Resenhas - O Alienista

Iran28 30/03/2024

Tecnocracia é fruto da maldade e loucura
Nessa novela de Machado de Assis vemos sua crítica ferrenha aos metodos desumanos de ciências da época, mas que infelizmente se mantém até os dias de hoje achando que pela sua expertise tem o direito de tratar a pessoa em análise sem ética como apenas um objeto de uso para a criação de um futuro, de uma evolução científica, esse comportamento arrogante é definitivamente botado em crise pelo livro onde o protagonista de tão excepcional acredita em sua anormalidade e se tranca sozinho em uma casa verde que outrora era cheio desses "anormais".

Leitura.antiquada 30/03/2024

A hipocrisia humana
Que reviravolta para o Alienista, fiz a leitura desse livro no meu ensino fundamental, mas a leitura agora parece que foi um livro diferente, é bom ter uma visão de mundo madura para a escrita de Machado, que sempre surpreende;

Amo saber novas palavras antigas; Uma ascensão e ?queda? de um médico sagaz; os acontecimentos para o Alienista descobrir que a cura estava um pouco mais distante de suas mãos.

Maykon Souza 29/03/2024

No fim, uma boa leitura!
O livro, em suas últimas palavras, surpreende o leitor ao afirmar nas entrelinhas que os "loucos", aos quais nomeamos como tal, são os verdadeiros sãos, e que o eu, que afirma ser o único são, é na verdade o mais "douto" de todos.

É uma leitura agradável que vale a pena.

jusayuriih 29/03/2024

Pensante
Um conto que me fez refletir tanto tanto
A história em si é simples. Um médico que tem a pretensão de analisar os habitantes de uma pequena cidade, Itaguaí.
Gostei muito da forma que foi narrada - como um evento muito importante que ficou para a história
Gostei do final também. Bem irônico como o único que julgava é que acabou preso na Casa Verde - com a ideia de ser o único com sanidade ("Quem nos afirma que o alienado não é o alienista?")
Me fez refletir bastante. Como a loucura é arbitrária, depende de quem está julgando. Como muitas vezes nós simplesmente excluímos aqueles que não se encaixam em padrões pré-estabelecidos pela sociedade. Categorizamos como louco aquele que incomoda, que questiona, que é diferente.
E, no final, percebe-se que todos tem sua singularidade. Se formos procurar apenas a racionalidade no ser humano, acaba igual no conto: com todos internados.

Pensarei nessa história por muito tempo. Recomendo demais essa edição, com incríveis ilustrações, comentários e notas de rodapé.
É o tipo de obra que eu sei que vou rever. E na releitura aprenderei sempre algo novo.

Leonardo896 28/03/2024

Assim como outras obras de Machado de Assis, fica evidente o cinismo, a crítica e a sátira. Cheia de humor, sátira e ironia, em um enredo curto e de fácil leitura. Talvez por ser curto tenha sido o livro dele que menos gostei, mesmo não tendo desgostado.

Paulo2175 27/03/2024

Um conto irônico sobre um caso sério

Imagine você, uma pessoa vai estudar na Europa e volta de lá com a cabeça chega de novas ideias e uma destas ideias é abrir um manicômio e lá internar todas as pessoas loucas da cidade. Simão Bacamarte é o personagem central deste conto de Machado de Assis. Este médico promete zelar e até curar essas pessoas, consideradas por ele como loucas. Porém a trama toma tamanha proporção que o manicômio fica lotado e este médico não tem critérios para internar as pessoas, o interessante é que chega numa parte que não sabemos mais quem é louco, se as pessoas que lá se encontra internada ou o próprio médico.
A outra nos abre um precedente para avaliarmos o papel a respeito do papel da mente humana e as instituições sociais, assim como até que ponto devemos entrar de cabeça e confiarmos cegamente na ciência. Em suma o livro é também uma crítica sobre até que ponto , podemos ou devemos confiar cegamente na ciência.

Gabriela4059 27/03/2024

Gostei, mas não é o melhor do Machado. é tipo um conto e faz refletir sobre o que é a sanidade e a loucura

Rafael.Abel 26/03/2024

Resenha - O alienista
O livro "O alienista" se passa no final do século XVIII. Conta a história de Simão Bacamarte, um psiquiatra muito conhecido. Simão tem uma ideia inusitada. A ideia de criar um local onde pessoas consideradas "loucas" poderiam ser estudadas e tratadas, com o objetivo de achar a cura da loucura.
Essa é uma leitura rápida, mas também, uma obra muito bem escrita e reconhecida. Tendo 13 capítulos, o livro tem críticas socias muito bem estabelecidas.
Achei uma leitura prazerosa, embora tenha me sentido um pouco desconectado da história.
Em alguns momentos, o livro se aprofunda na história de alguns personagens, voltando a seu passado e contando um pouco de seus dilemas. Nesses pequenos trechos, me senti muito confuso ao tentar diferenciar o passado do presente.
Os personagens são muito bem desenvolvidos, e a escrita é muito fluída, apesar de um pouco complexa.
Embora essa tenha sido uma experiência satisfatória, ainda assim, não é uma obra perfeita. Acho que o autor poderia ter dado descrições um pouco menos detalhadas, e não ter se prolongado muito em cenas desnecessárias.
De modo geral, valeu a pena a experiência. Foi a primeira obra que li do autor, espero ler mais algumas de suas histórias no futuro.

maria 25/03/2024

O alienista
A história tem início com Simão Bacamarte, um médico formado em faculdades de renome da época, percebendo a necessidade de um estudo acerca da sanidade mental - um assunto ainda inexplorado no contexto do livro.

Tendo em vista a importância de estudar as faculdades mentais, o médico abre a Casa Verde, a qual funcionava como um sanatório em que Simão Bacamarte levava todos aqueles que julgava como desequilibrados de algum modo. Com o tempo, o médico enxergava em todos uma característica que precisava ser tratada e os levava para a Casa Verde, e isso fomentou revoltas e rebeliões em Itaguaí.

O final foi inesperado e ao longo da narrativa percebe-se contextos sociais da época que podem ser associados ao imaginário coletivo contemporâneo.

beatrizkhouri 24/03/2024

?Fechada a porta da Casa Verde, entregou-se ao estudo e à cura de si mesmo.?
Achei a leitura um pouco cansativa, o que faz sentido por ter sido escrito há muito tempo, porém gostei do livro.

Beatriz3345 24/03/2024

"A LOUCURA E A RAZÃO ESTÃO PERFEITAMENTE DELIMITADAS"
Ler Machado de Assis, na maioria das vezes, é um desafio, porém, dessa vez não foi. O livro é curto, e por mais que existam algumas palavras e formas de escrita de difícil compreensão, a leitura é quase que leve, pode se dizer.

A história, resumidamente, conta sobre o retorno médico Simão Bacamarte à Itaguaí, sua cidade natal, trazendo consigo o desejo de abrir uma espécie de "hospício", para que ele possa estudar as faculdades mentais dos cidadãos da cidade, podendo assim fazer um diagnóstico e, consequentemente, encontrar uma cura para esses.

Daí pra frente a narrativa começa a desandar, pois as pessoas da cidade não concordam com o médico em suas escolhas de quem internar ou não, causando rebeliões, disputas de poder, etc.

Gostei muito do livro, e o final me pegou um pouquinho de surpresa. Recomendo demais.



"Não há remédio certo para as dores da alma."

Maisavila 24/03/2024

Começo chato, final legal
Sinceramente eu achava que por ser do Machado iria ser um saco, e o começo para mim realmente foi. Da metade para o final fluiu bem melhor e o final foi bom demais.

Daniel 23/03/2024

Clássica
Um clássico da literatura brasileira, um livro curto e um conto longo kkkk.
Não é atoa que é um clássico.

maria.duda 22/03/2024

Li para a aula de literatura
incrível como o Machado falou de um assunto que até hoje existe um tabu de uma forma tão boa

como vemos que na verdade o problema estava nele e não na cidade

machado sendo machado

Hethaly 20/03/2024

A obsessão pela sanidade e loucura
Este livro conta como um cientista ficou alienado pelo estudo e aplicações de "cura" em determinadas pessoas que ele julgava ser louca. Preso neste propósito ele deixa a cidade em estado de terror, loucura e protestos, mas nenhum destes fatores o faz recuar, apenas ele mesmo com sua obsessão.
Um ponto importante que o livro retrata que vivemos na nossa atualidade é a questão da política. Como os oportunistas podem se aproveitar do momento de desespero da população para se tornar líder e ganhar nome para se obter poder.
Na internet podemos ver tantos políticos que se aproveitam da falta de segurança, da situação precária da educação e saúde para provocar um grupo insatisfeito e ganhar nome, porém, quando se obtém o poder de líder, aceitam o sistema como ele é.