A Dama e o Unicórnio

A Dama e o Unicórnio Tracy Chevalier




Resenhas - A Dama e o Unicórnio


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Ana 14/07/2010

Passagens pornográficas, mas um bom livro para ler rapidinho. Sem contar que tem todo aquele tcham de idade média e envolve uma das mais lindas coleções de tapeçarias do mundo.
Tipo de historinha que vc imagina enquanto baba nelas e toma um ar condicionado no calorento Museu da Idade Média em Paris.
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Rodrigo ~BoB~ 16/07/2011minha estante
Passagens pornográficas? Oba! Gostei! SEXO!




Nivia.Oliveira 23/12/2021

Sou viciada em romances de arte e esse me decepcionou.
Esses tapetes do século XV são incríveis, cheios de detalhes e refinamento. É uma obra, à mon avis, muito sensual. A temática e os elementos bordados estão cheios de simbolismo que não foram aproveitados pela Tracy Chevalier. Ao contrário, ela criou uma história básica, cheia de clichês.
Por exemplo: a mão da dama que acaricia o chifre do Unicórnio (as imagens nos tapetes pendurados nas paredes eram utilizadas para excitar os casais!); um macaco que cheira uma rosa (fálico!); a utilização do pó do chifre do narval (atribuído ao unicórnio – figura lendária) nas igrejas para purificação; a música (órgão) que comumente ambienta as noites apaixonadas... São 5 peças representando os sentidos (visão, audição, paladar, tato, olfato): não utilizamos todos eles ao fazer amor?? E a peça 6 intitulada “o amor” com a inscrição “a mon seul desir” (ao meu próprio desejo) lamentavelmente a autora deixou como apenas uma frase!
Acho que essa dama desconhecida merecia mais: desejos mais fortes, relações mais íntimas e conexões entre os demais personagens. O que gostei é que ela manteve a conversão de desenhos feitos em Paris em bordados em Flandres.
Dou graças à novelista George Sand que lutou pela preservação das peças que hoje podemos apreciar no museu Cluny em Paris.


site: https://www.instagram.com/niviadeoliver/?hl=pt-br
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Ladyce 15/10/2012

Uma leitura leve
Tracy Chevalier me encantou há alguns anos com sua MOÇA COM BRINCO DE PÉROLA, que li muito antes do filme ter chegado aos cinemas. Mais tarde li o romance VIVA CHAMA, que apesar de interessante já não me pareceu tão evocativo de uma era. Por isso mesmo deixei passar um bom tempo para ler A DAMA E O UNICÓRNIO. Raramente a boa experiência de leitura de um autor se duplica na leitura seguinte se ainda estou sob o feitiço do primeiro encontro. E temi que este livro sobre as famosas tapeçarias francesas da proto-renascença pudesse me trazer descontentamento. Posso garantir no entanto que este é um livro charmoso, agradável e um testemunho da grande criatividade da autora que se revela muito hábil ao imaginar as situações que poderiam ter levado à produção das tapeçarias assim como as vidas dos artesãos que as teceram.

O encanto do livro MOÇA COM BRINCO DE PÉROLA não se repetiu. Mas também não saí ao final dessa leitura desapontada: esta é uma narrativa leve, sensual, que tem o mérito de respeitar aquilo que se sabe hoje sobre as tapeçarias em questão. E ainda, este é um romance que traz aos olhos do século XXI, aos não historiadores, a quem não precisa refletir sobre as condições de vida e de trabalho no século XV, uma perspectiva de como seria a vida de então, com suas restrições, suas liberdades, as regras das guildas artesanais, o papel do monastério de freiras na vida de uma mulher. Porque sua pesquisa foi bem feita, Tracy Chavalier instrui ao mesmo tempo que assume o papel de uma Sherazade.

O romance é de leitura rápida e pode ser facilmente degustado num fim de semana prolongado. Seus personagens incluem a Família Le Viste, em particular Jean Le Viste IV, personagem real, original de Lyon, que foi leigo conselheiro de Luis XI e cujo casamento com Geneviève de Nanterre, de antiga família nobre de Lyon, justificaria a encomenda das tapeçarias em questão portando o emblema dos Le Viste, que já havia sido elaborado desde que Jean Le Viste II, seu avô, havia recebido permissão para o porte de armas emblemáticas quando se fizera nobre na corte de Carlos VII. Do outro lado temos uma família de artesãos belgas, de Bruxelas, conhecido centro de tecelagem. Com esta família, Chevalier consegue nos passar como seria o dia a dia de artesãos na Baixa Idade Média.

Se por um lado a trama é tênue e previsível, por outro ela se salva pela acuidade na representação do trabalho artesão e de fatos históricos. Isso releva quaisquer faltas no comportamento quase licencioso retratado em alguns personagens femininos, comportamento inexato pelo que se sabe serem as normas vigentes na época. Não obstante, A DAMA E O UNICÓRNIO oferece um entretenimento leve e informativo.
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Nayana Leal 04/08/2014

Uma obra de arte
Para início de conversa, o livro tem uma capa linda (essa vai para aqueles que como eu, infelizmente julgam um livro pela capa). A narrativa se passa na França do século XVIII, onde um grande nobre parisiense encomenda um conjunto de tapeçarias com a temática de uma dama seduzindo um unicórnio. No entanto, ninguém imaginava que esta encomenda iria alterar o destino e a rotina de tantas pessoas...

O que mais achei interessante e talvez até inusitado, referente aos livros que eu já li, é que neste, cada capítulo é narrado por um eu-lírico diferente, e cada narrador é um personagem envolvido na confecção da tapeçaria ou na criação dos desenhos. Dessa forma, nós não nos apegamos a apenas um personagem. E atenção: aos menores de 18 anos, o livro tem momentos picantes também.

Gostei muito do livro e recomendo, talvez ele não mereça apenas 4 estrela; mas 4,5 ou até 5. Tracy Chevalier foi muito brilhante nesta narrativa. Queria muito dar spoiler,mas quem quiser saber mais vai ter que lê-lo!

Então... uma boa leitura a todos!!
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Lili Machado 01/11/2012

As tapeçarias parecem retratar a sedução de um unicórnio a uma dama, mas a estória delas permanecia desconhecida, até agora...
A Dama e o unicórnio é a resposta da escritora Tracy Chevalier, ao mistério por trás de uma das maiores obras de arte do mundo – um conjunto de tapeçarias medievais que atualmente estão apresentadas no Museu Cluny em Paris.
Elas parecem retratar a sedução de um unicórnio a uma dama, mas a estória delas permanecia desconhecida, até agora...
Paris, 1490 – Jean Le Viste, um nobre francês, encomenda seis tapeçarias para celebrar sua ascenção na Corte. Para tanto, ele contrata o arrogante, talentoso e sedutor Nicolas des Innocents para desenhá-las.
Enquanto mede as paredes onde serão colocadas as tapeçarias, Nicolas conhece uma bela jovem, Claude, filha de Jean Le Viste, e a paixão que surge entre eles é impossível e proibida – por conta da diferença de classes sociais.
A única forma de comunicação dos sentimentos deles, é através dos desenhos das tapeçarias.
Genevieve Le Viste, mulher do nobre, pede a Nicolas para criar cenas em que apareçam um unicórnio, mas o amor dele por Claude inspira os rostos e gestos das mulheres que compõem as cenas.
Nicolas semeia discórdia entre as mulheres da casa – mãe e filha, servas e damas de companhia – antes de levar seus desenhos até Bruxelas, onde as tapeçarias serão tecidas.
Lá, Georges de la Chapelle arrisca tudo que tem para terminar a confecção das tapeçarias – um trabalho fino, delicado, intrincado – a tempo de agradar seu cliente francês.
O resultado muda a vida de todos – vidas capturadas nas tapeçarias, vistas por aqueles que sabem ver.
Em A dama e o unicórnio, Tracy Chevalier reúne fatos históricos, arte e fantasia, numa intrigante trama literária, bela e atemporal – uma estória extraordinária, contada de forma magnífica, a exemplo de sua obra prima, Moça com brinco de pérola.
Este é um estudo sobre poder social e os conflitos entre o amor e o dever, que resulta em poderosa beleza, e que nos faz imaginar que filme fantástico sairia deste livro.
Fatos históricos: Os tapetes são interpretados como mostrando os cinco sentidos - paladar, audição, visão, olfato, tato e "A mon seul désir" (o meu único desejo - numa tradução literal), este último interpretado como o amor. Cada um dos seis tapetes mostra uma senhora nobre e um unicórnio, e alguns incluem um macaco ou um leão na cena. As flâmulas, bem como os brasões de armas do Unicórnio e do Leão nos tapetes carregam as armas do nobre que os patrocinou, Jean Le Viste, poderoso na corte de Carlos VII de França. Os tapetes foram redescobertos em 1841 por Prosper Mérimée, no castelo de Boussac.
A tapeçaria do paladar - A Dama serve-se de um doce num prato, seguro por uma criada. Seus olhos fixos num papagaio que está apoiado em sua mão esquerda. O leão e o unicórnio estão deitados atrás delas, como uma moldura à senhora. Um macaco aparece aos pés, comendo um dos doces.
A tapeçaria da audição - A Dama toca um instrumento sobre uma mesa. A criada jaz em pé do lado oposto, apoiando-se no instrumento. O leão e o unicórnio também ornam o centro da figura, mas nesta tapeçaria suas posições estão invertidas - de forma que eles ficam ao centro da composição.
A tapeçaria da visão - A senhora está sentada, segurando em sua mão direita um espelho. O unicórnio está ajoelhado, com sua pata direita no colo da dama, a quem contempla pelo reflexo no espelho. O leão está ao lado esquerdo.
A tapeçaria do olfato - A senhora está de pé, compondo uma grinalda de flores. Sua criada segura uma cesta de flores, ao seu alcance. Novamente leão e unicórnio ornam a figura, enquanto o macaco surge, tendo apanhado uma das flores, encerrando assim a alegoria, cheirando-a.
A tapeçaria do tato - A dama ergue uma das mãos, tocando o chifre do unicórnio, enquanto a outra aponta para cima. O leão jaz, observando a cena.
A tapeçaria A Mon Seul Désir - Esta tapeçaria é mais larga que as outras, e tem um estilo um pouco diferente. A senhora se levanta em frente a uma barraca, e na parte superior lê-se: À Mon Seul Désir ("Ao meu único desejo"). A criada está ao pé, à direita, abrindo um pequeno baú. A dama está colocando um colar, com o qual aparece nas demais peças. A sua esquerda um banco com bolsas de moedas. O leão e o unicórnio estão em suas posições normais. Esta tapeçaria tem suscitado diversas interpretações. Uma delas diz que a dama pondo o colar no baú expressa a renúncia das paixões, despertadas pelos outros sentidos, e como uma livre afirmação da vontade. Outros dizem que representa o sexto sentido do entendimento. Outras tantas vêem como o amor, ou a virgindade.
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Celso 08/05/2016

Bom livro
Meu segundo livro de Tracy Chevalier, o primeiro foi "Moça com brinco de pérola", a autora escreve muito bem, percebe-se uma boa pesquisa de época.

Ambos os livros falam de obras de arte, o primeiro um quadro e o segundo uma tapeçaria que está exposta no Museu da Idade Média em Paris.

Leitura agradável, interessante e que prende o interesse do leitor. Recomendo.
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Tháh Martins 17/09/2017

Arte entre séculos
A história é ambientada em Paris de 1490, onde o nobre Jean Le Viste contrata o talentoso miniaturista Nicolas des Innocents, para desenhar seis tapeçarias comemorativas de sua ascensão a corte. O tema original iria ser uma representação da sangrenta Batalha de Nancy, mais com grande êxito consegue convencer seu superior, a trocar o tema por um conjunto de imagens representando os cinco sentidos.
Nicolas dá início ao projeto, que poderá trazer glória ou decadência, a sua fama como artista. E enquanto isso o artista encanta, se pela filha de La Viste - Claude- e passa a conhecer intimamente todos os padrões e texturas de um mundo de tentações e frágeis relações. Uma narrativa cheia de detalhes e personagens secundários, que dão a essência perfeita, dividida por entre cada personagem-narrador.
A Dama e o Unicórnio é uma rica e intrigante história sobre a paixão e o preço de uma criação artística, sua literatura em si desta obra é a prova de que as obras de arte nunca perdem seu poder, seguem continuamente inspirando vidas e outras formas de arte através dos séculos.
Apesar da história ser pura ficção, o livro tem o mesmo nome do conjunto de tapeçarias que atualmente se encontram no Museu da Idade Média, em Paris. São as famosas tapeçarias La Dame à la Licorne que são consideradas como um dos grandes trabalhos da arte medieval na Europa, A obra é composta por seis tapeçarias, como alegorias dos cinco sentidos: visão, audição, olfato, paladar e tato. O mistério da sexta, porém, é que ela ganha o título apenas de “Mon seul désir”, meu único desejo. As possibilidades de sua representação trazem à tona uma ênfase no amor humano ou mesmo na ascensão espiritual que seria esse sexto sentido. A sequência das tapeçarias, também, pode sugerir a ascensão social desta dama que se oferece ao casamento. A temática do livro é totalmente inspirada na arte dessas tapeçarias da idade média, onde a autora Tracy Chevalier propõe uma ficção bastante sensual e casual.
É uma leitura agradável, rápida que nos prende realmente a atenção até seu final, com uma referência histórica e artística interessante, que também chega a ser sensível, dependendo da forma recepcionada por cada leitor. Que destaca também as diferenças entre os membros das diversas classes sociais, o papel e as diferenças das mulheres da França e Bélgica do final da Idade Média, a interação entre a arte e a política e, acima de tudo, a criação de arte, as nomeadas tapeçarias e como elas diferem da pintura.
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mara sop 10/09/2019

Viagem através dos sentidos
Nicolas des Innocents, um jovem miniaturista, é contratado por Jean le Viste, um importante nobre francês, para fazer uma série de tapeçarias para sua residência, em comemoração à sua ascensão na corte. A princípio o nobre queria cenas de uma famosa batalha, mas com jeito, o artista o convence a fazer sobre representações dos cinco sentidos. O que o artista não contava era se encantar justo com a filha de seu patrono, a bela Claude, que seria a inspiração para um das tapeçarias. Porém, a moça estava destinada a um casamento político para aumentar ainda mais o prestígio do pai, e jamais poderia ser dele. Como esse amor não poderia ser levado adiante, ele parte para a Bélgica aonde terá os artesãos necessários para dar início ao seu trabalho.

Em Bruxelas ele se hospeda com a família que trabalharia com ele, convivendo lado a lado com Aliénor de la Chapelle, uma jovem cega, filha do tecelão. Durante todo o trabalho de manufatura, Nicolas e Aliénor acabam tendo uma bonita amizade, e ela acaba se tornando mais uma das mulheres que adornam as tapeçarias, no caso dela a da visão, uma alusão à sua deficiência. Por ser um processo ambicioso, Nicolas oscila entre sua obra-prima ou o trabalho que poderia acabar com sua carreira.

Esse livro me deixou encantada!
Não é segredo nenhum que sou apaixonada por história da arte e procuro ler todos os livros que aparecem na minha frente que citem artistas ou obras de arte. Então quando vi esse, não sosseguei até ter em mãos para ler. E não me arrependi. Só para constar, Tracy Chevalier é a mesma autora de Moça com Brinco de Pérola, então vocês já podem imaginar o quanto esse livro é bom!

A Dama e o Unicórnio se altera entre as narrativas em primeira pessoa de vários personagens, tratando os relacionamentos abordados na história com muita sutileza, tato e sensibilidade. Uma ótima dica para os amantes de romances medievais com uma fina camada de tinta para embelezá-lo.
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Claudia Furtado 31/05/2009

Terceiro
Foi o 3º livro da Tracy que li e é o 3º na minha preferência.
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Psychobooks 18/03/2013

Classificado como 3,5 estrelas no Psychobooks
www.psychobooks.com.br

Eu adoro falar sobre as capas lindas e maravilhosas de alguns livros que leio, então, me sinto na obrigação de comentar sobre a capa de A Dama e o Unicórnio, que não é uma das mais bonitas do mundo, mas está relacionada com o livro e durante vários momentos da leitura eu fechava o livro apenas para oolhar para ela e poder 'imaginar' melhor como ficariam as tapeçarias.

- Enredo

Para celebrar sua ascenção na Corte fracesa, Jean Le Viste, resolve encomendar uma série de tapeçarias para ornamentar sua sala de recepções. Para tal trabalho, ele contrata o talentoso jovem artista Nicolas des Innocents - que é um tanto arrogante e sedutor -, para desenhá-las. Enquanto Nicolas está medindo a sala para realizar seu trabalho, ele conhece a bela jovem Claude e fica encantado com a moça, mas logo se desanima ao saber que ela é filha do nobre que o contratou, já que a diferença entre suas classes sociais nunca permitiria que eles ficassem juntos.

Originalmente as tapeçarias eram para ser sobre uma batalha, com muitas espadas, sangue e soldados, mas Genevieve Le Viste - esposa de Jean -, convence o artista a mudar o tema já que ela não acha agradável cobrir as paredes de uma sala que suas filhas irão frequentar com tanta violência. Ela pede para que as obras tenham mulheres e sejam mais suaves.

Após pensar bastante e ter um sonho um tanto conturbado, Nicolas resolve fazer o desenho de unicórnios, criaturas mitológicas com o poder de cura e sedução. A tapeçaria será confeccionada em Bruxelas, por um ateliê muito renomado e Nicolas insiste em acompanhar as modificações que deverão ser feitas para que sua pintura se tranforme em uma tapeçaria, mas antes de partir, ele deixa muita confusão entre as mulheres da família Le Viste.

- Personagens e Narrativa

O propósito de cada personagem, até o mais secundários, é bem delimitada dentro do enredo. Cada um com seu propósito, característica e bagagem.

Nicolas é o típico artista sem vergonha, que quer apenas aproveitar os prazeres da vida. É bonito, sedutor e sabe bem como conquistar as moças ao seu redor com sua fala mansa e a história do unicórnio sedutor que pode te levar ao paraíso. Eu gostei bastante do seu desenvolvimento ao longo da leitura, bem como todas as consequências para seus atos.

Georges de la Chapelle é o dono e responsável pelo estúdio que irá confeccionar as tapeçarias e mesmo com um mal pressentimento sobre o trabalho, que tem prazo apertado e não será muito bem remunerado, ele aceita o desafio e por isso, sua vida e de sua família mudam para sempre. Ele é carinhoso com sua família, meticuloso no trabalho e o mais importante, escuta o que sua esposa tem a dizer, o que não era muito comum no final do século XV.

Claude e Aliénor não poderiam ser duas jovens mais diferentes, tanto fisicamente como suas personalidades. Confesso que sinto mais simpatia por Aliénor, não só por sua condição física, mas também por sua simpatia, bondade e acima de tudo, coragem.

A narrativa é feita é primeira pessoa e sob o ponto de vista de diversos personagens. Eu sou uma leitora que gosta quando um autor escreve sob o ponto de vista de mais de um personagem, mas isso não é uma tarefa fácil e foi aqui que a narrativa da Tracy acabou se enrolando e perdeu pontos comigo. A distinção entre os narradores não é perceptível, todos narram da mesma forma, usam a mesma linguagem e demora um pouco para o leitor reconhecer quem está lhe contando a história.

- Mas e aí, você indica a leitura?

Com certeza. Não fiquei tão encantada quanto quando li Moça com Brinco de Pérolas, mas mais uma vez a autora conseguiu criar uma bela história de ficção baseada em uma peça real e isso torna seu romance atemporal. Ela fez um trabalho excelente ao retratar fatos hitóricos de uma forma leve, eu não tinha nenhum conhecimento sobre como era confeccionada uma tapeçaria e gostei muito da forma como a autor passou essas informações, que chegaram aos poucos, dentro do contexto do romance, sem me deixar entediada ou assustada com uma avalanche de fatos e detalhes.

"Quase me esqueci de comentar! Tem algumas cenas bem sensuais, que foram bem escritas e têm seu propósito na trama ;)
(...) Sonhei com unicórnios e damas rodeadas de flores, uma menina mastigando cravo-da-índia, outra se olhando no fundo de um poço, uma dama segurando jóias ao lado de um cofrinho, uma menina alimentando um falcão. Tudo tão misturado que não consegui entender. Não foi um pesadelo, mas um desejo.
Quando acordei, minha cabeça está desanuviada, e eu, pronto para tornar os sonhos realidade."
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Carol 27/10/2017

Delicado
Livro leve e gosto de se ler! Impossível não gostar de todos os personagens da trama, cada a sua maneira de ver a vida, muitos significados para o unicórnio e suas damas! Não sou muito de romance, ms admito que gostei muito desse, não é meloso e impossível de acontecer, não é fora da realidade!
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Andrea 27/01/2023

Primeira grande surpresa do ano!
A dama e o unicórnio é o título de um conjunto de tapeçarias datadas da baixa Idade Média (1490) das quais não se sabe quem foram os autores, tapeceiros ou mesmo qual foi a motivação para fazer trabalho tão grandioso e belo. Intrigada com isso, Tracy Chevalier decidiu ela mesma amarrar os fios dessa história, criando personagens e situações fictícias que bem poderiam ter acontecido de fato e ocasionado na criação de uma das mais belas obras da Idade Média.
A narração é sempre feita em primeira pessoa e acompanha diversas personagens diferentes, com envolvimentos também diversos com a tapeçaria. Se você gosta de romance, história e personagens cativantes, com certeza, A dama e o unicórnio surpreenderá você tanto quanto me surpreendeu! Ótima leitura!
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Artemisiar 09/02/2023

?
Eu tinha deixado esse livro para trás porque tinha achado ele ruim, mas lendo ele agora não o acho desagradável, porém ele poderia ter uma história mais bem aproveitada, interessante e maior.
Aliás o Nicolas des Innocentes é pior personagem desse livro, e Alianor é a melhor.
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