Mabi21 27/05/2020
A resenha do livro que eu demorei ANOS para ler.
Fiquei ANOS assistido ao primeiro filme da saga, me recusando a assistir os demais porque queria ler os livros antes... Não rolou. Depois de resistir por muito tempo, assisti aos filmes da trilogia. E isso me fez dar um basta: precisava ler os livros. Pra ontem!!
Maze Runner: Correr ou Morrer me ganhou no filme mesmo. Sei em como é difícil para os leitores assistirem a uma cópia resumida e, às vezes, mal formulada, de uma história pela qual nutrem tanto carinho (acreditem, li Harry Potter, O Hobbit, As Crônicas de Gelo e Fogo... eu entendo). No entanto, não posso negar que adorei os filmes. Talvez, se não tivesse assistido a trilogia, não teria a determinação de ler os livros mesmo depois de anos. A curiosidade, vontade de saber mais da história, dos personagens, foram ótimos incentivos.
Enfim, vamos ao livro, shall we? A minha resenha é voltada para quem já assistiu ao filme, mas mesmo assim, não custa deixar aqui um spoiler alert.
A história não muda na essência. O filme, obviamente, deixou muita coisa pra trás e, após ler o livro, até consigo identificar um ou dois fios que não ficaram muito bem amarrados. Mas bola pra frente, identifiquei algumas diferenças que considerei meio "gritantes":
- O Alby dos filmes é destemido, corajoso. No livro, parece cansado, meio velho rabugento. O personagem, em si, eu achei quase insuportável. Revirava os olhos para ele toda a hora. Mais para o final do livro, acho que ficou claro que ele havia sido drasticamente traumatizado com o que descobriu após a transformação, mas que, no fundo, continuava se preocupando com o bem de todos;
- Senti uma gay vibe entre o Newt e o Alby. Pode ser total coisa da minha cabeça (até porquê sou apaixonada tanto no Newt do livro quanto do filme), mas achei eles meio próximos até demais. Talvez seja real, mas talvez seja o trauma do labirinto que os deixou com essa dinâmica meio íntima. De qualquer forma, não importa, já que ele morreu - de maneiras diferentes no filme e no livro, mas ok.
- Minho é um amor. Ainda mais no livro do que no filme - se é que isso é possível. Todo debochadinho e corajoso, coisa mais engraçada. Ele e Chuck ganharam meu coração: definitivamente uns dos meus personagens preferidos.
- Teresa é tão chata no livro quanto no filme. O pior é a questão da telepatia entre ela e o Thomas. Sem sentido, sem explicação, só para fazer o leitor entender que eles são "especiais, diferentões, diferenciados". Ela podia simplesmente não existir. A personagem é muito chata, bobinha, sabe? Podia ser super corajosa, inteligente, destemida. Mas a narração te conta que ela é A garota, e isso não condiz muito com a história que te é apresentada.
Honestamente, Gally e Teresa estão no mesmo patamar de personagens insuportáveis. Tanto no livro quanto no primeiro filme.
No mais, o livro é tranquilo de ler, corre sem grandes diálogos e quotes especiais. Num geral, a história, os personagens, todos mantém a mesma essência e o rumo. Não acho que seja o melhor livro de todos ou a melhor saga, mas não me entendam mal. Talvez eu já esteja velha demais para essas leituras que, com toda certeza, agradariam a minha versão de 12 anos tanto quanto o filme agradou.