Amanda 26/07/2022
Tudo terminou aqui e ainda bem
Olha eu cheguei em um momento que abstrai a questão da idade dos personagens, se eu fosse continuar me estressando com isso não ia conseguir entender toda a confusão que virou a vida de todo mundo aqui, na minha cabeça todo mundo tinha entre 20 e 30 anos e segue o baile. Dito isso, vamos as impressões.
No final do livro anterior, Mia estava em perigo e Creed desesperado para achá-la, já no começo temos a cena de um funeral que já te dá dicas do que aconteceu, mas não a dimensão de toda a desgraça. Creed encontra Mia na sede do moto clube e começa uma saga para mantê-la protegida de um mal desconhecido. Então ele tem a brilhante ideia de a deixar em um cativeiro, longe de todo mundo e com a companhia dele e Noah apenas. No começo ela fica chateada, mas logo se acostuma e curte a ideia de ficar com seu amor e curtindo a gravidez com Noah. Mas em um momento crucial, um ataque coloca tudo a perder e a Creed precisa fazer uma escolha muito difícil que ele sabe pode afastá-la para sempre.
Mia tinha tudo sob controle até o ataque e ela perder aquilo que mais amava, o trauma faz sua mente se fechar e esquecer tudo o que aconteceu e as pessoas envolvidas, isso inclui Creed e Noah. Quando ela acorda sabe que sua família sofreu com sua ausência e começa a se deixar levar, contudo Creed a assusta e com as acusações de tê-la sequestrado, ele precisa se esconder. Ela então se aproxima muito de Noah que a faz se sentir bem e confortável. Eles começam um relacionando que destrói a alma de Creed que nada pode fazer. Aí aqui vem um ponto, eu achava linda a relação entre Mia e Noah, mas eles claramente eram amigos com benefícios, não duvido que se amavam, mas não era a mesma coisa dela com o Creed e a Mia desmemoriada sabia disso e mesmo assim optou pelo seguro fazendo que com que todo mundo sofresse muito mais no final.
Eu consegui ficar com pena do Creed, coisa que achei que não aconteceria, naquela cena que ele chega em casa e se depara com os dois partiu meu coração junto com ele. E confesso que fiquei surpresa com o quão bem ele lidou com tudo, imaginava que ele ia arrebentar Noah, exigir que Mia ficasse com ele, mas ele foi sensato (se é que podemos usar esse termo com os irmãos Jameson). Noah me comoveu, mas não a ponto de eu torcer por ele, principalmente porque achei que ele se aproveitou da falta de memória da Mia para se aproximar e conquista-la, mesmo sabendo da história dela com o irmão.
Enfim, não tem ninguém certo nessa história. Desde a possessividade que os pais dela demonstravam, ao relacionamento sem conversa de Mason e Giselle, ao pai psicopata dos meninos, a mãe relapsa e todo o relacionamento de Mia com Creed e Noah. Mas como Mia falou em vários momentos, a história é como um acidente de trem, você sabe que vai ser uma desgraça, mas não consegue desviar os olhos. Eu gostei bastante desse segundo livro quando ignorei o fator idade e parti pro romance em si, o primeiro foi muito arrastado e tudo demorou muito a acontecer. Aqui, até pela quantidade de coisas acontecendo, foi mais dinâmico e envolvente. Gostei muito do final, mas achei que a história do sequestro e tal ficou mal explicada. No fim, foi isso, uma história legal.