Tati 06/10/2021
E no fim das contas ganhou...?
Uma das características que torna esse livro tão encantador é a variedade de locais por onde os personagens passam, com as peculiaridades de cada região. Em um período onde grande parte da Ásia e da África eram territórios de países europeus, a mistura de costumes entre nativos e colonizadores resulta em uma gama cultural rica e contrastante. Além disso, é curiosa a noção que se tinha sobre viajar ao redor do mundo no século XIX, bastando passar por alguns pontos específicos sob o domínio inglês e pelos Estados Unidos.
Na atualidade, percebemos como a configuração territorial e cultural sofreu mudanças no decorrer do tempo.
No desenrolar da aventura de Phileas Fogg e Passepartout, os dois ganham a companhia do agente Fix e da Sra. Aouda. Juntos, eles precisam contornar os obstáculos que estão no caminho da empreitada do Sr. Fogg. Na maioria das vezes, as soluções encontradas são inteligentes e ao mesmo tempo divertidas. Nas outras poucas, parece acontecer tudo muito fácil ou de modo muito conveniente para o protagonista. De qualquer forma, a dúvida sobre o sucesso, ou não, da viagem persiste até as últimas páginas e apresenta um desfecho convincente e criativo.