Carous 15/03/2021ABANDONADO - Página 100 (mas folheei até o final para ver como terminava)
A vida é muito curta para ler um livro que não te agrada. E olha que eu insisti.
Juro que na época em que o deixei de lado não cogitava abandonar. Achei que dando um tempo dele, um dia eu teria vontade de retomar a leitura e gostar dela pela primeira vez, mas não rolou e eis que abandono o barco.
Dei uma chance porque tinha ele na estante; se tivesse pensado melhor, nem compraria o livro em primeiro lugar. Não é uma temática que me atraia. A bem da verdade é que sinto muita aflição do tema.
Seria muito mais vantajoso se este livro fosse mais curto. A história não se desprende muito do que está na sinopse, então temos que ler 400 páginas da Isabela se lamuriando de que está grávida, de que não queria estar, de como vai contar pros pais, de como será seu futuro agora e qual será a reação do pai do bebê.
Além disso, Isabela não é uma protagonista muito carismática. Eu a achei bem chatinha e sem sal. Fiquei muito mais interessada nas amigas dela - Natasha e Ju -. Quando apareciam, despertava minha atenção porque deixavam a história mais interessante, mais
viva. Seria muito melhor que este livro focasse nas três garotas porque uma protagonista bobinha como Isabela com tem competência para segurar um livro desse tamanho.
Não que eu a culpe. Isabela é nerd, >eu< fui nerd na escola (inclusive, tal qual Isabela, eu já fui mandada pra diretoria na única que vez que me impus em sala de aula.). A gente pode ser a aluna/filha de ouro dos professores e pais, motivo de orgulho e tal, mas nossas vidinhas são bem paradas e monótonas.
Ela não é uma personagem marcante, é muito chorosa... o que, tudo bem e na situação dela quem não choraria? Além do mais, os hormônios causam isso, mas não fica legal num livro uma personagem que não toma atitude alguma, só corre pro banheiro pra chorar o tempo todo. Talvez a solução fosse a autora não mencionar todas as vezes em que a personagem sente lágrimas chegarem aos olhos.
Isabela também é dramática demais. Não vi necessidade disso já que no fim das contas, tudo deu certo pra personagem: o pai da criança aceitou muito bem a notícia, os pais também (após um tempo), os amigos, o irmão, a escola. Todo mundo a apoiou.
O Basti... sinceramente, sou indiferente a todos os personagens exceto Ju e Natasha que vi potencial. O resto é muito... sem complexidade, razão de ser.
A história é contada de uma forma bem simples e linear. Não tem nada que me empolgou, que despertou minha atenção. Num certo ponto, sabia que tudo daria certo para Isabela e o bebê porque é o vinha acontecendo em todas as páginas.
Depois que comprei o livro é que me dei conta de que não curto a temática dele. Então isso não ajudou em nada em despertar meu interesse pelo livro. Gravidez na adolescência me deixa angustiada. Tenho opiniões impopulares sobre isso; em hipótese alguma eu culpo as garotas nem acho que são burras, irresponsáveis ou estúpidas. Sim, pode acontecer com qualquer um (e em qualquer idade), mas minha solidariedade sempre pesa mais nas costas dos pais (principalmente nos pais da garota por motivos de sociedade machista). Afinal, no fim das contas, quem vai arcar com tudo (apoio emocional e financeiro) são eles já que no Brasil
teoricamente menores de idade não podem trabalhar, mas bebês precisam de muitos itens e esses itens são caros.
NO ENTANTO, acho que
Querido Bebê passa uma mensagem bacana, toca num assunto importante. Gostei da responsabilidade da autora, há informações preciosas e boatos desmentidos sobre sexo, camisinha, DST e gravidez. Jovens deveriam dar uma chance sim.