Camis 23/11/2012Esperava maisEsqueça tudo o que você sabe sobre o seu Deus, sobre como a Bíblia descreve a criação da Terra, ou sobre como são os anjos e como um deles acabou caindo do paraíso. Esqueça até mesmo o que você sabe sobre o Jardim do Éden. Oldar – Guerra da Traição tem uma nova definição sobre tudo isso, só que essa nova versão não ocorre na Terra, mas sim em Oldar, um mundo completamente paralelo ao nosso.
Ádalo, o Grande Espírito (o Deus), foi aquele quem criou Oldar e os Enzoleios (os “anjos”), que na verdade são seres iluminados e imortais. Após a criação do mundo de Oldar, seres semelhantes aos humanos foram criados para habitarem o local e seguirem os ensinamentos e ordens do Grande Espírito.
Após alguns acontecimentos (que me deixaram extremamente confusa), surgiu o reino de Edammael, governado pelos irmãos Gormom e Dormom, que viva em plena paz sob o comando de ambos, até que um belo dia, a esposa de um dos gêmeos, ambiciosa e ávida por poder, arma um plano de traição contra Dormom e os irmãos acabam entrando em guerra, repartindo o reino e gerando grande desgraçada entre os “súditos”.
Após anos, Kormom, filho de Gormom, começa o seu reinado em Edammael e, através do seu dom que o permite dialogar diretamente com Ádalo e ter visões sobre o que ainda está por vir, Kormom descobre que a época na qual os reinos de seu pai e de seu tio irão se unir novamente está chegando, mas essa nova reunião terá um preço: uma guerra e muitas vidas.
Confesso que o livro foi um tanto decepcionante. No início da história surgiu com uma sucessão de eventos decorrentes da criação do mundo que me deixaram um tanto perdida, achei que pudessem terem sido contados de uma forma menos corrida. Outro ponto foi a quantidade de personagens que surgiram logo no início, era um tendo um filho e na página seguinte já tinha um neto e assim foi, fiquei muito perdida e às vezes tinha que retroceder na estória pra me recordar quem era aquele. Acho que grande parte dessa confusão se deve aos nomes, que só alteravam a primeira letra dentro de uma única família em alguns casos, e isso me confundiu, e confundiu até o autor em alguns momentos da narrativa.
Claro que para um primeiro livro o autor mandou muito bem, pois achei a estória realmente única, afinal, é um mundo completamente diferente do nosso, e a medida que a história se desenvolveu eu até passei a “entrar” mais no livro, no entanto, para o segundo volume da série a dica seria desenvolver mais os fatos e os personagens. Criar um personagem que seja o foco do livro durante mais do que alguns capítulos e que faça o leitor torcer por ele com certeza faz toda a diferença.
Um tópico que me cativou no livro foi a narrativa. Apesar de alguns erros de revisão, em vários momentos eu senti como se a estória estivesse sendo contada pelo próprio autor sentado ao meu lado, e isso foi o que me fez continuar a leitura. Mas essa é apenas a minha opinião, já li resenhas de pessoas que adoraram o livro (como eu disse, a estória é sim boa e única), então minha dica é que vocês leiam, porque nada melhor do que cada um ter sua própria opinião.
http://nolimitedaleitura.blogspot.com.br/2012/11/da-guerra-da-traicao-oldar-1-rondinelli.html