Resenhas - A rainha do cine Roma

1eloh 10/12/2020

Uma viagem ao submundo
Eu li, digeri, pausei e voltei. É triste o ponto de vista da realidade, é comovente o afeto presente e é revoltante o quão realista é. Uma bela viagem ao submundo.

Uilians 15/12/2018

cru, realista, vivo, marginal original um livro que pode ser considerado um clássico porque olhar para personagens e aspectos da vida que normalmente são vistos com preconceito, desdém. Um livro fortíssimo, louco, alucinante, esclarecedor, apaixonante, cruel. E top cinco entre as minhas leituras de 2018.

AndyinhA 11/10/2010

A escrita do livro é um mundo a parte que num primeiro momento me irritou um pouquinho, porque ele escreve “com sotaque”, ou seja, escreve com as gírias e às vezes até com o jeito errado de falar do personagem. Mas apenas no fim do livro vamos entender o porque (sorry, senão seria um mega hiper spoiler).

Aqui Alejandro não tem medo de mostrar a verdade nua e crua, o lado negro do submundo e como certas coisas funcionam, as drogas, os pervertidos, tudo que eles são obrigados a passar e a constante questão do será que se eu for por esse caminho conseguirei voltar um dia? Essa é uma pergunta que aparece a todo instante, uma luta constante na tênue linha do certo e errado. Nas quais certas decisões vão ser pagas com a própria vida.

Mais em: http://www.monpetitpoison.com/2010/10/poison-books-rainha-do-cine-roma.html

MVGiga 24/12/2013

A Rainha dos Excluídos.
Fiquei impressionado com a realidade mostrada nesse romance periférico. Como o nome já diz romance periférico tem o intuito de mostrar, na visão daquele que vive na periferia e não da classe média dominante, o seu espaço, sua luta, sua resistência, sua rebeldia e sua esperança. Aqui somos apresentados a dois meninos de rua da cidade de Salvador, Bahia. A exploração sexual, a violência e a miséria humana são fatores comuns na vida desses garotos. A Rainha do Cine Roma é um livro forte e revelador do lado mais obscuro e invisível da sociedade.

Ana Carolina 17/03/2016

Assustadoramente encantador
Quando peguei o livro na mão pela primeira vez eu senti que era meu dever levar ele comigo.

Betinho e Maria Aparecida se conhecem na rua, quando crianças, e, apartir desse momento, se tornam inseparáveis, fazendo do Cine Roma (um cinema abandonado) o ponto de partida de toda a história deles juntos.
Na narrativa, o autor decidiu deixar bastante evidente o sotaque/modo de falar dos personagens, portanto, há uma enorme presença de gírias, o que, na minha opinião, aproxima o leitor dos personagens e da história e torna ainda mais fácil a compreensão do texto.
O que há de mais encantador no livro é mostrar, no meio de tanta desgraça, os detalhes simplórios da vida que as vezes nos passam despercebidos.
Por fim, eu quero deixar claro que a alegria e esperança da Maria Aparecida e dos outros personagens serão coisas tão contagiantes que te farão perder a noção da gravidade das coisas. A Rainha do Cine Roma me maltratou, me prendeu e me agarrou de uma maneira EXTRAORDINÁRIA.