A Cidade e As Serras

A Cidade e As Serras Eça de Queiroz




Resenhas - A Cidade e as Serras


159 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Giordano.Sereno 13/04/2024

Belo livro
O início desse livro é muito lento e maçante. Utilizando as palavras de Jacinto: "Que maçada!". Corresponde justamente à parte em que Jacinto e Zé Fernandes estão em Paris. Mas quando eles partem para a serra, tudo muda. Temos uma história divertida, espirituosa e interessante que prende o leitor até o final.

Ao ler a sinopse, pode parecer que a história é previsível. Mas não é. Apenas sobreviva ao início maçante que você será recompensado.

Depois fiquei pensando se esse início difícil não foi proposital. Talvez o autor quisesse compartilhar com o leitor o tédio de Jacinto em Paris. Se foi isso mesmo, foi uma estratégia arriscada. Fico imaginando quantos leitores abandonaram o livro por esse início difícil
comentários(0)comente



Renato 05/04/2024

A Cidade e as Serrae
Escrito por Éça de Queiroz, o livro A Cidade e as Serrae conta a história de um homem (Jacinto) que Nasceu em uma cidade rural de Portugal e que Logo foi morar na alta sociedade de Paris, e de seu amigo - e narrador da história - (José) que viveu a vida sob as delícias do campo.

Nesse livro, Eça de Queiroz se afasta do realismo e parece, de forma mais atual para a época, adotar o tema arcadista "fulgure urbem", já que a personagem principal é adepta do advento da tecnologia e sente uma aversão à toda simplicidade encontrada no campo. Porém, Jacinto acaba passando por eventos que fariam ele ter uma outra visão da sociedade francesa e da cultura rural portuguesa.
comentários(0)comente



Nataly 25/03/2024

Livro chato, de linguagem rebuscada e história lenta. Esse seria o resumo da obra. Por muitas vezes senti vontade de abandonar a leitura, cuja história começa a se desenvolver apenas na reta final da obra literária.
comentários(0)comente



Luiz Pereira Júnior 19/03/2024

O poder dos clássicos
“A cidade e as serras”, de Eça de Queirós, é um clássico da literatura portuguesa do século XIX e, provavelmente por esses motivos, mais fácil de agradar aos leitores adultos com experiência de leitura. E nisso não vai preconceito nenhum, nem qualquer forma de preconceito, pois me lembro de ter lido “Dom Casmurro” para o meu distante vestibular e ter detestado, mas me apaixonado por Machado de Assis algumas décadas depois.

Nesse romance, Eça de Queirós centraliza a ação em dois adultos jovens, ambos ricos e bem situados socialmente. Zé Fernandes é dono de uma quinta no interior de Portugal e Jacinto (muito mais rico) de várias propriedades nesse mesmo país. Ambos vivem em Paris cercados de luxos, de companhias fúteis, em busca de prazeres que nunca se realizam e cheios de obrigaçõezinhas sociais. Jacinto reclama de tudo e passa por um período de profunda depressão por ter tudo a seu bel-prazer. Ambos os amigos decidem fazer uma viagem de trem da França a Portugal, mas suas bagagens se perdem e eles são obrigados a viver com a roupa do corpo nos primeiros dias em que passam nas serras, onde têm suas grandes propriedades rurais. E lá reencontram o sentido da vida, o prazer da existência, a direção do espírito e a “pequena medida de paz que todos nós almejamos” (adivinhe de qual filme eu tirei essa frase).

Um dos melhores momentos é quando, em meio a tanta idealização bucólica, uma criança pára à porta de Jacinto e nada diz, apenas fica olhando para o fidalgo. O empregado diz que é uma criança pobre, que passa fome e que mora nos arredores. Jacinto, perplexo, pergunta se há gente passando fome em suas terras e decide, então, melhorar a vida de todos, construindo moradias dignas e melhorando a alimentação de todos. Lembrei-me da história do príncipe Sidarta Gautama, que vivia em meio a um paraíso protegido pelo seu pai, que não queria que o filho conhecesse a miséria do mundo.

Vale a pena? Com certeza, mas apenas se você não for obrigado a ler esse livro por algum motivo (afinal, nada obrigado presta) e ajuda bastante se você tiver alguma experiência com a leitura, pois são muitos os trechos descritivos e alguns arcaísmos podem atravancar a leitura para os inexperientes. Mas, é claro, quem sabe você não seja surpreendido mais uma vez pelos enormes poderes dos clássicos...
comentários(0)comente



milene 02/03/2024

Paralelo com o uso das redes sociais
O livro apresenta uma comparação entre o modo de viver no campo e na cidade. Há uma discussão muito interessante sobre futilidade, consumismo e a essência da vida humana. Para nós, essa dicotomia pode soar repetitiva, pois já foi usada em muitas e muitas obras, de modo que o que realmente me prendeu ao livro foi o paralelo que consegui traçar com as características dadas à vida na cidade (ritmo frenético, múltiplas opções para tudo, insatisfação constante, consumismo, etc) e a maneira como usamos as redes sociais hoje. Obviamente não foi a intenção original do autor hahaha mas me fez refletir bastante :) As melhores obras são assim: carregam uma mensagem atual apesar de terem sido escritas há anos.
comentários(0)comente



booksdalaus 26/02/2024

A cidade e as serras
A Cidade e as Serras é um romance de Eça de Queiroz, publicado em 1901, pertencente à última fase do escritor, onde se afasta do realismo e abandona a crítica pesada que fazia à sociedade portuguesa da época. O próprio título já indica sobre o enredo. Nesse livro, Queiroz faz uma comparação entre a vida módica e agitada de Paris e a vida tranquila e pacata na cidade serrana de Tormes.
comentários(0)comente



@fabio_entre.livros 23/02/2024

O Tédio e a Felicidade
Último romance de Eça de Queirós, "A cidade e as serras" é um livro que faz jus ao momento de sua publicação (póstuma, aliás): é uma obra curta, sem preocupação com a complexidade de personagens e tramas. Quando foi escrito, o autor já havia abandonado a ferocidade sarcástica com que criticava as mazelas sociais de sua época, e que são temas da melhor fase de sua produção literária.
Aqui o Realismo cede espaço para um "quase-Romantismo-tardio", centrado na idealização da vida simples do campo em contraponto à agitação dos centros urbanos onde se desenvolvia a cultura e o progresso industrial em fins do século XIX. Para obter este contraste, Eça localiza sua narrativa entre dois pontos aparentemente inconciliáveis: Paris (a "Cidade"), epicentro cultural da época, e duas grandes propriedades na zona rural de Portugal (as "Serras"). Da mesma forma, as perspectivas sobre esses lugares são mostradas através dos dois protagonistas: José Fernandes, rapaz provinciano que conduz a narrativa em 1ª pessoa, e seu amigo Jacinto, sujeito afetado que vive na capital francesa e padece do spleen que só é possível àqueles que nasceram em berço de ouro. Embora suas origens remontem a uma linhagem de "Jacintos" rurais que fizeram fortuna com seus latifúndios, o Jacinto atual tem verdadeira fobia da vida no campo, por julgar que lá não há "civilização". Ocorre, então, um incidente que exige o retorno de Jacinto à sua propriedade nas "serras" portuguesas e, mesmo um tanto a contragosto, ele volta para lá. A partir daí, ele sofre uma metamorfose drástica na maneira de encarar a vida campestre.
Pois bem; por ser um romance curto, como já citado, o desenvolvimento da história é muito superficial e isso é notável tanto na "conversão" de Jacinto, que ocorre de forma muito rápida, quanto na própria caracterização dos personagens. Com exceção dos protagonistas (e mesmo estes são limitados pela perspectiva da 1ª pessoa), os demais personagens têm pouca relevância, ainda que um certo Grilo tenha lá seus momentos. Já em termos de representação do contraste entre cidade e campo, a literatura oferece melhores exemplos, como o ótimo "Norte e Sul", de Elizabeth Gaskell.
Mas, seja como for, Eça em fim de carreira ainda é Eça. O humor pontual ainda está presente aqui, mesmo que não com todo o vigor dos trabalhos anteriores; a narração, por sua vez, passados os trechos realmente maçantes ambientados em Paris, ganha uma fluidez bem agradável quando começa a focar a beleza e a simplicidade de Tormes e Guiães (onde se localizam as propriedades rurais de Jacinto e Zé Fernandes, respectivamente).
comentários(0)comente



Adamastor Portucaldo 18/02/2024

Bons Tempos
Bendita professora de português, Dagmar. Um anjo que desceu do céu e me presenteou com o gosto da leitura ?. Eram quatro livros por ano: Zé de Alencar (amigos de longa data...chamo de Zé), Machado de Assis, Eça de Queiroz e por aí foi. Nem pensava (eu) em vestibular, mas alguém já estava plantando as bases.
comentários(0)comente



Leitorconvicto 21/01/2024

Minha pergunta é...
Esse livro é uma autocrítica? O humor que carrega as cenas e o questionamento do livro: as cidades e as serras, formam um fundo para o próprio leitor buscar uma resposta.
comentários(0)comente



elske 25/12/2023

A felicidade está na cidade ou nas serras?
Um livro muito engraçado, com muito humor e ironia. Há essencialmente dois personagens principais: Jacinto, o Príncipe, herdeiro de um grande patrimônio de dinheiro e de terras, e seu melhor amigo Zé Fernandes, o narrador, que funciona como um representante do "bom senso" perante as ideias exóticas do seu companheiro. Ambos são portugueses. A história se desenrola primeiro em Paris, onde Jacinto sempre viveu, num apartamento de luxo, com as melhores tecnologias da "Civilização". Ele busca sempre as novidades, os objetos mais modernos, tudo para poder ter uma vida melhor e mais próxima do ideal de Civilização e Cidade, alcançando assim a felicidade. Todavia, está sempre insatisfeito: os utensílios, aparelhos, objetos moderníssimos que está constantemente adquirindo e repondo nunca lhe dão a felicidade esperada. Ao contrário, toda essa tecnologia o decepciona, não lhe satisfaz, e às vezes não funciona; assim, em Paris Jacinto tem um humor ruim, deprimido, anda curvado e melancólico, mas sempre procurando alguma grande novidade que vai poder alegrá-lo. Ele é sempre acompanhado por Zé Fernandes, que, ainda que também more em Paris, conhece como é a vida no interior de Portugal, na "serra", para onde Jacinto nunca foi. Tudo muda quando Jacinto recebe carta de sua propriedade principal, Tormes, no interior de Portugal: houve um deslizamento de terra, fazendo ruir a capela onde estavam enterrados os ossos dos ancestrais de Jacinto, nobres fidalgos. Era necessário, pois, juntar os ossos novamente, e dar-lhes novo enterro digno. Isso fez com que Jacinto tivesse vontade de ir, pela primeira vez, às suas terras em Portugal. Assim vai, acompanhado de seu companheiro Zé Fernandes, e vai tendo vários "choques de realidade", de homem da Cidade, vivendo no luxo extremo, que de repente conhece uma outra vida, na serra. Os episódios vividos por Jacinto são narrados com ironia e humor por Zé Fernandes, representante do bom senso perante as ideias teimosas e distantes da realidade de seu amigo Jacinto. Jacinto lembra um pouco o nosso Policarpo Quaresma, na grande imaginação e obstinação. É um livro que dá vontade de saber o final da história. Ainda assim, não foi uma leitura exatamente fácil, pois contém um vocabulário com o qual estou poucos acostumado; além disso, parece que a história teve uma introdução bastante longa, sendo que os grandes acontecimentos (a ida para Tormes) começam apenas na metade do livro. Ainda assim, há várias passagens muito divertidas, pois todo o livro é escrito com humor e ironia: o narrador Zé Fernandes é autêntico e bem-humorado, e Jacinto é um personagem simpático.
comentários(0)comente



George.Nicolas 06/11/2023

Um pouco maçante
Eu gosto da ideia geral do livro, e a mudança vista no personagem Jacinto, mas acho o ritmo desacelerado do livro e muito explicativo um empecilho no ritmo da leitura, no geral eu gostei da valorização daquilo que é bucólico.
comentários(0)comente



danimotta_ 23/08/2023

Uma deliciosa história
Antes de começar a ler, fiquei com medo de A cidade e as serras ser um livro difícil ou maçante (traumas de ter que ler clássicos na adolescência). Eu tenho o hábito de ler a contracapa e logo mela, o autor diz que há uma expedição rumo às serras, que só acontece perto da página 100. Eu as li todas esperando pela viagem, e quando ela aconteceu, foi uma delícia! Amei imaginar as serras portuguesas, prever as impressões do príncipe... Realmente foi uma ótima aventura!
A leitura de literatura clássica para o vestibular tem seus prós e contras, mas tenho certeza que se tivesse lido essa obra na adolescência e não aos trinta e poucos, teria gostado muito menos.
comentários(0)comente



Viferoli 05/08/2023

Uma leitura boa, escrita meio dificinha, mas é uma história sem muito nada, não é um livro que traz grandes emoções, é apenas um livro que traz tranquilidade, pelo menos é o que senti lendo, e gostei.
comentários(0)comente



Kedma.Favero 21/07/2023

A Cidade e as Serras
Em A Cidade e as Serras, Eça de Queirós vai nos mostrar como a simplicidade do campo pode, na maioria das vezes, nos fazer mais bem do que toda a tecnologia da cidade grande.

Gostei da história, mas achei um pouco cansativo. Mas é interessante perceber que a parte mais cansativa era durante a vida da cidade, quando tudo era a mesma coisa. Quando chegam ao campo a figura começa a mudar e a história começa a fluir melhor. Não sei se foi proposital, mas foi uma ótima maneira de demonstrar como a vida na cidade pode ser monótona (sendo comprovado quando Zé volta a Paris 5 anos depois) enquanto a vida no campo tem todo seu frescor e sua agitação própria.

É uma boa leitura, mas, como disse, arrastada.
comentários(0)comente



Palloma.Alessandra 07/07/2023

Que maçante
Não via a hora de acabar, que livro chato. As descrições intermináveis deixou o livro muito cansativo.
comentários(0)comente



159 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR