Veloso 08/03/2012
Os dois últimos parágrafos resumem tudo:
Os monumentos egípcios silenciam essa época de subversão e desgraça nacional, e o que a Bíblia relata sobre Moisés foi escrito por seus irmãos hebreus, parciais e animados unicamente do desejo de exaltar a grandeza do seu povo. Não obstante, nesse relato, o leitor atento encontrará elementos para retratar o verdadeiro Moisés, grande legislador e homem de gênio, porém mau, arrebatado, ambicioso, inescrupuloso, que usurpou a direção de um povo sobre o qual nenhum direito tinha: dum povo que ele não estimava, antes, detestava e de que se serviu para ferir o Egito e erguer um trono para sí próprio.
É verdade que pregou a existência de um Deus único e pelos Dez mandamentos estableceu uma base para o futuro edifício da cristandade, mas também lhe pertencerá a responsabilidade de ter feito do Criador do Universo, do Ser infinitamente grande, sábio e misericordioso, o Deus parcial, vingador e sanguinário do Velho Testamento.