Os sofrimentos do jovem Werther

Os sofrimentos do jovem Werther Goethe




Resenhas - Os Sofrimentos do Jovem Werther


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Angelica.Zilda 22/10/2018

"Desgraçados aqueles que se servem do poder que têm sobre um coração para lhe roubar as inocentes alegrias que brotam dele espontaneamente!"
Livro 06 de 1001: desconhecia o fato de que esse livro foi um grande causador de suicídios em sua época, e um divisor de águas em seu território. Fiquei muito satisfeita com a leitura, e bastante comovida com um final tão trágico. Mais comovida ainda em saber que a obra foi inspirada nas desventuras amorosas do próprio autor. Narrativa bem construída, não tem um vocabulário muito complicado. Excelente livro. Recomendo.
Ray - Bruxinha.literaria 07/11/2018minha estante
Preciso ler ele
E ler o desse mês ?


Angelica.Zilda 19/11/2018minha estante
Também preciso...




Poli_ 22/08/2021

Amor ou obsessão?
"Por que o que faz o homem feliz pode tornar-se a fonte de sua dor?"

O livro é narrado através de cartas escritas de Werther para um amigo, então temos a perspectiva da história quase integralmente apenas pelos olhos dele. O livro se resume na paixão platônica e supervalorizada que Werther nutre por uma jovem comprometida, e o início dele já prenuncia um final trágico. Ainda assim, não deixa de ser comovente acompanhar essa paixão desmedida de Werther, todas as reflexões e o declínio da sua mente, causado pela frustração desse "amor" impossível.
Libio 23/08/2021minha estante
Ae! Que orgulho, aguardando mais resenhas hehe


Poli_ 23/08/2021minha estante
A pedido de milhares, farei mais kkkkk




spoiler visualizar
Cianthe 04/11/2022minha estante
É o livro que desencadeou uma onda de sucídi0s né?


Hebert Braz 04/11/2022minha estante
Esse mesmo.
É incrível, sério, mas é 8 ou 80.
Pra sentir o impacto você tem que ter pelo menos um trauma relacionada a um romance não correspondido ?.




Pedro Henrique 11/05/2021

O amor é o termômetro da vida
"Os sofrimentos do jovem Werther" é um clássico da literatura alemã escrito em 1774, que marcou épocas e gerações e levou muitos ao êxtase da reflexão e ao ápice até mesmo da loucura.

Foi escrito como uma autobiografia do autor, Goethe, através de cartas da personagem Werther ao seu amigo, Guilherme, em que foram registradas reflexões, poesias e o amor de Werther à Carlota, o grande amor de sua vida, que não pode ser sua, em razão de já ter sido prometida a outro.

É um livro intenso, puro por retratar sentimentos sinceros e recheado de lindas frases e profundas reflexões. Confesso que fui tocado pelo livro e, em muitas passagens, me identifiquei com o Werther, apesar do seu fatídico fim.

Enfim, indispensável aos ávidos leitores dos clássicos mundiais.
Samuel 12/05/2021minha estante
Eu li esse livro pra aula de literatura, gostei bastante da leitura apesar de não estar acostumado com a forma que ele é escrito


Pedro Henrique 12/05/2021minha estante
Legal, Samuel. De fato a escrita é diferente, mas o livro realmente é muito bom!




Victor.Hussein 06/10/2016

Romantismo intenso
Goethe foi uma das mais importantes figuras da literatura alemã e do Romantismo Europeu, nos finais do século XVIII e inícios do século XIX.
Nesta obra prima, o autor nos apresenta Werther, um jovem rapaz, que por motivos de trabalho, se encontra longe de família e colegas, mas que ainda se comunica por cartas com Whilhelm, narrador, e suposto amigo do jovem.
Vale dizer que o livro, escrito em terceira pessoa, foi o marco inicial do Romantismo na Europa, e seu tom é autobiográfico, apesar de Goethe ter tido o cuidado de alterar alguns locais, datas e pequenos fatos.
No conteúdo das cartas, Werther expressa sua paixão recheada de tragédias com Lotte, que desde sempre, foi prometida à um noivo: Albert, grande amigo de nosso personagem principal.
Passando-se os dias, Werther se apaixona cada vez mais, sustentando seu utópico amor, do qual pensa ser recíproco. Após um ardente beijo, Lotte se abre à Werther, mas assente que o relacionamento de ambos é impossível, pedindo para não vê-lo nunca mais.
Sabendo do casamento próximo de sua amada, nosso personagem amargamente se suicida em seu quarto.
‘’Os sofrimentos do Jovem Werther’’, é um clássico incontestável, que revolucionou a literatura da época, sendo uma obra admirada até hoje.
Dentre as características do romantismo que apresenta, estão: A liberdade de escrita mais abrangente ao autor, ou seja, não há obrigatoriamente o uso de rimas ou métrica perfeita, subjetividade e a valorização de sentimentos das personagens, valorização da imagem feminina, indicada como um ser superior à ser alcançado, vínculo com natureza, como os campos descritos nas cartas de Werther, momentos nos quais presenciou com Lotte, dramaticidade, egocentrismo no objetivo da personagem, o uso de substantivos abstratos e figuras de linguagens como metáforas.
Todos estes aspectos fazem da obra um clássico fácil de se ingerir, apesar da suposta ‘idade’, a obra é bem facilitadora em relação à leitura.
Em suma, uma curiosidade: Após a sua primeira publicação, em 1774 como dito, teria ocorrido na Europa uma onda de suicídios, e esta atribuída à influência do personagem de Goethe, e que foi chamada "efeito Werther".
Prof. Gabriel 14/10/2016minha estante
Poderia ter ativado o aviso de Spoiler '-'


Victor.Hussein 09/11/2016minha estante
foi mal cara, em algumas resenhas esqueci de colocar o spoiler




Selennie 03/09/2010

Dizem q o livro é deprimente.
Boato de emo!

O livro se divide em duas partes: na primeira, Werther se apaixona e Deus e o mundo são maravilhosos, cheirosos, alegres e cheios de cor; na segunda, ele percebe que ela nunca será dele e vai apontando os podres e vergonhas da sociedade.

E todas duas são cheias de genialidades.
Américo 03/09/2010minha estante
O livro é bem interessante, bem dividido e possui idéias e trechos realmente muito bons. O único ponto fraco que achei é que em diversos trechos a leitura pode se tornar um pouco repetitiva ou cansativa.




Thiago Araujo 29/07/2022

À Flor da Pele
Se tem algo que podemos dizer desse livro é que é bem sentimental.

Uns dizem exagerado, outros que simplesmente viveu o momento de forma aberta e sincera.

Minha experiência com a leitura é que em algum momento de nossas vidas fomos um Jovem Werther. Não tem como negar, faz parte.

O desfecho pode ser diferente, mas quem nunca sofreu por amor?

O livro encanta pelas idas e vindas, que fortalece e enfraquece a nossa torcida pelo protagonista. Qual será sua próxima decisão? Excesso ou falta de coragem?

Essas dúvidas são nossas vidas. É um clássico por ser sempre atual.

Recomendo a todos, é uma experiência muito interessante. Como já disse, quem nunca foi um pouco Werther??
gabisard 30/07/2022minha estante
adorei a resenha!!! já vou colocar na minha lista


Thiago Araujo 01/08/2022minha estante
Que bom que gostou!! ?




Sofia 13/04/2021

A história e a crítica carregada pelo livro foram importantes e marcantes na época de lançamento, uma boa pedida pra estudar essa era da literatura, mas ao mesmo tempo os pensamentos do protagonistas são confusos e escrito de forma rebuscada, da um trabalhozinho ler pra quem não estiver acostumado mas vai
Israel.Berbigier 13/04/2021minha estante
Tenho bastante interesse em Goethe, pensei em começar por esse.


Sofia 25/04/2021minha estante
Meu professor de literatura na época q recomendou, disse q é muito interessante começar com esse, principalmente pq foi um dos maiores representantes do movimento literário q ele pertence na Alemanha




Rodrigo 12/12/2012

Como alguns livros caem na nossa mão em determinados momentos de nossa vida e fazem o exato sentido. Muito bom!
Gabriela 12/12/2012minha estante
Nossa, mas esse livro não fez com que muitos jovens se suicidassem? ALÔ GILMA, TIRE OS GILETES DA CASA!


Mike Charlie 16/12/2012minha estante
Esse livro é chato :( kkkk




Anna Clara 17/05/2022

O livro é bom
O livro é bom, começa com o Wether (personagem principal) feliz, que ama contemplar a natureza, ama as coisas simples , as pessoas simples e cotidiana do lugar para o qual acaba de se mudar, e depois durante o desenrolar do livro ele conhece Lotte, moça bonita, de princípios e comprometida, e se apaixona loucamente por ela.. Werther que se afunda nisso, vive um verdadeiro sofrimento e drama, por não ter Lotte pra si; A maior dor de Werther é estar longe de Lotte... O livro inteiro é sobre isso, o próprio Werther narrando seus sofrimentos à seu amigo por meio de cartas.

Teve coisas que eu gostei e achei muito belas, outras que não faziam sentido pra mim... mas foi muito bem escrito ,a alma do livro foi mesmo passada ao leitor, ele transmite mesmo as dores e emoções dos personagens, especialmente de Werther ( que aliás, tem um vocabulário muito bonito, poético, profundo)...
loracy.y 17/05/2022minha estante
Tô lendo esse tambémmm espero que eu goste :)


Anna Clara 17/05/2022minha estante
Espero que você goste também!! Eu gostei, mas como não é o gênero que mais gosto , não foi maravilhoso pra mim... mas é bem bom!




Tangerina 15/12/2021

Nem sei exatamente por onde começar, porque se passaram inúmeras coisas pela minha cabeça durante a leitura.

Os sofrimentos do jovem Werther, é um romance epistolar, o que pra mim, funciona muito e deixa a leitura extremamente fluida.

Werther é um jovem extremamente intenso, devoto aos seus sentimentos, e podemos notar logo de cara, que ao se entregar a sua paixão por ?Carlota?, ele se torna emocionalmente dependente de seu afeto e companhia. Nada mais o agrada, perde o foco, tudo o que não diz respeito a ela o enfurece, e só ela o acalma.

Apesar de toda melancolia e labilidade emocional, pude enxergar uma certa pureza envolvendo tudo. Ele tem consciência de sua posição, não distribui a culpa a Carlota, nem despeja seu descontentamento em Alberto, apenas lamenta a realidade e procura sempre ser como um todo, uma pessoa gentil.

Muito me emocionei acompanhando os relatos de seu coração solitário, e a falta de compreensão dos outros quanto a sua depressão:
?28 de agosto- Na verdade, se o meu mal tivesse cura essas pessoas o curariam. Hoje é o dia do meu aniversário??

(28 de agosto também é o meu aniversário, e isso foi apenas uma das inúmeras coisas em comum que divido com o jovem Werther).
Mattheus 15/12/2021minha estante
resenha mto boa! e queria dizer q bati na trave, meu aniversário é 27 de agosto ?


Tangerina 16/12/2021minha estante
Muito obrigada! Hahaha foi quase, em? O aniversário do Goethe também era 28/08




Tauan 23/09/2015

O primeiro livro que leio do famoso escritor alemão foi também o primeiro de sua carreira.
A história, escrita de forma epistolar, é dividida em duas partes, na primeira, o protagonista, Werther, conta, por meio de suas cartas ao amigo Wilhelm, sobre uma viagem que está fazendo; ele se retirara do ambiente natal para viver em uma pequena vila campestre. Nesse lugar, ele conhece Charlotte, Lotte, por quem se apaixona, a despeito de ela ser noiva.
Na segunda parte, há também cartas à Lotte e intervenções do editor (algum amigo de Werther que, após a sua morte, se põe a reunir os fatos do livro), no sentido de especificar fatos que não ficam claros apenas pelas cartas, recorrendo a relatos de testemunhas e anotações particulares do protagonista.
Consta que a inspiração para a escrita foi a própria paixão de Goethe por Charlotte Buff, noiva de um amigo.
Também é sabido que a obra, fortemente psicológica, pois o personagem abre sua mente e seus infortúnios ao leitor, teve grande repercussão na Europa, elevando Werther a status de herói e influenciando outros em situação parecida à do personagem a também se suicidarem.
Apenas para finalizar, segue o trecho, essencialmente macabro, em que são descritos os momentos finais de Werther:
“Quando o médico chegou, o infeliz estava no chão. Não havia salvação para ele; embora o pulso ainda batesse, todos os membros estavam paralisados. Havia atirado na cabeça, acima do olho direito, e os miolos saltaram para fora [...] A mancha de sangue que se via no espaldar da poltrona indicou que Werther estava sentado à sua escrivaninha quando disparou a arma; que em seguida tombara e, debatendo-se na convulsão, rolara ao lado da cadeira. Estava estendido de costas, perto da janela, e não teve mais forças para fazer qualquer movimento.”
Mayane25 23/09/2015minha estante
gosto muito das tuas resenhas :)


Tauan 24/09/2015minha estante
Obrigado!
No blog tem mais: pausaparaaleitura.blogspot.com.br




Luma 23/01/2023

Uma linha tênue entre ficção e autobiografia. Um clássico que vale a pena ler. É bem curtinho e podemos entrar na história e viver (e sofrer) com o protagonista.
Paulet 26/01/2023minha estante
é difícil de ler/entender?


Luma 26/01/2023minha estante
Não, são cartas que ele escreve ao melhor amigo. Vamos sentindo as emoções e mudanças ao longo da trajetória...




Coruja 05/03/2018

Há muito eu estava devendo a leitura de Os Sofrimentos do Jovem Werther - é um título que está na minha lista desde que devorei Fausto, alguns meses antes de começar a faculdade. Goethe me fascinara com a história do sábio doutor e o demônio Mefistófeles e queria muito conhecer mais dele. Mais de uma década depois, peguei uma edição de bolso do Werther para afinal completar tal lacuna. Não tenho desculpas para esse atraso, além do fato de que havia muitas pilhas de livros ainda não lidos na estante...

Escrito em forma epistolar, Os Sofrimentos do Jovem Werther resume muito bem sua história no título. Jovem, inteligente, dado à melancolia, ao romantismo e ao exagero, Werther navega meio sem rumo pela vida, desenhando, lendo poesia e ouvindo as histórias do povo, até conhecer Carlota. Órfã de mãe, Carlota cuida do pai e dos irmãos menores com desvelo. Seu pragmatismo para as coisas familiares, contudo, não afeta a alma sensível e romântica. Para além da beleza, o gosto pela música, pela dança e pela literatura fazem com que Werther se aproxime da moça. E tudo iria muito bem, não fosse um pequeno detalhe: Carlota é noiva de Alberto, um jovem comedido e sensato, com quem, a princípio, Werther também admira e devota amizade.

Para tentar esquecer a moça, Werther acaba por aceitar um emprego burocrático do governo em outra cidade. A rotina, a suposta pequenez de seu chefe e da sociedade do lugar para o qual se mudou começam a sufocá-lo e não demora muito para que ele esteja de volta aos pés de Carlota, a essa altura, já casada. Conhecendo seu caráter e os arroubos já antes ditos, não é preciso muito esforço para compreender que estamos diante de uma tragédia anunciada.

Goethe convence muito bem da verossimilhança de sua obra. O livro abre e fecha com notas de um editor anônimo, que teria compilado as cartas, visitado os locais e as pessoas citadas para investigar os fatos, antes de apresentá-los ao leitor. A retirada de nomes de locais, de pessoas, de sobrenomes dos protagonistas, são recursos que passam a impressão de que se está a proteger a identidade delas. O próprio fato de que temos apenas as cartas de Werther como fio narrativo, sem as respostas do amigo, Guilherme, reforçam essa impressão geral.

Termos apenas o lado de Werther cria também uma ambiguidade sobre os outros personagens. Temos apenas a narrativa dele, a forma como ele enxerga o mundo e as justificativas que ele dá àqueles que encontra em seu caminho. Werther enxerga o que quer enxergar, quer seja uma suposta intolerância por parte de Alberto, quer seja uma correspondência de seu afeto por parte de Carlota. Levados pela intensidade dele, é difícil tentar julgar os outros personagens sem ser pelo seu filtro. Ou, pelo menos, foi isso que aconteceu comigo.

Simpatizei com o Werther da primeira parte, ingênuo, entusiasmado e fundamentalmente autêntico. Ele é generoso com seu tempo, sem seu talento, com sua bolsa. Ele escuta os aldeões, busca conhecer suas histórias, encanta-se com crianças, perde-se nas belezas que o mundo pode oferecer. Seus primeiros encontros com Carlota, descritos com delicadeza e afeto, transformam cenas prosaicas em pequenos bibelôs. Sua aversão à burocracia e à falsidade, quando passa a trabalhar para o embaixador, é algo fácil com que se identificar.

Mas, então, Werther larga tudo, trabalho e responsabilidades, não escondendo o desdém por aqueles que considera abaixo de si intelectualmente. Há empáfia e arrogância em seus comentários sobre aqueles que deixa para trás e talvez tenha sido esse o momento em que comecei a enxergá-lo como um menino mimado, egoísta. Seu arrebatamento no retorno para Carlota, a maneira como ele prioriza seus próprios sentimentos acima de todos que o cercam, tornando-se não apenas inconveniente como extremamente cruel, fizeram com que ele perdesse toda a minha simpatia.

O amor que ele protesta por Carlota, para mim, não é amor, mas paixão obsessiva, ciumenta, perigosa. É um amor que se reflete na história do camponês com quem Werther faz amizade no começo do livro; o homem que, apaixonado por uma viúva, acaba por matar outro empregado porque 'se ela não fica comigo, não fica com mais ninguém'. Que Werther se identifique com esse colono, que justifique o crime porque 'foi por amor' diz muito mais que um sem número de cartas apaixonadas. A essas alturas, não há mais como torcer pelo rapaz e suas atitudes finais, a escolha maliciosa das armas para seu suicídio - de forma a causar o máximo de culpa e desespero - não podem ser vistos como menos que calculadas.

Desconfio que estou pelo menos quinze anos muito velha e muito cínica para me deixar de fato seduzir pelo romantismo de Werther. Tampouco consigo entender como o sentimentalismo do rapaz influenciou tantos leitores a se matarem - o livro é famoso pela epidemia de suicídios que deixou em seu rastro, quando foi publicado, em 1774, algo que ficou conhecido na história como "Efeito Werther" -, o que talvez se explique pela diferença no contexto histórico. Contudo, não é difícil perceber porque Os Sofrimentos do Jovem Werther é um dos grandes clássicos da literatura ocidental e um marco do romantismo.

Goethe soube trabalhar cada faceta de seu protagonista, e cada palavra de suas cartas. Não há expressões supérfluas, nem cenas que destoam do todo; tudo o que acontece é por um motivo, espelha um outro momento do romance - e isso cria um efeito muito interessante de eco, de antecipação. Desde o começo, há o prenúncio daquilo que virá, não só pela espiral depressiva de Werther, mas por outros detalhes também (como a recorrência das pistolas de Alberto em cena). Tudo isso faz com que o livro seja bem conciso - são menos de duzentas páginas - sem deixar nada importante de fora; não há necessidade de mil e uma explicações ou descrições para que Goethe consiga o impacto que a história de Werther encerra. Sendo dada à prolixidade, sempre fico impressionada com autores que conseguem dizer tudo o que é preciso dizer de forma tão precisa. Por outro turno, impressionou-me o vocabulário (tive de parar algumas vezes para ir ao dicionário) e, olha, nesse quesito, creio que essa tradução da Nova Fronteira ficou de parabéns.

Pessoalmente, ainda prefiro Fausto, ou melhor, Mefistófeles, que acho um personagem interessantíssimo. Mas Werther, inclusive por conter algo de autobiográfico (Goethe teve uma paixão intensa e proibida por sua própria Carlota, noiva de um amigo seu), sem dúvida merece a importância literária que tem. Menino mimado pode ele ser, mas é também um poeta como poucos.

Está findo o contrato. Vamos ao próximo...

site: http://owlsroof.blogspot.com.br/2018/03/sofrendo-com-o-menino-werther.html
Salomão N. 05/03/2018minha estante
A obra inteira do Goethe é autobiográfica ao extremo, do Werther ao Fausto, passando pelo Wilhelm Meister e outros personagens!
Pois é, também não sou um grande apreciador desse romance, mas sou um apaixonado pela tragédia do Fausto na versão Goethiana.


Emmerson 05/03/2018minha estante
Ótima resenha! Vejo o Werther como uma boa obra de um escritor em começo de carreira. Ainda distante da qualidade narrativa que ele demonstraria com o Wilhelm Meister ou a criatividade do Fausto.




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