Resenhas - Not Out of Africa

Eduardo 21/03/2020

Afrocentrismo: a quem interessa divulgar esta pseudociência?
Livro fantástico. De fato, a teoria afrocêntrica é desprovida de valor científico, dado que suas afirmações são inteiramente baseadas em alegações pseudocientíficas da franco-maçonaria europeia que, por algum motivo, são aceitas sem qualquer exame crítico pelo movimento negro atual. Sócrates não podia ser negro, dado que era um cidadão ateniense, título só conferido a famílias atenienses "puro sangue". É muito mais provável que Cleópatra não fosse negra, dado que todos os seus antepassados conhecidos eram descendentes de gregos, exceto um, cuja origem é desconhecida. Os gregos não "roubaram" a filosofia dos egípcios porque a história contada pelos afrocentristas não faz sentido. De acordo com eles, Aristóteles saqueou a biblioteca de Alexandria e "roubou" sua filosofia de lá. Mas isso não é possível, dado que Aristóteles morreu muitos anos ANTES da fundação da biblioteca de Alexandria, então ele não poderia roubar algo que não existia. Na verdade o assim chamado "sistema de mistérios egípcios", da qual os filósofos gregos alegadamente roubaram do Egito e proclamaram serem sua filosofia, é uma invenção 100% greco-romana e nunca existiu nada parecido no antigo Egito. Infelizmente, este livro, ao contrário dos livros pseudocientíficos do afrocentrismo que povoam as universidades brasileiras, nunca foi divulgados no Brasil, nem sequer como contraponto, pelo que o afrocentrismo reina soberano sobre os departamentos de estudos afrobrasileiros universitários, o que dificulta ou simplesmente inviabiliza enormemente o verdadeiro estudo científico dos ancestrais negros brasileiros. Mas dias virão em que isso mudará, tenho certeza.