro e outros, incentivando assim, nós leitores deste país a ler a literatura brasileira e aproveitar o que temos de bom; e o própio autor que já tem outros trabalhos a serem lançados.

Guilherme Franco - O Simbolista
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Junior Cazeri 10/07/2011

Escritor de linguagem direta e bem articulada, que vai da objetividade cortante a um lirismo triste em certas passagens, Eric Novello traz em Neon Azul uma série de contos costurados uns aos outros, nas tramas situadas no bar que dá título à obra, e também nos personagens, que se conhecem, esbarram, fazem sexo e matam uns aos outros. Não necessariamente nessa ordem. Um livro de fantasia urbana com um tanto de um realismo quase provocativo, para mostrar que o fantástico… ei, pode estar logo ali. Com criatividade, domínio do universo que criou para ambientar suas criaturas e desenvoltura literária, Eric surpreende os leitores com o desfiar de sonhos comuns levados à último potência.

“Invisibilidade” é o capítulo de abertura, que serve ao propósito de apresentar o ambiente do Neon Azul, seus frequentadores e funcionários a partir de uma visão externa, a de um mendigo que, logo, está envolvido com o lugar em uma trama de vingança e renascimento. Perfeito no primeiro objetivo, a apresentação, um tanto fraco no segundo. A história de Oscar tem mais furos que uma peneira e, mesmo com a condução firme, é difícil de engolir. Felizmente, isso não se repete em nenhum dos outros contos.

Em “Noites de Insônia” conhecemos um homem que nunca dorme e por possuir tal dom, ou maldição, se torna objeto de estudo científicos e algo mais. Com um trauma no passado e um novo negócio, chamado Neon Azul, Armando vai conhecer o Homem, seu futuro sócio e também personagem capaz de resolver seus conflitos pessoais. É um dos meus contos favoritos no livro, por mesclar de forma tão perfeita a crueza da realidade com a fantasia.

“O Boneco na Garrafa” é uma peça de decoração sinistra, um presente com a atenção de atrair boa sorte, dado a um advogado, o que acontece, no entanto, é que o boneco age de uma maneira muito suspeita. Eu achei a história divertidíssima, até pela informalidade da narrativa em primeira pessoa, com um texto fluído e dinâmico. A cena do pássaro é hilária.

Um serial killer é o protagonista de “Os Dois Lados“, cuja sede de sangue e animalidade, esmiuçadas com crueldade por Eric, vão levá-lo a um caminho perigoso e sem volta. O melhor do conto é o gancho que ele dá para outra história, mais a frente no livro. E o assassino é memorável.

“A Quarta Parede” e “A Última Nota” trazem os personagens para dentro do bar, explorando como eles se relacionam com o ambiente, que é diferente para cada frequentador, como é citado algumas vezes. A trajetória do pianista Dionísio, principalmente, é muito bem descrita e acredito que deixe uma compreensão definitiva do que é o Neon Azul e como ele afeta as pessoas. Os dois contos também deixam o autor mais a vontade para brincar com a linguagem, arriscar na narrativa, o que é um atrativo a mais.

“Invasão de Privacidade“, um dos mais fantásticos relatos da obra, traz como personagem Lucas Moginie, que já protagonizou outro livro de Eric, o “Histórias da Noite Carioca”, publicado em 2004 pela editora Lamparina. Nele, a história do Neon Azul deve ser retratada por Lucas, mas, algumas regras devem ser seguidas. E essas regras são bem estranhas. Divertido e cativante.

“Só Tinha Que Ser Com Você” é, indubitavelmente, o melhor do livro, que apresenta uma história que vacila entre sonho e realidade, sanidade e loucura, com um enredo não linear que, ao contrário do que acontece comumente, não confunde o leitor, mas sim acrescenta encanto à narrativa. Não tem como não ficar doido pra saber o que está acontecendo. E é aqui que o cruzamento mais interessante entre as diversas histórias acontece, dando unicidade aos contos.

O ponto final vem com “O Ponteiro dos Segundos” e “A Dançarina e o Sexo“, onde até uma certa lição de moral se faz presente. É como se Eric nos mostrasse: olhe, a tentação está ali, e é muito fácil chegar até ela, que te espera de abraços abertos. Mas você pode dizer não. Você pode ser mais que desejo e egoísmo, não importa quanto isso te custe. É uma idealização difícil, talvez até inaceitável para alguns, porém possível, e o autor fez bem em exibi-la. Aqui também o segredo do Homem é revelado. E as cortinas se fecham.

Neon Azul é mais que um livro de fantasia, é uma obra sobre desejos e o preço que ansiamos pagar para conquistá-los. É ver o homem pelo seu lado mais egoísta e antisocial. Um mergulho em um universo de trevas com luzes azuis, um mundo que é o seu e o meu, escondido em alguma avenida de nossos pensamentos, da qual rapidamente desviamos, mas que podemos adentrar com facilidade. Recomendo como um dos melhores livros que li esse ano.

Resenhado no http://cafedeontem.wordpress.com/
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Tânia Souza 17/06/2011

Um mergulho em azul
Quando terminei de ler Neon Azul, fiquei olhando a capa e pensei em uma frase ou um pensamento que pudesse transmitir minha impressão de leitura, surgiu esta: cada personagem de Neon Azul vai permanecer na imaginação do leitor mesmo depois do não-fim.

Em qual sentido não-fim? O universo em torno a este lugar quase impossível de se descrever ou caracterizar, apesar de ser feito muitas vezes no livro, não se esgota na última página, Eric Novello consegue captar a atmosfera surreal, fantástica e ao mesmo tempo, decadente de dias e gestos que nem sempre conseguimos ou desejamos compreender.

Enquanto o tecido narrativo vai se compondo, é quase possível sentir a presença do Homem, do neon chamando. E que homem é esse? Em cada leitor, a resposta a sua presença quase sutil, por vezes imperceptível e ao mesmo tempo tão densa, vai ser diferente. Assim como este é um romance diferente, inusitado e muito, muito consistente.

Se algumas páginas são luminosas ou repletas de sombras e sugestões, em outras, o neon se entranha aos olhos do leitor e a sombra se veste de luz, a luz se esconde nas sombras. Jogo de esconder, procurar e nem sempre encontrar. Quem é quem depois que a porta do Neon Azul se abre aos nossos olhos já não importa tanto. Não sei, não é preciso saber.

Essas histórias entrelaçadas em azul têm o dom de inquietar, mas também seduzir.


Por Tânia Souza
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Dani.Stfn 16/04/2011

Para ler a resenha completa: http://spleen-juice.blogspot.com/2011/04/neon-azul.html

Eu nunca tinha ouvido falar desse livro até recebê-lo pelo Booktour da Editora Underworld, mas o tema me chamou a atenção pela história ser sobre uma boate (ambientada no Rio de Janeiro, na Lapa) chamada Neon Azul onde abriga os mais estranhos visitantes, com uma mistura de sobrenatural com o que há mais de urbano, a história vai se desenrolando através de contos, cada um sobre um personagem.

O livro é simplesmente perfeito. A narração de Eric Novello é tão boa que você se sente tão inebriante naquela boate quanto os personagens. Por mais que a história seja dividida em dez contos, cada personagem tem uma ligação com outro, o que me deixava totalmente embasbacada a cada final de capítulo.
Os personagens são dos mais variados, com histórias bizarras e passados assombrosos, mas totalmente cativantes. A boate é comandada pelo o Homem, um sujeito peculiar, que se veste de branco com chapéu Panamá, está sempre rodeado por seguranças e ninguém sabe realmente quem ele é. Há também Armando, um homem que não consegue dormir e que cuida do Neon Azul (em minha opinião, um dos personagens mais legais), Oscar, um mendigo que tem um cachorro chamado Minotauro, Gabriela, Dita e Jéssica, ambas prostitutas, Lucas Moginie, um escritor que escreve sobre boates, Dionísio, um pianista, entre outras personagens fascinantes que vão se interligando ao longo do enredo.

Mesmo quando você termina de ler o livro, você fica com aquela sensação de mistério no ar, se sente confuso como se todas as perguntas não fossem realmentes respondidas. É realmente como se você tivesse bebido demais e acordado com ressaca, sem se lembrar o que aconteceu no dia anterior. Há certas horas que você não sabe se de fato os acontecimentos ocorrem ou se é apenas na cabeça dos personagens, até os toques sobrenaturais você fica em dúvida se realmente existiram ou não passa tudo de uma ilusão.

Outra coisa legal, é que o livro é um Romance Fix up, ou seja, você pode começar a lê-lo de qualquer capítulo, variando até ler todos, não importando a ordem que seguir, você sempre vai chegar ao mesmo lugar. E então? O que acha de se aventurar e se perder no Neon Azul? Da mesma maneira estranha que entrei na história, não quero sair mais.
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ArenaFantástica 10/03/2011

ARENA FANTÀSTICA - Resenha: Neon Azul
Existe um verdadeiro desfile de palavras técnicas para descrever os encantos deste livro, mas eu tentarei evitá-las. Você não precisa entender o que significa romance fix-up ou o que seria um texto noir para gostar de Neon Azul. Tudo que você precisa é lê-lo, e não ser “politicamente correto”.

A primeira coisa que pensei quando cheguei ao terceiro capítulo e compreendi a estrutura na qual o livro foi montado, era que tratava-se de uma “história desmontável” autêntica (termo muito usado por cursinhos pré-vestibulares para descrever Vidas Secas). Mas o que seria isso? Simples. Na verdade, o livro não se trata de um romance típico, linear, que segue uma ou duas personagens em dilemas pessoais ou o que quer que seja, com começo, meio e fim. Neon Azul poderia ser classificado quase como...

LEIA MAIS EM:
http://arenafantastica.com/2010/10/27/resenha-neon-azul/

OU

arenafantastica.com
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Ogha 09/11/2010

Um drink sombrio
Quando eu era mais novo fiz parte de um grupo asssitencial a moradores de rua. Em uma de nossas "missões" eu conheci um mendigo cuja trágica história me pareceu impossível.
Ele era fundador de uma empresa de distribuição de algum renome em São Paulo, ou algo assim, e tinha muito dinheiro. Fala inglês, alemão, francês, italiano e espanhol (e conversou com amigos meus que falavam essas linguas, para provar). Morava em um condomínio de luxo (Alphavile ou São Paulo 2, não lembro agora..) e tinha um belo carro.
Até que um dia, voltando para casa completamente bêbado ele atropelou a própria filha e a matou. A família, incapaz de perdoá-lo, praticamente o baniu. Ele, sentindo-se culpado, foi morar na rua...

É aqui que a arte imita a vida...

Quando li Neon Azul, de Eric Novello, fiquei impressionado com a semelhança entre este homem que conheci e o personagem do primeiro conto do livro "invisibilidade". Daí para devorar o livro em apenas algumas horas foi um pulo. Não só pela curiosida em saber qual seria o destino daquele primeiro personagem, como de todos os outros.
Neon Azul é uma daquelas obras raras que mistura cenário, música, personagens entrelaçados, boas doses de uisque, mistérios e sensualidade. Um livro relativamente fácil de ler e cheio de boas ideias.
Mas Neon Azul não é um romance convencional. Ele está na categoria "romance fix up", ou seja, vários contos com focos diferentes e interligados, mas tratando de pontos de vista variados e diversos personagens.
A fórmula é muito interessante, porém um leitor menos acostumado ao estilo pode se perder na leitura, já que a explicação e a história de certos personagens ou ideias estão espalhados pelo livro, e não linearmente contados.
Isso também pode ajudar um leitor mais ousado a se permitir leituras diferentes de Neon Azul: você não precisa ler os contos em ordem, pode abrir o livro em qualquer um deles e começar sua leitura. claro, de qualquer modo você será obrigado a ir até o fim e sorver cada gole desta bebida literária.

Ficou curioso? O livro está a venda nas melhores livrarias e com desconto!
Tainã Almeida 28/08/2014minha estante
eu nao entendi o livro ( da forma convencional heheh ) e ate hoje me pergunto : o que aconteçeu com a Jéssica ? hahahahah é engraçado, mas é verdade :p o estilo é bem diferente ,apesar de nao gostar de contos esse me surpreendeu positivamente .Pena que teve alguns finais que não eram ''finais'' mesmo




Nínive Leikis 28/10/2010

Neon Azul
(Postada originalmente no www.arenafantastica.com)

Existe um verdadeiro desfile de palavras técnicas para descrever os encantos deste livro, mas eu tentarei evitá-las. Você não precisa entender o que significa romance fix-up ou o que seria um texto noir para gostar de Neon Azul. Tudo que você precisa é lê-lo, e não ser “politicamente correto”.

A primeira coisa que pensei quando cheguei ao terceiro capítulo e compreendi a estrutura na qual o livro foi montado, era que tratava-se de uma “história desmontável” autêntica (termo muito usado por cursinhos pré-vestibulares para descrever Vidas Secas). Mas o que seria isso? Simples. Na verdade, o livro não se trata de um romance típico, linear, que segue uma ou duas personagens em dilemas pessoais ou o que quer que seja, com começo, meio e fim. Neon Azul poderia ser classificado quase como uma coletânea de contos. Cada capítulo acompanha determinada personagem, não necessariamente dando-lhe destino certo ou algo assim. O que há em comum para todos? Simples, a presença do estabelecimento Neon Azul. E o que guia estas histórias? Os efeitos que o local causa nas pessoas.

Mas, exatamente o que é o Neon Azul? Depende. Não há resposta certa para esta pergunta, e o livro evidencia isso de todas as maneiras possíveis. Para alguns, trata-se de um boteco requintado, para outros uma casa de shows para iniciantes, alguns diriam que é um bar de jazz, outros que é um inferninho. Mas ninguém pode discordar que, não importa qual a função da casa, ela seduz e embriaga. E sequer é necessário adentrá-la para ser arrebatado por seu encanto místico. Logo no primeiro capítulo, conhecemos Oscar, um mendigo, que, encantado pela luz azul que brilha na porta, adotou aquele como seu canto, onde passa as noites segurando uma latinha e esperando uns trocados dos clientes do local. Mesmo sem ter adentrado o Neon, Oscar já encontra-se preso a ele.

Muitas outras personagens desfilaram pelos “capítulos-contos” que formam o livro, suas histórias são contadas de maneira independente da que fora narrada anteriormente, o daquela que ainda será narrada. Os únicos capítulos extremamente conectados, cujo entendimento completo depende da leitura na ordem dos três são os três últimos. Se quiser, pode ler o livro todo em diversas ordem, apenas preservando estes três como estão (um atrás do outro e por último). É comum ver figurinhas repetidas, afinal, as histórias se entrelaçam, formando uma teia que envolve o local, todas atadas por uma pessoa em especial: o Homem.

Sem nome ou rosto, cercado de seguranças, afogado em dinheiro e extremamente misterioso, o dono do Neon Azul causa nas pessoas a mesma variedade de reações que sua propriedade. Ninguém sabe suas intenções, mas, vez ou outra, ele aponta de maneira aparentemente sutil ou sem grandes repercussões, na vida de alguém que frequenta sua casa (ou que dorme na porta dela), e a partir deste ponto as coisas mudam. Não necessariamente para melhor.

Isso tudo sem falar na linguagem! E este detalhe é algo que me chamou tanto a atenção quanto as personagens. Cada capítulo tem uma narrativa diferente. Alguns são em terceira pessoa, outros em primeira, há ainda aquele no discurso indireto livre (ou seja, o narrador reproduz a voz da personagem, mas ele ainda é o narrador). Há até mesmo uma histórias que é contada ao contrário (meio ao estilo Senhora de José de Alencar), começando pelo fim e terminando no início. É como se cada capítulo incorporasse ao máximo a essência de sua protagonista, desde a maneira como as coisas acontecem, até a maneira que é contada.

O espírito brasilis, especialmente o carioca, está em toda a parte deste livro, dando a nítida impressão de que, afinal de contas, tudo ali pode acontecer. Nada impediria de, em uma esquina da cidade, aquela que você nunca deu atenção quando estava correndo para o metro ou para o ponto de ônibus, abrigar uma espécie de Neon Azul. Se alguém conhecê-lo, me avise!

Finalizo com a recomendação de que leiam este super livro nacional, e meus parabéns ao autor Eric Novello e à Editora Draco.
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igoortc 16/10/2010

Resenha do livro Neon Azul
leia a resenha em meu site: http://www.somoscriativos.com/2010/10/resenha-do-livro-neon-azul.html
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Ozimar Júnior 29/09/2010

Logo no início da leitura Neon Azul me remeteu imediatamente ao livro Síndrome de Quimera de Max Mallmann. Não vi ninguém ainda que tenha conseguido relacionar os livros, mas eu os achei muito próximos. Apesar da “figura” do bar/café serem abordados diferentemente nos dois livros, os autores constroem personagem que de certa forma possuem afastamentos da realidade. Mas é claro que Novello é bem mais sutil do que Mallmann, porém, foi-me impossível a comparação/relação dos dois romances.

Por diversas vezes fiquei na dúvida se o Neon Azul seria mesmo necessário para a construção do livro (Neon Azul). Terminei a leitura achando que sim, mas a trama poderia ser mais encaixada. O modelo adotado de romance fix-up (vide http://www.cartacapital.com.br/cultura/um-inferninho-da-cor-do-ceu) poderia facilmente ser trocado pelo romance tradicional, pois dessa forma uma trama poderia ser mais bem construída e o Neon Azul poderia ganhar um valor mais expressivo dentro da própria estória.

Quanto à escrita Novello se mostra bem ágil. Os personagens são bem construídos, apesar dos contos/capítulos serem pequenos. Em certos momentos o autor se confunde com os personagens – pelo menos esta é a minha percepção. O livro de modo geral é bom, porém demonstra que a fantasia brasileira precisa de uma consciência/personalidade mais profunda, que com certeza está sendo construída. ADENDO: O escritor Antonio Luiz M. C. Costa (autor do livro Eclipse ao Pôr do Sol - 128 páginas - Editora Draco), me questionou sobre o que eu queria dizer com isso e acho que de modo geral seria o seguinte: Acho que o livro Neon Azul, juntamente com outros livros brasileiros lançados nos últimos anos estão justamente tentando fincar uma personalidade tipicamente brasileira (o que de toda forma não é totalmente necessária [continuo nebuloso]). E Neon Azul é um bom exemplo disso.

Pra finalizar acho que o autor poderia ter se arriscado mais. Não sei como poderia ser mais claro, porém é isso aí. Finalmente peço desculpa pela resenha econômica, mas é que o tempo está bastante exíguo.
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Arddhu 16/09/2010

Neon Azul – Uma experiência sinestésica
Coquetel de conforto e desconforto, destilado em um agridoce de sabor etéreo, sinestésico em afirmar seu Azul Neon nas variações de temperatura que atingem desde os picos do gelo Ártico até os fragmentos piroclásticos que se tornam cimento dentro de um homem.

Neon Azul, de Eric Novello, não é um livro em minha concepção, é um reduto de signos catalisadores de histórias de vida e alguns “e se”. Uma experiência que se assemelha a experimentar uma nova bebida, uma droga lícita que você pode comprar sem preocupações.

Totalmente desaconselhado a quem tem problemas em sentir algumas palavras que tocam no regurgitar de sonhos não realizados, ou de fantasias imaginadas, as linhas do Neon se estendem de forma aparentemente solta, conectando-se de forma muitas vezes atemporal.

As entrelinhas que ficam em cada trecho do texto podem assumir algumas bizarrices dependendo do teor alcoólico de quem as experimenta, como foi o caso da leitura da segunda metade deste escrito por esse que aqui escreve.

Na primeira metade senti um resgate estranho de algumas farras memoráveis descontroladas pela intenção e conduzidas pelo sentido, pelo reflexo frente a algumas situações. Qualquer pessoa que tenha praticado durante algum tempo saudável a boêmia moderna irá se identificar com assustadoramente a maior parte das palavras.

O trajeto da segunda parte foi uma imersão ao construto visual, emocional e perceptivo que o Neon oferece a quem encara sua leitura ao sabor de certa ebriedade leve e intencional.

O Homem, o Pelintra não expresso, se torna um ícone inorgânico, confundindo-se em muitos pontos com a entidade materializada no “bar”. Quando li o autógrafo de Eric em meu Neon e lá estavam as seguintes palavras “meio do mal, mas gente boa” imaginei que tinha coisa interessante pelo caminho.

Me perdi um pouco nas ondas musicais de Dionísio e até compartilhei o sabor da sarjeta de Minotauro e Oscar, encarando uma viagem cáustica a um reduto insano cuja lógica se faz branca-panamá com Jéssica ou mesmo Gabriela.

Não sou um bom crítico daquilo que me agrada, mais que relatar o que li, relato as boas sensações do que li. O que desagrada raramente recebe minha atenção e com isso posso concluir apenas uma coisa ruim quanto ao Neon Azul: Podia ser maior!

Longe de querer uma obra enciclopédica sobre a noite e os relatos de inferninhos em uma tônica que flerta levemente com o sobrenatural, alguns contos a mais poderiam transpor alguns outros aspectos desse império notívago.

Deixo expresso meus parabéns ao Eric Novello por seu livro e à editora Draco pela sagacidade em publicar tal obra, sem dúvidas merece ser lida por quem tem, teve ou deseja ter a verve do espírito noturno sintetizada em algumas folhas de papel.
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waltertierno 12/09/2010

As sete faces do Doutor Lao com Plinio Marcos
Saí da Fantasticon 2010 carregando uma sacola com vários livros e revistas. A maioria entregue por Silvio Alexandre, organizador do evento. Depois do chamado “bate-papo” em que eu, Douglas MCT, Eric Novello e Raphael Draccon deveríamos ter discutido sobre elementos brasileiros em literatura fantástica, o Eric presenteou-nos com seu recém-lançado livro “Neon Azul”. Gostaria de ter retribuído o gesto, mas os três livros que eu levara na mochila já tinham destino certo. Por sorte, ele mora perto o suficiente de minha casa para que eu possa remediar a situação.
De tudo o que eu trouxe para casa, “Neon Azul” foi o que mais chamou nossa atenção, minha e de minha esposa. Ela leu uns trechos. Depois, devolveu-me o livro e disse: “Leia. Você vai gostar deste”. Li.
No meio da leitura, cheguei a postar no Twitter que havia descoberto uma forma de classificar “Neon Azul”: uma mistura de “As sete faces do Doutor Lao” com Plinio Marcos. Agora, creio, chegou a hora de explicar.
O romance é uma coletânea de contos aparentemente independentes, que possuem uma ligação entre eles. É o chamado “fix up”. Eu, particularmente, considerei desnecessário estampar isso na capa, mas vamos em frente.
O tal “Neon Azul” é o nome de um bar, que é propriedade de um misterioso personagem, conhecido apenas como “o Homem”. Este manipula os outros personagens que circulam em seu bar. Suas motivações nunca ficam claras.
O autor não perde muito tempo com descrições dos personagens. Prefere se concentrar em suas histórias e deixar que elas nos mostrem de que são feitas aquelas pessoas. Esse artifício, a princípio, causa incômodo, pois é fácil confundir os personagens. Embora o bizarro de suas situações seja único, suas diferenças pessoais, como forma de falar e agir, são sutis. Mas, ao passar das páginas, o leitor perceberá que é um trunfo, e dos mais geniais. Se foi intenção do autor, demonstra domínio de sua obra. Se foi acaso, foi o mais genial e sortudo que vi nos últimos anos.
O ponto de ligação dos personagens é profundo e os transforma. Ao frequentarem o bar a transformação os aproxima e os faz convergir. Daí, minha comparação com o Doutor Lao. Para quem não se lembra ou nunca ouviu falar, “As sete faces do Doutor Lao” é um filme rodado na década de 60 e apresenta um velhinho chinês que chega a uma cidade no Oeste norte-americano do final do século XIX com um circo de maravilhas, habitado por sete criaturas. O desenrolar do filme sugere que as sete criaturas são personificações do velho chinês. O mesmo parece acontecer em “Neon Azul”. Todos os personagens fazem parte de uma única personalidade, que é misteriosamente atraída pelo bar.
Apesar do fantástico das situações, as reações dos personagens são humanas e, por isso, imperfeitas. Não há concessões. Você não tem como saber quem se dará bem ou mal. As cenas de violência e sexo são cruas, secas e agressivas. A ironia que se apresenta em momentos inesperados é cáustica e inteligente. Um ar de canalhice permeia a leitura, e isso é muito interessante.
Os contos são apresentados ora em primeira pessoa, ora em terceira. Se existe algum padrão que determine a escolha da pessoa, não prestei atenção suficiente para perceber. Fato é que essa transição conferiu agilidade à obra.

Leitura que eu recomendo!

Se existe algum ponto negativo no livro, não coube ao autor. Uns errinhos de revisão aqui e acolá, mas estão ainda dentro da média. Embora as pessoas venham comentando euforicamente sobre a capa, eu acredito que uma solução mais gráfica, com paletas mais definidas resultaria em uma solução muito melhor.
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Bruno 12/09/2010

Neon Azul
Neon Azul é um livro de Eric Novello, escritor carioca radicado em São Paulo, lançado pela Editora Draco durante a última Fantasticon. E é também o nome da boate onde se passa a maior parte das suas histórias, um inferninho típico das grandes cidades, onde florescem todos os vícios e acontecimentos da vida noturna.

Como anuncia já na capa, trata-se de um romance fix-up, o que quer dizer que ele não possui uma única trama que se desenvolve com início, meio e fim, mas sim uma série de contos que podem ser lidos de forma indepente ou entendidos como partes de uma história maior. Mesmo a ordem de leitura não é muito importante: a sequência do livro não é cronológica, há idas e vindas no tempo, e um conto no final pode estar acontecendo simultaneamente com um dos primeiros. Há diversos personagens recorrentes, que são coadjuvantes em algumas histórias e viram protagonistas em outras, quando você então compreende seus comentários e atitudes; tudo formando um grande mosaico que é o Neon Azul sob a sombra do Homem, o seu misterioso proprietário, que realiza os desejos daqueles dispostos a pagar o seu preço.

Não é um livro 100% perfeito, claro. Há alguns deslizes menores na escrita, e nem todas as histórias têm um final satisfatório. Mesmo quando isso acontece, no entanto, a viagem até lá vale a leitura – é um pouco como uma apresentação de jazz, repleta de improvisações e desvios, onde o tema de fundo é apenas uma ambientação para os músicos (ou personagens) brilharem, e onde a soma das partes muitas vezes é menos importante do que as atuações individuais. A presença do fantástico, em algumas histórias de forma mais sutil do que em outras, colabora para criar um clima surreal, próximo de um realismo mágico – é um mundo que você conhece bem, e, se já tiver frequentado algum dos bares da vida, talvez até reconheça os personagens, mesmo que estejam escondidos atrás de assassinos seriais e prostitutas; mas é ao mesmo tempo mais do que isso, um mundo de fantasia e magia, de viagens através de espelhos e demônios presos em garrafas, que pouco ou nada deve àqueles habitados por elfos e dragões.

Neon Azul, enfim, é um dos lançamentos mais interessantes do ano, ao menos entre os que eu li. É um livro que você terá vontade de ler mais de uma vez, seja pelo cenário e situações surreais, seja para desvendar e montar o quebra-cabeças que é a boate do título. Uma recomendação fácil.
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