Casei com um comunista

Casei com um comunista Philip Roth




Resenhas - Casei com um comunista


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lara 23/03/2024

Casei com um comunista
No final do livro eu cheguei a conclusão de que o ira é um idiota impulsivo e que ele também seria um liberal capitalista assim como foi comunista se as suas condições tivessem sido diferentes, porque ele só queria uma causa pra lutar por.
também cheguei a conclusão de que eu seria apaixonada por ele 100%
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Lorenzo C. Savaris 20/12/2023

Comunas e problemas familiares
Um velho professor de inglês aposentado narra para seu ex aluno, o famigerado Nathan Zuckerman, também já um idoso, as desventuras do seu irmão Ira, um radialista de esquerda no auge do macartismo. Ninguém mete o pau nas inglórias dos EUA melhor do que Philip Roth.
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Dede 10/12/2023

Controvérsias.
Ira Ringold, protagonista, que se descobre comunista; casado com uma atriz renomada e de classe alta. Antissemita, mas judia.
Uma leitura, a princípio, arrastada, mas, depois vai fluindo. Uma boa história, cheia de hipocrisias, retaliações e patriotismo.
Philipe Roth nunca erra em suas escrituras!
Uma leitura relevante, gostei!!
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Angelica75 12/01/2023

Livro lido (com prazer) para encerrar a "Trilogia Americana" de Philip Roth. Os livros de Roth trazem debates entre os personagens, profundos em sua simplicidade, que tornam sua obra universal.

No caso de Casei com um Comunista, um professor expõe para um ex-aluno, Nathan, as passagens controversas da vida do seu irmão "comunista" Ira Ringold.
Nathan havia sido um pupilo da militância de Ira e também mostra para o professor vários situações que passou junto à seu irmão Ira durante sua vida.

Militante comunista ferrenho, Ira à certa altura se casa com Eve Frame, uma atriz do cinema mudo e vai morar com ela e sua filha problemática Sylphid e então muitas situações conflitantes acontecem entre Ira e sua enteada e depois entre Ira e a esposa. Na época, a caça aos comunistas propagada pelo marcathismo estava a todo vapor, clima piorado também pelas incertezas da "Guerra Fria".

Com o confronto no centro de sua casa, conseguiu receber um revés da própria esposa. Manipulada por amigos e movida pela raiva, fez um livro denúncia repleto de intrigas e difamando o marido. Escrevendo essa simples resenha, me dá a impressão que o livro parece trivial porém, a genialidade da escrita soberba de Philip Roth transforma qualquer assunto em preciosidade.
Joao 12/01/2023minha estante
Nossa, eu fiquei bem curioso para ler esse livro. Do autor só li o Complexo de Portnoy e gostei bastante.


Angelica75 12/01/2023minha estante
a Trilogia Americana é imperdível João... esse,A Marca Humana e Pastoral Americana.


Joao 12/01/2023minha estante
Angélica, teria alguma ordem de leitura?


Angelica75 03/02/2023minha estante
eu li pastoral Americana, A Marca Humana e por último esse aqui... mas, apesar de serem parecidos no tema abordado, não atrapalha em nada vc mudar a ordem da leitura.




Sofia 28/12/2022

Lançada no fim dos anos 90, a história narrada por Nathan se passa nas décadas de 40 e 50 nos EUA, onde o comunismo estava sofrendo ferrenha perseguição, e retrata a vida de Ira Ringold a partir da visão de seu irmão e antigo professor do narrador, Murray, intercalando com lembranças do próprio Nathan quando jovem. Ira era um rude militante comunista que se revoltava com as atitudes que via ao seu redor e tentava despertar os outros incansavelmente através de longos diálogos - muitas vezes monólogos - sobre temáticas que iam de questões raciais a argumentos ideológicos - como o sindicalismo e legislações e condições trabalhistas - recheando o livro de Roth com abordagens consideradas subversivas no período pós-guerra. No entanto, paralelamente a essa vida ativista de Ringold - ou atrelada a ela -, havia também sua vida privada, em que era casado com Eve Frame, uma conhecida atriz do cinema mudo e do rádio, e com quem tem uma relação conturbada, terminando em um livro onde expõe todo o viés comunista do marido e rompendo com o sonho americano que era transmitido à sociedade que os acompanhava.


Primeiramente, é bem claro de se perceber a atualidade das abordagens feitas na trama, que vão desde a cronologia da própria narrativa - pós-guerra -, passando pelo período em que o livro foi escrito e persistem até os dias atuais - e que, inclusive, estão constantemente em voga. Um desses fatores é a desinformação dos americanos com relação ao comunismo. A visão distorcida que era passada à massa aterrorizava a população, que muitas vezes não sabia do que se tratava e deixava se levar com qualquer "evidência" que lhes era transmitida. Outro ponto a se discutir é a dualidade dos pensamentos dos personagens, mas principalmente na vida do protagonista Ira, que tentava conciliar o ativismo político com a vida "comum" e burguesa americana, revelando a distinção entre o que se deseja ser/fazer e o que realmente conseguimos alcançar. O livro, que faz parte de uma série do autor, é rico em informações cruciais e desperta no leitor um sentimento de proatividade e abre as portas para um pensamento crítico sobre o sistema.
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anapaivapaula_ 02/12/2022

?Pense só naquelas pinturas chinesas, com um velho ao pé da montanha, o velho chinês completamente só ao pé da montanha, retirado da agitação da autobiografia. Ele travou uma vigorosa disputa com a vida; agora, serenado, trava uma disputa com a morte, recolhido à austeridade, a última questão a ser resolvida.?
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Vanderson.Gomes 24/09/2022

1a leitura de Philip Roth
Gostei bastante da experiência apesar da expectativa do aprofundamento no tema político, fato que não ocorre no livro. A história é muito interessante e agradável, escrita maravilhosa e ótimo final. Recomendo.
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Henrieth Hasse 15/08/2022

" É difícil acreditar que um homem que punha tanta ênfase na sua liberdade pudesse aceitar esse controle dogmático sobre o seu pensamento"

Estamos polarizados e isso já aconteceu antes, bem recentemente, aliás. Roth se mostra bastante atual ao nos fazer pensar o que realmente está por trás de uma ideologia e porque precisamos tanto nos esconder atrás dela.

Recomendado pra quem não quer ser tolo.
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Leonardo.Broinizi 14/06/2022

Meu primeiro contato com Philip Roth e gostei bastante.
Este livro trata de outra época, país e contexto, mas possui as características de um bom clássico: consegue falar sobre os dramas humanos universais, mesmo com um pano de fundo histórico muito específico.
Ao ler eu pude, em certos momentos, refletir sobre questões muito particulares, da vida quotidiana, enquanto em outros momentos, refletir sobre política e sociedade.

Eu recomendo a leitura pra todo mundo que gosta de livros clássicos, com personagens profundos e bons insights sobre a natureza humana.
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Edupscheidt 26/08/2021

Roth é inexplicável
Não é forçoso dizer que Roth é o melhor escritor de seu tempo, embora eu francamente tenha preferência intelectual por outros autores.
Ninguém investiga melhor o espírito humano pós guerra enquanto escritor do que Roth e é exatamente sobre isso que o livro trata.
Casei com um Comunista é um livro sobre traição, macarthismo e perda do endeusamento dos seus ídolos da infância, porque no final das contas, todos são (e somos) apenas humanos, falhos em com paixões que implicam em escolhas inevitáveis no curso de nossas vidas.
Leiam Roth, não apenas este. Apenas leiam, a vida mudará.
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Bi Bueno 08/08/2021

Casei com um comunista
O terceiro da série de livros desse autor, que acabou virando uma tetralogia, nos conta um pouco sobre a sociedade norte americana de uma época, através da história de um sujeito que nunca se encontrou no mundo e não sabia ?como ser?, mas que procurou por isso em toda parte: ? nas minas de zinco, na fábrica de discos, na fábrica de doce de leite, nos sindicatos, na política radical, no drama radiofônico, na agitação das massas, na vida proletária, na vida burguesa, no casamento, no adultério, na selvageria, na sociedade civilizada?, é que não conseguiu encontrar vida em lugar nenhum.
O retrato de uma sociedade marcada pela histeria coletiva contra os comunistas, pelo preconceito contra os judeus, apesar da guerra contra o nazismo, e pelo racismo.
Vale a pena!
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Mariana 30/05/2021

isto era uma América da qual eu não era um nativo, e nunca seria, e que no entanto pertencia a mim como americano
"Eu nunca havia conhecido ninguém cuja vida fosse tão profundamente circunscrita por uma parcela tão grande da história americana, ninguém que estivesse pessoalmente familiarizado com tantos elementos da geografia americana, que tivesse enfrentado, face a face, tanta coisa na vida dos americanos pobres. Eu nunca conhecera ninguém tão mergulhado no seu tempo ou tão determinado por ele. Ou tão tiranizado por ele, ao mesmo tempo seu vingador, sua vítima e seu instrumento. Imaginar Ira fora do seu tempo era impossível."

'Casei com um comunista' traz boas reflexões, mas não consegui me conectar muito bem com ele, apesar de me parecer muito bem escrito. Me identifiquei bastante com o protagonista, talvez por esse sentimento de insuficiência de não ter vivido a vida de verdade, e a pretensão de se sentir complexo demais diante da simplicidade do destino das pessoas. "É só que eu não consigo suportar que você seja tão convencional", lhe disse um de seus professores. Essa busca incessante por uma simplicidade que nos faça sentir algo.

"Mas se algo na minha complexidade escarnecia dele, algo na sua simplicidade também escarnecia de mim. Eu fazia tudo virar uma aventura, andava sempre atrás de mudanças, ao passo que Brownie vivia sem outra preocupação que não a estrita necessidade; ele tinha sido tão moldado e domado pelas repressões que só era capaz de representar o papel de si mesmo."

O contexto da narrativa conta pra gente um pouco da história estadunidense no século XX: a lei de Jim Crow, o McCarthismo, a perseguição ao comunismo da qual Hollywood não escapou, o antissemitismo, a pobreza, o discurso status quo dos democratas vendido como transformação pro país, Reagan, Nixon, as barbaridades e a hipocrisia no alto escalão do governo.

"Quando alguém se está educando pela primeira vez e sua cabeça se está transformando num arsenal armado de livros, quando essa pessoa é jovem, petulante e parte aos pulos, cheia de satisfação, para descobrir toda a inteligência que se encontra escondida pelo planeta, ela está apta a exagerar a importância da realidade nova e fremente, e desdenhar tudo o mais como uma coisa irrelevante."

Acho que preciso digerir um pouco antes de dizer se gostei ou não gostei. Talvez a história não tenha me prendido tanto, e talvez minha falta de interesse por história norte-americana também tenha minado um pouco a leitura, mas tive muita reflexão boa ao longo do livro. Ficamos, então, com três estrelas. Quem sabe? Numa releitura talvez as coisas mudem...
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joao 26/05/2021

É um livro sobre os Estados Unidos. Sobre a política dos EUA. Cita nomes importantes da política deles, coisa que eu nunca fui atrás.. por esse motivo muitas vezes o livro fica chato, se salvando quando foca na novelona que é a vida do personagem principal.
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vannybs 30/01/2021

Em alguns momentos a leitura me cansou um pouco mas a história é muito boa. Época do pós guerra mas com temas ainda atuais. Vale a leitura.
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Laís 13/09/2020

Casei com um comunista
livro ?Casei com um comunista?, esta ambientado no cenário da Guerra Fria e ascensão do Macarthismo nos Estados Unidos. Os irmãos Ira e Murray Ringold perderam a mãe ainda muito jovens, viviam com um pai e uma madrasta cruéis. Murray o irmão mais velho se tornou professor de literatura e canalizou suas frustrações, medos e angustia ensinando Shakespeare e sobre a liberdade a seus alunos secundaristas:
Ira o irmão mais novo se forjou no mundo. Sua força física, sua raiva e a vontade de construir uma família permearam toda sua história. O livro conta a história de Ira, a partir de um encontro anos depois entre Murray e Nathan, já idosos. Nathan havia sido aluno de Murray e ?discípulo de Ira?.
Ira alistou-se no exército e foi para o Irã, foi recrutado por O'Day que lhe apresentou o comunismo, disciplinou sua leitura e assim canalizou sua raiva para essa causa. Quando retorna ao Estados Unidos Ira, trabalha na rádio e posteriormente se casa com Eve Frame, uma atriz muito rica e reconhecida, que mudou seu nome para esconder seu sobrenome judeu e tinha uma relação de dependência emocional com sua filha.
Enquanto Murray conta a trajetória de Ira para Nathan ele expõe suas fragilidades:
?Minha vontade era dizer: ? você está olhando para a ameaça errada. A ameaça verdadeira para você não é o capitalismo imperialista. A ameaça para você não são as ações públicas, a ameaça para você é a sua vida particular. Sempre foi e sempre será?. (P.106)
Durante todo o livro é possível ver o furor da corrente anticomunista que cortava todo os Estados Unidos, (ao ler parece, que se trata do Brasil atualmente):
?Eu fico muito enfurecido com o meu adorável país quando o senhor Trum
an diz ao povo, e todos acreditam nele, que o comunismo é o grande problema desse país. Não o racismo. Não as injustiças sociais. Isso não é problema".(P.149)
O livro traz histórias da vida privada de todos personagens. Interliga o passado e presente, as causas políticas e ideológicas do período.
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