Clube do Farol 08/08/2022
Resenha por Elis Finco @efinco
Esse livro teve um gosto de primeira vez, porque eu nunca havia lido sobre a nobreza Francesa, então estava muito acostumada com a maneira de ser a inglesa. A história, já promete muito pela sinopse e já nos primeiros capítulos você tem a certeza que vai amar ainda mais.
A trama é rica desde o início e te prende de uma forma que você nem começa a notar quando não consegue mais parar de ler. É narrada em terceira pessoa, com um narrador que fala com o leitor durante a leitura, fazendo alguns comentários pontuais, que eu simplesmente adorei!
Já de cara a família Beaulieu te deixa com várias sensações diferentes. A mãe forte, amorosa, que mesmo viúva tenta de todas as formas evitar o desfecho trágico, que infelizmente acontece: eles perdem um processo judicial na Inglaterra e ficam com as finanças arruinadas.
O momento histórico no livro é a de uma transição entre a aristrocracia e os burgueses como novos ricos, do “futuro” retratado por uma siderúrgica e o passado representando pela vizinha, a casa de campo da nobre família Beaulieu em Pont Avesnes. E assim somos apresentados a nobreza e a da industria na figura do Derblay, que com ares de cavalheiro, construiu sua riqueza com suor e trabalho e tem seu valor no caráter e não no título herdado. Ao mesmo tempo, em que esses fatos acontecem, temos o destino tramando suas teias na capital Francesa, onde o pai de Athenais, uma jovem burguesa, começa a desenhar o futuro de sua filha dando a ela sua vingança tão esperada sobre a nobre Claire de Beaulieu.
Assim, os dois núcleos são apresentados, te fazendo começar a torcer para o final de uns e de outros nem tanto. Nesse ponto já pode se preparar para os “crushs” e dar aquelas “reviradas” de olhos para alguns personagens... que vamos amar detestar.Logo no início o autor mostra a profundidade ou não de cada um e isso traz muita riqueza para a narrativa. O encontro desses personagens traz uma segunda fase para a história que é simplesmente apaixonante e ainda melhor que a primeira.
A partir das consequências desse encontro com o intuito de manter seu orgulho intacto, a orgulhosa Claire aceitou se casar com o rico industrial Philippe Derblay. Filha de um marquês, a jovem seria agora a esposa de um burguês em ascensão. Philippe mal podia acreditar em sua sorte ao tomar a amada Claire por esposa. Mesmo desconfiando dos motivos que a levaram tal decisão aceitou fazer parte do jogo, confiante que seu amor seria o suficiente para ambos. Sua alegria durou até o momento em que se dirigiu à suíte nupcial, onde foi cruelmente rejeitado. Claire fica gravemente enferma e, quando finalmente volta a si, passa a ver o marido com outros olhos, mas o estrago estava feito: Philippe não a perdoaria com a facilidade esperada. Agora, Claire tenta reparar os estragos que suas ações causaram. Sem contar que o duque irá retornar e o casal terá que enfrentar provações ainda mais difíceis, antes que uma reconciliação seja possível.
Existe um toque de humor em alguns personagens que ganha de cara o coração dos leitores e de certo modo trazem uma leveza bem-vinda ao drama da história. Não posso mais contar sobre a história sobre o risco de estragar a surpresa, mas a trama é tão bem construída com o autor oferecendo a descrição física e também do coração dos personagens que te prendem na trama de uma forma apaixonante como a melhor das novelas escritas na página de um maravilhoso livro. Não tem como não ficar terrivelmente apaixonada pelo Philippe e ficar a seu lado nas reviravoltas dessa trama apaixonante. Com uma história rica e um enredo perfeito, esse livro, do começo ao fim, tem um apelo inegável aos corações dos leitores de qualquer época.
Eu de todo coração espero que a Pedrazul publique esse livro, porque é um romance que merece ser lido por todos os leitores fãs de uma ótima história de personagens que se tornam tão reais durante a leitura, que nos fazem viver com eles cada emoção descrita nessas linhas.
site: http://www.clubedofarol.com/2018/03/resenha-amor-e-orgulho.html