Cidades afundam em dias normais

Cidades afundam em dias normais Aline Valek




Resenhas - Cidades afundam em dias normais


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Raquel 16/03/2024

"Cidades afundam em dias normais" mexeu comigo em um lugar que existe em mim - e não só em mim - um lugar onde estão as coisas, as pessoas e as épocas que se foram, desapareceram, afundaram... mesmo ainda estando tudo por aí, nunca mais estarão no mesmo lugar, nunca mais estaremos lá. Nos tornamos história de nós mesmos. Ao terminar o livro me bateu essa nostalgia e eu chorei.

Mas olhando ao redor, me veio também um contentamento e a esperança, pois nem todos nós viramos correnteza, como Graciano; ainda estamos aqui, cada um em sua jornada, com todas as possibilidades de novas memórias para serem criadas. E estão sendo criadas. O hoje, para cada um de nós, é repleto de novas histórias e personagens.

Sim, existe a dor, mas também existe o estar vivo. E isso é uma benção.
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Tyr Quentalë 09/03/2024

E se...
Sabe aquela leitura que você lê sem pressa e que te prende até o final? O livro de @alinevalek com certeza foi uma dessas leituras!
Não sei se por identificar algumas características que me lembram bastante Brasília (capital federal), devido à história da Vila Amaury que se encontra abaixo das águas do Lago Paranoá (o que traz um aspecto interessante à imaginação dos brasilienses que venham a ler o "Cidades afundam em dias normais") ou por lembrar de uma piada recorrente de que um dia, em um futuro distante, Brasília terá praias e se tornará a Bras-ílha.
Kênia, a fotojornalista que retorna à cidade que havia afundado e acabou surgindo novamente, ganhou meu carinho durante à leitura.
Eu diria que a vontade de não querer encarar os temores e os receios, se parecem bem com as minhas batalhas diárias contra a autossabotagem que me imponho.
Sou formada jornalista, quase formada em letras, gosto de fotografar e amo viajar, porém continuo a evitar e a fugir dessa realidade. Já Kênia, ela abraçou o fotojornalismo para sair da realidade que Alto Oeste fornecia para ela.
Enquanto ela evita o passado, eu evito o futuro.
Em algum aspecto, nós duas evitamos aquilo que nos incomoda.
Mas algo da Kênia fica martelando em minha alma. O famoso: E se...
Para quem faz acompanhamento terapêutico, sabe como esse pensamento lembra um metronomo, medindo os intervalos de tempo das cobranças que nos fazemos.
Cada entrevista, cada volta ao passado que Kênia enfrentava, me lembrava...
E se eu tivesse seguido a carreira de jornalista?
E se eu tivesse concluído o curso de Letras?
E se eu tivesse investido no curso de fotografia...
Definitivamente é um livro interessante e acho que, talvez, meus amigos jornalistas possam achar o livro tão interessante quanto eu achei!
??????????
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pescemariana 04/03/2024

A vida segue e tudo dá-se um jeito
O que tem de mais brasileiro que cidades que afundam e pessoas que aprendem a viver nas ruínas? Gente que tem seu território tornado completamente inacessível e são obrigadas a sair, deixando pra trás toda uma vida e as memórias não só suas, mas também coletivas, familiares? Nesse livro, é feito um retrato muito sensível da vida sofrida e resistente, do absurdo que torna-se de costume, da vida de uma coletividade que tem em comum, entre outras coisas, as suas calamidades.

O comecinho é sim um pouco lento, mas não demorei pra me apegar à história e aos personagens, principalmente a professora Érica Xavante, a Tainara e a própria Kênia. Talvez alguns estranhem a estrutura do livro, que tem capítulos muito pequenos, mas acho que no fim das contas faz sentido.

Vi algumas pessoas reclamando do final mais aberto, mas não senti falta de algo mais sólido que isso, porque no fim das contas nem é isso que importa na história.

Ótima leitura. Bem fluida. Só não terminei antes porque fatores externos me impediram de dedicar o tempo que eu gostaria ao livro. Definitivamente é outro que pretendo ler mais uma vez. Acho que a Aline Valek se tornou minha autora favorita do momento. Recomendo muito e só tenho falado disso ultimamente.
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Davi.Dallariva 08/01/2024

Esse é o tipo de livro que me faz pensar "queria escrever assim". Adorei como a autora construiu a ambientação da cidade, colocando detalhes aos poucos ao longo dos capítulos. Ficou muito palpável para mim: eu enxergava as cores, me sentia dentro da cidade, sujo de poeira e de lama.

Cidades afundam. O livro passou muito bem a sensação de tudo estar afundando, das coisas acontecerem por acaso, de não termos controle de nada. Ele diz muita coisa sobre o Brasil do interior, sobre o povo e suas tragédias, sobre se acostumar com elas. Dias normais.
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Kiri 25/11/2023

A escrita é tão gostosa quanto ao Águas Vivas Não Sabem de Si da mesma autora.
Não dá pra dizer muita coisa sem estragar a história... Só que acompanha uma jornalista voltando pra antiga cidade dela que tinha afundado.
É gostoso de ir acompanhando as lembranças de todos os moradores que ela vai coletando. É um livro muito mais pra vc sentir do que esperar algo do plot em si mas é uma delicinha também por isso
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camiscaarvalho 03/11/2023

Dei 3 estrelas e meia pensando que esse livro merecia mais. A premissa da história é muito interessante, a ambientação e os personagens tem muita brasilidade e a escrita da autora é fluida, constituído de capítulos curtos e frases marcantes. Porém a história fica um pouco arrastada quando não se aprofunda em alguns personagens, bastante descrição e reflexões, poucos diálogos, além de não ter um foco específico e o final de Tainara (personagem pela qual desenvolvemos mais empatia) ter ficado em aberto. Mas entendo perfeitamente quem avaliou melhor, realmente a história tem muitos pontos positivos.
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Ariadne 21/08/2023

Alto do Oeste é uma cidadezinha no meio do cerrado que após ficar submersa durante 20 anos, subitamente ressurge graças a uma seca que assola a região. Estranhamente, uma cidade ressurgida da lama atrai um movimento significativo de turistas, e o retorno de boa parte dos antigos moradores.

A narrativa intercala os capítulos curtos (oba!!) entre momentos do passado e presente, e nos mostra que esse é mais um livro onde o foco não é em nos fornecer respostas. O mais importante aqui são as pessoas e o quanto somos moldados pelo lugar em que vivemos, as memórias que criamos e as escolhas que fazemos.

Indico para quem gosta de ler histórias que focam nas relações humanas.
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Paulo 25/06/2023

O quanto somos moldados pelos lugares em que vivemos? O tempo e as memórias de um lugar esquecido no meio do cerrado brasileiro, uma cidade que afundou misteriosamente e depois ressurgiu do mesmo jeito. Esta é a história de Alto Oeste, um lugar que, para a fotógrafa Kênia, marca memórias de uma infância e juventude que ela desejaria esquecer. Tendo ido ao lado de seu companheiro documentarista Facundo à recém-redescoberta cidade, ela se vê obrigada a enfrentar algumas de suas feridas do passado. Momentos de dor e angústia de uma cidade que foi desaparecendo pouco a pouco, sem ninguém se dar conta até ser tarde demais. Nos dias de escola passados há muito tempo, um diário esquecido trará à tona uma amizade destruída pela falta de expectativas do presente, por uma sensação de abandono e solidão diante de uma cidade pequena em todos os sentidos da palavra. Através de entrevistas e relatos dos antigos moradores que voltaram para a cidade, encontraremos um mosaico de histórias que nos ajudará a montar o que aconteceu antes de uma cidade ser engolida pelas águas.


Esse é o segundo romance que leio da Aline Valek e este é bem diferente do primeiro. Se o primeiro transbordava ficção científica pelos poros, esse está mais para o lado do realismo mágico, bem na verve de um Garcia Marquez. Não há necessidade de explicar por que a cidade afundou até porque a história não é sobre isso. O leitor vai se deparar com algumas coisas inexplicáveis, mas que nos ajudam a entender as histórias daqueles que passaram por Alto Oeste. O próprio tempo é um pouco maleável aqui e a narrativa não segue necessariamente uma ordem cronológica de compreensão. E está tudo bem porque o leitor vai compreender tudo sem nenhum problema. As divisões temporais são localizáveis sem stress e esse esquema de ir e voltar no tempo nos fornece as informações que precisamos. Fico em dúvida se essa é uma história de Alto Oeste e aqueles que viveram nela ou se é de Kênia e sua necessidade de resolver assuntos deixados para trás. A gente pode argumentar dos dois lados e essa é uma discussão bem saudável. Há argumentos para as duas abordagens.


"Todo mundo que voltou deixou alguma coisa aqui. É por isso que se volta. Para buscar."

No geral, a escrita da Aline Valek é em terceira pessoa dependendo de quem é o narrador daquele capítulo específico. Isso porque existem os capítulos narrados por Tainara em seus registros de diário. Estes são em primeira pessoa. Há também alguns capítulos sendo feitos com recortes de jornal. Então, há uma variedade legal de formas de apresentar a história que tiram o leitor do lugar comum. Temos três personagens que são principais, no sentido de aparecerem mais vezes, e uma quarta que aparece na segunda parte da narrativa. A autora escolheu escrever a história usando capítulos bem pequenos, como se fossem fragmentos de memória que podem ser juntados para formar a narrativa principal. Isso torna a leitura bastante rápida e fluida. O leitor pode ficar tranquilo porque a escrita é leve, não há estruturas complicadas, nem nada, sendo fácil se situar na história. Cidades Afundam em Dias Normais é uma história sobre pessoas que vivem em uma cidade pequena no meio do nada. É esse tipo de narrativa mais intimista, ao qual vamos nos apegar aos personagens e suas vivências. Por essa razão, não há necessidade de empregar jargões ou formas mais complexas de compor narrativa. Bastava que o leitor se importasse com aquelas histórias. E nesse sentido a autora foi muito feliz.



Quando Paul Ricoeur, em seu livro Tempo e Narrativa, fala sobre o papel do historiador ele menciona a necessidade da rememoração. Na sua visão, a história é uma visão do presente acerca dos acontecimentos do passado. Ao nos recordarmos sobre os acontecimentos que já se sucederam, usamos nossa experiência atual para buscar um sentido naquilo que já se passou. A história não é construída por historiadores, mas por pessoas; cabe a estes apenas transmiti-las às gerações futuras. Na narrativa de Valek temos vestígios históricos, materiais e humanos, que são encontrados por Kênia e Facundo. As pessoas que dão seus depoimentos procuram buscar pela memória fragmentos de suas vidas passadas. Mas, estes fragmentos nada mais são do que momentos que foram marcantes ou fatos que foram mal resolvidos e que deixaram algum tipo de feridas que não cicatrizaram completamente. As narrativas dessas pessoas relatam diferentes visões sobre acontecimentos, se confrontam e se chocam para buscar nos mostrar uma aparente visão do todo. Tem uma fala da Érica quase no final da história que diz que as memórias pertencem ao futuro e só contamos histórias pensando para frente. E é um pouco isso o que é transmitido nessa narrativa. Cada pessoa é uma casa em permanente construção. As experiências vividas são como pequenos tijolos empilhados um após o outro. Às vezes um trecho da obra pode ficar mais frágil porque os tijolos não foram postos adequadamente e até desmoronar enquanto outros serão sólidos. Cada acontecimento é importante de alguma forma para moldar quem somos.


"Ela se sentia em casa ali, do mesmo jeito que eu me sentia à vontade na casa dela. [...] Ou talvez a gente se sentisse em casa uma com a outra."

A vida de Kênia foi difícil assim como a de muitos dos personagens da narrativa. Mas ela nunca se imaginou como parte daquela cidade. Sua solidão vinha do fato de ela não desejar permanecer naquele ambiente. Por mais que ela tentasse se ajustar ao cenário, sempre havia alguma coisa que a tirava do rumo. Fosse sua amizade com Tainara que significou ter alguém a quem se apegar ou seu breve romance que serviu mais para suprir uma carência do que ser um sentimento romântico por outra pessoa. Ao observar a cidade desaparecendo lentamente, havia uma espécie de desejo não dito em voz alta de ver tudo aquilo ser tragado pela terra e ela ter uma nova oportunidade de reiniciar sua vida em outro lugar. Mas, faltava à personagem a coragem de tomar sua decisão de uma vez por todas. Nada ali a prendia de fato àquela realidade, nem sua amizade.


Por outro lado Tainara representava a permanência. Alguém que nasceu e se desenvolveu naquele lugar. Se Kênia era uma pessoa mais ativa e em busca de sua identidade, Tainara era mais observadora. Aquelas vidas em movimento a deixavam curiosa. Ela não era a garota mais popular da escola, e sim apenas uma menina estudiosa e sincera consigo mesma a respeito do que ela queria para si. Vale imaginar que sua amizade com Kênia surge de uma necessidade mútua de se encontrar uma na outra. As duas se complementavam porque tinham visões diferentes de mundo. Ao mesmo tempo ambas se colocavam no chão para poderem seguir juntas adiante. Somente quando seus sentimentos passaram a se chocar é que a comunicação errada e as ausências prejudicaram seus corações. Nenhuma delas foi responsável de forma direta pela tristeza da outra. Foi apenas o tempo e a vida que seguiram seu curso, com seus obstáculos e desafios a serem superados. O afundar da cidade significou para Tainara uma dor no coração porque ela via seu mundo ser destruído. Quando ela teve a oportunidade de deixar Alto Oeste, não queria fazê-lo, não porque ela não quisesse deixar sua avó para trás, mas porque aquele lugar representava tanto para ela. Se Kênia desejar deixar a cidade o mais rápido possível, Tainara deseja permanecer e ser mais um tijolo na história daquela cidade.


"A gente sempre se acostuma, depois de um tempo. Se acostuma com o caminho até o colégio, com os programas da TV, com a cidade sumindo, com os blecautes, com apanhar sem nenhuma explicação. Isso me assusta um pouco. Se acostumar é não conseguir mais diferenciar as tragédias dos dias normais."

Essa é uma história de perdas e tristezas sim, mas é a vida das pessoas. Nem sempre nossas existências são marcadas por bem aventuranças e sucessos. Pensar para trás, rememorar doces amarguras serve também para confrontarmos os fantasmas de nossos corações. Através de seu documentário, Kênia e Facundo fazem com que os personagens juntem os pedaços da cidade que foram deixados para trás em um passado não tão distante. Isso não significa que a maquete que eles montarem será a mesma cidade que existiu outrora. Só que para estas pessoas, inclusive para Kênia, essa é uma maneira de conseguir tocar a vida adiante, colocar alguns demônios para descansar e conseguir se aceitar como fruto dessas experiências. Afinal, como diz Ricoeur, estudar o passado é também compreender a condição humana.

site: www.ficcoeshumanas.com.br
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Melina21 23/05/2023

O fim que não é o final.
Eu amo a Aline Valek, acho que a escrita dela é muito rica em sua brasilidade e os temas abordados em suas histórias são extremamente relevantes para a nossa realidade.

Quando li As águas vivas não sabem de si recebi um baque tremendo, um soco no estômago mesmo. Virou um dos meus favoritos da vida. Mas, apesar de ter personagens brasileiros e aspectos de nossa cultura, é uma ficção científica que se distancia - às vezes - da nossa contemporaneidade (por parecer se passar num futuro distante).

Aqui, Aline afunda de cabeça naquilo que é o Brasil trazendo a ideia de uma cidade do cerrado que afunda misteriosamente, para então retornar à superfície depois de muitos anos.

O absurdo da sinopse se torna cada vez mais plausível quando pensamos na nossa facilidade de aceitar dias trágicos como dias normais e conhecemos estes personagens cativantes e únicos.

Achei incrível as nuances dessa história, a forma como o racismo é apresentado, a violência eminente que ameaça todos o tempo todo, a perda das origens (principalmente quando se é indígena) e muitos outros temas importantíssimos.

Não gostei muito do final, por isso o 4 estrelas. Finais em aberto costumam ser muito ambíguos para mim. Isso não tira o fato de que amei acompanhar essa história e gostaria que cada personagens tivesse seu próprio livro, com começo, meio e fim.
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Zé Guilherme 19/05/2023

Memórias em água e fotos.
Como a nossa memória pode ser algo único, né?! E esse livro fantástico da Aline Valek trata sobre ela(s). Nossa(s) memória(s). Aqui representadas no renascimento de uma cidade que foi devastada pelo pior dos apocalipses: o esquecimento do cotidiano.

Eu me encantei pelos personagens de Alto do Oeste. Chegou um momento que estávamos acompanhando as memórias de vários deles, representados na tarefa da profa. Érika, que assim como o seu povo originário, sempre se interessou em resgates. Resgates do que se perde com o tempo.

Da protagonista (será mesmo?) Kênia, ao vira-lata Xamã, cada um dos alto-oestinos, deixaram uma marca naquela cidade que foi levada pela natureza e trazida de volta para um reencontro definitivo.

Hoje eu considero a Aline, um das vozes mais originais da nossa literatura contemporânea. Que fala de brasilidades, sem precisar chapar o discurso com uma prosa artificial.

Indico esse livro para todos que gostarem de história. Daquelas que não se perdem, mesmo quando são afogadas pelo comum.
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Smbdouthers 09/05/2023

O mais incômodo do sobre o Paleolítico era a falta de nomes, a impossibilidade de atribuir os feitos a qualquer indivíduo que fosse; os grandes Inventores e artista e líderes perdidos na mesma pilha de ossos de medíocres e incompetentes e idiotas pré-históricos enterrados em algum sambaqui.
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Eduardo 30/04/2023

Expectativas de um leitor afundam em leituras normais
Desculpe o infame título, mas como foi o próprio que me chamou a atenção para leitura, coube fazer essa brincadeirinha

Não sou crítico literário, sou apenas um leitor e em minhas leituras sempre espero que elas valham o meu tempo (e fico feliz com isso). Infelizmente, isso não aconteceu em Cidades afundam em dias normais da Aline. A premissa da cidade que afunda serve tanto pelo sentido figurado quanto o literal, e isso funciona muito bem. O problema está na narrativa, na execução dos acontecimentos. Os personagens não cativam, simplesmente você não se importa com seus dramas e tragédias. E olha que existia uma premissa boa para isso. Fora que o livro abarca o tema memória afetiva - assunto que muito me interessa - mas não funciona. Não faz eu me importar mais. Para mim, não deu. Pena.
edu basílio 01/05/2023minha estante
você foi herói em ir até o fim. eu teria abandonado sem o menor 'pudor'. depois dos 40 passei a reconhecer o valor do tempo e, com isso, evito usá-lo com coisa ruim. ou talvez seja meu signo ?. ou talvez seja só rabugice minha mesmo. rsrs.


Eduardo 01/05/2023minha estante
Sim, deveria. Mas há passagens no livro (pequenos trechos) que conseguiram me impactar mesmo que de forma passageira. Então fui continuando. E tb sou um aquariano teimoso haha




Kaicchan 26/04/2023

Memórias de uma cidade fictícia
Um livro de memórias de uma cidade fictícia que afundou, aos pouquinhos, em um lago. Com a seca, a cidade reaparece, assim como as vivências e lembranças de seus antigos moradores.

Com uma escrita fluída e capítulos pequenos, Aline consegue nos levar por essa história, onde os personagens secundários parecem ter mais importância que os principais, de forma rápida e divertida. Misturando passado e presente, os capítulos se cruzam entregando uma narrativa única e revelando a verdade de Alto do Oeste.

Afinal, por que alguém voltaria para uma cidade que afundou? Quais as memórias que este local guarda? O que o futuro pode reservar para aqueles que esperaram?

Recomendo demais esse livro, ainda mais para aqueles que querem conhecer mais da nossa literatura nacional. Um favoritado do ano.
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Jacqueline.Carvalho 30/03/2023

Este livro narra a história da cidade de Alto do Oeste, que um dia começa a submergir e posteriormente devido à seca, ressurge, trazendo de volta antigos habitantes.

Uma dessas antigas moradoras é a fotógrafa Kênia, que retorna junto com seu amigo jornalista, para fotografar a cidade e resgatar memórias com o intuito de produzirem um documentário.

A narrativa do livro está longe de ser cansativa. Os capítulos são curtos e nos envolvem com as memórias dos personagens. Esse livro me surpreendeu!
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Gio 09/03/2023

Impecável
Esse livro acaba de entrar na lista dos melhores livros que já li.
A construção da história, dos personagens e até a ausência de um desfecho em específico fazem desse um livro único.
Não consigo escrever uma resenha que faça jus então me limito a recomendar a leitura.
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