Tau Zero

Tau Zero Poul Anderson




Resenhas - Tau Zero


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Ranzi 18/12/2020

Interessante
Já tinha lido algumas referências sobre o trabalho de Poul Anderson, mas nunca tinha lido algo dele. Iniciei por Tau Zero, livro cujo título faz referência à velocidade próxima à da luz, que a nave com 50 tripulantes (25 homens, 25 mulheres) deve atingir, chegando a galáxias inexploradas, para buscar um novo planeta para habitar.
Tau zero, escrito no final da década de 1960 e lançado em 1970 vem com um misto de tecnologia nova - o atingimento da velocidade da luz, a criação de uma nave que chega a outros planetas - com situações antigas - como folhas de papel ou um rádio para escutar músicas. É um tipo de literatura que tem compromisso com a realidade das possibilidades da ciência na ficção científica, com muitas passagens de explicações técnicas do que é possível, e claro, descrições sobre viagem no tempo em decorrência da velocidade.
Romance, drama, ficção científica, um livro que mistura bem um pouco de tudo, trazendo um pouco do cenário que se vivia no planeta terra no final da década de 60: a primeira vez que o homem pisou na lua.
Recomendo a leitura. Próximo a 210 páginas, tem tudo, inclusive um bom enredo.
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etsilvio 14/04/2020

Mediano
O livro é interessante, mas a ideia de o Universo chegar ao ponto de "reiniciar" ficou mais interessante na trilogia do Liu Cixin (O Problema dos Três Corpos).
heitor 19/05/2020minha estante
Spoiler, amigo kkkjj




Ruh Dias (Perplexidade e Silêncio) 02/07/2019

Já Li
Filho de pai engenheiro e formado em Física, Poul Anderson escolheu, desde cedo, seguir carreira como escritor. Não à toa, seus livros são classificados como hard sci-fi e, por isso, o leitor pode esperar por bastante teoria e, até, algumas fórmulas matemáticas no meio do caminho. Além disso, Poul Anderson não costuma focar em um protagonista, mas sim, em grupos de pessoas e, a partir desse grupo, explorar desdobramentos políticos e sociais da aplicação da tecnologia.


Tau Zero foi publicado em 1970, a partir do desenvolvimento de um conto que Poul escreveu alguns anos antes, e imediatamente ganhou o Prêmio Hugo Award.

A real protagonista da estória é a nave espacial Leonora Christine. Na vida real, Leonora Christine foi uma condessa da Dinamarca, país onde Poul Anderson morou durante um determinado período de sua vida. No livro, a nave abriga 25 homens e 25 mulheres que estão em uma missão espacial, a de chegar à estrela Beta Virginis e verifcar se, por ali, há algum planeta que possa ser colonizado pelos humanos.

Uma das partes mais importantes do enredo é compreender como a nave funciona. Por isso, em diversos momentos da narrativa, Poul relembra os leitores de que a Leonora Christine não viaja na velocidade da luz e, por isso, está sujeita à teoria da relatividade e da dilatação do tempo. Explicando muito a grosso modo - afinal, sou psicóloga, não física - o tempo se move mais devagar quando a gravidade é mais pesada.
Assim, a missão duraria cinco anos para os tripulantes na nave mas, na Terra, teriam se passado 33 anos até eles retornarem - se retornassem, pois o objetivo da missão é que eles permaneçam em algum planeta perto de Beta Virginis.

A narrativa também fala de muitos eventos que acontecem no Universo, o que para mim foi muito interessante, já que sou fascinada pelo assunto.

O leitor, no entanto, não deve esperar muito aprofundamento nas personagens, o que parece ser uma das principais características de hard sci-fi. O livro começa com dois tripulantes - Charles Reymont e Ingrid Lindgren - estabelecendo uma relação duradoura para os próximos cinco anos de missão, pois eles não gostam muito de pessoas e preferem já chegar à nave com seus pares resolvidos. Afinal, espera-se da tripulação que eles copulem e tenham filhos no próximo planeta.
Mas, ainda assim, as aparições de ambos são superficiais. Outras personagens tem seus momentos na narrativa, mas são breves e não chegam a aprofundar nenhum conflito individual. Poul Anderson trata mais do sentimento coletivo de desânimo, depressão, falta de propósito e tédio.
Reymont é a personagem que mais aparece ao longo do livro, pois ele age como um comandante/policial que mantém a "sociedade" da nave nos eixos.

No meio do caminho para Beta Virginis, a nave se choca com uma supernova e a tripulação se vê diante de uma complicada mudança de planos. Bom, sendo bem sincera, eu não vou conseguir explicar o que aconteceu, só entendi que estava relacionado às partículas de tau, que dão nome ao livro. Várias fórmulas matemáticas depois, a tripulação descobre que eles estão à deriva no Universo.
E, não bastasse isso, por causa da dilatação do tempo, já se passaram mais de cem milhões de anos desde que eles deixaram a Terra e eles, na realidade, estão indo em direção ao fim do Universo em si.

Eu achei linda a forma como Poul escreveu o fim de tudo. Não consigo imaginar de outro jeito. E o fato de haverem apenas 50 seres humanos participando do término do Universo foi algo muito poético e profundo, que eu gostei muito. Mas, se você não quer spoilers, sugiro interromper a leitura aqui. Mais lindo ainda foi a expedição presenciar o recomeço do Universo, o novo Big Bang e o ressurgimento de tudo.
Minha única ressalva é quanto ao final. Achei feliz e resolvido demais, um desfecho simples que não condiz com a complexidade do restante do livro. Fiquei um pouco frustrada, sobretudo pelo fato de Poul ter adicionado uma doçura ao relacionamento de Reymont e Ingrid que não é condizente com as suas personalidades.

De forma geral, é uma leitura que eu recomendo para quem já gosta de ficção-científica, mas definitivamente não é uma leitura para iniciantes no gênero.

site: https://perplexidadesilencio.blogspot.com/2019/07/ja-li-96-tau-zero-de-poul-anderson.html
Marcel.Nunes 01/05/2020minha estante
Ruh, li o livro há algum tempo e estou relendo-o.
A minha percepção foi exatamente igual sua, no momento em encerrei a leitura.
Mais especificamente sobre o final do livro.
Ele tem um final muito feliz , que não condiz com todo o 'clima' do texto até ali, pareceu-me um final artificial, não sei o motivo, penso que a editora entrou na questão, o final 'não bate' com todo o roteiro do livro, digamos assim.
Achei que ele optou por um final "à la Hollywood", em que vale quase tudo para que o livro/filme acabe bem e agrade a um grande público. Não gostei disso, mas também isso não invalida todo o conteúdo do restante do enredo.
Eu fiz física na faculdade e não 'engoli' o final proposto.
Para esse final feliz, ele peca, e muito contra toda a 'hard sci-fi', pois seria impossível a qualquer estrutura existente no universo sair ilesa à um novo big-bang. Especialmente seres vivos. Não há como uma nave presenciar o fim do universo, estando dentro deste próprio universo e escapar a isso. E mais, já presenciar também à criação de um novo universo e também ... foi um 'pecado grave' à hard sci-fi, para sustentar o final feliz. Isso não tem lógica nenhuma, em outra tipo de romance estaria OK, mas ele é representante da tal 'hard sci-fi.
Mas afora isso, gostei bastante do livro.




Davenir - Diário de Anarres 07/06/2022

Um clássico sobre naves geracionais
"Tau Zero" de Poul Anderson é um dos clássicos da ficção científica hard, chamada assim por sua aproximação com as ciências exatas, como a física, química e também das ciências biológicas, para separá-las da ficção científica soft onde estariam as obras amparadas pelas ciências humanas. Hoje essa classificação é antiquada pois as ciências humanas não tornam o debate menos complexo ou profundo e quem já cursou qualquer curso superior de humanas sabe bem que não é nada soft.

Classificações a parte, a física é o foco de nossa aventura pelo espaço. Imagine a Teoria da Relatividade afetando a idade dos astronautas em viagens espaciais. Longe da gravidade terrestre, do nosso sol ou até de alguma estrela, os tripulantes de uma nave envelheceriam relativamente de forma muito mais lenta. Com base nessa suposição Poul Anderson imaginou uma nave, Lenora Chirstine com o objetivo de colonizar uma estrela na constelação de Virgem, há 32 anos-luz de distância, no século XXIII. Já era esperado que após 5 anos de viagem, para os passageiros da nave, sejam 33 anos para a Terra. O que já torna a missão praticamente uma missão só de ida. Contudo, um imprevisto, um choque com uma nebulosa impede os sistemas de frenagem funcionar obrigando a nave a aumentar a sua velocidade aproximando-se do valor Tau, que quando chega a Zero é o mesmo que a velocidade da luz. Apesar de não haver tecnologia (nem no mundo do livro, muito menos no nosso) para igualar a velocidade da luz, o valor de contração Tau é a única forma de estimar uma velocidade em escalas tão elevadas. O autor explica bem melhor que eu no livro. No que tange a aventura, o drama dos passageiros é que o tempo na começa a passar relativamente muito mais depressa que o esperado, enquanto a nave cruza o espaço cada vez mais veloz. Distante no tempo e no espaço. Com pouca esperança de encontrar qualquer lugar para colonizar.

A nave é composta por 25 homens e 25 mulheres, entre cientistas e tripulação da nave. Apesar de acompanharmos mais Reymont, o oficial com poderes de polícia, na nave. A nave Lenora Christine é a grande protagonista, pois é em seu ambiente e a sua missão que mobilizam todos os acontecimentos do livro. Podemos fazer questionamentos baseados no conhecimento atual da física, mas ela ainda é suficientemente sólida para os propósitos de extrapolação do livro e ajudam a deixá-lo divertido. Os personagens são pouco trabalhados, mas podemos sentir bem o clima geral de pressão e depressão que vai tomando conta da nave. Os homens ficam ora agressivos, ora apáticos/estoicos enquanto as mulheres dão ataques histéricos, o que faz o livro envelhecer mal. Enquanto a pressão psicológica vai exigindo mais da tripulação, Reymont acaba sendo um esteio de sobriedade e vontade de viver em meio a apatia. Algo que me lembrou outra FC: a relação entre Perry Rhodan e os Arcônidas. Em outras palavras, Reymont é o típico herói espacial: valente e forte tanto física quanto psicologicamente, plenamente capaz de desbravar mundos, colonizando-os.

A história me fisgou, por gostar de ficção científica, onde a parte científica é bem explicada e entendemos ela com facilidade, o que ajuda muito a embarcamos na história. Contudo, é fácil entender que o leitor médio se desgoste do tratamento dos personagens que é, na falta de palavra melhor, mediano, mas suficientemente instigante para nossas próprias reflexões. O final me pareceu um pouco corrido mas de certa forma inevitável em relação ao desenvolvimento e considero satisfatório. Talvez satisfatória até demais. Certamente uma excelente obra da FC e recomendo a leitura.

site: http://wilburdcontos.blogspot.com/2022/05/resenha-235-tau-zero-poul-anderson.html
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Amadeu.Paes 04/06/2013

Tau Zero é uma ficção cientifica hard, escrita por Poul Anderson, um dos grandes mestres do gênero.

Existe uma teoria em que se você converter o hidrogênio em antimateria você atinge o Tau (que é a famosa equação da relatividade de Einstein). Quanto mais próximo de zero chegar, a velocidade se tornará incrivelmente absurda, entretanto dentro da espaçonave se passará o tempo biológico.

A história conta a vida de 50 pessoas que vão colonizar um sistema planetário há 32 anos luz da Terra, entretanto, um acidente os desviam do objetivo e eles começam a atravessar o universo a uma velocidade espantosa chegando ao próprio fim do universo.

Como será que o ser humano se comporta, sabendo que o seu planeta e tudo que conheceu não existe mais?

O que será que vem depois do fim?

O livro aborda muito o aspecto psicológico, apesar de começar um pouco morno, ele vai esquentando conforme avançam os capítulos.

Recomendado apenas para quem gosta de sci-fi.
Eduardo 01/02/2015minha estante
Na verdade o parâmetro tau, nas equações de Einstein, quantifica a dilatação temporal de Lorentz. A fórmula para tau é

tau = (1-v²/c²)^1/2

ou seja, quanto mais próximo você viajar da velocidade da luz, menor será o argumento da raiz quadrada, fazendo o tempo se dilatar. Isto quer dizer que um segundo no referencial da nave viajando a uma velocidade muito alta equivale a milhões de anos na Terra, por exemplo.

Quando juntamos matéria e antimatéria o que temos é energia pura, o que não tem nada a ver com tau. No entanto, como é uma maneira razoavelmente simples de se conseguir grandes quantidades de energia, aniquilação de pares matéria-antimatéria é uma maneira promissora de levar uma nave a velocidades relativísticas.

A nave do romance utiliza um motor que foi teorizado cerca de dez anos antes do livro ser escrito, um Hussard ramjet, que é basicamente um funil magnético gigante que captura o hidrogênio do meio interestelar, o comprime a uma pressão absurda, funde o hidrogênio em hélio, gerando energia e usa essa energia para propulsão.




Rodolfo 11/05/2014

História interessante e prende atenção.
Mas o final é bem diferente do que eu gostaria. Tô cansado de finais fáceis.... por pouco merecia 5 estrelas.
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Adilson 02/02/2023

Uma boa obra pra os amantes de ficção científica
Tau zero é uma obra linda e cheia de detalhes científicos, alguns desses detalhes é claro não são os mesmo hoje em dia, dada as evoluções científicas e teorias que surgem, a viagem da espaço nave Leonora Christine pelo cosmo depois de um problema causada por uma nebulosa é magnífica, me senti entre as estrelas, vendo as galáxias e lugares além de onde o homem jamais esteve, apesar do livro não abordar tanto as relações humanas dos tripulantes, a trama me ganhou por me fazer me sentir tão pequeno em relação ao universo e tão finito em relação ao tempo, é tão aterrador ver os tripulantes verem as esperanças desaparecem a medida que a nave continua uma aceleração contínua pelo tempo e espaço, falar mais do que isso é dar spoiler, daria 5 estrelas se o final não fosse acelerado como foi, e lindo o que aconteceu, sim, mas deu pra perceber a facilitação da trama nesse final!
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Helio 27/08/2014

Excelente
Um dos melhores romances de ficção científica já escrito e certamente o melhor sobre viagens espaciais. Todos os componentes de uma boa estória estão nele. É uma viagem insólita através do Universo atual, no seu final e em um outro começo. Fantástico!
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