Mariana Destacio 20/06/2022Manual politicamente incorreto sobre feminismo, mulheres e sexoLivro escrito por uma americana, logo, todas as estatísticas, estudos e exemplos citados no livro se referem aos Estados Unidos. Porém, conforme vamos lendo, vemos que não estamos tão distantes assim como parecemos. Todas as mentiras e respostas politicamente corretas promovidas pelo progressimo / feminismo dadas por lá também são dadas aqui. E muito do que foi revelado em pesquisas feitas por lá, tenho certeza que produziriam resultados praticamente iguais por aqui.
O livro vai mostrando o que a agenda feminista prega que a mulheres devem querer, e depois te mostra baseado em dados e pesquisas o que a maioria das mulheres realmente querem. Há várias frases e falas de feministas famosas e o livro te leva a questionar: "será que é assim mesmo igual dizem?"
Existem estatísticas que mostram diferenças salariais entre homens e mulheres, mas é a discriminação a real culpada? Será que o fato das mulheres estarem pulando a parte do cortejo, praticando sexo casual e exercendo "direitos" como o divórcio está realmente trazedo benefícios e tornando-as mais "empoderadas"? Evitar casamento e gravidez a todo custo é um desejo real das mulheres?
As repostas politicamente incorretas pra essas e outras peguntas são: a maioria das mulheres querem se casar, ter filhos e cuidar desses filhos mesmo que isso signifique ficar em casa e abrir mão de uma carreira de sucesso. A virgindade é importante. A mioria não quer sexo casual, e sim um parceiro estável. O divórcio não é um botão de reset e traz consequencias terríveis para todos os envolvidos, principalmente os filhos. Ainda que muitas não se posicionem, a maioria não é pró-aborto igual querem nos fazer acreditar. Fatores biológicas são reais e ditam nas suas escolhas. Mulheres não votam em prol de valores femininos (que as feministas creem que todas as mulheres se importam), mas valorizam candidatos que beneficiem o todo.
Fui criada nessa esfera feminista de que mulher tem que estudar, ser bem sucedida, e que casamento é algo pra se pensar depois dos 30 e olhe lá. Filhos então? Pra que essa preocupação?
Mas quando olho em volta para todas as mulheres que conheço, já que trabalho na enfermagem, e 90% são mulheres, vejo como essa visão é errada, e o que eu aprendi que as mulheres devem querer e o que a maioria quer é totalmente diferente. Não conheço uma única mulher que se arrependeu de ter escolhido os filhos à qualquer outra coisa. Conheço sim, pessoas como eu que ficaram ou ainda estão em cima do muro quanto a tê-los. Não estou dizendo ser impossível ser feliz e realizada sem filhos (e nem o livro está), porém pensar que a maioria é feliz e realizada sem eles como está sendo pregado por aí a larga escala é insensatez.
O movimento feminista pode ter começado com uma boa intenção, porém hoje ele é uma ferramente política basicamente da esquerda, e não beneficia em nada as mulheres.
"Os grupos feministas alardeiam-se campeões da "escolha". Ocorre que sua retórica se aplica apenas à escolha de uma mulher ter ou não ter um filho. Quando se trata de algumas decisões mais importantes sobre a criação do referido filho, as feministas fazem de tudo para limitar-lhes a escolha e manter o poder do governo firme e forte."
Interessante a perspectiva dos últimos capítulos, abordando creches e sistema de saúde financiados pelo governo e como isso impacta diretamente na vida familiar. Muitos dos problemas abordados nos capítulos como muito prováveis de se acontecer, acontecem de fato aqui no Brasil, já que nós possuímos esse tipo de sistema.
Apesar de ser tema atual, ao que parece a primeira edição do livro saiu por volta de 2006. Não sei exatamente quando chegou ao Brasil. Há livros mais atuais sobre o tema, porém creio que esse sirva perfeitamente como material de entrada.