Made in Japan

Made in Japan Akio Morita




Resenhas - Made in Japan


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Afonso74 11/07/2009

Ele já estava com as páginas bem amareladas mas resolvi finalmente encará-lo para aprender algo sobre o ambiente de negócios de tecnologia pré-internet e pré-digital... e acabei aprendendo mais que isso.

O livro mostra a construção da SONY por pessoas envolvidas de alguma forma na 2ª GM e com o desafio de vender produtos de tecnologia para uma população que acabava de sair de uma derrota militar. Um enorme desafio!!!

Vale lembrar que no momento em que foi escrito (meados dos Anos 80) a economia do Japão era altamente eficiente, competitiva e representava uma "ameaça" de certo modo semelhante à que a China representa hoje. E, assim, grande parte do livro se dedica à enaltação da cultura empresarial e do povo japonês em relação aos EUA. E, embora o livro seja basicamente sobre uma empresa japonesa, a pergunta que fica no ar é se os EUA se reerguerão economicamente, como o fizeram na década de 90 e anos 2000, após a atual crise.

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Mari Takaesu 05/11/2021

Interessante conhecer como foi fundada a Sony logo após a Segunda Guerra Mundial e como foi seu crescimento dentro de um Japão destruído pela guerra. É interessante ver a visão de futuro que o Akio teve em vários momentos da empresa e nos mostra como é importante ter a mente aberta para explorar o mundo, a Sony só cresceu porque Akio buscou conhecer as necessidades mundiais e daí sim criar objetos inovadores para o mercado. Creio que hoje em dia isto é bem claro para nós, pois vivemos conectado com o mundo todo, mas acredito que na época não devia ser algo tão fácil.
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claudioschamis 13/05/2009

Na época em que comprei o livro, estava cursando a faculdade, fazia administração e comecei a querer ler a trajetórias desses grandes nomes de empresários que viraram referência. Até esboçei até um movimento para seguir adiante na leitura. Simplesmente parei. Pode até ser que um dia eu possa retomar a leitura.
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Simone de Cássia 13/01/2012minha estante
Também tentei ler, juro que tentei!! Mas fui vencida pelo desânimo... livrinho difícil de descer!




Joao.Magalhaes 26/06/2020

Japão x EUA
Nesta interessante autobiografia, Morita deixa bem explícito seu caminho como co-fundador da SONY e a relevância da cultura japonesa para o ressurgimento do país das cinzas após a Segunda Guerra, e conseguinte dominação do mercado mundial de eletrônicos, com muito foco nos EUA e a constante pressão comercial para a liberalização da economia japonesa, devido à balança comercial sempre muito desbalanceada e favorável aos nipônicos.

Ele deixa muito claro ao longo do livro que a cultura tem enorme impacto no desenvolvimento das indústrias, e faz constantes comparações entre a cultura de negócios japonesa e americana: "Nesses relatórios [trimestrais], os gerente podem dar boa impressão de seu trabalho, mas ao mesmo tempo poderão estar destruindo a companhia ao deixar de investir no futuro. Para mim, o desempenho de um gerente pode ser medido pela forma como ele organiza um grupo grande de gente e pela eficácia com que tira o mais alto rendimento de cada um, organizando tudo num trabalho coordenado. Isso é a boa gerência. E ela não é expressa num relatório de produção, que um dia pode ser negro, outro vermelho, independente dos esforços do gerente." (p. 169)

Outro fator importante da cultura japonesa, apresentado pelo autor, é o princípio do Mottainai, que significa a busca pela maior eficácia possível com os recursos existentes, evitando o desperdício ao máximo possível. Tudo a ver com um conjunto de ilhas com apenas 1/4 de terra arável e sem recursos minerais, totalmente dependente de importações de matéria prima e até comida.

Sobre o constante avanço da tecnologia e aqueles que tentam retardá-la, o autor é bem claro: "Aprender novas tecnologias é para nós, japoneses, um modo de vida, e outros povos terão de adotar esse sistema; não é possível e desejável agarrar-se ao passado." (p. 274)

Morita se destacou internacionalmente (junto com a SONY) muito devido à suas maneiras menos japonesas de se relacionar socialmente. Ele fala o que pensa, é bem direto, se espelhando no modo americano de se relacionar, diferente dos japoneses, que deixam tudo implícito e expressam suas opiniões de modo muito indireto.

Morita toca num assunto muito interessante: a relação entre a democracia e o mercado. Para ele, a economia é protecionista na maioria dos países devido ao nacionalismo inerente à democracia, pois os políticos devem agradar seu eleitorado: "Em certas indústrias, os eleitores poderão se queixar que estão sendo prejudicados pelas importações e pedem medidas protecionistas; quando estas são concedidas, fica difícil removê-las depois." (p. 288). E o Japão era, nos anos 80, muito restritivo às importações de tecnologia estrangeira e instalação de indústrias estrangeiras.

Outro ponto interessante das diferenças entre EUAxJapão é a pressa: Os americanos querem tudo na hora deles, muito rápidamente, e isso não combina com os japoneses: "Temos um provérbio no Japão que diz o seguinte: 'Tudo muda em setenta dias", o que nos serve de conselho para não nos apressarmos, não reagirmos com exagero nem com muita rapidez." (p. 301)

Um dos pontos talvez contraditórios do autor é expresso em sua clara apreciação do livre comércio como forma de levar avanço tecnológico e melhoria de vida para o mundo, mas a repulsão pelas taxas de câmbio livres, que prejudicariam o funcionamento das indústrias (uma economia de 1 ou 2% em uma indústria poderia ser perdido com um aumento brusco de 15% da taxa de câmbio).

Ao final do livro, Morita nos mostra a dificuldade do Japão se relacionar com o resto do mundo devido ao seu avanço tecnológico, entrando nos mercados estrangeiros sem concorrência, e isso trouxe vários problemas para o Japão. Tanto que o Morita, nos anos 80, foi atrás de criar reuniões e convenções com executivos de todo o mundo para discutir os avanços tecnológicos da próxima década. As indústrias europeias e americanas só pensavam em lucros imediatos, esquecendo de se preparar para o mercado futuro, e a falta de concorrentes também era prejudicial aos japoneses.

Muito interessante é a política da SONY de não dar a maior importância à instituição em que seus candidatos a empregos se formaram, mas sim à pessoa num todo. Também dá uma receita de como uma indústria pode estar sempre à frente: "Esta é a minha teoria das três criatividades: a criatividade, da tecnologia, do planejamento de produto e de marketing." (p. 328). Também faz críticas à cultura americana (e muito importada por nós, brasileiros, principalmente em nossos cartórios) de fazer tudo no papel, diferente do Japão, onde antes da internacionalização do país, muitos negócios eram feitos sem a formalização em papel: "Nunca se sabe em que direção a política e o sentimento do público vão mudar. Na América - e há muito tempo aprendi isso -, é preciso ter as coisas no papel, assinadas." (p. 331)

Por fim, Morita desabafa sobre suas esperanças de um futuro com menos barreiras alfandegárias, e sua preocupação sobre o protecionismo econômico: "[...] sinto ainda no estrangeiro uma sensação de insegurança sobre o futuro, ao perceber que a ameaça do protecionismo ainda paira sobre nossas cabeças; o protecionismo parece ser o primeiro refúgio de qualquer país que tenha problemas comerciais." (p. 332)

Akio Morita deixou um legado inestimável para gerações de executivos e empresários ao redor do mundo. A SONY foi pioneira em boa parte do mundo eletrônico, e após ler este livro confesso que fiquei até com vontade de trabalhar lá.

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Leandro 27/11/2009

Akio Morita e a Sony
O livro revela a biografia de Akio Morita, fundador da SONY. Mostra a tragetória de Morita para a criação de uma marca que no futuro iria mostrar-se como uma das mais importantes do mundo.
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Raggny Levy 22/06/2013

Algo mais que uma empresa
A força de vontade e determinação de Akio Morita não foi a causa do reflorescer japonês, porem foi esta força que trouxe que trouxe a esperança de um mundo melhor para aquela nação tão sofrida.
O livro Made in Japan expressa tudo aquilo que está no nosso intimo como, pensamentos, valores e crenças; ele retrata a Sony como não sendo mais uma empresa, todavia um empreendimento que ao longo dos anos vem se tornando um marco na história das multinacionais. Aqui foi possível acompanhar o cotidiano do homem que deu origem a esse império graças a parceria e o trabalho em equipe.

Morita viveu constantemente tomando decisões que muitas vezes não são fáceis mas que são precisas em imprescindíveis na vida.
Determinação era uma palavra que acompanhou o empresário em toda sua jornada e que está contida em cada um que tem um objetivo e que busca respostas para suas perguntas.
Em 1999, esse homem que enxergava além do seu tempo morreu, mas partiu deixando não apenas um patrimônio material, mas sim um legado para todos aqueles que nada é impossível quando se tem força de vontade e apoio dos que estão em sua volta.

Viver nem sempre é fácil, mas se tomarmos exemplos de pessoas como ele que suportou as oscilações da vida, alcançar as estrelas já não será um desafio.


Raggny Levy
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Carlos.Junior 24/05/2023

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Uma aula lúdica e escrita de forma romantizada de como o liberalismo, como meio de exploração proletária, utiliza as ferramentas do sistema capitalista por meio de suscitar a maior arrecadação de lucros possíveis, isso condenando o trabalhador de base a uma rotina exploratória desgastante. Não tinha grandes expectativas nas 334 páginas, pensava que seria somente mais um livro sobre ??como montar sua empresa de sucesso?? e vender seu case como uma ideia pré-formada para empreendedores que se iludem no oceano profundo da meritocracia, mas a história de Akio Morita surpreende a cada capitulo os leitores mais críticos. Sem pudor algum, o criador original da marca industrial SONY relata sobre os privilégios que teve, conexões financeiras dadas demão beijada, contratos feitos devido ou por intermeio de parentes ou amigos da sua família que em um Japão desenvolvido, porém, que ainda carrega um tradição feudal rigorosa de castas e discriminação fazem a diferença gritante entre o sucesso e o fracasso, que neste caso é o sucesso imediato da criação da 5° maior empresa do mundo.
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