Terra Morta

Terra Morta Tiago Toy




Resenhas - Terra Morta


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Daniel.Martins 14/09/2016

Questão de referências
Tudo na vida é referência: O apocalipse zumbi chegou. Pessoas estão se transformando em criaturas mortais e o mundo não é mais o mesmo. É cada um por si.
Esse plot seria considerado genial se visto pela primeira vez, porém o tema já está um pouco saturado depois de tantos filmes, livros e séries sobre o assunto. Isso tira um pouco do interesse.
Por outro lado, o fato de a história se passar no interior de São Paulo nos aproxima dos personagens e do ambiente aguçando novamente a curiosidade.

Mais do mesmo, mas com novidades: Todos os elementos já conhecidos estão presentes. Zumbis, destruição, desespero e pessoas correndo por suas vidas. Ainda bem que o autor resolve arriscar algumas novidades colocando elementos que eu não havia visto em outras obras.
O protagonista ser praticante de Parkour ajuda a explicar ele ainda estar vivo e foi uma boa sacada.
Bastante interessante o personagem principal ser uma representação clara do autor.
Como a maioria das obras dessa temática, os personagens vem e vão, sobrando o protagonista e alguns coadjuvantes.

Estrutura e técnica: Se a intenção do autor era preparar uma narrativa de tirar o fôlego, ele conseguiu. O perigo está sempre à espreita, mesmo nos poucos flashbacks que explicam o que aconteceu no primeiro dia de contágio.
Tiago opta pela ação, deixando o horror e o suspense em segundo plano. É alta tensão o tempo todo.
Essa característica cobra o seu preço na parte descritiva do livro. Narrado em primeira pessoa, o foco está sempre na ação dos personagens, deixando o ambiente a segundo plano.
Pequenos problemas de continuidade e erros de digitação foram encontrados como tem sido na maioria das obras de autores nacionais.

Avaliação: Ganhou três estrelas no Skoob. Um bom livro que marca o início de uma saga de um autor que ainda tem muito a mostrar num futuro próximo.
Leia se você gosta de ação, não leia se a sua praia são cenários e personagens mais profundos.

site: www.desinformadoss.blogspot.com
Ana Luiza Lanari 23/09/2016minha estante
Também percebi os problemas de continuidade, achei que era eu que tava ficando ruim da cabeça!




Elizandra 02/09/2016

Zumbis em São Paulo
Adorei a história clichê de zumbis. O que mais me chamou a atenção foi a fuga da cidade de Jaboticabal para a capital de São Paulo. Tiago é o personagem principal (e um pseudônimo do autor e também passa a impressão de ser seu alterego). Nesta fuga ele conhece pessoas que não sabe se são amigos ou inimigos. Uma trama fascinante e muito bem delineada, com personagens marcantes.Há uma dúvida que permanece: Tiago foi vítima da experiência de um laboratório? Isso é assunto para o segundo livro da série. Para os fãs do gênero é sem dúvida um prato cheio.
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fabio 31/08/2016

Comentários: Fuga (Terra Morta #1) - Tiago Toy
Tudo começa quando um misterioso vírus infecta os moradores de jaboticabal, uma pequena cidade no interior de São Paulo. Tiago, um garoto introspectivo, se vê no meio dessa epidemia, precisando reorganizar todos seus pensamentos para a única necessidade do momento: sobreviver. Com a ajuda de outros sobreviventes, ele tenta entender o fenômeno que faz as pessoas se comportarem como zumbis. Mistério e Ação se encontram em "Fuga", livro de estreia do autor nacional Tiago Toy.

Comentários:

Quando me deparei com a sinopse de Fuga, primeiro volume da saga Terra Morta, fiquei com a pulga atrás da orelha. Um livro narrando um apocalipse zumbi em São Paulo? Interessante. Minha meta era terminar todas as séries em andamento antes de começar uma nova, mas a curiosidade matou o gato e lá fui eu.
Logo nas primeiras páginas o livro me prendeu pela ação. Se tem uma palavra pra resumi-lo, é Eletrizante. Em momento nenhum o autor deixa a leitura ficar chata; você termina um capitulo ansiando pelo próximo. O exagero de detalhes e nomes de parkour ficaram meio desconexos do resto da estória, mas nada que atrapalhe a leitura.

Os personagens me agradaram bastante. Senti certa profundidade neles; cada um tem sua própria personalidade e um proposito final na estória. Por muitas vezes, o protagonista me irritou bastante; seja por seu jeito exageradamente rabugento ou pelas suas atitudes idiotas e impensáveis, tive vontade de mata-lo eu mesmo mais de uma vez. Mas, felizmente, os outros personagens conseguiam equilibrar e amenizar as coisas. No geral, o ponto forte foi definitivamente Daniela. Apesar de narrado em primeira pessoa pelo Tiago, ela foi a única personagem na qual me conectei. Com uma personalidade afiada, fica difícil não simpatizar com a mesma.
Por outro lado, senti que eles evoluiram pouco. Sejam os protagonistas ou os antagonistas, começaram e terminaram a estória do mesmo jeito. A falta de explicações deixou um grande buraco pendente na personalidade deles; o que causou o virus? Qual o interesse dos militares nisso? O que os personagens tem em comum com essas pessoas? Essas são algumas das perguntas que ficaram pendentes para as continuações.

Sobre a premissa, achei bem pensada e consistente. A escrita objetiva do autor só ajudou o fácil intedimento. Mas senti falta de uma explicação mais detalhada dos cenários. Ficou bem dificil imaginar alguns lugares já que autor só usou "muro", "portão" e "rua" pra identificar as coisas. Também não entendi quando uma oposição entrou em cena, sem mais nem menos. Novamente, a falta de explicações no final pode atrapalhar o julgamento geral. Mas, como é uma saga, respostas não se tornam tao essencial quanto em um stand alone.

Resumindo; gostei bastante do livro. Pode não ser tão original, ou tão bem escrito, mas me prendeu até a última página. Vou ler o restante da saga porquê acredito que o autor tenha capacidade de corrigir os erros desse no próximo. Recomendo para os amantes de The Walking Dead, já que o livro mantém o mesmo clima tenso da série.
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Adriana 03/05/2015

Maravilhoso
"Não, não são zumbis no sentido que estamos acostumados a ver em filmes de Hollywood (isso você vai entender no segundo livro). Esse é o primeiro livro da série Terra Morta de Tiago Toy que conta a história de (tchanan) Tiago que esta fugindo dos infectados que atacaram Jaboticabal. E obviamente eu li, porque obviamente gosto de livros com sangue e coisas esquisitas, que para nossa sorte, não acontecem na vida real. Ao meu ver a história não ganharia um prêmio literário, mas ganhou minha atenção ao ponto de comprar o e-book (e com esse dólar em alta meu bem, é triste).

É clichê, é solitário, é acelerado e até em alguns pontos engraçado. Te chama para ler algo legal, enquanto a indústria não lança nada novo e suficientemente bom como foi Resident Evil 3… Ou bem por aí."

site: http://euinsisto.com.br/terra-morta-fuga-tiago-toy/
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Carla Maria 25/12/2014

A Morte sempre chega...
"Não me lembro de que dia é hoje.
Nas últimas semanas sobreviver se tornou mais usual do que olhar calendários. Os dias ficaram mais longos e cansativos enquanto espero uma salvação, ou pelo menos o fim.
Mas, pensando bem, o fim sempre chega. Cedo ou tarde.
Não acredito que essa história seja contada novamente algum dia, visto que encontrar pessoas se tornou um acontecimento raro. Acho difícil alguém durar do jeito que as coisas estão. E quando digo pessoas, me refiro às de verdade, que respiram e conversam, e não a esses malditos canibais que espreitam a cada esquina, em cada construção abandonada, repleta de moscas atraídas pelo mau cheiro que tomou conta do ar. Esse cheiro de morte."
... E foi assim que me apaixonei logo de cara, posso dizer que foi amor a primeira vista logo nas 3 primeiras linhas lidas. Não foi a primeira vez que tive contato com o autor Tiago Toy, pois já li todos os contos lançados por ele, inclusive pra quem não o conhece, indico o conto "Teoria e Prática de Como Ser um Zumbi"... Terra Morta é um livro super frenético, onde os "infectados" não são as únicas ameaças temidas pelos envolvidos na trama. A História gira em torno de três personagens, Tiago, Daniela e Ricardo, ambos sobreviventes de uma infestação até então desconhecida. Eles se unem em uma jornada alucinante para sobreviverem em meio ao caos iniciado no interior de São Paulo. A vontade de viver é a única arma com que estes três poderão contar, porque nem tudo é o que parece ser e a amizade pode ser algo a mais a favor da esperança escondida atrás daqueles olhares amedrontados... Um livro que merece sem dúvida nenhuma, 4 infectados da minha parte.
Tiago Toy 02/01/2015minha estante
Obrigado pela sua resenha, Carla :)




"Ana Paula" 05/11/2014

Conheci este livro através do autor de O Vale dos Mortos, Rodrigo de Oliveira. Depois, a Andréa do blog Fundo Falso, ressaltou que o livro era muito bom. Ainda não contente, li alguns contos do Tiago e, ai sim, me arrisquei a comprar o livro. Foi uma das minhas melhores aquisições!

Terra Morta tem a pegada zumbi que tanto me fascina, uma história bem elaborada e escrita. Tiago trás a narrativa em primeira pessoa, pelo ponto de vista de Tiago, o personagem principal, mas tbm com alguns capítulos em terceira pessoa. A história não é a mesma: aqui, a infestação acontece nas pequenas cidades do interior de São Paulo. Jaboticabal, cidade do personagem, é onde se passa praticamente todo o enredo. Terra Morta - Fuga, vai acompanhar Tiago e Daniele, dois sobreviventes que tentam desesperadamente chegar a São Paulo e se livrar da infecção que matou a cidade. Mas... será que eles vão conseguir?

"Me pego pensando se um dia tudo voltará a ser como antes. Se os carros transitarão pelas ruas, poluindo a atmosfera, em cidades habitadas por pessoas egoístas e preocupadas unicamente com suas vidas, enquanto acumulam dinheiro e desilusões... Se... É, acho que o mundo não mudou tanto assim. Os poucos sobreviventes que encontrei ainda são egoístas e pensam unicamente em seus rabos. Agem como animais irracionais, tanto os vivos quanto os "mortos" andantes".

Outro ponto importante na história, é que eles não terão que fugir apenas dos zumbis, os seres humanos já são ruins, imagina quando acuados? Pois é... bandidos, militares, doutores, família... todos, zumbis ou não, entrarão no caminho de Tiago e Daniele até São Paulo, se eles conseguirem chegar vivos!

Em TWD, não há explicação de como o vírus começou. Em O Vale dos Mortos, foi um planeta que instalou o caos. Terra Morta ainda não mostrou uma versão significativa, mas deu sinais de que a bomba é grande! Tiago tem um papel fundamental neste apocalipse zumbi, e só descobriremos mais em Terra Morta - Infecção.

"Num misto de adrenalina e alívio, grito um palavrão tão alto que assusto Daniela. Trocamos olhares e rimos com vontade. A sensação de encarar a morte de frente e escapar para contar a história é indescritível. Espero nunca me acostumar."

Devo parabenizar a edição do livro. A capa está linda, com uma foto da igreja da cidade de Jaboticabal na frente, durante o apocalipse, e atrás, a mesma foto em condições melhores. Por dentro, o livro não perde a beleza: Folhas amarelas que facilitam a leitura e uma cor mais escura nas páginas quando o protagonista relembra como tudo começou. A divisão de capítulos também está perfeita: Páginas pretas com número e título - o que acabou dando uns spoilers, mas tudo bem, eu até gostei! rsrsrsrsrsr

Não encontrei nenhum erro de revisão, o que fi maravilhoso! A leitura é gostosa e contínua, vc realmente só consegue parar qdo vira a última página! Este é o primeiro livro da editora que leio, e gostei muito de todo o trabalho feito com ele, parabéns!

Para quem, como eu, adora uma boa história com zumbis, ação, mentiras e descobertas assustadoras, deve com certeza ler Terra Morta! Eu recomendo e claro, quero logo meu próximo exemplar que ainda não foi publicado.... fica a dica Tiago e Editora Draco! rsrsrsrsrsr
"Que droga! Quando parece que o pior aconteceu, algo novo vem e supera tudo. É como se Deus e o diabo estivessem competindo para ver quem ganha. E me escalaram para o jogo sem me consultar. Vão à mer..."

site: http://www.livrosdeelite.blogspot.com.br/2014/11/resenha-terra-morta-fuga-tiago-toy.html#.VFn7A_nF9Ig
Tiago Toy 02/01/2015minha estante
Obrigado pela sua resenha, Ana Paula :)




Noris 19/08/2014

Muito bom!
Como nesse ano terá o lançamento de Terra Morta: Infecção, decidi que já estava mais do que na hora de eu ler o primeiro livro da série e mergulhar nessa história de zumbis criada por Tiago Toy em 2008.

Terra Morta: Fuga nos apresenta Tiago, um rapaz de vinte e poucos anos que leva uma vida tranquila no interior de São Paulo, onde alterna sua vida entre o trabalho numa loja e a prática de parkour. Sua vida vira de ponta cabeça quando uma "doença" infecta a população de Jaboticabal, deixando as pessoas violentas e sedentas por carne fresca.

Em sua busca por sobreviver, Tiago encontra Daniela, uma garota de Araraquara que estava na cidade para uma partida de handebol contra o time local quando tudo começou. Ao contrário do protagonista, ela é simpática e tenta manter o bom-humor apesar de tudo. Juntos eles tentarão não apenas buscar segurança, mas entender o que houve.

***

Não consegui entrar rápido na história de Terra Morta: Fuga, o fato dele fazer parkour é algo que não aceitei tão fácil (assim que acabei de ler a obra fui pesquisar por "parkour Jaboticabal" no Google, engoli minha descrença ao descobrir que desde 2008 existe uma galera que pratica o esporte por lá) e o personagem principal é bem antipático. No entanto, Tiago Toy conduz muito bem a evolução do personagem, tornando-o alguém menos egocêntrico conforme os problemas vão surgindo. O "engraçado" é que parece uma balança, quando Tiago sobe, Daniela desce e se torna uma personagem mais sinistra.

O livro é menos de terror e mais de ação, menos A Noite dos Mortos-Vivos e mais The Walking Dead. Eu pessoalmente gosto dos dois tipos de narrativas, então não tive problemas com isso.

Leia o restante da resenha no blog Coisas Horrorosas.

site: http://www.coisashorrorosas.com.br/2014/08/resenha-terra-morta-fuga.html
Tiago Toy 02/01/2015minha estante
Obrigado pela sua resenha, Rafael :)




Marcos Pinto 19/02/2014

Resenha: Terra morta
Para quem é brasileiro e fã de zumbis, esse livro é um prato cheio. The Walking Dead é incrível, mas se passa em Atlanta, lugar com costumes e tradições diferentes das nossas. Agora, imagine um monte de zumbis no Brasil, mais especificamente em São Paulo. Isso sim dá um up da história.

Tiago Toy relata a história de Tiago, um morador do interior de São Paulo que, um dia, após sair do trabalho, encontra sua cidade ensandecida. Pessoas mordem umas as outras, atrancam-se, transformando Jaboticabal em um cenário de filme de terror. Na luta pela sobrevivência, o protagonista utiliza-se do parkour, um esporte não muito conhecido no Brasil, para sobreviver.

“Os infelizes parecem não se cansar. Seus olhos vazios, sem brilho. Os grunhidos que emitem me fazem sentir pena, admito. Mesmo não querendo, imagino qual deve ser a sensação de ser devorado por essas coisas com seus dentes podres, mas poderosos, enquanto me dilaceram brigando por minha carne.”


Durante uma fuga de um morto-vivo, Tiago encontra-se com Daniela, que acaba por salvar sua vida. Enquanto ele é quieto e introvertido, ela é irreverente e brincalhona, causando um choque inicial entre ambos. Contudo, a luta pela sobrevivência os une, transformando-os em aliados.

Os dois buscam por armas, comida e água, mas a cada passo que dão, suas vidas parecem piorar. Quanto mais tentam se livrar do pesadelo, mas ele se torna apavorante. O autor cria uma trama incrível, onde vida e morte se relacionam intimamente, trazendo suspense e inquietação a cada página.

“Sua amiga estava caída próximo aos armários, sentada. A cabeça pendia sobre o ombro, o pescoço havia sido completamente dilacerado. A poça de sangue ao redor lembrava uma muralha escurecida, opaca. Partes do seu braço haviam sido arrancadas também, deixando vários músculos a mostra. Que animal havia feito aquela barbaridade?”

Sinceramente, esse foi um dos melhores livros sobre o gênero que já li. Os personagens foram muito bem construídos e a narração em primeira pessoa possibilitou um conhecimento mais profundo sobre a personalidade do Tiago. As cenas foram muito bem construídas e nos faz entrar no texto.

Apesar de o livro ser narrado pela visão do Tiago, a minha personagem preferida foi Daniela. No começo, achei que ela morreria logo, porém ela cresceu de uma forma que, na minha visão, se tornou mais forte que o protagonista. O seu temperamento e impulsividade tornam a obra mais imprevisível e deixa o fim em aberto.

"– E se aquelas coisas aparecerem? – Jean já vira os infectados e quase borrara as calças de medo. – Eu não vou sair daqui. Ele que quis descer.
– Belo soldado você, hein – caçoou Erico. O piloto já presenciara cidades tomadas pelos infectados, mas vê-los de uma altura segura é diferente de ser cercado por um bando deles.
– Antes um merda de soldado vivo do que um soldado corajoso morto.”

Achei muito interessante, também, o fato de o autor ter colocado o protagonista como praticante de parkour. Esse esporte, apesar de pouco popularizado e reconhecido no Brasil, é bem popular em alguns países. Como tal prática consiste em transpor obstáculo, a sacada foi enorme e merece meus parabéns. Afinal, qual a melhor forma de fugir de um zumbi além de pular um muro e deixar ele igual bobo do outro lado?

Certamente, se você é fã de fantasia ou distopia, adorará esse livro. Não perca essa oportunidade de prestigiar o romance de estreia do Tiago Toy.

site: http://desbravadoresdelivros.blogspot.com.br/2014/02/resenha-terra-morta-fuga.html
Tiago Toy 02/01/2015minha estante
Obrigado pela sua resenha, Marcos :)




PorEssasPáginas 29/01/2014

A Cuca Recomenda Terra Morta - Fuga - Por Essas Páginas
Adquiri esse o e-book de Terra Morta – Fuga há alguns meses, quando a Editora Draco fez uma promoção dele. Antes disso eu já estava curiosa para ler essa versão do apocalipse zumbi pelo autor Tiago Toy. Ainda não conhecia o trabalho dele, mas como o livro foi publicado pela Draco, em 2012, é claro que eu já esperava algo bom, afinal, a editora é bem seletiva com seu material. Qual não foi minha surpresa quando o próprio autor, Tiago, entrou em contato com a gente para uma parceria? (portanto, fiquem de olho que vamos ter promoção!) Logo subi o livro na minha enorme pilha de leituras e praticamente o devorei durante a Maratona Literária. Ágil, vibrante, empolgante e cheio de reviravoltas, Terra Morta – Fuga é o melhor livro de zumbis brasileiro que eu já li.

A primeira coisa realmente interessante em Terra Morta – Fuga é que ele se passa no Brasil, mais especificamente no interior de São Paulo, e sua ambientação é tão cuidadosa que você realmente se sente nos lugares. Dá para perceber como o autor tem conhecimento das cidades, das estradas etc., e por isso a imersão aqui é completa. Na verdade, até mesmo a capa foi criada em cima de uma foto real tirada pelo autor, o que achei sensacional; dentro do livro tem a foto como foi tirada, ou seja, sem zumbis, é claro. Vocês sabem que eu fico sempre reclamando de como eu queria mais livros que se passem no Brasil, etc., e aqui não me decepcionei: a escolha dos cenários foi acertada. Se você pensar friamente, seria bem mais sensato uma invasão zumbi acontecer vinda do interior, das pequenas cidadezinhas, certo? Sei lá, eu também penso assim, acho que faz muito mais sentido. Já li outros livros de zumbis no Brasil e não senti a imersão no clima do país como senti aqui, então o livro já ganhou vários pontos comigo apenas por esse fato.

Aqui acompanhamos Tiago, personagem principal da trama e narrador, um jovem de seus vinte e poucos anos, praticante de parkour (o que foi muito legal, pois foi útil para explicar como ele conseguia realizar saltos e fugas com desenvoltura), é um cara totalmente egoísta e que só pensa no próprio umbigo. Sim, em um apocalipse zumbi, você não sobrevive muito tempo se não for um pouco egoísta, mas Tiago não é apenas egoísta, mas sim egocêntrico, e claramente o personagem favorito do autor. Ele divide com o autor o mesmo nome e, confessadamente, é inspirado nele em vários aspectos. Pessoalmente, eu não gosto de personagens com o mesmo nome do autor e quando percebi isso durante a leitura (não li a sinopse antes, às vezes faço isso com alguns livros) fiquei parada uns cinco minutos tentando absorver o fato. Sei lá, é confuso; você começa a pensar se o personagem é o autor, se o autor é o personagem, e eu não gosto disso. Sim, um personagem muitas vezes compartilha características de um autor. Mas acho que é preciso de um limite pra isso, a menos que você esteja fazendo uma autobiografia. Pra mim personagem e autor são dois elementos separados.

“Talvez, se eu soubesse dirigir, teria deixado Daniela para trás, mas não é o caso.”

Por isso mesmo preciso desabafar: detestei o Tiago (o personagem). Como eu disse, ele é egocêntrico ao extremo e isso me irrita. Ele se acha o bom e, friamente, ele não é tudo isso que vende – como geralmente acontece com pessoas que se acham. Logo no final do primeiro capítulo ele encontra Daniela, uma jogadora de handball de outra cidade que estava em um campeonato em Jaboticabal. Ela estava escondida no ginásio por semanas, sobrevivendo completamente sozinha, em uma situação extrema em uma cidade estranha. Isso não é pouca coisa, mas Tiago praticamente a despreza. Mas deixa eu abrir um espaço pra falar sobre a melhor personagem do livro.

Acredito que Tiago (o autor) criou uma personagem incrível e complexa, interessantíssima, e fez isso sem se dar conta do fato. Ele nem parece gostar da personagem, na verdade, dá pra sentir na forma como ele a descreve e, principalmente, na forma como Tiago (o personagem) fala dela. Daniela “narra” apenas o segundo capítulo – isso porque o capítulo é narrado em terceira pessoa, diferente do restante do livro, que é em primeira – mas é nele que a personagem conta a história de como chegou àquela situação. Foi um dos capítulos que mais me envolveu. Ela e Tiago juntam-se para sair da cidade, mais por insistência da garota, pois ele queria era pegar suprimentos no ginásio e se mandar, isso porque ela o recebeu ali, confiou nele, deu-lhe água e comida e um lugar para dormir (já falei como esse personagem é egoísta?). Ele dizia que ela seria um “fardo” para ele. E repete isso por quase todo o livro, mesmo após a garota ter salvado sua vida no mínimo umas cinco vezes (eu até contei). Daniela acaba se mostrando uma combatente audaciosa, imprevisível, inconsequente até, mas muito eficiente. Ela tem cenas incríveis destroçando zumbis e até mesmo pessoas. É o tipo de garota que ou eu faria amizade para ela me proteger ou eu correria para a outra extremidade, porque algumas vezes ela parece completamente fora de si. Mas por isso mesmo ela é interessante: ela parece esconder um passado, uma história, talvez até mesmo algum segredo horrível. Metade do porque eu devorei o livro foi para ler mais sobre Daniela: a outra metade foi porque o livro é bem escrito, com uma narrativa envolvente e angustiante.

“Daniela é mais rápida e avança sem medo. Primeiro crava as unhas em sua orelha esquerda e com a outra mão aplica um tremendo soco. O sangue espirra violentamente de seu nariz.
Levanto-me com dificuldade para ajudar, mas ela não parece precisar. Com uma joelhada, o acerta no saco e, com o vacilo, desfere uma cotovelada em sua nuca. No chão, Amarelo não consegue evitar o chute na cara, rolando para a sarjeta.
- Seu porco desagraçado! – cospe no bandido.”

Só pra demonstrar pra vocês como essa garota é demais. Não bastasse tudo o que ela fez, ela ainda cospe no cara. Sensacional. No meu blog pessoal deixei uma imagem que acho que traduz o quanto ela é incrível.

Daniela e Tiago seguem fugindo de zumbis e procurando sair da cidade, esbarrando em alguns personagens, juntando-se a Ricardo (outro personagem interessante, que foi decisivo em certo ponto da história). É um livro rápido, cheio de reviravoltas de tirar o fôlego e, por isso mesmo, você não consegue parar de ler. Algumas vezes havia cenas de certa maneira rápidas demais, o que me fazia tomar um susto ao perceber que tinha saído de um ponto e chegado a outro em pouquíssimas páginas, mas notei que isso é uma característica do autor e não afetou negativamente o livro, pelo contrário, na maioria das vezes foi enriquecedor. É o clima de um livro de zumbis, afinal, e o leitor espera e deseja isso.

Outro fator interessantíssimo é que o livro não se passa apenas em um ambiente devastado por zumbis. Em certo ponto há uma reviravolta e uma mudança de cenário que foi extremamente positiva e enriqueceu e muito a história. Fugiu do clichê “o mundo inteiro está devastado, não existe mais nenhum lugar seguro”. Na verdade, mesmo os lugares aparentemente seguros – sem zumbis – são perigosos, às vezes até mais, e então voltamos ao questionamento sempre válido que aparece em uma história sobre zumbis: o real perigo são as criaturas… ou as pessoas?

Um problema que encontrei em alguns momentos foi certa falta de coerência em algumas situações por parte dos personagens. Voltando à relação Tiago-Daniela, várias vezes ele foi extremamente grosseiro com ela e a garota muitas vezes nem respondia ou assumia uma atitude humilhante, apática, e recolhia-se à sua insignificância, como se “Tiago tivesse realmente salvado sua pele” – como ele jogava na sua cara várias vezes. Não, não, ela salvou muito mais vezes a pele dele e, pela personalidade explosiva da personagem eu esperava um pouco mais de atitude nessas horas, mesmo que ela tivesse se apegado a Tiago. Ela simplesmente não deu pinta de ser submissa, muito pelo contrário, e o que acontecia era uma descaracterização da personagem. Já em outros momentos o “tão prudente Tiago” aceitava facilmente situações absurdas (teve uma que ele aceitou após uma descoberta sobre Ricardo, mas não posso contar, é spoiler) e achava errado Daniela se exaltar. Sinceridade, eu também ficaria louca com esse tipo de situação, principalmente se colocasse minha pele em risco! E Tiago, o tão prudente Tiago, praticamente não se abalou. Sim, foi bem incoerente.

“- Lá na cidade você não se importou de como eu os chamava enquanto te salvava.
Ricardo assovia alto e revira os olhos. Daniela se limita a um olhar contrariado, calada.”

(Não, ele não a salvou, pelo menos não tanto quanto ela o salvou. Como eu discuti com esse personagem! Argh!)

Mas à medida que fui avançando as páginas percebi o quanto a história , os personagens e narrativa do autor estavam evoluindo. Até mesmo Tiago evoluiu bastante (e gradualmente), o que muito me agradou. Ele ainda é fiel às suas características, mas se torna uma pessoa melhor. Quando cheguei ao final do livro não estava caindo de amores por ele, mas certamente minha antipatia diminuiu um pouco. O que senti durante a leitura desse livro foi um autor que era imaturo e foi evoluindo muito enquanto contava sua história e agora promete um livro ainda melhor em sua continuação.

Sim, Terra Morta – Fuga tem continuação (mas eu já sabia disso, então não fiquei nervosa como costumo ficar). Ela demorou para sair, mas a boa notícia é que ela vai sair ainda esse ano, também pela Editora Draco. Estou bem ansiosa para ler esse livro, ainda mais porque o final foi muito aberto: é aquele tipo de final de livro que mais parece um gancho para um próximo capítulo e não um próximo livro. Fechou por um lado, mas deixou mais coisas abertas do que concluídas. Resultado: você vai ler o primeiro livro e querer logo ler o segundo. Fico com dó de quem teve que esperar dois anos para a sequência. Mas nesse meio tempo, os leitores tiveram também um lançamento bem criativo, a coletânea Terra Morta: relatos de sobrevivência a um apocalipse zumbi, que reuniu contos do autor, mas também de outros autores, cada um mostrando suas próprias visões sobre personagens e situações do universo do livro. Achei que foi uma jogada interessantíssima tanto para divulgar a série, como para explorar e mostrar mais desse universo. Ainda quero ler esse livro. Para quem quiser conhecer a coletânea, clique aqui.

E aí, a Cuca recomenda? Sim, e muito! Para fãs do gênero como eu é um prato cheio. Para completar, é cheio de referências nerds e algumas vezes tive até um sentimento de Resident Evil, o que foi ótimo. Não é um livro perfeito, mas é uma leitura incrível, envolvente, angustiante como deve ser esse tipo de história. Dei cinco estrelas mesmo com os poréns que mencionei porque eles não atrapalharam a leitura, ela continuou sendo ótima mesmo assim. Até agora foi de fato o melhor livro de zumbis brasuca que eu já li. Até mesmo o fato de eu detestar o personagem principal não foi um problema, mas uma qualidade, pois eu conseguia me divertir discutindo com ele (às vezes em voz alta). No fundo, não importa se você gostou ou detestou um personagem, mas sim o fato de que ele envolveu o leitor o suficiente para despertar-lhe sentimentos, e é isso que torna um livro bom: o leitor se envolver com os personagens, torcer por eles, brigar com eles, e certamente isso acontece aqui. É um livro em que você anseia por descobrir mais e mais e quer acompanhar os personagens até o fim. Não há outra palavra para descrever: Terra Morta – Fuga me infectou.

site: http://poressaspaginas.com/a-cuca-recomenda-terra-morta-fuga
Tiago Toy 02/01/2015minha estante
Obrigado pela sua resenha :)




Rafa Laisa 16/01/2014

Cuidado: Eles Mordem
A relativamente calma cidade do interior, agora já não é mais calma. As pessoas não levantam mais pela manhã para estudar e trabalhar. Não há mais caminhadas nem prática de esportes nos parques, nem casais andando de mãos dadas. Ninguém lê, nem conversa sobre as notícias ou o último capítulo da novela. Elas não se preocupam mais com as contas a pagar, o que vão vestir, quem está saindo com quem ou o que o chefe vai pensar da apresentação de um novo projeto no trabalho. As pessoas agora correm, perseguem, gritam. Furiosamente, com uma raiva que as fazem se perder de si mesmas e só pensarem em morder, rasgar, matar! As pessoas agora correm: a maioria para matar, muito poucas para sobreviver.

"Terra Morta: Fuga" é o primeiro volume da trilogia brasileira escrita por Tiago Toy e retrata um incidente zumbi que tem início em uma cidade do interior de São Paulo, Brasil. Que fique bem claro que a palavra "zumbi" aqui só é utilizada por falta de outra que descreva melhor o estado dos infectados. Afinal, zumbi é coisa de filme de terror pastelão, desses que causam borboletas no estômago, e o estômago do protagonista aqui não tem borboletas. Ele tem morcegos. A realidade nessas páginas é algo muito mais lógico: uma epidemia. Um vírus que, ao infectar uma pessoa causa, entre outros sintomas, agressividade extrema, a ponto de o doente atacar alguém a dentadas e não parar até que seja efetivamente morto. Lógico, aham.

Me surpreendi com Terra Morta. Não porque eu gostei, mas esperasse que fosse uma estória ruim, mas porque a comparação com outras estórias de zumbis (pfff, zumbis) para mim era inevitável, ao passo que a trama - sobre um tema tão modinha ultimamente - é, na verdade, bem original. É bem verdade que o autor começou a escrever o livro antes que nossos amigos com coceira nos dentes voltassem aos holofotes da mídia, mas muitas outras estórias do gênero já foram escritas há muito mais tempo, e por isso, não acho que esse tenha sido o único motivo que justifique a originalidade. Acho que ele simplesmente escreveu de um jeito que manteve toda a tensão e horror de uma população canibal descontrolada, sem seguir uma fórmula pronta e tantas vezes reutilizada, mas criando seu próprio paradigma.

Mesmo com um apocalipse zumbi tomando conta da cidade, tudo fica tão normal e cotidiano quanto possível, tornando todo o cenário muito mais plausível. Nada de cadáveres metade decompostos se levantando de covas. São pessoas infectadas, não mortos-vivos, pelo amor de Deus! E o protagonista não acorda um dia para descobrir que o mundo inteiro mudou em um piscar de olhos. As coisas se espalham rápida, mas gradativamente. Como uma verdadeira epidemia, há uma cadeia de acontecimentos que levam ao contágio generalizado.

Uma coisa que sempre me incomodou em outras estórias foi o fato de os sobreviventes ficarem isolados, sem energia, sem telefone, sem qualquer socorro das autoridades. Mas por que, POR QUE, a energia deixaria de funcionar se é um serviço automatizado? E por que raios os telefones perderiam comunicação? Se há menos pessoas conscientes para usá-los e congestionar as linhas o serviço não deveria, realmente, ficar muito melhor do que antes do incidente? E a primeira ação das autoridades diante de uma situação como esta não seria criar bases militares e campos de isolamento? Terra Morta se encaixa em todos estes detalhes lógicos e factíveis, favorecendo o suspense.

Este primeiro volume apresenta pelo menos duas teorias quanto ao porquê de tudo aquilo estar acontecendo e deixa para o leitor um gostinho de trama conspiratória a desenrolar nos próximos volumes que promete forçar os personagens a usar seus cérebros para além de ações decorrentes de pensamento rápido para sobrevivência.

Para completar o cenário assustador, o livro conta com erros gramáticos e de ortografia que chamariam a atenção de qualquer infeliz doente que estivesse vagando por ali (sério, revisores, O QUE aconteceu com vocês? Foram infectados durante a leitura?) e com uma mudança de narrador que fez minhas veias se agitarem sob a pele enquanto coisinhas indefinidas se mexiam no meu sangue: o livro, todo narrado em primeira pessoa, sob a perspectiva narrador-personagem, de repente passou a ser narrado por um narrador onisciente, em terceira pessoa, para depois voltar ao narrador-personagem. Achei esta mudança de ponto de vista muito confusa mas, tudo bem, somos todos sobreviventes e aqueles dois curtos capítulos são completamente superáveis.

Apesar dos pequenos passos em falso ao longo do meu entusiasmo, adorei o livro. O fato de a narrativa não estar cheia de palavrões e comentários chulos representa uma grande conquista na minha prateleira "Escritores Nacionais". Mesmo que o texto não seja completamente imune aos xingamentos, suas aparições são esporádicas e completamente justificáveis. Eu, pelo menos, também xingaria se estivesse fugindo de uma cidade inteira que quisesse me matar a dentadas.

Aguardo ansiosamente pelos próximos volumes da série, que trarão o desfecho deste apocalipse versão brasileira.

site: http://rafalaisa.blogspot.com.br/
Petra White 16/01/2014minha estante
Já fiquei com vontade de ler! (Mesmo com os lapsos gramaticais e ortográficos citados. xP)


Rafa Laisa 16/01/2014minha estante
Pois saiba, Petra White, que mesmo com os erros de português o livro completamente vale a pena. Aliás, eu espero que fique bem claro que esta foi uma falha da editora, que deveria se certificar de que os erros não passassem para a fase de publicação, e que em nada desabonam o excelente enredo elaborado pelo autor.


Petra White 16/01/2014minha estante
Sim, senhora. Tô sabendo, tô sabendo. =]


Tiago Toy 02/01/2015minha estante
Obrigado pela sua resenha, Rafaela :)




Rosinha 18/08/2013

Eletrizante
Uma fuga eletrizante. Obstáculos recorrentes. Um livro que coloca o leitor na pele do protagonista e faz repensar conceitos.
Tiago escreveu uma estória de zumbis que tem início no interior de São Paulo. O Jovem Tiago (protagonista), vê sua cidade infestada por zumbis e inicia um fuga desesperada pela sobrevivência, em seu caminho encontra solidariedade, desespero, dor, trama e tudo o que compõe uma excelente narrativa. A escrita é desenvolvida de forma dinâmica e eletrizante, deixando um gostinho de quero mais, quando chega a última página.
Tiago Toy 16/01/2014minha estante
Obrigado pela sua resenha, Rosinha.




danilo_barbosa 03/06/2013

Aqueles que nunca morrem
Juro que tento, luto contra, viro os olhos, mas não tem jeito. Tem hora que me rendo às modas da vez... Não sei se é por todo mundo falar na minha cabeça sobre determinado filme, livro ou série, mas acabo me entregando ao vício. Às vezes sou eu que dissemino as coisas, como já fiz com o delicioso Lázarus, na época que os leitores achavam que Crepúsculo era livro de vampiros, por exemplo. Bom, não falando muito no passado, para não desiludir os leitores do vampirinho filho do Drácula com a Sininho (ele brilha no sol, gente!), vamos a um dos meus prazeres secretos que agora estão no topo da onda: zumbis.

"Brains, brains, brains"... Essa frase povoou a minha infância com a morte dos mortos vivos e sempre que tenho oportunidade de ver algo de qualidade, estou assistindo ou lendo algo sobre o assunto. Pude satisfazer um pouco a minha sanha por canibalismo e gente morta depois que The Walking Dead começou a aparecer nas telinhas. Pensei comigo: começa a nova onda. E não é que foi verdade? De coisas decentes até lixos monumentais, já vi morto-vivo de tudo quanto é país, perdido nos mais diferentes gêneros, desde romance (acredite se quiser) ao mais intenso drama, passando pela comédia. Não acredita? Basta dar uma busca no terreiro do Pai Google.

Para essa horda faminta invadir o meio literário foi questão de tempo. E a onda veio, poderosa e batendo os dentes para cima dos leitores. Já tive minha cota de exemplares decentes em obras internacionais, mas sentia falta dos criativos brazucas. Eis que, finalmente, sem menosprezar os outros que fiz resenha, encontro em Terra Morta: Fuga, do apetitoso (para os zumbis de plantão, é claro) e querido Tiago Toy (Editora Draco, 250 páginas) uma série literária com a nossa cara.

Gente, moro no interior de São Paulo. Ribeirão Preto, a chamada "Califórnia Brasileira", terra do famoso Chopp Pinguim... E ver uma invasão zumbi iniciada em Jaboticabal, uma cidade pertinho daqui foi um must. Na trama, acompanha Tiago (isso mesmo, o mesmo nome do autor), um moço que vê a vida dele virar de pernas para o ar quando, ao sair do trabalho, vê o chefe comer a dentadas outro cara no posto. Logo em seguida, a coisa vira um rebuliço só e o nosso mocinho só se salva graças as suas habilidades no parkour. Bom, que no primeiro filme é uma correria só já deu para perceber, já que a palavra FUGA está bem grande na capa do livro. Por isso, o moço vai tentar chegar em Sampa, em procura de uma lugar seguro contra a doença que transforma as pessoas em supostos canibais esfomeados e nojentos. No caminho ele encontra Daniela, uma jogadora de handebol de Araraquara que tem a quadra invadida pelos monstrengos (cena Top, Top, Top) e Ricardo, um garoto que tem mais do que esqueletos escondidos em casa.

O livro é intenso, o ritmo de aventura é demais e as descrições das cenas são tão ágeis que até me perdi no meio de algumas descrições (opa, onde estávamos mesmo?). Os mortos-vivos não são aqueles que se rastejam, eles correm em sua direção, fazendo o leitor perder o fôlego e ficar com dores nas pernas, de tanto correr com os personagens para se salvar. Outra coisa interessante é a causa que o Tiago coloca em cena... Um certo ar misterioso estilo Umbrella Corporation (só os fortes entenderão, que você não sabe o que é pior, os vivos ou os mortos. Nem em quem confiar...

Tudo é muito bem estruturado e não deixa pontas soltas. Além disso, deixa os ganchos necessários para querermos ler todos os livros que surgirem. Tiago Toy conseguiu colocar itens e locais de sua vida pessoal (o autor tem família no interior de São Paulo) em um enredo que, mesmo cheio de fantasia, é extremamente próximo do crível. Por ser em primeira pessoal, o livro não é frio, ordenado, pausado... É intenso, onde pensamentos e lembranças entram no meio da história sem pudor nenhum. Não se importa em descrever analiticamente uma situação, ele a vive. E isso é muito legal.

Espero logo pelas continuações. E que venham muitas histórias como estas para morder a gente...

Veja mais resenhas no Literatura:
http://literaturadecabeca.com.br
Tiago Toy 06/06/2013minha estante
Obrigado pela sua resenha, Danilo.




Literatura 03/06/2013

Aqueles que nunca morrem
Juro que tento, luto contra, viro os olhos, mas não tem jeito. Tem hora que me rendo às modas da vez... Não sei se é por todo mundo falar na minha cabeça sobre determinado filme, livro ou série, mas acabo me entregando ao vício. Às vezes sou eu que dissemino as coisas, como já fiz com o delicioso Lázarus, na época que os leitores achavam que Crepúsculo era livro de vampiros, por exemplo. Bom, não falando muito no passado, para não desiludir os leitores do vampirinho filho do Drácula com a Sininho (ele brilha no sol, gente!), vamos a um dos meus prazeres secretos que agora estão no topo da onda: zumbis.

"Brains, brains, brains"... Essa frase povoou a minha infância com a morte dos mortos vivos e sempre que tenho oportunidade de ver algo de qualidade, estou assistindo ou lendo algo sobre o assunto. Pude satisfazer um pouco a minha sanha por canibalismo e gente morta depois que The Walking Dead começou a aparecer nas telinhas. Pensei comigo: começa a nova onda. E não é que foi verdade? De coisas decentes até lixos monumentais, já vi morto-vivo de tudo quanto é país, perdido nos mais diferentes gêneros, desde romance (acredite se quiser) ao mais intenso drama, passando pela comédia. Não acredita? Basta dar uma busca no terreiro do Pai Google.

Para essa horda faminta invadir o meio literário foi questão de tempo. E a onda veio, poderosa e batendo os dentes para cima dos leitores. Já tive minha cota de exemplares decentes em obras internacionais, mas sentia falta dos criativos brazucas. Eis que, finalmente, sem menosprezar os outros que fiz resenha, encontro em Terra Morta: Fuga, do apetitoso (para os zumbis de plantão, é claro) e querido Tiago Toy (Editora Draco, 250 páginas) uma série literária com a nossa cara.

Veja resenha completa no site:
http://migre.me/eR8eQ
Tiago Toy 16/01/2014minha estante
Obrigado pela sua resenha, Literatura de Cabeça.




Lina DC 24/05/2013

"Terra morta" é um livro interessante sobre zumbis. Narrado em primeira pessoa pelo personagem principal Tiago, um personagem praticante de parkour que inicia o livro em fuga na cidade de Jaboticabal, cidade no interior de São Paulo. Durante a sua fuga, encontra outros sobreviventes que terão importância na trama, como Daniela e Ricardo.
Há uma alternância para narração em terceira pessoa em determinado momento, o que deixa o leitor com um papel mais observador.
Um fato que me deixou bem intrigada foi que a trama começa pela fuga, como se eu tivesse assistido um filme iniciando pela metade. Gostei bastante do cenário inicial.
Com uma trama repleta de personagens reais e em alguns momentos com uma linguagem forte, Terra Morta traz em suas páginas a infestação do Brasil por zumbis, do interior à capital de São Paulo.
Durante a leitura fiquei presa nos conflitos internos do Tiago, a sua vontade extrema de sobrevivência e o seu passado misterioso. Uma trama fascinante e muito bem delineada, com personagens marcantes.
Os fãs do gênero sem dúvida precisam ler "Terra Morta" e acompanhar o que o caos está trazendo ao país.
A narrativa é rápida, dinâmica e faz com que o leitor não desgrude os olhos da leitura. O único detalhe que eu senti falta na leitura foi o romance prometido na sinopse. Mas estou ansiosa para saber o que irá acontecer no próximo livro. Os personagens centrais são bem marcantes, com personalidades fortes e ideais firmes, o que deixa o leitor na expectativa durante a cena seguinte de ação.
Tiago Toy 06/06/2013minha estante
Obrigado pela sua resenha, Carolina.




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