Marlonbsan 09/11/2021
Pauliceia Desvairada
O livro é escrito em forma de poemas, mas daquele tipo sem métrica e seguindo o período da escola literária do modernismo. Utiliza-se uma linguagem mais rebuscada e com termos poucos conhecidos e usados.
Como é considerado o primeiro livro do modernismo, nele encontramos várias características do período. E são elementos que não me agradam como leitor, já que uma delas, é a utilização de frases sem nexo ou sintaxe gramatical comum. Ou seja, palavras jogadas sem formar uma lógica propriamente dita. E isso, a meu ver, faz com que sejam palavras que não trazem mensagens claras, cabendo uma interpretação mais a fundo, e olhe lá.
Creio que para quem viveu o período, para aqueles que tinham preocupações, as mesmas visões de mundo, sentimentos ligados a essa fase, ou escreveu seguindo esse preceito literário, possa fazer alguma interligação e se aproximar do que era apresentado, mas como não é meu caso, tudo isso só fez me afastar do que estava lendo. A parte mais coerente acaba sendo o prefácio que foi escrito depois, mesmo assim, eram ideias soltas que foram colocadas lá.
No geral, acabou sendo uma leitura com pouco significado, nada do que era apresentado chegou a mim ou foi absorvido, tanto pelos temas abordados, um aparente enaltecimento da vida na cidade (que não consegui perceber). É daqueles livros que fico imaginando o que o autor queria realmente passar e não por interpretação de outras pessoas após analisar o contexto geral.