A casa na Rua Mango

A casa na Rua Mango Sandra Cisneros




Resenhas - A casa na Rua Mango


117 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


@retratodaleitora 21/04/2020

Maravilhoso!
"A Casa na Rua Mango" foi uma leitura que me cativou do início ao fim. O prefácio da autora já me arrancou uma ou duas lágrimas, e esse primeiro contato com sua escrita envolvente já foi o suficiente para saber que o livro em si seria incrível. E ele realmente é. Uma leitura altamente viciante, que nos prende de cara, e assim facilmente nos apegamos à protagonista, Esperanza, enquanto a acompanhamos na infância e adolescência. Essa jovem menina cheia de sonhos, de vontades, de curiosidade, andando e correndo para cima e para baixo na Rua Mango, com seus moradores para lá de interessantes, cada um com seus próprios mistérios.

Esperanza, com suas origens mexicanas, nasceu nos Estados Unidos, e a Rua Mango, na cidade de Chicago, abriga muitas famílias de imigrantes. A própria Sandra Cisneros nasceu nos EUA, filha também de mexicanos. Fico me perguntando o quanto da autora tem nesse que foi seu primeiro romance... se depender do prefácio: muito.

Apesar de muito curto o livro consegue tocar em temas bem delicados, como assédio, abusos físicos e verbais, violência doméstica, casamento ilegal de meninas menores de idade. Também fala sobre amizade, família, sonhos... E nesses sonhos, o maior sonho de Esperanza: uma casa só sua.


"Apenas uma casa silenciosa como a neve, um espaço para eu mesma ir, limpa como papel antes do poema".


Uma história cheia de outras histórias, delicado e comovente. Leitura perfeita para esse tempo que estamos vivendo. Vemos Esperança aqui, e dá até para ouvir o som das crianças brincando na Rua Mango.

E olhem que legal! Quem compra o livro físico na loja da @dublinense (capa dura!), ganha o e-book e cada venda reverte em doações para a Spaan, asilo para idosos carentes de Porto Alegre ?
comentários(0)comente



Mariana Dal Chico 25/07/2020

"A casa na rua Mango” de Sandra Cisneros, foi publicado no Brasil pela editora Dublinense que me enviou um exemplar de cortesia.

Logo na introdução, a autora nos fala sobre sua trajetória e processo de criação, diz que corta e costura eventos para criar histórias e, por ser insegura com sua voz adulta, inventou a de Esperanza.

Os capítulos são breves, com uma escrita enxuta, que começa com a infância e adolescência de Esperanza que narra a dificuldade de pertencer, em fragmentos do cotidiano simples que de alguma forma a afetam, em um bairro de Chicago onde os moradores são majoritariamente imigrantes latinos.

Diversos temas são abordados, como por exemplo, abuso físico e psicológico, assédio, violência doméstica, casamento de menores de idade, amizade, raízes, família e amor.

A mistura de narrativa em terceira pessoa, com as descrições, principalmente de cheiros e cores, de alguma forma me aproximou da personagem, é como se estivesse ouvindo uma amiga contar suas memórias agridoces.

“É impossível ter céu demais. Você pode cair no sono e acordar bêbado de céu e o céu pode te salvar quando você estiver triste. Aqui tem muita tristeza e não tem céu o suficiente. As borboletas também são poucas e as flores também e a maioria das coisas bonitas. Mesmo assim, a gente pega o que dá e faz disso o melhor.”

Gostei bastante da leitura, apesar de ter me incomodado com a repetição de palavras no mesmo parágrafo, mas isso é algo muito particular, que me irrita mais do que deveria. Ainda assim, leitura mais que recomendada!


site: https://www.instagram.com/p/CDE-RFNDGDm/
comentários(0)comente



anaartnic 30/12/2022

"Você precisa se lembrar de voltar pelos outros"?
Minha última leitura do ano, é um livro leve e, assim como a capa, bem colorido. A autora faz uma espécie de ficção baseada em suas vivências de infância de juventude: Sandra Cisnero (a autora) é filha de imigrantes nascida nos EUA, e durante sua juventude viveu num bairro com outros imigrantes mexicanos, assim como Esperanza, a protagonista deste livro.

O mais interessante do livro é que os capítulos são, na verdade, contos e podem ser lidos de maneira indepente. Cada um deles se atém a algum acontecimento ou marco importante na vida de Esperanza na Rua Mango.

Apesar de ser leve e narrado com um teor de inocência pela criança e jovem Esperanza, o livro aborda preconceitos, abusos e violências que a protagonista sofreu, assim como relatos semelhantes de outros moradores da rua Mango.

Já no prólogo, onde a autora relata sua jornada para se tornar uma escritora, eu vi que essa leitura valeu a pena. E fico muito feliz em saber que o desfecho de Esperanza (ou Sandra Cisneros), foi se tornar essa grande e reconhecida escritora.

Ela pode até ter saído da "Rua Mango", mas levou-os para o mundo, se lembrando de "voltar pelos outros".

Recomendo demais a leitura!
girlafraid 30/12/2022minha estante
me deixou com vontade de ler


anaartnic 30/12/2022minha estante
Tenho certeza que vai adorar?, inclusive, esse livro tem disponível de graça no app Biblio.On (Biblioteca Pública Online de São Paulo)




Michele 09/04/2023

Uma casa toda nossa
Gostei dos relatos enxutos e cotidianos, que à primeira vista podem até parecer superficiais, mas que abordam temas bastante profundos.
Esses capítulos curtinhos são tipo aqueles flashes de memória que temos de vários acontecimentos de nossa vida, e que no final, sem sabermos exatamente como, acabam definindo quem nos tornamos.

"O mundo em que vivemos é uma casa em chamas, e as pessoas que amamos estão queimando".
comentários(0)comente



Aegla.Benevides 23/12/2021

Memórias afetivas de uma imigrante
Narrado por Esperanza, filha de uma família de imigrantes que mora em um bairro periférico em Chicago, o romance com traços de formação percorre anos da infância e da adolescência da protagonista, trazendo episódios curtos sobre, dentre outros temas, contraste cultural, amadurecimento e sonhos não-realizados.

Com tradução de @nataliaborgespolesso, é um livro pra se ler rápido: não possui uma narrativa linear, e sim capítulos de uma ou duas páginas que descrevem diversas situações da vida de Esperanza ? numa prosa profunda e encantadoramente poética. Ainda que tenha nascido nos EUA, Esperanza sente que ali não é seu lugar: ela deseja fugir, ter sua própria liberdade (e sua própria casa) e encontrar a verdadeira identidade, longe da pobreza, do preconceito e da inedequação. E essas são, de longe, algumas das palavras que mais bem descrevem o livro.

Baseado fortemente na biografia da autora, Sandra Cisneros, o livro tornou-se leitura obrigatória nas escolas dos Estados Unidos por retratar um lado da realidade dos chicanos (mexicanos nascidos nos EUA). Assim, é uma história essencial além da ficção: é bonita e necessária também na vida real.
comentários(0)comente



Debora 25/09/2020

É uma novela. Mas também é um conjunto de contos
Os pontos altos do livro são, sem dúvida, o prefácio, em que a autora fala de si, e os 3 últimos capítulos (ou contos).
Sandra explica que quis escrever um livro que pudesse ser lido pela sua comunidade de origem, ou seja, os mexicanos vivendo, ou aprendendo a viver, nos Estados Unidos. Por isso, cada capítulo, curto, serve como um conto que pode ser lido em poucos minutos, ao fim de um dia cansativo. E, apesar do tamanho pequeno, rápido de ser lido, os conteúdos não são menos profundos.
Confesso que, no princípio da leitura, minha nota para o livro era de 3 para baixo, mas, ao compreender e entrar na proposta, os capítulos ganharam muito da minha consideração.
Os 3 últimos fecham com chave de ouro um caminho bonito de ser trilhado.
Recomendo a leitura!
comentários(0)comente



Tiago 12/08/2021

Inesperado
Desde que esse livro foi publicado tinha uma boa dose de expectativa por ele, mas sua leitura acabou se revelando absolutamente diferente do que tinha imaginado.

Embarquei esperando uma narrativa direta a respeito da vida de uma jovem nascida nos EUA mas de origem mexicana. Imaginei que o livro retrataria o que isso representa, nascer e ser cidadã de um país e ter traços físicos e culturais de um outro; toda essa questão de pertencimento, identidade e tudo mais. Passou um pouco longe disso.

O foco do livro é mais na infância e a autora imprime um forte senso onírico nessa tentativa de retratar a vida de uma família mexicana vivendo nos EUA em uma casa singela. Me lembrou um pouco a leitura de "Um, dois e já" da uruguaia Inés Bortagaray que foi publicado aqui pela extinta Cosac.

Esperava algo bem diverso, mas esse pequeno clássico da década de 80 de Sandra Cisneros merece ser descoberto pelo público brasileiro.
comentários(0)comente



Ellen Gouveia 27/10/2021

Sobre ser latina nos EUA. E muito mais que isso.
Sandra Cisneros escreve seu "A casa na rua Mango" pensando em pessoas não acostumadas à leitura e pensando naqueles também latinos com quem a protagonista Esperanza conviveu durante a infância, quando morou com sua família em um bairro de Chicago tradicionalmente habitado por imigrantes. O livro discute temas como gênero, raça, classe, língua, cultura, identidade, pertencimento e violência através de capítulos curtos, de leitura muito fluida e que são aparentemente "simples", apesar de possuírem um riquíssimo conteúdo que permite várias reflexões. Achei curioso que o livro é classificado como romance e eu discordo fortemente. Pode-se ler como coletânea de contos curtos ou até mesmo crônicas. O ponto é que são textos independentes, unidos por temas e/ou personagens em comum que habitam o bairro e que Cisneros vai recuperando nas suas vivências. Alguns capítulos passam batido, outros são deliciosos de ler e acabam rápido demais, sem um aprofundamento que fez falta na minha experiência de leitura. Outros são precisos e tristes ao tocarem em temas como morte e violência e relações familiares abusivas. No geral, ainda que exista alguns personagens que se repetem, como o Pai e a Mãe de Cisneros, sua irmã Nenny e as amigas Sally e Alicia, falta continuidade. Alguns capítulos me pareceram desconexos apresentando histórias e personagens sem relação com outros contos. Os capítulos finais fazem o livro crescer MUITO e são ótimos. Recomendo fortemente o prefácio, intitulado "uma casa toda minha", intertextualidade clara com /"um teto todo seu". Cisneros dá uma aula de escrita e fala de modo muito carinhoso sobre a mãe. Digo com certeza que amei o prefácio e infelizmente não amei o livro na mesma medida. Mas ainda assim, recomendo a leitura, especialmente para nós, também habitantes da América para além dos EUA.: "Um dia eu vou ter a minha própria casa, mas eu não vou esquecer de quem eu sou e de onde eu vim". (p 119).
comentários(0)comente



Toni 03/11/2020

A casa da rua Mango [1983]
Sandra Cisneros (EUA, 1954-)
Dublinense, 2020, 144 p.

Foi Clarice Lispector quem certo dia escreveu “Que ninguém se engane, só consigo a simplicidade através de muito trabalho” e não é de hoje que escritoras e escritores tentam nos fazer enxergar que narrativas são imanentes às coisas da existência. Um prego na parede conta uma história. Um par de meias, ou junco, ou sorriso. Um dia em que nada acontece, uma espera, um dedo em riste e correntes subaquáticas: tudo conta histórias. Esses dois princípios—da imanência e da simplicidade—são os pontos de partida e de chegada do romance da mexicana-estadunidense Sandra Cisneros, A casa na rua mango.

O livro inteiro é como o jardim de uma de suas histórias: aqueles que passarem depressa por ele não verão muito mais que grama alta e um amontoado de coisas velhas, passadas, sem lugar no mundo; quem, por outro lado, tomar um tempinho para ter tempo, conseguirá perceber os “girassóis tão grandes quanto flores em Marte”, os traumas cifrados no riso dos palhaços, a angústia de quem olha da janela a vida toda, a frustração da mãe que desistiu da escola, a libertadora beleza de uma casa “limpa como papel antes do poema” que não pertence a um homem (pai ou marido), mas àquela que escreve.

Na superfície, A casa na rua mango conta histórias dos moradores de um bairro pobre de Chicago a partir do olhar (da infância à vida adulta) de Esperanza, filha de mexicanos. Em outras chaves de leitura, no entanto, revela o processo de germinação de uma voz narrativa, do sentido profundo da escrita como retorno, do poder da literatura de carregar as histórias daquelas e daqueles que ficaram para trás e não puderam se libertar da subalternidade que lhes foi imposta. “Quando você for embora, você precisa sempre lembrar de voltar” é o conselho que recebe Esperanza das “três irmãs” (tias, mas também parcas, com um quê macbethiano—“vieram com o vento”). Palavras que encerram o livro como um patuá, embrulho místico feito de narrativas para ver o outro, amar o prosaico e proteger nossos jardins dos indiferentes.
comentários(0)comente



Larissa Tabosa 09/03/2021

Pensei que fosse gostar mais desse livro, mas infelizmente não me conectei o suficiente com a história. a parte mais interessante é a introdução onde sabemos a história da autora. Os contos são bons, alguns, outros nem tanto...

Mas para quem gosta de livros curtos, para se ler em uma sentada pode ser que este funcione bem.
comentários(0)comente



Aylana Almeida 24/02/2021

Apaixonada por esse livro!
A narrativa mistura prosa e poesia e é escrita de forma leve e super elegante! A vida de Esperanza é descrita com muita sensibilidade e leveza. No início pode ser uma leitura que pareça estranha para quem não está acostumado a este tipo de narrativa porém, ao se envolver na história, fica impossível parar e ler até o final!
comentários(0)comente



isa.dantas 11/01/2021

Como se fossem pequenos contos que se juntam para contar uma única história, Sandra nos leva de forma bastante simples para a Rua Mango. E ali de um jeito quase despretensioso, vamos lendo nas entrelinhas muitos temas relevantes e atuais.
Marcos.Rodrigues 12/01/2021minha estante
Interessante sua mini resenha me deu vontade de ler




SalmaC 14/11/2021

leiam!
Lindo, poético, atemporal. sobre ter raízes e grandes sonhos. um lugar pra ir mas um lugar pra voltar, voltar para levar o ?ir? a quem não pode ir. e afinal, todos nós moramos em uma rua mango; eu amei esse livro, saber que foi escrito por uma mulher latina me faz amá-lo ainda mais. leiam!
comentários(0)comente



Kauane68 01/01/2022

Esperanza
Ser latino nos Estados Unidos é um show de horror, mas ser MULHER e latina é pior ainda! Entre sorrisos e meias lágrimas terminei esse livro com Esperanza me dizendo que tudo bem não pertencer, mas abandonar a sua história é o pior descaber que existe

``Eu fui embora para voltar, pelos que eu deixei pra trás. Pelos que não podem sair.``
comentários(0)comente



Patricia_Nobre 03/07/2021

Retratos do cotidiano, periferia...
O livro fala de momentos do cotidiano de uma rua na periferia de Chicago. Traz algumas reflexões sociais, mas eu esperava mais.
Os diálogos dele são inseridos no texto, não trazem travessão, não vêm separados, isso me incomodou muito. Tb me incomodou a forma poética do livro, não curti muito.
Por outro lado, esse livro me fez lembrar muito alguns fragmentos da minha infância tb na periferia. Me deixou nostálgica, e me recordou visões que temos de algumas situações qd somos crianças e não conhecemos a realidade.
Enfim, queria mais do livro. Acho que ele tem potencial, mas não foi muito bom pra mim.
comentários(0)comente



117 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR