Quem controla as escolas governa o mundo

Quem controla as escolas governa o mundo Gary DeMar




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Húdson Canuto 17/02/2023

Tirania por tirania
O autor do livro parte do pressuposto que o cristianismo deve dominar tudo, que, especialmente as escolas devem ser essencialmente cristãs, que não há moral fora do cristianismo...
O autor defende que é preciso destruir a tirania governamental com um ensino baseado na bíblia. Ele rejeita uma tirania assumindo outra!
Apesar disso, há cousas muito boas que podem decorrer da leitura desse livro.
Ei-las:

«Por muito tempo os cristãos acreditaram na de uma arena de neutralidade e imunidade em que humanistas cristãos poderiam discutir temas baseados no estudo "objetivo" dos fatos. Infelizmente, os humanistas jamais adotaram o mito da neutralidade, ao passo que eu vendiam a nós por um alto preço.» (p. 7)
«A teoria social humanista transformou a educação em deus, o deus que eles agora controlam.» (p. 8)
«O Estado, por meio da ação dos tribunais, arrogou para si a condição de legislador soberano sobre a educação de seu filho.» (p. 9)
«? quem quer que controle o sistema educacional definirá os objetivos da nação, definirá e estabelecerá seus valores morais, e por fim regerar o futuro de todas as áreas da vida.» (p. 11)
«Não tomar partido significa aquiescer ao oponente.» (p. 13)
«A cosmovisão marxista, conforme estabelecida por Lenin, tinha aspirações semelhantes. A educação deveria ser centralizada. O Estado deveria se tornar o educador, o novo pai.» (p. 16)
«A educação era centralizada. A "família em si" foi transferida "para a sociedade". As mães seriam encorajadas a entrar no mercado de trabalho em número cada vez maior. Isso daria ao Estado a oportunidade de cuidar das crianças em "instituições educacionais de todos os tipos".» (p. 18)
«A natureza opressora do comunismo mais antigo foi notada por Antonio Gramsci (1891-1937), um marxista comprometido com uma nova abordagem para promover mudanças culturais e sociais. A fim de capturar as nações democráticas, um novo modelo deveria ser desenvolvido. Da mesma forma que os marxistas revolucionários antes dele, Gramsci considerava o cristianismo a ?força que amarrava todas as classes ? camponeses, trabalhadores e príncipes, padres e papas e todos os outros, em uma cultura única, homogênea. Era especificamente a cultura cristã, na qual os homens e mulheres entendiam de modo individual que as coisas mais importantes da vida humana transcendiam as condições materiais em que viviam a vida mortal?. Gramsci rompeu com a crença de Marx e Lênin de que as massas se levantariam e derrubariam a ?superestrutura? dominante. Ele teorizava que, independentemente de quão oprimidas as classes trabalhadoras pudessem ser, sua fé cristã não lhes permitiria tal vitória. O marxismo ensinava ?que tudo o que tem valor na vida já estava contido na humanidade?, mas o secularismo descontrolado foi [p. 18] rejeitado pelos cristãos. "De forma perspicaz, Gramsci percebeu que as pessoas não lutariam pelo que de fato não acreditassem. Gramsci estava certo? ?O único Estado marxista que existia? nos dias de Gramsci ?era imposto e mantido pela força e por políticas terroristas que duplicaram e até excederam as piores facetas do fascismo de Mussolini?. A construção do muro de Berlim foi a evidência mais visível das primeiras críticas de Gramsci ao marxismo tradicional.  Muros tiveram de ser construídos para impedir que as pessoas escapassem do ?paraíso do proletariado?.
«Conquanto ainda comprometido com o marxismo e ?totalmente convencido de que a dimensão material de todas as coisas no universo, incluindo a humanidade, era tudo que exista?, Gramsci acreditava que a estrada para a ?utopia? tomada pelos marxistas tradicionais estava forrada de obstáculos formidáveis. Gramsci começou a recriar o marxismo abandonando os slogans mais desagradáveis. ?Não adiantaria fazer discursos retóricos sobre ?revolução?, ?ditadura do proletariado? e ?paraíso dos trabalhadores??. Em vez disso, o marxismo teria de se reformular e falar sobre ?consenso nacional?, ?unidade nacional? e ?pacificação nacional?. O processo democrático, em lugar da revolução, deveria ser usado para alcançar as mudanças necessárias. No início, o pluralismo seria promovido e defendido. Depois, os marxistas deveriam se unir a outros grupos oprimidos ? mesmo que não compartilhassem os ideais marxistas ? para criar uma coligação unificada com poder de voto. Depois de construir a coligação ?eles devem entrar em todas as atividades civis, culturais e políticas de todas as [p. 19] nações e, como o fermento faz com o pão, levedar todas elas com paciência e de forma completa?. Para modificar a cultura, Gramsci argumentava, ?seria necessária uma ?longa marcha através das instituições? ? as artes, o cinema, o teatro, as escolas, as faculdades, os seminários, os jornais, as revistas e o novo meio eletrônico [da época], o rádio?. Seguindo o paradigma de Gramsci, a mente tinha de ser desnudada de toda noção de transcendência ? ?não existe nada além da matéria do universo.» (p. 18-20)
«John Winthrop (1588-1649), primeiro governador da colônia de Massachusetts declarou que a democracia direta é "a pior e a mais egoísta de todas as formas de governo".» (p. 26)
«Quem paga o flautista dá o tom. Quem recolhe seus impostos forçosamente desenvolve e define o currículo. Quando os cristãos entenderam isso?» (p. 69)
«? a educação no próprio lar é sempre uma opção.» (p. 70)
«Harry Potter é o sintoma da crise maior que pode ser corrigida com facilidade se os pais tomarem a responsabilidade de educar os próprios filhos e se recusarem a entregá-los ao Estado para propagar o secularismo.» (p. 72)
«Os fatos nunca são neutros e não falam por si mesmos. Os fatos são alinhados para a defesa de uma posição e depois interpretados.» (p. 110)
«Pelo próprio ato de selecionar as matérias a serem cobertas, os livros a serem publicados e criticados, o filme e música a serem postos no ar e a arte a ser exposta, as instituições efetivamente definem os tópicos importantes e os temas relevantes ? dignos de consideração pública. Além disso, na substância das matérias cobertas, livros publicados e criticados, arte exposta, e assim por diante, os meios de comunicação de massa atuam como um filtro através do qual nossas percepções do mundo que nos cerca tomam forma. Assim, por força das decisões tomadas pelos detentores dos meios de comunicação de massa ? decisões aparentemente inócuas tomadas dia após dia e ano após ano ? que trabalha nessas instituições exerce, de forma cumulativa, um enorme poder.» (DAVID, James. Culture wars: the strggle to define America. New York: Basic books, 1991, p. 225, in p. 110)
«Da escravidão à fé espiritual;
Da fé espiritual à enorme coragem;
Da coragem à liberdade;
Da liberdade à fartura;
Da fartura à complacência;
Da complacência à apatia;
Da apatia à dependência;
Da dependência de volta à escravidão.» (Frase atribuída a Alexander Tytler, mas nunca comprovada; p. 116)
«A sala de aula deveria ser um ambiente acolhedor para o debate animado sobre todos os temas; no entanto, ela se tornou uma atmosfera controlada para eliminar a dissidência.» (p. 124)
«O marxismo e o nazismo têm por base a teoria de Darwin: ?Dada a estreita relação entre o darwinismo e os crimes horríveis cometidos por Mussolini, Hitler, Stálin, Mao e o regime do Khmer Vermelho de Pol Pot, somos forçados a concluir que o nosso século foi o século do darwinismo?.» (p. 126-7)
«Há uma nova inquisição em andamento. Se você não concordar com as teorias consensuais, então você não será contratado, e se você já ocupa um cargo, a uma boa chance de perdê-lo se manifestar sua opinião. [...] Tolerância e mente aberta são uma via de mão única quando pode haver um inquisidor da ciência se escondendo nas sombras acadêmicas.» (p. 134)
Nas passagens onde há cristianismo (ou qualquer outra religião) como norte para as escolas públicas ou quaisquer escolas, poderíamos tirar isso e teríamos escolas boas desde que se tivesse consciência que aluno tem família, tem valores e que esses valores não podem ser solapados pela visão tolas de um mundo materialista e marxista. O materialismo e o marxismo não farão um mundo melhor, nem as religiões, quaisquer que sejam!
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