Carla.Parreira 03/04/2024
O óbvio que ignoramos: Como Simples Atitudes Podem Mudar a Sua Vida (Jacob Petry). O livro inicia ressaltando a importância de valorizar as coisas simples da vida, que frequentemente passam despercebidas. O autor destaca que muitas pessoas estão tão focadas em perseguir suas metas e objetivos que acabam negligenciando o que realmente importa ao seu redor. O primeiro capítulo aborda a relevância de cultivar relacionamentos saudáveis e significativos. O autor destaca que ter um grupo de amigos e familiares que ofereçam apoio emocional e encorajamento pode ter um impacto significativo na saúde e felicidade de uma pessoa. O segundo capítulo discute a importância de encontrar um equilíbrio saudável entre o uso da tecnologia e o tempo dedicado a outras atividades. O autor ressalta que muitas pessoas se envolvem tanto em seus telefones e computadores que acabam se desconectando do mundo ao seu redor. Ele enfatiza a importância de encontrar um equilíbrio saudável entre o uso da tecnologia e outras atividades, como exercícios físicos e hobbies. O terceiro capítulo aborda a importância de adotar uma atitude positiva em relação à vida. O autor destaca que muitas pessoas têm uma visão negativa do mundo e de si mesmas, o que pode afetar negativamente sua saúde e bem-estar. Ele enfatiza a importância de cultivar uma atitude positiva e grata em relação à vida, sugerindo práticas como a meditação, que podem auxiliar no desenvolvimento de uma mentalidade mais positiva. O quarto capítulo discute a importância de cuidar da saúde física e mental. O autor destaca que a saúde é a base de tudo o que fazemos na vida e que cuidar do nosso bem-estar físico e mental é fundamental. Ele oferece diversas sugestões como exercícios físicos, uma alimentação saudável e cuidados regulares com a saúde mental para auxiliar as pessoas a cuidarem de si mesmas. O quinto capítulo aborda a importância de estabelecer metas e objetivos na vida. O autor destaca que ter um senso de propósito e direção pode ajudar as pessoas a se sentirem mais realizadas e felizes. Ele oferece diversas sugestões para auxiliar as pessoas a estabelecer metas realistas e alcançáveis, além de discutir a importância de celebrar as conquistas ao longo do caminho. O livro conclui enfatizando que pequenas atitudes podem ter um grande impacto na vida das pessoas e que prestar atenção às coisas simples da vida pode ajudar as pessoas a encontrarem mais felicidade, propósito e satisfação. Melhores trechos: "...A própria constituição do ser humano, por natureza, é confusa, complexa, uma mistura de opções, desejos e contradições, nos lançando num mar de indagação permanente. A cada momento surge algo novo, um canto da sereia, que parece sinalizar algo que não podemos deixar de fazer. Essa dúvida entre fazê-lo ou não cria uma espécie de letargia. Precisamos organizar essa complexidade, lhe dar uma direção, um propósito, um guia que nos oriente diante das escolhas diárias. Exemplos do quanto estamos infectados pela Síndrome do Excesso de Oportunidade podem ser vistos em qualquer lugar. Observe por exemplo a orientação que é dada aos alunos na hora de prestar vestibular. Um das orientações mais comuns é que eles se inscrevam em duas ou três universidades e em cursos distintos. Por quê? Porque caso não consiga ingressar no curso de sua preferência ele terá uma segunda opção, num curso menos competitivo. Se sua prioridade, por exemplo, é jornalismo, a segunda opção pode ser educação física, um curso bem menos competitivo e que, por isso, oferece uma maior possibilidade de ingresso. O que está em jogo, nesse caso, é a negação dos talentos naturais do aluno. Por falta de persistência, ele acabará frequentando um curso para o qual não possui a mínima inclinação vocacional, e sua vida profissional será uma enorme frustração... problema está na maneira como fazemos as escolhas mais importantes de nossa vida. Na hora de definir nosso propósito, ao invés de olhar para nossos talentos e ver onde estão nossas vantagens individuais, cometemos o erro de olhar para as circunstâncias externas. Observamos o que os outros estão fazendo, quais os resultados que eles estão obtendo, e fazemos nossas escolhas a partir dessa análise. Ou seja, ao invés de usar o Princípio da Vantagem Comparativa, usamos outro princípio: o da Análise Comparativa. Enquanto que no Princípio da Vantagem Comparativa seguimos nosso talento natural para definir nosso propósito, no Princípio da Análise Comparativa traçamos nosso caminho a partir da análise de fatores externos, alheios a nosso talento. Agindo dessa forma, ignoramos nossas vantagens pessoais e seguimos um caminho completamente estranho ao nosso talento. Anos depois, perguntamo-nos por que não deu certo. Por que as coisas são tão complicadas? O sucesso nunca é resultado de fatores externos. Quando fazemos nossas escolhas observando qual o tipo de mercado que está em alta ou o que deu certo para os outros, é como se quiséssemos ir para uma determinada cidade, usando um mapa de uma cidade distinta, só porque a outra pessoa chegou onde queria, com esse mesmo mapa. Não percebemos que as cidades são distintas e que, numa cidade diferente, por isso, nunca chegaremos ao local desejado... Você se lembra do Princípio de Pareto, que diz que 20% das causas são responsáveis por 80% dos resultados? O problema é que temos dificuldade com esse tipo de análise, porque o resultado final, o efeito, parece estar muito fora da proporção com a causa. Se cada causa cria um efeito, esse efeito, por sua vez, torna-se a causa de outro efeito. Cada vez que fizermos uma escolha, ela é realizada sobre a escolha anterior. Uma vez que você começa com a escolha errada, voltar ao caminho certo se torna cada vez mais difícil. Fazer escolhas não é um dom exótico. É a parte central do ser humano. Nós fazemos escolhas a cada segundo. Precisamos delas para sobreviver. É através delas que vamos construindo nosso caminho. Desistir, como persistir, nesse sentido, é a mesma coisa: apenas uma escolha. O que muda é o caminho pelo qual as escolhas nos conduzem. Nossas escolhas basicamente são feitas em uma de duas direções: o da expansão ou da retração. O problema é que temos a tendência natural de fazer escolhas que facilitam o momento, que evitam os penosos e inseguros enfrentamentos da primeira milha. Mas essa é uma opção errada. Se não nos habituarmos a enfrentar as pressões da primeira milha, perderemos a grande oportunidade de expandir nossas capacidades que nos conduzirão ao resto da jornada. As dificuldades, quando enfrentadas, nos fazem desenvolver habilidades, e as habilidades promovem a expansão... O ser humano possui uma medida limite de capacidade para compreender, avaliar e processar informações sobre um tema específico, num determinado momento. Quando alcançamos esse limite, nos tornamos sobrecarregados, confusos e oprimidos por essa informação. Se precisarmos escolher entre opções demais, sobre mais alternativas do que nossa mente consegue avaliar, paralisamos. Quando isso acontece, nossa tendência será a de ignorar essa informação por completo. O nosso cérebro, por exemplo, só consegue registrar, de maneira eficaz, dois a três aromas diferentes de uma só vez. Além desse número, o cérebro fica literalmente confuso. Se você comprar um perfume depois de ter cheirado mais de três modelos, certamente se surpreenderá com o aroma no dia seguinte quando o usar pela primeira vez... A forma como nós pensamos sobre determinada situação é o sentido que atribuímos a essa situação. Nada tem sentido, exceto o sentido que nós damos..."