Breasts and Eggs

Breasts and Eggs Mieko Kawakami
Mieko Kawakami




Resenhas - Breasts and Eggs


9 encontrados | exibindo 1 a 9


helena 28/03/2024

Melhor que outros livros da autora, ainda assim um tédio
A primeira parte do livro é legal, o que me deixou bem otimista (já tava com expectativas baixas pq não gostei de Heaven e all the lovers in the light). A relação da personagem principal com a irmã, a mãe, a sobrinha e a avó foi bem legal e envolvente de ler.

Aí chegou a segunda parte, meu deus que livro arrastado. Tive a impressão de que nem a autora sabia direito que rumo dar para o livro. Teve diálogos legais, principalmente com Rika e Sengawa, mas muitas coisas aleatórias e sem sentido no meio. Pelejei pra ler os dois últimos capítulos, muito chato e arrastado, sinto que a autora foca em coisas meio ??? e deixa de lado o que poderia ser explorado com mais atenção.
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Planells 11/01/2024

Diálogos intermináveis; bom, porém um tédio.
Adoro a forma da escrita da Mieko e a maneira que ela tem de detalhar cada fragmento da narrativa, sendo tão minuciosa e detalhista, porém, em BREASTS AND EGGS ela foi longe demais, trazendo diálogos intermináveis e sem um propósito aparente para o avanço da história. 

Apesar de gostar bastante da primeira parte do livro, a segunda parte foi um verdadeiro tédio, me fazendo perder a vontade de seguir com a leitura e me desmotivando totalmente em continuar lendo encontros e diálogos da protagonista com personagens que não traziam nada para à história. 
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patricia 20/05/2023

?free labor with a pussy?
Esse livro é o resultado da junção de duas histórias ? Breasts e Eggs ? escritas com 10 anos de diferença (bom fazer um fact check) e lendo a segunda parte, isso fica claro. não me incomodou exatamente, mas apesar das duas histórias tratarem de certa forma do mesmo tema, que seria mulheres e a autonomia dos seus corpos, eu acho que elas poderiam ter continuado separadas.

achei que o livro aborda discussões interessantes a cerca de corpos femininos, autonomia e beleza e seus papeis no controle das mulheres numa sociedade misógina. toda a questão sobre inseminação é curiosa tendo em vista meu viés ocidental, já que a abordagem desse argumento seria completamente diferente por aqui, assim como a problemática levantada.

dito isso, interessante ou não, os pontos são reciclados por uma eternidade. o livro se estende, e se estende, e se estende e não acaba mais. trouxe reflexões boas e tem até momentos engraçados, mas por vezes achei meio chato.
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moonrxver 21/02/2023

Meu deus where do i even start
Atenção: eu não consideraria nada presente nessa resenha como spoiler, dado que esse livro é mais sobre tópicos específicos transformados em ficção do que qlqr outra coisa (que inclusive é uma das coisas que eu não gostei sobre esse livro kk), mas algumas cenas do livro são discutidas aqui. não leia se quiser ler o livro sem saber nada sobre ele.

a segunda parte do livro realmente se arrastou. tipo, reeeeealmente se arrastou. achei que não ia terminar nunca. chegou nas últimas 50/80 páginas e eu já estava fazendo leitura dinâmica já, de tão entediada. eu aprecio as reflexões sobre infância, feminilidade, maternidade e classe e seus entrelaces, mas não acho que elas foram muito bem executadas. talvez algo tenha se perdido na tradução, não tenho como saber, mas, principalmente na parte de "Ovos" do livro, parecia que tudo foi simplesmente jogado na sua cara com absolutamente 0 sutileza. agora, não me interpretem mal, há poder em ser direto, mas eu sinto que, mesmo a 2ª seção do livro tendo sido gigante, não houve desenvolvimento suficiente no modo de pensar do personagem principal. quase nenhum, na verdade. em uma parte do livro, ela é confrontada com outro ponto de vista sobre ter um filho, tem basicamente um colapso psicológico por 2 páginas e nunca mais pensa ou fala sobre esse acontecimento. nada se desenvolve a partir daí, nenhum novo pensamento ou análise sobre esse ponto de vista, exceto quando ela basicamente diz "uau, essa conversa foi intensa, né?" uma vez ou outra. além disso, realmente me irritou como a conversa sobre ter filhos se direcionou para a afirmação de que "ter um filho é trazer um ser sem consentimento para esta terra horrível". ai, tenha santa paciencia. não tenho nem tempo o suficiente pra destrinchar o quão nonsense é essa afirmação. passamos a maior parte da primeira parte do capítulo ?Ovos? vendo como natsuko é solitária. como ela realmente não tem um grupo de apoio muito seguro, ou mesmo muitos amigos regulares. ela não tem uma comunidade. ela leva uma vida muito solitária e quer ter um filho, porque ? e estou parafraseando aqui ? "não sei. eu só quero ver como que essa pessoa vai ser". e, no entanto, não há conversas no livro sobre como ela provavelmente deseja ter um filho para preencher um vazio. pra ter um companheiro. ter ?algo que é dela? (ela diz isso a certa altura... pois é). eu entendo que todo o objetivo daquela conversa com o outro personagem sobre ter filhos deveria trazer algumas dessas coisas à tona e questionar Natsuko; trazer a ela um pouco de reflexão sobre isso. mas, como eu disse, concentrou-se principalmente na mentalidade de "having children bad because world bad".

o livro nos mostra natsuko, todos os seus pensamentos e todas as suas falhas, nunca esperando que não a questionássemos. quando esse questionamento é feito no livro, porém, é decepcionante, tangencial e acaba agindo praticamente como cena filler, pq nenhum desenvolvimento ocorre a partir daí, seja ele bom ou ruim.

claro que isso não é tudo que ocorre no livro com o que eu tenho questões (o quão seca foi a escrita, a maneira aparentemente bioessencialista com que a autora categoriza a feminilidade, mesmo que pareça que ela está tentando fazer exatamente o oposto; aquela cena transfóbica bizarra e muito mais), mas essa review já tá longa demais pra algo que é mais um brain dump pós-leitura que uma Resenha De Leitura? apropriada.

talvez eu edite esses pensamentos errantes em algo substancial mais tarde e poste aqui. hm. talvez depois de tomar duas ou três ou cinco xícaras de café.

TL;DR a primeira parte é boa, a segunda parte é questionável. muito longo e ainda assim não fez o suficiente do que era, na minha opinião, necessário pra enfatizar todo o ponto do livro. eu leria algo dessa autora novamente? sim. talvez não tão cedo, tho. esse livro pode ter me arrastado para uma mini ressaca literária. que sabor! (orem por mim)
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18/08/2022

?Breasts & Eggs? é um livro sobre mulheres e o ciclo da vida. A primeira parte apresenta uma relação entre mãe e filha que é danificada quando a mãe decide colocar implantes, mas é a segunda parte que realmente rouba a cena.

É na segunda parte do livro que Natsuko, a protagonista, decide se tornar mãe solteira. Assexual, ela vai atrás de informações quanto à inseminação artificial e é confrontada com diferentes pontos de vista tanto sobre a inseminação em si quanto à decisão de ter um filho. É analisado através do livro o papel da mulher como mãe e o impacto que uma criança tem na vida de mulheres, além da questão "o que é ser mulher".

Ainda que seja um bom livro, ?Breasts & Eggs? tem seus defeitos, sendo o principal uma cena de transfobia pura na 1° parte. Fiquei um pouco chocada com a cena que é retratada e me vi na obrigação de tirar pontos do livro por tal já que pra mim é impensável um livro com um asssunto tão pertinente para mulheres ter uma parte tão discriminatória contra mulheres trans.

Quanto a outras críticas: a segunda parte se estica demais, não precisava ter aquilo tudo sendo que em momentos falta história; muitas coisas são deixadas em aberto ou abandonadas pela autora; acho que na segunda parte do livro ela apresentou visões muito extremistas, não houve ninguém que pesasse os dois lados.
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Duda 03/12/2021

Um livro que toda mulher deveria ler
Como eu queria que o Brasil tivesse publicado esse romance da Mieko Kawakami! Assim, mais pessoas poderiam conhecer não só as personagens, o enredo, como também algumas das dificuldades que as mulheres japonesas passam e que podem ser vislumbradas, de certa forma, com a nossa realidade.

Recomendo fortemente o audiobook, pois o romance é recheado de descrições. Nós conhecemos as personagens principais: Natsuko, Makiko e Midoriko. A primeira, narradora, é a irmã mais nova de Makiko. Midoriko é a filha de Makiko. Elas vêm de uma família pobre, e vamos conhecendo um pouco mais sobre como cada uma tem que lutar para sobreviver.

O romance é dividido em "dois livros", ou duas partes. A primeira parte, minha favorita, gira mais em torno das três. A segunda parte tem um enfoque maior na Natsuko e na batalha dela sobre se ela *SPOILER* quer ter um filho ou não, como ter, e etc.

A partir de agora será minha opinião com spoilers*. Bom, esse livro me fez pensar em muita coisa mesmo, de aparência (como a branquitude é forçada em todos os povos), do Japão que muitos ignoram (com um machismo gritante), do lado das "hostess" que eu desconhecia, do acidente em Fukushima, de toda uma outra questão de maternidade que eu não havia pensado, sobre preconceito de mulheres com mulheres, de assédio, de sexualidade (que não foi bem trabalhada a meu ver), enfim. Se fosse para comparar "Breasts and Eggs" com algo, seria com a metáfora da cebola do Shrek.

De qualquer forma, não é porque eu considerei uma das melhores leituras que eu tive em tempos que tudo fluiu bem. A segunda parte do romance é um tanto maçante em certos pontos. A narradora não é tão confiável, às vezes ela alucina do nada, é bem ???, amada, você está bem? Eu também fico entediada com a onda crescente de livros falando sobre escritores, já deu. E tem dois grandes problemas para mim na narrativa.

1º: A autora simplesmente esquece certas coisas. Tenho a impressão de que ela escreveu esse livro até a primeira parte. Parou. Daí escreveu a segunda. Não sabemos sobre o que virou o livro que a Natsuko escreveu, por exemplo. Vários detalhes são ignorados. As pessoas fazem as pazes bem rápido quando querem (tipo a Natsuko e a Makiko falando normalmente depois de Natsuko ter falado tanta porcaria para a Makiko). E se na primeira parte a Natsuko fala tanto da família, na segunda sinto que ela falou bem mais do cara traíra com quem ela teve um único relacionamento. E qual a necessidade de enfocar tanto aquela criatura? Enfim.

2º: Sexualidade mal trabalhada. Convenhamos, compreendo o espaço da autora. Se ela chegasse e falasse: "olha, a Natsuko é assexual", talvez ela tivesse um backlash no romance. Mas sim, a Natsuko é assexual, ela é a primeira protagonista assexual em um livro que não é romantizada, estereotipada, nem nada do tipo. Eu precisava disso, precisava de uma explicação, uma luz sobre o termo, precisava daquela representação, de ver aquilo chegando nas massas, olha, gente, isso é uma sexualidade, está tudo bem. Podia ser só buscando uma definição do termo assim, de indireta. Esse livrou encheu tanta linguiça com os delírios da Natsuko, podia ter usado esse tempo para algo assim. Mas enfim, fazer o quê. É o que temos para hoje.

Enfim, mesmo assim é uma leitura necessária para nós mulheres.
Hanna 23/11/2023minha estante
eu fiquei o livro todinho esperando a autora trabalhar a sexualidade da Natsuko e abordar assexualidade!! não entendi pq ela perdeu essa oportunidade ???




Nanda511 03/10/2021

Finalmente terminei! Este livro ficou comigo por tanto tempo que eu acho impossível dar menos do que 5 estrelas. Parece um pouco estranho, mas quanto mais eu demoro para ler algo mais eu gosto da experiência. Não vou dar nenhum spoiler aqui para não estragar a leitura de ninguém, mas recomendo bastante ler, mesmo se for só pra saber qual é todo o hype. Estou animada para ler mais da autora, tudo o que li até agora foi muito bom.
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