alynebz 13/04/2024
"Ninguém aprende a ser corajoso. Temos apenas que fazer o que é certo, ainda que seja assustador."
Um Jardim repleto de borboletas, capturadas e selecionadas com muito cuidado pelo jardineiro, com novas identidades e espécies diferentes, para serem expostas no auge da sua beleza, até onde os vidros as cercam, para serem eternizadas.
O livro é narrado por Maya, em primeira pessoa, e algumas vezes pelos detetives. Ela é uma das borboletas, e agora que tudo acabou, precisa dizer como tudo aconteceu. A história intercala, como flash backs, do passado de Maya até como chegou ao Jardim, narrando o sofrimento vivido nas mãos do jardineiro e o filho dele, e como conseguiu sair desse lugar bizarro e angustiante.
A escrita desse livro é diferente, nem tão fluida, mas também não tão maçante, ele disseca muito bem todos os acontecimentos, e o fato de ser narrado também em terceira pessoa pelos detetives algumas vezes acaba sendo confuso, mas é um livro muito curioso e instigante. Um ponto negativo: acho que poderia ter revelado alguns pontos cruciais sem muita enrolação.
A história do livro é triste, é algo que jamais conseguiria imaginar se não tivesse lido, e nos causa um efeito estranho e doloroso, e a forma como é narrado nos permite nos colocar no lugar dos personagens. Eu recomendo o livro? Sim, mas para quem sabe que pode aguentar ler. Não é um livro com um final feliz, por mais que aparente ter sido.