Eclipse ao Pôr do Sol

Eclipse ao Pôr do Sol Antonio Luiz M. C. Costa




Resenhas - Eclipse ao Pôr do Sol


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marcoszorro 25/02/2011

Medíocre
É o "samba do crioulo doido" da literatura fantástica nacional.Precisa melhorar.....
Terezinha 02/08/2011minha estante
Sério? Nem vou ler mais, obrigada.




Ramiro Catelan 04/10/2010

Em meio ao mar de obras rasas, mal escritas, sem revisão e de critérios editoriais duvidosos que inunda a praia do fandom brasileiro de literatura fantástica, é difícil encontrar uma digna de nota, que esteja realmente acima da média. Difícil, mas não impossível, como prova este Eclipse ao pôr do sol e outros contos fantásticos, do jornalista e editor da CartaCapital Antonio Luiz M. C. Costa, lançado em meados de agosto pela editora Draco.

O que se vê aqui são seis contos escritos com esmero; a linguagem utilizada é um tanto requintada, muitas vezes exigindo uma consulta ao dicionário, já que procura se encaixar ao contexto da época em que cada história se passa, seja o Brasil do final do século XIX, seja a Grécia Antiga. Apesar do rigor formal, os contos se mostram mais do que cativantes. Exemplos claros disso são o primeiro conto, A Nascente da Serra, e sua continuação, O Cio da Terra. Ambos se passam em Portugal – o primeiro, na época das navegações, e o segundo, no século XXI – e apresentam a carismática ninfa Pirene, cuja formosura radiante faz com que os homens que a vejam se apaixonem perdidamente.

É nítida a rica pesquisa feita para a composição dos enredos, o que os torna bastante verossímeis. Há também certa quantidade de referências, que vão de Machado de Assis a Luís de Camões, passando por Florbela Espanca e Homero. Outro ponto de destaque é o tom irônico, quiçá ácido de alguns dos textos, vide o que dá título à coletânea, onde é narrado o roubo da Efígie de Zeus e as consequências de tal ato. Talvez seja o conto com a linguagem mais empolada, mas isso não quebra o ritmo da leitura, que se torna extremamente envolvente após o início.

O conto mais fraco é Louco por um Feitiço, que não chega a cativar, apesar de bem escrito. Talvez tenha faltado espaço para desenvolver melhor os personagens, que soam insípidos. Para compensar, temos o curto, mas eficiente Papai Noel Volta para Casa, que tem um desfecho interessante, e O Anhanga, que, a meu ver, é o grande destaque do livro. Trata de um advogado que, ao fincar laços mais profundos com uma prostituta, vê-a ser perseguida por uma entidade misteriosa. Emulando a linguagem da época – que, aliás, lembra muito Machado de Assis -, é um conto tenso, que prende a atenção até o final.

Há alguns pequenos deslizes na revisão, mas nada que comprometa a qualidade geral da obra, que está anos-luz à frente da maioria das publicações do gênero no Brasil.

Ao término da leitura, tem-se a sensação de que o dinheiro gasto valeu a pena: Eclipse ao pôr do sol é uma ótima coletânea, coesa e muito bem escrita. Fica a dica para os fãs de literatura fantástica – não aquela repleta de lugares-comuns, mas sim uma que transcende, que procura apresentar uma perspectiva nova e mais ousada.
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JotaFF 04/09/2010


Antonio Luiz M. C. Costa é editor e colunista da Carta Capital e também um importante crítico de literatura fantástica. Eclipse ao pôr do sol, chega em 2010 pela Editora Draco trazendo uma seleção de contos de fantasia.

Para quem já vinha acompanhando os trabalhos do autor em comunidades do orkut, não encontrará nenhum texto inédito, sendo que três contos já foram publicados em revistas online (conforme o informam no próprio livro) e outros três textos que já foram publicados pelo Recanto das Letras. A falta de ineditismo tira a surpresa, mas não quebra o encanto.

Vamos aos contos

em A Nascente da Serra somos apresentados a Pirene, a ninfa, apaixonando artistas, poetas e pensadores, com sua beleza adolescente, que tem sua morada em terras lusitanas. Em épocas antigas, a jovem fora sacrificada em prol da sobrevivência de sua família, e do ritual emergiu como o espirito das matas, ganhando a imortalidade e o poder para controlar a flora e os corações dos que se deixam levar por seus encantos. O poeta português Luiz encontra nos braços de Pirene a inspiração para compor os seus famosos textos que, como a ninfa, atravessarão a história.

O Anhanga é uma carta onde o protagonista Jorge Baltazar de Araújo Ferreira relata os eventos misteriosos envolvendo uma criatura invisível aos olhos comuns que se alimenta da energia vital das pessoas, água e de flores brancas. A narrativa sólida faz referência a inúmeros personagens de outras obras como O Alienista de Machado de Assis. O desfecho é bem desenvolvido.

Louco por um feitiço, nos apresenta a raça dos tlavati, cuja descrição nos remete à grandes leões. Uma narrativa fantástica, permeada de ironias sutis, serve como um aperitivo para o romance ainda não publicado do autor, ambientado no mesmo universo.

Papai Noel volta para casa, o meu texto preferido da coletânea, nos mostra alguém obrigado a vestir a roupa do bom velhinho durante as festividades para garantir o seu sustento na esperança de reviver a glória de tempos passados. O desfecho é sensacional.

O Cio da Terra é continuação de A Nascente da Serra após muitos anos. Nuno se torna o novo escravo das belezas da ninfa, e após conhecer um pouco das possibilidades de seu futuro, fica em suas mãos a decisão que podem trazer a felicidade do amor ao casal, com consequências terríveis para toda a humanidade. Talvez faltou um pouco de demonstrara como a ninfa podia fazer mais do que apenas influenciar ou inspirar os mortais.

Eclipse ao pôr do sol acompanhamos a deidade grega Icnaia, enquanto ela investiga o roubo nos tesouros de Zeus, e se vê envolvida em uma conspiração divina para derrubar o monarca do Olimpo. O desenvolvimento é eletrizante, e o desfecho reserva uma surpresa.

A prosa bem desenvolvida do autor, aproximando a literatura de gênero com a mainstream, nos serve para apresentar o mundo fantástico que existe além do que nossa compreensão possa conceber, com ninfas em florestas, deuses disfarçados de humanos, espíritos escondidos dentro de nossos armários, raças míticas. Fica o desejo por trabalhos inéditos do autor, onde mais uma vez poderemos nos deixar levar pela ironia e sarcasmo na medida certa.

(postado também em http://tocajota.blogspot.com)
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cid 12/10/2013

Consulte o oráculo
Agradável livro de contos, que envolve a mitologia grega , Atlântida , o renascimento e ainda pega uma carona em um conto de Maupassant.(O Horla). Mas, acredito que A L M C Costa poderia ter escrito esses contos de uma forma mais saborosa, se não se preocupasse em exibir tanto conhecimento de mitologia, como no caso do conto que nomeia o livro Eclipse ao pôr do sol. Sempre gostei de mitologia grega, desde que na infância ainda, li As sementes de romã, e fiquei muito fascinada. Mas, voltando ao conto, precisei recorrer várias vezes ao Oráculo, digo ao Google, para entender a estória. Que é muito bonita. Gostei bastante do autor e pretendo ler outros livros.
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JuTorres 28/01/2013

Preparem para a viagem do ano, melhor do século… Primeira parada, Portugal, século XVI, vemos o engatinhar de um dos maiores, melhor do maior poeta renascentista junto dele está Pirene que segura seus braços e o ensina caminhar, os Lusiadas nunca mais será o mesmo.

Leia o resto da resenha em:
http://portal.julund.com.br/resenhas/eclipse-ao-por-do-sol-resenha
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