A ideologia alemã

A ideologia alemã Karl Marx
Friedrich Engels




Resenhas - A ideologia alemã


46 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4


yongguksoft 10/05/2022

"Os pensamentos da classe dominante são também, em todas as épocas, os pensamentos dominantes, ou seja, a classe que tem o poder material dominante numa dada sociedade é também a potência dominante espiritual." - Ideologia Alemã, KM.
comentários(0)comente



Lacerda 15/09/2023

"A Ideologia Alemã" é, sem dúvida, uma obra que se revela como uma poderosa ferramenta de validação para aqueles que buscam uma perspectiva racionalista em suas análises sociais e políticas. Para mim como leitora que compartilha dessa percepção, o livro se apresenta como um encontro marcante com ideias fundamentais que ecoam profundamente em sua mente, conferindo uma sensação de não estar sozinho em suas reflexões.
comentários(0)comente



Marcia 12/08/2023

Preciso ler uma outra edição desta obra. A organização textual aqui apresentou-se tão confusa que interferiu na compreensão do texto como um todo. Mesmo assim, alguns focos sobre a cidade e o campo deixou bem claro porque essa temática esteve tão presente no movimento do Romantismo.
comentários(0)comente



Esther Zambotti 08/05/2020

Excelente obra para conhecer os escritos de juventude de Marx e Engels. Mais organizado do que seus escritos soltos e organizados posteriormente nos Manuscritos econômico-filosóficos, mostra as razões para a ruptura com os jovens hegelianos. Lembrando que se encerra com as Teses sobre Feuerbach.
comentários(0)comente



Inlectus 29/05/2009

É um lado.
Escrito como foi, com uma convicção política, de fato torna-se uma leitura muito esclarecedora, sobre duas mentes que acreditavam naquilo que defendiam.
comentários(0)comente



Romeu Felix 25/02/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
"A Ideologia Alemã" é uma obra escrita por Karl Marx e Friedrich Engels em 1845-1846, que apresenta a base teórica do materialismo histórico e dialético. O livro se propõe a fazer uma crítica à filosofia alemã contemporânea, e a desenvolver uma nova concepção da história e da sociedade.

A obra é dividida em três partes: a primeira parte trata da crítica à filosofia alemã, a segunda parte aborda a concepção materialista da história e a terceira parte discute a organização da sociedade comunista. Marx e Engels argumentam que as ideias e concepções dos homens são determinadas pelas suas condições materiais de existência, ou seja, pela forma como produzem e se reproduzem materialmente na sociedade.

Opinião:
"A Ideologia Alemã" é uma obra fundamental para compreender o pensamento de Karl Marx e Friedrich Engels, e sua contribuição para o desenvolvimento da teoria marxista. Embora tenha sido escrita há mais de 150 anos, as ideias apresentadas no livro continuam a ser discutidas e aplicadas em diversos campos do conhecimento, desde a filosofia até as ciências sociais. A edição da editora Civilização Brasileira é bem cuidada e inclui uma introdução e notas que ajudam a contextualizar o livro historicamente.
Por; Romeu Felix Menin Junior.
comentários(0)comente



thegoldrush 16/04/2023

As ideias da classe dominante são, em cada época, as ideias dominantes, isto é, a classe que é a força material dominante da sociedade é, ao mesmo tempo, sua força espiritual dominante.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Janos.Biro 17/11/2017

A ideologia alemã
O objetivo de Marx em A ideologia alemã é criticar os jovens hegelianos e desligar-se deles por completo. Para Marx, o sistema idealista hegeliano foi criticado por discípulos tardios de Hegel, representados por Feuerbach, Bruno Bauer e Max Stirner, mas seu postulado básico não foi negado. Isto é, eles aceitaram a crença de que o mundo real é produto do mundo ideal. Se as ideias determinam o mundo material e as relações reais dos homens, bastava livrar-se do domínio das ideias e de tudo que a história representou até então. A ideologia alemã teria reduzido a história dos homens a uma concepção falsa ou a uma mera abstração. As condições reais da dominação, porém, permaneceram intocadas.

Rejeitando a crença hegeliana, Marx procura afirmar que os homens não organizaram suas relações em função das representações que faziam. Não foram as representações de Deus, por exemplo, que alienaram o homem, como é o caso na crítica feuerbachiana da religião. O homem não foi dominado pelo seu próprio mundo imaginário, mas pelas relações reais e históricas. Por isso, revoltar-se contra o domínio do mundo das ideias e trocar as ilusões que estariam determinando a vida humana pela própria vida real e material seria uma atitude inocente e pueril, pois o domínio sempre partiu do mundo real, e são as próprias condições reais e materiais de dominação que precisam ser mudadas. Toda essa suposta revolução filosófica que os jovens hegelianos estavam promovendo ao derrubar o sistema hegeliano não seria nada senão charlatanice filosófica de cunho burguês.

Marx denuncia o comprometimento ideológico burguês desses filósofos alemães ao comparar a “revolução filosófica” dos jovens hegelianos a uma exploração industrial dos restos mortais do espírito absoluto e uma disputa comercial para vender os produtos derivados dessa indústria no mercado intelectual alemão. Ele compara a ilusão desses filósofos com a de um homem que julga poder se salvar de um afogamento livrando-se da ideia de gravidade, denunciando que as condições reais do homem só podem ser mudadas a partir delas mesmas. Para fazer isso, era preciso partir de uma perspectiva mais ampla do que a alemã. Marx coloca-se de fora da perspectiva ideológica alemã para daí poder criticá-la. Seu ponto de vista seria o da realidade francesa e mais concretamente da inglesa.

O sistema filosófico que teria dominado a consciência alemã seria um fruto do sistema hegeliano. Os jovens hegelianos teriam criticado Hegel sem deixar de depender de Hegel, ou seja, sem criticar o conjunto do sistema hegeliano por completo. Eles teriam criticado apenas aspectos isolados. Suas críticas teriam se limitado à crítica das representações religiosas, como se o cerne da mudança consistisse em livrar-se da religião, vista como raiz de todo mal justamente por ser a fonte das representações que determinavam as relações reais dos homens. Tudo que foi compreendido pelos velhos hegelianos foi pelo mesmo motivo criticado pelos jovens hegelianos, que aceitaram assim a autonomia dessas representações ideais, e ao mesmo tempo consideraram-se libertadores da humanidade por combatê-las. Tratava-se de uma mudança de consciência: a consciência religiosa deveria ser substituída pela consciência humana, a consciência crítica ou a consciência individual.

Ao dizer que o homem estava sob o domínio de uma ideologia, os jovens hegelianos não fizeram nada senão combaterem unicamente no reino ideológico ao invés de combater no mundo real. Para Marx, nenhum deles se perguntou sobre a relação entre a sua crítica e o seu meio material. Marx define suas bases como sendo as condições materiais de existência, e não os dogmas. Essas bases são engendradas pela própria ação dos indivíduos reais, e por isso são verificáveis empiricamente. O homem se distingue dos animais exatamente por produzir seus próprios meios de existência. O que os homens são coincide com a sua produção, tanto com o que é produzido quanto com o modo de produção. Nosso atual modo vida só se tornou possível porque em primeiro lugar houve uma condição material: o aumento da população. Esta provocou o surgimento de novas necessidades: a intensificação das trocas comerciais, a divisão do trabalho e a separação entre cidade e campo.

As formas de propriedade são determinadas pelas técnicas de produção em cada estágio do desenvolvimento da civilização. Assim, quando passamos da caça e coleta para o pastoreio e a agricultura, por exemplo, outra estrutura social se forma a partir dessas novas relações de produção. É o aumento da população e das necessidades que desenvolve o terreno para a escravidão, para o comércio e para a guerra. A forma de propriedade deixa de ser tribal e passa a ser comunal, devido à reunião de várias tribos em uma única cidade. Neste ponto, Marx questiona se a força motriz da história foi o contrato social ou a conquista violenta. Mas o mais importante é que a estrutura social e o Estado surgem de um processo material, e não de representações. As condições e limites dessas coisas são determinados pela materialidade e não pela vontade. Podemos entender o conceito de “real” em Marx como aquilo que independe de nossa vontade, e por isso se distingue do que é ideal.

Para Marx, as ideias seriam as expressões da atividade material dos homens. “O ser dos homens é o seu processo de vida real”, e se a ideologia inverteu isso, dizendo que o processo de vida real foi regido pela “essência”, essa inversão da realidade é também resultado de um processo histórico. É só na atividade real que se examina a ideologia. Logo, a moral, a religião e a metafísica não possuem autonomia e nem sequer história. Elas não se desenvolvem por si mesmas, mas são apenas produtos do desenvolvimento material do homem. Para Marx, este modo de considerar as coisas parte de premissas reais, que são os homens em sua atividade empiricamente visível. “É aí que termina a especulação, é na vida real que começa portanto a ciência real, positiva, a análise da atividade prática. Do processo, do desenvolvimento prático dos homens”. Percebe-se aí que o conceito fundamental para a crítica de Marx é o de “realidade”. Ele julga ter acesso a essa realidade ao analisá-la na sua dinamicidade, no seu movimento, na ação empírica e histórica dos homens, o que está indicado nos termos “atividade prática”, “processo” e “desenvolvimento prático”. Está implícita aí a concepção de progresso cumulativo de eventos históricos, ainda que dialético. Para questionar Marx, é preciso reavaliar suas premissas centrais: o acesso imediato à realidade concreta.

Para Marx, não é possível conceber que as mudanças nas concepções filosóficas de uma época possam determinar por conta própria uma mudança nas condições “reais” da sociedade, justamente porque a realidade é aquilo que independe da filosofia. A história real é a única realmente autônoma, já que segue seu curso independente do que se pense sobre ela. O primeiro fato histórico é a produção dos meios de subsistência, pois a base da vida humana é o que se come e bebe. Nesse ponto, Marx ainda concorda com Feuerbach. A diferença é que Marx toma isso como um fato histórico, enquanto acusa Feuerbach de não ter uma base material para a história. A história dos ideólogos é abstrata, e suas bases não se encontram na história, mas em conceitos tais como o de “pré-história”, sobre o qual se pode especular sem limites.

O homem produz sua própria vida pelo trabalho e a dos outros pela procriação. Até mesmo a primeira relação social nasce também de uma condição material: a família. A produção de uma teoria que entra em contradição com as relações sociais existentes só se torna possível porque essas relações entraram em contradição com a força produtiva existente, na divisão entre o trabalho material e o trabalho intelectual. A divisão do trabalho implica em todas as contradições, separando a sociedade em famílias desiguais. A mulher e os filhos são as primeiras formas de propriedade do homem, numa espécie de escravidão familiar. A divisão de trabalho implica também na divisão entre o interesse individual e coletivo. É a divisão de interesses que torna a ação do homem em força estranha a ele mesmo, à qual ele se opõe. A classe que alcança o poder político apresenta seu próprio interesse como interesse geral. Essa universalidade é apenas uma forma ilusória da coletividade. Este seria um indicativo da “alienação”, termo que Marx trabalhou melhor em obras posteriores.

Foram condições práticas, e não ideias, que colocaram os homens na história universal. Os homens se encontram por isso em circunstâncias que podem ser mudadas pela própria prática. O fim da propriedade privada, por exemplo, determinaria o fim do estranhamento do homem em relação ao seu próprio produto. O modo de produção comunista não seria um ideal pelo qual a realidade deveria se guiar, mas um movimento real que supera o estado atual das coisas. A sociedade civil foi o verdadeiro palco da história. Ela “compreende o conjunto das relações materiais dos indivíduos dentro de um estágio determinado de desenvolvimento das forças produtivas”. Por isso, é somente a partir de si mesma que uma dada condição social pode ser superada. Para Marx, não há saída da civilização, nós podemos no máximo revolucionar seu atual estágio.

O que se chamava de Espírito universal se revela no mercado mundial. Na perspectiva comunista, a libertação individual se realizará na transformação da história em história universal da produção da consciência. A cooperação dos indivíduos em escala histórico-mundial será consciente e não imposta ou estranha. Será dominada pela ação recíproca dos homens entre si. Pois os indivíduos criam uns aos outros, no sentido físico e moral, mas não no sentido do “self made man”. Os idealismos se derrubam com o fim das relações sociais concretas que os sustentam. O homem é produto e produtor do meio. A revolução não será apenas contra condições particulares da sociedade existente, mas também contra o conjunto da atividade que constitui sua própria base.

Os ideólogos recusavam a história dos outros povos e afirmavam a hegemonia da Alemanha proclamando a hegemonia da teoria. Quando falam do homem, falam na verdade do alemão. Marx fala dos homens históricos reais, e nesse sentido fala de todos. O mundo sensível é um produto histórico cumulativo em função das mudanças nas necessidades. Neste sentido, não há separação entre homem e natureza. O homem sempre fez parte da natureza e a história sempre foi natural. Mesmo as ciências da natureza nada seriam sem o comércio e a indústria. Não há natureza fora da história do homem. O homem não é um mero objeto sensível, é uma atividade sensível. O mundo sensível é a soma da atividade sensível dos indivíduos. Para Feuerbach a história e o materialismo estavam separados. Marx introduz a noção de materialismo histórico: a história é a sucessão de gerações que exploram os materiais, os capitais e as forças produtivas transmitidas pelas gerações anteriores, o que lembra a teoria darwinista. Há uma continuidade ainda que as circunstâncias se modifiquem. A ideologia, porém, dá à história passada a finalidade de gerar a história presente.

“Os pensamentos da classe dominante são também, em todas as épocas, os pensamentos dominantes”. Eis aí um esboço da ideia de que a superestrutura (poder espiritual dominante) é determinada pela infra-estrutura (poder materialmente dominante). Dentro da classe dominante pode haver divisão entre trabalho intelectual e trabalho material, que pode até gerar conflito quanto à teoria, mas não quanto à prática. A existência de ideias revolucionárias pressupõe a existência de uma classe revolucionária. Em cada época, se acreditou no que essa mesma época disse de si mesma. Agora, diria Marx, trata-se de revolucionar as condições existentes, e não as ideias. Enfim, não são as ideias revolucionárias que mudam as condições sociais, mas as práticas das quais essas ideias são apenas as expressões.

A epistemologia marxista é materialista, histórica e dialética. Sua ciência parte do concreto e não visa uma produção teórica de conceitos, mas um conhecimento prático. Ele encerra a história das ciências naturais e humanas dentro da ciência da história. O método histórico-dialético seria o mais correto porque a realidade seria dialética.

As questões que poderíamos fazer são: O abstrato, em última instância, é produto do concreto? Devemos tomar o que é chamado de “concreto” como base do conhecimento? A distinção entre abstrato e concreto, seja ela dicotômica ou dialética, não é, em si, conceitual? A realidade é dialética, ou seria a dialética somente um modo de organizar nossa percepção da história em termos de movimento processual? Enfim, temos um acesso direto à realidade concreta? Se não temos, como podemos afirmar que o método histórico-dialético é o mais correto? Essas seriam as questões básicas a serem respondidas antes de se aceitar ou rejeitar a perspectiva marxista.

site: http://www.janosbiro.com.br/post/111479626448/a-ideologia-alem%C3%A3
comentários(0)comente



Camaradalopes07 20/06/2023

A ideologia da classe dominate!
A ideologia são daqueles que detém os meios de produção (Burguês), Marx e Engels dizem.

"Os pensamentos da classe dominante são também em todas as épocas, os pensamentos dominantes, ou seja, a classe que tem o poder material dominante numa dada sociedade é também a potência dominante espiritual. A classe que dispõe dos meios de produção material dispõe igualmente dos meios de produção intelectual, de tal modo que o pensamento daqueles a quem são recusados os meios produção intelectual está submetido igualmente a classe dominante."



comentários(0)comente



Talvanes.Faustino 14/07/2021

Iludindo fui
Peguei esse livro pensando que um milagre havia acontecido; um livro curto de Marx. Mas esta edição não é integral é um coletânea que serve pra te introduzir na obra, por isso, apesar a ilusão, recomendo a obra.
comentários(0)comente



Charles Lindberg 24/09/2022

Preciso reler com alguém me explicando
Li? Sim. Entendi? Nem tudo. Passei quase dois meses lendo, voltando, relendo, olhando as referências. Alguns parágrafos eu tive que ler cinco vezes pra absorver num nível superficial. Tinha uma boa noção do que o livro tratava antes de começar, então facilitou a minha vida.

Marx é confuso demais. Ainda bem que tinha Engels pra botar juízo na cabeça desse menino.

Achei a organização desta edição da Boitempo confusa.
comentários(0)comente



Luara139 14/06/2022

Histórico
No livro você vai observar a formação do que é a história para os autores, de como ela é vista e articulada com o decorrer do tempo. Não só a história, é claro, mas todo o meio existencial do ser humano e seu processo de identificação como um ser que depende da história para existir. O livro aborda o processo de desenvolvimento da propriedade privada, da burguesia e do proletariado, até mesmo como um indivíduo se identifica com o seu próprio trabalho, como uma forma artística; isso antes do "bum" capitalista.
Enfim, leitura ótima.
comentários(0)comente



Elias.Fernando 07/01/2022

Marx detonando geral
A curiosisade nos move. Foi isso que me levou a ler os livros de Marx. Este é o segundo título que consigo concluir dele, depois de um longo tempo. Porém, nao sei se é a melhor forma de se adentrar nos escritos de Marx. Para quem tem apenas curiosidade e nao vai estudar a obra do autor é mais idicado ler obras de história da filosofia ou livros que explicam suas ideias. Obviamente é sempre recomendado o contato direto com a fonte (com a traduçao, a menos que saiba alemão), mas achei que a leitura de uma obra tao extensa e detalhada nao é o ideal para alguém que só quer saber do que se trata a ideologia alemã. Ele confronta as ideias de autores alemães, muitas vezes de forma ácida e ironica, mas para isso ele expõe muito do que cada autor criticado escrevera, ou seja, leva tempo. É uma obra importante de ser lida, mas para quem de fato tenha interesse em se aprofundar e estudar suas ideias.
comentários(0)comente



Marry dudis 12/06/2023

Ideologias
Esse pequeno livro traz uma parte essencial do pensamento marxista.
Principalmente para se entender o ponto de partida das suas teorias.
Gostei como ele toca em vários pontos considerados imutáveis e obras do acaso.
comentários(0)comente



46 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR