A Ilustre Casa de Ramires

A Ilustre Casa de Ramires Eça de Queiroz




Resenhas - A Ilustre Casa de Ramires


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Inês Montenegro 31/01/2016

O início desta obra começou por me desiludir um pouco – uma Casa de renome (acompanhada por uma pormenorizada descrição do espaço físico da mesma), um drama familiar romântico que se encontra no passado mas com indícios de ainda não estar terminado, um jantar onde o protagonista discute política… Temi ter uma repetição d’ “Os Maias”.
Felizmente, os meus receios desvaneceram-se – “A Ilustre Casa de Ramires” não é a reprodução da tão conhecida obra do autor. Trata-se de um romance independente, onde se ressalva a crítica social, especialmente focada na vida de província.

Opinião completa em:

site: https://booktalesblog.wordpress.com/2015/10/23/a-ilustre-casa-de-ramires-eca-de-queiros/
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Luciclaudio 11/04/2015

A Ilustre casa da Ramires
A historia do livro começa em um lugar chamado Aldeia de Irinéia, onde morava o jovem Gonçalo Mendes Ramires, que vinha de uma família que tinha nobres tradições, mas aconteceu que sua família ficou falida, tanto no dinheiro quanto moralmente, pois o dinheiro que tinha antes não era o mesmo que tem agora e o respeito que tinha antes também havia mudado.
Então Ramires por esta sem dinheiro busca formas fáceis de ganhar dinheiro, deixando de lado toda a ética e moral que tinha sua família e entra no ramo da política. Pouco tempo depois de virar político ele começa a escrever uma história sobre a história da sua família, para fazer essa história ele se inspirava em um poema escrito por seu tio, chamado a Torre de Ramires, que nessa história falava a história de um dos seus antepassados, chamado Tructesindo Ramires.
Algum tempo depois, Gonçalo Ramires começa a ter crises com relação a sua honra e honestidade e tudo aquilo ao qual sua família um dia defendeu, ele agora na política havia perdido e desonrando seus ancestrais, pois se sabe que na política a honra não é algum muito fácil de se manter. Então um dia, ele abandona seu emprego e viajou para a África, onde depois de alguns anos volta economicamente estável e um novo homem. Ao mesmo tempo no livro, é narrada a historia da sua irmã Gracinha Ramires que se casa com o inocente Barolo. O inimigo de Gonçalo, em que André Cavaleiro tenta seduzir sua irmã gracinha.
Em outra parte da historia narra-se a história da Torre de Ramires, que acontece no século XII, fazendo uma volta ao passado. Em que o personagem principal é Tructesindo Mendes Ramires, um homem rígido e dificil. Durante a historia Tructesindo buscava se vingar da morte de seu filho Lourenço, que foi morto em uma emboscada por Lopo de Baião, que era considerado inimigo da família.
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Marcos Roberto 17/09/2014

Duas histórias em uma
Para aqueles que já leram Eça De Queirós, autor de obras como "O primo Basílio" e "O crime do padre Amaro", a expectativa sobre "A ilustre Casa de Ramires" é das melhores possíveis. Que nada! O livro narra vagarosamente o cotidiano de Gonçalo Mendes Ramires, o fidalgo da Torre, e paralelamente a história antiga de Trutesindo Ramires, que Gonçalo escreve para a estréia de um periódico português.

Não que seja um péssimo livro. A genialidade, bem como a ironia de Eça sobre a sociedade de seu tempo, aparecem no decorrer da obra, em alguns momentos. No entanto, a linguagem complicada, principalmente quando se trata da narrativa de Gonçalo sobre seus antepassados, e as longas narrações descritivas cansam o leitor.

O final, muito interessante para a novela de Gonçalo sobre os Ramires, e um pouco menos para sua própria vida, traz certa compensação. Difícil é chegar até lá, já que em diversos momentos surge o desejo de abandonar a obra. Para quem persiste, ao fechar o livro, surge uma ponta de saudades do vozeirão do Titó, da sabedoria do administrador Gouveia, das cantigas do Videirinha, da ingenuidade do Barrolo, da irmã Gracinha, das cartinhas das Lousadas e, claro, da dubiedade de Gonçalo. Um prato cheio para os estudiosos de literatura, os interessados na sociedade da época, ou ainda para os que apreciam uma novela cotidiana com pouca ação, mas para os que buscam apenas prazer e entretenimento na leitura, nas palavras do próprio Gonçalo: uma maçada!
Tati Diorio 31/08/2017minha estante
Faço das suas palavras as minhas. Rs.


Michelle 17/09/2017minha estante
Exatamente isso!


Caio 10/01/2019minha estante
Respeito a sua visão, as vezes Eça considero cansativo olhe que já li 3 livros dele mas conseguir a aprender interpretá-lo como vc. AS vezes cansa mesmo esse tipo de linguagem tão formal, descritiva, o livro que achei mais dificil de ler dele foi A cidade e as serras. Esse aqui vou começar ainda.




Dose Literária 20/02/2013

Reforçou a admiração pela cultura portuguesa, que em seu balanço é mais boa que má.
Confesso que “A ilustre casa de Ramires” me tentou a quebrar a promessa. A leitura estava muito rebuscada no começo. Não tenho vocabulário para lê-lo sem visitas constantes aos verbetes de dicionário. A frase abaixo é emblemática nesse ponto:

“ ´Bofé!...Mentes pela gorja!... Pajem ,o meu murzelo!...´; e através de toda esta vernaculidade circulava uma suficiente turba de cavalariços com saios alvadios, beguinos sumidos na sombra das cógulas, ovençais sopesando fartas bolsas de couro, uchões espostejando nédios lombos de cerdo...”

Também achou difícil? Entendo que para a educação da época, isto talvez fosse mais viável, mas tornava o livro muito chato pra mim. Aos poucos, porém, o autor vai nos afeiçoando ao Gonçalo Ramires. Vamos gostando de seus jeitos nobres, mas verossímeis, suas covardias, suas atitudes generosas.
Continue lendo... http://www.doseliteraria.com.br/2012/10/a-ilustre-casa-de-ramires.html
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Renata Molina 10/12/2012

É um bom livro, no começo achei bem chatinho, mas depois ficou interessante.
Ramires é um cara que vive de nome e no passado, não tem um perfil próprio, até certa altura da história.

Recomendo.
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Fabio Michelete 28/09/2012

Amigos de Gonçalo, Admiradores de Portugal
Já devo ter comentado isto em outra resenha, mas já há alguns anos tenho comigo a promessa de terminar cada livro que começo. Previne que eu abandone um livro antes que ele “engate” e fique bom.

Confesso que “A ilustre casa de Ramires” me tentou a quebrar a promessa. A leitura estava muito rebuscada no começo. Não tenho vocabulário para lê-lo sem visitas constantes aos verbetes de dicionário. A frase abaixo é emblemática nesse ponto:

“ ´Bofé!...Mentes pela gorja!... Pajem ,o meu murzelo!...´; e através de toda esta vernaculidade circulava uma suficiente turba de cavalariços com saios alvadios, beguinos sumidos na sombra das cógulas, ovençais sopesando fartas bolsas de couro, uchões espostejando nédios lombos de cerdo...”

Também achou difícil? Entendo que para a educação da época, isto talvez fosse mais viável, mas tornava o livro muito chato pra mim. Aos poucos, porém, o autor vai nos afeiçoando ao Gonçalo Ramires. Vamos gostando de seus jeitos nobres, mas verossímeis, suas covardias, suas atitudes generosas.

Talvez seja tudo parte do plano do autor, de relacionar seu personagem à Portugal. O antigo país podia ser assim, intelectual, valoroso, tradicional. Carrega ainda essas ideias, e sabemos que transmitiu muitas delas ao Brasil.

É claro que não passaram para nossa cultura apenas a generosidade, bom humor, nobreza. Transmitiram também a diferença marcante entre ricos e pobre, e um fisiologismo – claros nas relações de Gonçalo com a coisa pública. Enfim, de minha parte, reforço a admiração pela cultura portuguesa, que em seu balanço é mais boa que má.

Trechos selecionados:

“Despido, soprada a vela, depois de um rápido sinal-da-cruz, o fidalgo da torre adormeceu. Mas no quarto, eu se povoou de sombras começou para ele uma noite revolta e pavorosa. André Cavaleiro e João Gouveia romperam pela parede, revestidos de cotas de malha montados em horrendas tainhas assadas! E lentamente, piscando o olho mau, arremessavam contra seu pobre estômago pontoadas de lança que o faziam gemer e estorcer sobre o leito de pau-preto.”

“As duas manas Lousadas! Secas, escuras e garrulas como cigarras, desde longos anos, em Oliveira, eram elas as esquadrinhadoras de todas as vidas , as espalhadoras de todas as maledicências, as tecedeiras de todas as intrigas. E na desditosa cidade não existia nódoa, pecha, bule rachado, coração dorido, algibeira arrasada, janela entreaberta, poeora a um canto, vulto a uma esquina, chapéu estrado na missa, bolo encomendado nas Matildes, que os seus quatro olhinhos furantes de azeviche sujo não descortinassem – e que a sua solta língua, entre os dentes ralos ,não comentasse com malícia estridente!...”

“Agora, porém, durante três, quatro anos, os regeneradores não trepavam ao governo. E ele, ali, através desses anos, no buraco rural, jogando voltaretes sonolentos na assembleia da vila, fumando cigarros calaceiros nas varandas dos Cunhais, sem carreira, parado e mudo na vida, a ganhar musgo, como a sua caduca, inútil torre!”

“ – Pois a D. Ana é uma beleza! Vocês não imaginam!... Santo nome de Deus! Que ombros! Que braços! Que peito! E a brancura, a perfeição... De endoidecer! Ao princípio, como havia muita gente, e ela estava para um canto, acanhadota, não fez sensação. Mas depois lá a descobriram. (...)
- Pois, por mim, o que posso afirmar é que a senhora D. Ana é uma mulher muito asseada, muito lavada...”

“ – Talvez seriam. Mas eu sustento a semelhança. Aquele todo de Gonçalo, a franqueza, a doçura, a bondade, a impensa bondade, que notou o senhor Padre Soeiro... Os fogachos e entusiasmos, que acabam logo em fumo, e juntamente muita persistência, muito aferro quando se fila à sua idéia... A generosidade, o desleixo, a constante trapalhada nos negócios, e sentimentos de muita honra, uns escrúpulos, quase pueris, não é verdade?...A imaginação que o leva sempre a exagerar até a mentira, e ao mesmo tempo um espírito prático, sempre atento à realidade útil. A viveza, a facilidade em compreender, em apanhar... A esperança constante nalgum milagre, no velho milagre de Ourique, que sanará todas as dificuldades... A vaidade, o gosto de se arrebicar, de luzir, e uma simplicidade tão grande, que dá na rua o braço a um mendigo... Um fundo de melancolia, apesar de tão palrador, tão sociável. A desconfiança terrível de si mesmo, que o acobarda, o encolhe, até que um dia se decide, e aparece um herói, que tudo arrasa... Até aquela antiguidade de rala, aqui pegada à sua velha torre, há mil anos... Até agora aquele arranque para a África... Assim todo completo, com o bem, com o mal, sabem vocês quem ele me lembra?
- Quem?...
- Portugal.”
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MANO 20/02/2012

A Ilustre Casa de Ramires
Até agora o único livro que abandonei, e não tenho vontade de relê-lo. O Eça de Queiroz começa o livro fazendo uma descrição mais-que-detalhada dos jardins da casa. Eu não consegui passar daí.
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Gláucia 22/02/2011

O mundo de Eça.
Esse livro tem uma narrativa um pouco diferente dos outros que li do autor mas é possível reconhecer seu estilo através dos personagens criados, um pouco semelhantes aos encontrados nos outros romances.
Gonçalo é um fidalgo num mundo onde não existe mais fidalguia que tenta a todo custo ascender de sua decadência. Acredita conseguir isso através da narração dos feitos heroicos de um ancestral. Leitura um pouco monótona.
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