Para o meu coração num domingo

Para o meu coração num domingo Wislawa Szymborska




Resenhas - Para o meu coração num domingo


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Adriana Scarpin 24/11/2020

Reciprocidade
"Há catálogos de catálogos.
Há poemas sobre poemas.
Há peças sobre atores representadas por atores.
Cartas em razão de cartas.
Palavras que servem para esclarecer palavras.
Cérebros ocupados em estudar cérebros.
Há tristezas que contagiam como o riso.
Papéis que provêm da coleta de papéis.
Olhares vistos.
Declínios declinados.
Grandes rios com importante contribuição dos pequenos.
Bosques completamente recobertos de bosque.
Máquinas destinadas à produção de máquinas.
Sonhos que de súbito nos despertam do sonho.
Saúde necessária para recobrar a saúde.
Escadas tanto para baixo como para cima.
Óculos para encontrar os óculos.
O inspirar e o expirar da respiração.
E, mesmo que só de vez em quando,
há ódio do ódio.
Porque, em última instância,
há ignorância da ignorância
e mãos empregadas em lavar as mãos."
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Gabriela 13/03/2022

Grandeza na pequenez, que se torna grande
A poesia de Wislawa Szymborska é de uma beleza ímpar. Dos versos que escreve sobre grilos e formigas até os que falam de sonhos e da morte, está presente a qualidade indubitável da poesia de Szymborska. Muito me chamaram a atenção dos poemas metalinguísticos, que falam sobre a criação de um poema, sobre máquinas de leitura, sobre palavras que vem em sonho (tendo a própria Szymborska compartilhado, em vida, que vez ou outra sonhava com versos e palavras e os transformava em poemas).

Para quem procura sensibilidade e força, cotidiano e filosofia, sonho e realidade.
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 19/10/2020

Wislawa Szymborska - Para o meu coração num domingo
Editora Companhia das Letras - 344 Páginas - Capa de Victor Burton - Seleção, tradução e prefácio de Regina Przybycien e Gabriel Borowski - Lançamento: 2020.

Esta é a terceira antologia de Wislawa Szymborska (1923-2012), prêmio Nobel de Literatura de 1996, publicada pela Editora Companhia das Letras no Brasil, depois do sucesso de crítica e público de Poemas (2011) e Um amor feliz (2016), livros capazes de emocionar até aqueles que dizem não gostar de poesia. Sim, porque há quem não entenda a necessidade de poemas no mundo, mas isso antes de conhecer essa simpática bruxa polonesa que encanta a todos ao resumir com seus versos a essência de tudo que é verdadeiro na condição humana: a vida, o sonho, o amor e, por que não, a própria morte.

Entre o riso e a lágrima ela conduz o leitor, sempre com inteligência e fina ironia, em cada um dos 85 poemas desta edição, selecionados da sua bibliografia, em ordem cronológica, por Regina Przybycien e Gabriel Borowski, desde o primeiro livro, Chamando pelo Yeti, de 1957 até o póstumo, Chega, de 2012, como no lindo Para o meu coração num domingo de 1967: "Você tem setenta méritos por minuto. / Cada contração tua / é como lançar de uma canoa / no mar aberto / numa viagem ao redor do mundo."

A poeta sabe que, para a nossa alma, a alegria e a tristeza não são sentimentos tão diferentes como ela explica em Um pouco sobre a alma de 2002: "A alegria e a tristeza / para ela não são dois sentimentos diversos. / Somente quando estão unidos / se faz presente em nós.", até mesmo a dor pela morte de alguém amado, na homenagem a Kornel Filipowicz, grande amor da sua vida, se transforma em poesia no sensível Despedida a uma paisagem de 1993: "Reconheço que / – como se você ainda vivesse – / a margem de certo lago / segue bela como era."

Difícil escolher apenas três exemplos em um livro obrigatório, principalmente em uma época de incertezas como esta na qual vivemos agora. Não deixem de conhecer a poesia de Wislawa Szymborska, antídoto contra as trevas.

Para o meu coração num domingo
(Muito Divertido - 1967)

Te agradeço, coração meu,
por não se queixar, por se afanar
sem elogios, sem recompensa,
num desvio inato.

Você tem setenta méritos por minuto.
Cada contração tua
é como o lançar de uma canoa
no mar aberto
numa viagem ao redor do mundo.

Te agradeço, coração meu,
porque sem cessar
você me retira do todo,
separada até no sonho.

Você cuida para que eu não sonhe demais
com o voo
para o qual não é preciso ter asas.

Te agradeço, coração meu,
por eu ter acordado de novo
e embora seja domingo,
dia de descanso,
sob as costelas
você seguir o ritmo normal da semana.


Despedida a uma paisagem
(Fim e Começo - 1993)

Não reprovo a primavera
por começar de novo.
Não a culpo pelo fato
de cumprir a cada ano
a sua obrigação.

Entendo que a minha tristeza
não deterá o verde.
Uma folha de relva, se oscila,
é só ao vento.

Não me causa dor saber
que os amieiros sobre as águas
têm de novo com que sussurrar.

Reconheço que
– como se você ainda vivesse –
a margem de certo lago
segue bela como era.

Não tenho rancor
da vista pela vista
da baía resplandecente de sol.

Consigo até imaginar
outros, não nós,
sentados neste instante
no tronco de bétula caído.

Respeito o direito deles
ao sussurro, ao riso
e a um silêncio feliz.

Presumo até
que estejam apaixonados
e que ele a enlace
com um braço vivo.

Algo novo esvoejante
farfalha na folhagem.
Meu desejo sincero
é que eles o ouçam.

Nenhuma mudança exijo
das ondas costeiras,
ora ligeiras ora lânguidas,
e que não obedecem a mim.

Nada reclamo
das águas profundas junto ao bosque,
ora esmeralda,
ora safira,
ora negras.

Só uma coisa não aceito.
A minha volta para lá.
O privilégio da presença –
renuncio a ele.

Sobrevivi a você
só o bastante
para pensar de longe.


Um pouco sobre a alma
(Instante - 2002)

Às vezes temos uma alma.
Ninguém a tem o tempo todo
e para sempre.

Dia após dia,
ano após ano
podem se passar sem ela.

Às vezes ela só se aninha
por mais tempo
nos enlevos e medos da infância.
Às vezes só no espanto
de estarmos velhos.

Raramente nos assiste
em tarefas maçantes
como mover armários,
carregar malas
ou percorrer uma distância com o sapato apertado.

Quando é para preencher formulários
ou picar carne,
costuma tirar folga.

De mil conversas nossas
participa de uma,
e mesmo assim nem sempre,
pois prefere o silêncio.

Quando nosso corpo começa a doer e doer,
sai de fininho do seu plantão.

É difícil de contentar:
não lhe agrada nos ver na multidão,
nem nossa luta por uma vantagem qualquer,
nem o matraquear dos negócios.

A alegria e a tristeza
para ela não são dois sentimentos diversos
Somente quando estão unidos
se faz presente em nós.

Podemos contar com ela
quando não temos certeza de nada
e temos curiosidade de tudo.

Dos objetos materiais,
gosta dos relógios com pêndulo
e dos espelhos, que trabalham com zelo
mesmo quando ninguém está olhando.

Não revela de onde vem
nem quando vai sumir de novo,
mas está claro que espera tais perguntas.

Parece que,
assim como ela nos é necessária,
também nós
para algo lhe somos necessários.

Sobre a autora: Wislawa Szymborska nasceu em 1923 em Bnin, na Polônia. Em 1931 mudou-se com a família para a Cracóvia, onde estudou literatura e sociologia. A partir de 1953 e por quase trinta anos trabalhou na revista literária Życie Literackie. Ao longo da vida, publicou doze pequenas coletâneas de poemas, pelas quais recebeu o prêmio Nobel de literatura em 1996. Morreu em fevereiro de 2012.
Rosa Santana 19/04/2021minha estante
Todos os livros da Wislawa Szymborska, traduzidos para o português, estão na minha cabeceira. Amo!
Gostei muito da sua análise! Parabéns e obrigada!


Rosa Santana 19/04/2021minha estante
Mas o poema da autora que mais me toca e A Primeira Foto de Hitler! Por eu ser mãe e avó? Talvez... Mas a incerteza que ela mostra quanto ao futuro de uma criança me encanta e me choca!


Alexandre Kovacs / Mundo de K 23/04/2021minha estante
Rosa, obrigado pelo comentário gentil e generoso! Um livro indispensável mesmo! Lembro do poema que você mencionou, encantador e chocante ao mesmo tempo, até mesmo Hitler já foi uma criança.




Milena.Berbel 17/07/2022

Isto não é uma resenha mas uma declaração de amor
Tem certos livros que me acertam em cheio. São poucos, aliás (os que me arrebatam). Mas o efeito é forte.

Quanto à Szymborska, por exemplo. Agora que concluí o seu terceiro livro de poemas, eu posso dizer que se eu já amava a literatura desde que me entendo por gente, passei a amar poesia por causa dela (ainda que não tenha sido um amor instantâneo, mas pouco a pouco descoberto, e depois, irreversível).

E vai ser difícil alguém conseguir tirá-la desse pedestal onde eu mesma a coloquei, e com muito gosto.
Logo ela, avessa a qualquer tipo de veneração.

Se suas coletâneas de poemas não fossem tão caras (ainda que sejam edições excelentes), eu compraria uma porção, pra presentear aqueles a quem eu quisesse, de algum modo, tocar o coração, cutucar as ideias, e, de uma maneira meio disfarçada, mostrar um pouco de mim mesma.
Alê | @alexandrejjr 13/09/2022minha estante
A Szymborska é extraordinária mesmo. A poesia dela é de uma sensibilidade ímpar a respeito do mundo.


Milena.Berbel 13/09/2022minha estante
Exatamente isso.




Toni 03/11/2020

Para o meu coração num domingo [coletânea]
Wislawa Szymborska (Polônia, 1923-2012)
Cia. das Letras, 2020, 344 p.

Se você aí, como eu, achava que a primeira coletânea de poemas da Szymborska (lançada pela Cia. das Letras em 2011 e chamada “Poemas”) seria imbatível, pense duas vezes. Esta nova seleção, realizada e traduzida por Regina Przybycien e Gabriel Borowski, não deixa nada a desejar àquelas e aqueles que, também como eu, seguem apaixonades pela ganhadora do Nobel de Literatura em 1996.

Quando definiu a poesia, Octavio Paz bem que poderia estar falando da arte de Szymborska: “Ensinamento, moral, exemplo, revelação, dança, diálogo, monólogo. Voz do povo, língua dos escolhidos, palavra do solitário. Pura e impura, sagrada e maldita, popular e minoritária, coletiva e pessoal, nua e vestida, falada, pintada, escrita, ostenta todos os rostos mas há quem afirme que não possui nenhum”. De fato, há um pouco de tudo nos poemas de ‘Para o meu coração num domingo’, e em cada pouco parece caber o mundo inteiro.

Tentando uma divisão bastante forçada, eu diria que o espectro do primeiro livro foi o mais político, o segundo (Um amor feliz), o mais prosaico, e este terceiro, o mais filosófico dos três volumes, marcado pela recorrência de sonhos, mortes e temas abrangentes (quem prestar atenção aos títulos dos poemas poderá perceber esse flerte com um certo iluminismo poético fadado ao desassossego). Notem que falo aqui em 'espectro', não em tema dominante ou principal, de maneira que há poemas políticos neste último, da mesma forma que vocês encontrarão versos mais prosaicos no primeiro. Transitar entre esses lugares epistemológicos é o grande talento da escritora, como no poema “Arqueologia”, onde escreve: “vou espiar na garganta do seu silêncio, / as vistas que você tinha / vou ler nas suas órbitas, / vou lhe lembrar com detalhes mínimos / o que você esperava da vida além da morte”.

Da alma que tira folga “quando é para preencher formulários / ou picar carne” à cebola “que poderia sem temor / se olhar por dentro”, os poemas deste livro são como caracóis dentro dos quais não se ouve apenas a música do mundo, mas o coração de cada coisinha existente.
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Edna 20/03/2021

Todos os níveis
Wis?awa Szymborska, nasceu em 1923 em Bnin, na Polônia, e morreu em 2012. Em 1931 mudou-se com a família para a Cracóvia, onde estudou literatura e sociologia. Ao longo da vida, publicou doze pequenas coletâneas de poemas. Em 1996, a poeta ganhou o Prêmio Nobel de Literatura.

Conheci os Poemas da Wislawa Szymborska em 2020 e desde então me fazem companhia, abaixo um dentre os 85 que compõe essa Coletânea:

ADORMECIDA

Sonhei que procurava algo
escondido ou perdido talvez em algum lugar
sob a cama, sob as escadas,
num endereço antigo.

Fuçava os armários, caixas e gavetas
inutilmente cheias de coisas absurdas.

Retirava das malas
os anos e as viagens realizadas.

Sacudia dos bolsos
folhas secas e cartas ñ destinadas a mim.

Corria ofegante
através do meu, não meu
desassossego, sossego.

Me atolava em túneis de neve e deslembranças.

Me emaranhava em moitas de espinhos
e conjecturas.

Afastava o ar
e a grama da infância.

Me esforçava por terminar a tempo,
antes que caísse o crepúsculo antiquado,
a casa e o silêncio.

Por fim, parei de saber
o que procurava havia tanto tempo.

Acordei,
Olhei o relógio.
O sonho durou menos de dois minutos e meio

Olha a que artes é forçado o tempo,
desde que começou a topar
com uma cabeça adormecida.

#Bagagemliteraria
#WislawaSzymborska
#Poemas
#Poesia
#Poemese
#bookstagram
#Instabooks
#lido
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João 17/03/2022

Resenha de poemas escritos*
Se escrever sobre poesia já é difícil, escrever sobre uma antologia de poemas que cobre meio século de produção seria uma tarefa hercúlea, por isso gostaria apenas de elencar algumas das minhas impressões ao longo da leitura.

- Wislawa é uma poeta extremamente versátil, a coletânea apesar se ter 85 poemas não se torna entediante em momento algum, pois há uma variedade de tema e de técnicas de escrita;

- na minha leiga percepção, a característica mais marcante dos poemas desta coleção são os desfechos marcantes, que chocam e amarram os versos anteriores;

- o espírito contemplativo desta obra é inebriante. Leiam o poema A Cebola, que parte da observação do vegetal enquanto percorre a nossa interioridade;

- eu diria que a arte, a morte, os sonhos, o amor e a guerra são os temas mais recorrentes;

- meu poema preferido da coletânea (depois do poema homônimo) é A Estação.

*um dos textos se chama resenha de um poema não escrito
Alê | @alexandrejjr 19/03/2022minha estante
Wis?awa Szymborska sempre vale a pena! E esse é o mais "gordinho" dela, o único que ainda não tenho - e não li. Agora é esperar as feiras ou uma boa promoção do seu Jeff Bezos...


João 19/03/2022minha estante
Eu comprei naquela promo de 50% da companhia, ele é carinho mesmo




Hildeberto 02/11/2020

Para quem já conhece Szymborska (não tem o poema do gato)
Embora Szymborska tenha ganhado o Prêmio Nobel de Literatura de 1996, a única coisa que conhecia dela era o poema "Gato num apartamento vazio" (um dos meus favoritos). Um belo dia, resolvi que gostaria de descobrir mais da obra da autora e fui à livraria comprar algum livro dela. O único disponível era este "Para o meu coração num domingo". Trata-se da terceira coletânea de poemas pela Cia. das Letras, reunindo trabalho de onze livros publicados em polonês entre 1957 e 2012. Provavelmente os melhores poemas foram reunidos nos dois primeiros volumes (inclusive o do gato). Todos os versos têm sua qualidade, é fato, mas muitos deles estão apenas no nível do comum ou um pouco acima - o que não era exatamente o que eu procurava. Há passagens excepcionais, mas acredito que esta obra seja indicada principalmente para aqueles que queiram se aprofundar em Szymborska do que para quem quer apenas conhecê-la. De todo modo, a edição é impecável e bilíngue, com o poema original em polonês acompanhado da tradução em português, o que também é interessante para os corajosos que desejem aprender o idioma.
Carol 10/01/2021minha estante
Exatamente isso




Carol 21/12/2020

Impressões da Carol
Livro: Para o meu coração num domingo {2012}
Autora: Wis?awa Szymborska {Polônia, 1923-2012}
Tradução: Regina Przybycien e Gabriel Borowski
Editora: Companhia das Letras
344p.

Foi graças a "Poemas", primeira coletânea da poeta Wis?awa Szymborska, lançada por aqui, que acordei para o quão pouca poesia eu andava lendo, em comparação a outros gêneros literários. Felizmente, deixei de comer mosca e termino 2020 com um livro de poesia lido por mês.

O que me atrai na poesia dessa autora polonesa são as matérias que ela seleciona para escrever seus poemas: a simplicidade do cotidiano, as miudezas da vida. Há um quê de filosofia em sua escrita, o questionar, o encanto pelo mundo, pelo sentido, pelo humano demasiado humano, como afirma Nietzsche.

Ao receber o Nobel de Literatura, em 1996, Wis?awa disse em seu discurso: "na língua da poesia, em que se pesam todas as palavras, nada é usual ou normal. Nem uma única pedra e nem uma única nuvem acima dela. Nem um único dia e nem uma única noite depois dele. E sobretudo nem uma única existência, a existência de nenhuma pessoa neste mundo."

E nada é usual em sua poesia. Como neste poema em que ela brinca com a anatomia humana e a capacidade para o bem e o mal que todos temos:

"A mão

Vinte e sete ossos,?
trinta e cinco músculos,?
cerca de duas mil células nervosas?
em cada ponta dos nossos cinco dedos.?
Isso é o bastante ?
para escrever Mein Kampf?
ou As aventuras do ursinho Pooh."

"Para o meu coração num domingo" me comoveu, especialmente, nos poemas sobre o envelhecimento, os sonhos, a morte e o luto. Talvez por ser este o ano que foi e a leitora que me tornei. Mas Wis?awa sempre merece retorno e este livro vai permanecer.

"Tanta coisa acontece o tempo todo?
que em toda parte tem que acontecer.?
Onde pedra sobre pedra,?
um carrinho de sorvete?
cercado por crianças.?
No lugar de Hiroshima,?
de novo Hiroshima?
produzindo muitas coisas?
de uso cotidiano.

Não é desprovido de charme este mundo terrível,?
nem de manhãs ?
pelas quais vale a pena acordar."
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lucasamtaylor01 31/01/2021

Um livro que toca o coração
Li esse livro com bastante calma e gostei muito do resultado. Foi um livro marcante pra mim, pois possui muitos poemas que tocaram meu coração ou me deram um "olhar de poeta" para as coisas pequenas.

Sensacional. Recomendo demais.
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djoni moraes 02/11/2020

Poucas palavras para muitos sentimentos -
O poder do cotidiano e a força de uma poesia despretensiosa, carregada de sinceridade. Quero ler tudo o que essa mulher já escreveu.
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Maia 02/05/2021

Wislawa não decepciona, é sensível, simples e precisa na captura de sentimentos e facetas humanas. Maravilhosa, a cada poema mais apaixonada por esta autora.
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@andressamreis 25/11/2022

Grata surpresa
Estas poesias são para ler e reler sempre!
Fiquei encantada que esta polonesa , ganhadora do Nobel de 1996, teria tanto para me tocar e sensibilizar!

Nesta edição bilíngue teve o adendo de ler e ouvir a sonoridade de seus versos no original. Foi a cereja do bolo!

Aos poucos a gente vai se entendendo e recriando como leitora e percebo que me encanta a delicadeza dos pequenos. Seja um fato fortuito do dia a dia, seja um olhar, seja o destaque de uma vidinha de inseto, para se entender o que nos toca profundo e nos faz ter uma lupa para entender o coletivo, o macro.

É assim com Manoel de Barros, Ana Paula Tavares, Szymborska e em Amélie Poulain
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ju pazzoti 24/01/2022

"para o meu coração num domingo" foi minha dose diária de poesia nos últimos meses e agora que terminei já sei que vai ser aquele livro que vou revisitar muitas vezes. é um daqueles livros que você quer guardar pro resto da vida

Alguns dos meus poemas preferidos como "O Clássico", "Talvez isso tudo" e "Advertência" não saem da minha cabeça de tanto que me tocou haahahah

nessa coletânea Wislawa coloca alguns temas recorrentes como a morte, o cotidiano, sonhos, existência, tudo com uma sensibilidade incrível e tambem com uma certa ironia como em "Um contributo à estatística"

enfim, recomendo muito para os amantes de poesia e também para quem quer começar a ler o gênero
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Bia 22/12/2022

Como esperado, 85 pílulas de deslumbramento
"Sobrevivi a você
só o bastante
para pensar de longe."
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