Frankenstein

Frankenstein Mary Shelley




Resenhas - Frankenstein


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Queria Estar Lendo 01/07/2020

Resenha: Frankenstein
A resenha de hoje é pra falar sobre o clássico que deu origem a centenas de ficções científicas no decorrer dos anos, desde que foi concebido. Uma das maiores obras da literatura, Frankenstein da Mary Shelley é, sem sombra de dúvidas, um marco histórico.

Victor Frankenstein é um cientista brilhante que tem dedicado sua vida e estudos a gerar vida artificialmente. Depois de tantas tentativas, o sucesso: ele dá vida a uma criatura disforme que ganha consciência e vontades e que se torna, aos olhos de Victor, uma aberração e tormenta. O embate desenvolvido pela trama acontece entre esses dois; criador e criatura, suas vontades e medos e uma perseguição para entender o real significado de estar vivo.

Essa é a história de um homem e de um monstro; mas, parafraseando um dos meus musicais da Disney favoritos: quem é o monstro e o homem quem é?

O brilhantismo de Frankenstein está na simplicidade da sua trama e no quão gigantesca e descomunal ela se transforma com o passar das páginas. Mary Shelley é uma voz que continua ecoando pela literatura contemporânea, uma mente genial e questionadora que abriu portas para incontáveis escritores seguirem seus passos.

O modo como as questões filosóficas e científicas são abordadas no decorrer da história, unido à tensão e ao terror presentes nos pensamentos de Victor e na sensação de que a criatura está sempre acompanhando seus passos, ao mesmo tempo em que foge deles, cria uma atmosfera impossível de se afastar.

"A visão da natureza impressionante e majestosa, de fato, sempre me fizera esquecer as ansiedades passageiras da vida."

O livro é denso, com uma narrativa pesarosa e ao mesmo tempo animada. Victor é dramático e melancólico, um gênio vivendo com o peso de suas descobertas e do que elas podem significar para o mundo e para aqueles que o conhecem. Sua relação com a criatura é familiar, aterrorizada; a criatura, por outro lado, ainda que viva no mistério e nas sombras, raras vezes demonstra ser o monstro que Victor tanto clama.

Ela é provida de consciências e vontades e sonhos. Está tentando entender a vida e suas nuances, assustada diante da realização do que é estar vivo e continuar vivendo. Com a criatura, entendemos sobre a solidão e curiosidade. Com Victor, sobre culpa e arrependimento.

"Nada é tão doloroso à mente humana como uma mudança grande e súbita."

É um livro que questiona e critica e apresenta situações desconfortáveis que vão significar muito com o desenvolvimento da história. É de uma complexidade capaz de te fazer pensar e pensar e nunca parar de pensar a respeito de tudo que foi abordado. Não é uma leitura fácil, também; não venha esperando perseguições e diálogos fluidos. É denso e demorado - e, na minha opinião, por isso é tão bom.

A edição da DarkSide é divina e minha favorita até então deles. Não só pelo acabamento, capa e diagramação impecáveis, mas pela tradução de Márcia Xavier de Brito, que transmite as sensações e o que o texto original fazia de maneira tão perfeita. Essa edição também traz alguns contos extras redigidos pela Shelley, todos a respeito das tentativas de criar vida.

"Mas é assim; o anjo caído torna-se um diabo maligno."

Frankenstein é um "você precisa ler" se gosta e quer entender mais sobre ficção científica, e também se tem curiosidade com clássicos. É a voz de uma mulher brilhante e extraordinária e uma das maiores criações que a literatura já viu.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2020/07/resenha-frankenstein.html
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juliatorress 26/05/2020

O livro nos faz refletir quem realmente é o monstro. Seria a aparência a única razão de classificar um ser como um monstro? Pois apesar do mostro de Frankenstein ser terrível de aparência, ele demonstra ter atitudes de afeto, carinho, cuidado para com os camponeses que passou a observar. É uma crítica forte aos homens, que podem ser mais cruéis do que uma criatura sem consciência formada, sem noção do certo e do errado. Assim, a criatura aprendeu a fazer o mal através dos homens. Seríamos nós os criadores desse mal? O livro Frankenstein nos mostra uma grande reflexão de como somos e como agimos perante ao desconhecido.
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jeesyoung 25/02/2022

??
muito muito muito bom, a escrita não é difícil, apesar de se tratar de um clássico antigo pra caramba.
a história é ótima, nos faz refletir uns coiso daora, recomendo.
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Taina429 27/09/2022

Frankenstein ou o prometeu moderno
Um livro de 1818, que me trouxe lágrimas aos olhos e um grande debate no meu clube de leitura.
Tudo veio de um verão de 1816 e depois de 206 anos continua sendo um dos livros mais lindos já escritos, e um clássico imortal que vai trazer reflexões e questões morais eternas para os leitores.
Único e extraordinário são palavras pequenas para descrever a obra magnífica de Mary Shelly.
Apesar de tudo ainda é preciso sua completa atenção durante a leitura devido a complexidade da escrita e da trama, e eu ainda não estendo essas doenças malucas.

Ps: como eu sempre digo, não tem como errar com darkside e se errar pelo menos e livro é lindo.
Alexandre Trindade Cruz 23/10/2022minha estante
Simplesmente isso, único extraordinário.




Julia Agnes | @pontoparagrafoo 04/10/2021

It's alive!
Pioneiro no gênero ficção científica e denominado um clássico do terror, Frankenstein ou, O Prometeu Moderno, teve sua primeira publicação em 1818, com nome e prefácio de Percy Shelley, marido de Mary Shelley. Em uma época que certas coisas não cabiam à uma mulher, escrever histórias com uma narrativa tão inovadora era uma delas. Entretanto, após sua segunda publicação, o livro passou a receber o nome de quem realmente o fez. Diversas histórias a mais contemplam o momento em que a autora criou seu Frankenstein, em especial, contando com a presença de renomes da literatura, como John Polidori, criador do primeiro vampiro aristocrata que se alimentava de sangue humano, tendo sido inspirado em Lorde Byron e logo após vindo inclusive a influenciar Bram Stoker em criar Drácula.

A importância em relatar estes fatos é grande, tendo em vista que além de ser a primeira e única entidade do tipo nos primórdios do horror, trata-se de tempos tão conservadores. Mary Shelley, como não era uma mulher convencional à sua época, por meio de conversas sobre ciência entre os cavalheiros na casa de Byron, cativou-se quando soube que o cientista Galvani descobrira como reproduzir o movimento do estimulo elétrico em animais dissecados para estudos - apesar de Erasmus Darwin, avô de Charles Darwin, acabar sendo atribuído à descoberta da animação da matéria através da aplicação de corrente elétrica. Através de tal interesse, no ano de 1816 - o famoso Ano sem Verão - Shelley com apenas 18 anos iniciou seus escritos sobre o assunto e foi então onde tudo começou.

A narrativa em si tem um formato muito similar ao clássico Drácula que viria a nascer alguns anos depois, já que trata-se de um romance epistolar, ou seja, é contada por meio de cartas do narrador-protagonista, além de anacronismos muito bem realizados, sem perder o ritmo da leitura. Tudo se inicia com o vislumbre da criatura nas geleiras, e a partir deste ponto somos apresentados a como tudo foi se desenrolando para sua existência.

Além de diversas versões da mesma história, tendo sido modificadas pela própria autora, a obra conta com adaptações cinematográficas em que a aparência da criatura é esverdeada e com parafusos nas têmporas. Entretanto, suas características físicas são distintas das tradicionais associadas à sua imagem, já que o famoso Frankenstein na verdade é amarelado e com dentes proeminentes. Com o texto em sua integralidade, vemos que há aspectos intrigantes entre Victor e sua criação. Como muitos pensam, o criador nunca chamou deliberadamente o Prometeu de monstro, sempre se referindo como coisa, criatura e até aberração. Porém, além de tratar de sinônimos, seus atos subsequentes dão a entender que a criatura de fato seja.

Apesar do intuito em amedrontar, por ser uma história realizada através do experimento científico macabro, em diversos momentos temos empatia para com a criação de Victor, já que nos deparamos com os conflitos emocionais existentes no Prometeu, como o humano que de fato é, quando se vê à mercê da sociedade e com medo. Por conseguinte podemos vir a desprezar seu criador, já que Victor o menospreza, por conta da forma rudimentar pela qual foi feito. A figura de Victor Frankenstein passa de um gênio dedicado à um humano que agiu por meio de um impulso egoísta, já que fez a criatura por curiosidade e a seu bel prazer. Um dilema então é criado - quem de fato é o "monstro"?

Os detalhes presentes na obra são cativantes, pois apesar de serem um tanto quanto excêntricos, Mary Shelley consegue colocar um pouco de sentimentalismo em todo o horror ambientado para os fatos, além de toda a pesquisa envolta para fundamentar sem lacunas a criação de Frankenstein. Ainda, apesar de ser uma literatura do século XIX, é de pleno entendimento do leitor.

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Gio 17/10/2021minha estante
Tida como a primeira obra literária de ficção científica, né... não é pouco não. Preciso ler.


Julia Agnes | @pontoparagrafoo 17/10/2021minha estante
Sim, e com certeza você vai gostar. Não tem quem não se encante por toda delicadeza, profundidade e excelente desenvolvimento deste clássico




Lizia.Yohanna 15/02/2021

Esperava mais
O livro é bem diferente dos filmes sobre o assunto que assistir, mais não achei isso uma boa coisa. Achei a história meio chata, o monstro em si bem sem graça e o Frankestein um pé no saco.
Marcos 15/02/2021minha estante
Eita... Recomendo assistir o filme da Mary Shirley caso queira entender um pouco mais sobre a história. E talvez o episódio de Anne With an E que a Diana comenta o livro. Frankenstein foi uma grande inspiração para Montgomery. Claro, há clássicos que não nos convém por não conseguirem se entrelaçar com nossas almas, mas de qualquer forma deixo as dicas. Talvez em um futuro distante você queira compreender a solidão e crise existencial do monstro.


Lucas1429 15/02/2021minha estante
eu adorei o monstro e acho que a história oscila em momentos bons e momentos chatos, mas uma coisa eu concordo completamente, o Frankestein é um pé no saco, ele é muito chato.


Lizia.Yohanna 17/02/2021minha estante
Pretendo vê o filme talvez eu goste e entenda melhor os personagens, talvez por não ser o meu estilo de leitura eu não tenha conseguido me conectar tanto com os personagens.


DCrockerBr 22/02/2021minha estante
Ainda não terminei de ler, mas concordo que o Victor é um pé no saco!


Lizia.Yohanna 22/02/2021minha estante
Ele é péssimo, As vezes tinha vontade de entrar no livro só pra esganar ele kkkk


DCrockerBr 23/02/2021minha estante
Kkkkkkk dois!




Ana Sá 15/04/2024

O Frankenstein que eu não li versus o Frankenstein que eu acabei de ler
Quando resenhei o livro "O que Aprendi com Hamlet", comentei aqui sobre uma teoria da "não-leitura" de clássicos, do acadêmico francês Pierre Bayard. Basicamente, Bayard defende que as leitoras podem ter o que falar até mesmo de livros não lidos, pois somos expostas aos clássicos de diversas formas ao longo da vida: em aulas na escola, em adaptações para TV, teatro ou cinema, em resenhas... Ou seja, quase sempre existe algo entre a leitura e a não-leitura de uma obra clássica. E que prazeroso foi contrapor a minha não-leitura de "Frankenstein" à minha leitura (tardia) dessa preciosidade escrita pela britânica Mary Shelley (1797-1851).

A minha não-leitura de Frankenstein foi marcada por muito tempo por duas ignorâncias: passei anos sem saber que se tratava de um livro de autoria feminina, passei anos pensando que o "monstro" era, afinal, o tal do "Frankenstein".

Meu desconhecimento sobre Mary Shelley é simples: nosso cânone literário é tão masculino (e branco, vale registrar) que meu inconsciente adolescente (que tem chances de ser um inconsciente coletivo) nem cogitou que um clássico desse porte do século XIX seria assinado por uma mulher. Não porque as escritoras não fossem capazes de tanto, mas porque tudo trabalhou (e trabalha) para impedi-las de chegar lá. Pois bem, por volta do primeiro ano de faculdade, veio a grata surpresa, veio aos meus ouvidos Mary Shelley! Não demorou e também me informaram: "O Frankenstein, que dá nome ao título, é o criador e não o monstro, ok?". Ok... Mas será?

A leitura de fato, página por página, do texto original, eu só realizei agora. Nela, me deparei com a história do jovem cientista Victor Frankenstein, que, dominado por certa ganância acadêmica, recorre a diferentes teorias e perspectivas científicas da época para fazer algo bem simples: criar uma vida, do zero, em seu laboratório. No entanto, bastou a abertura de olhos da criatura sem nome para que Victor se arrependesse do seu err... acerto! A repulsa que ele sente pela criatura é tão grande que ele a abandona já de início, não havendo um minuto de celebração pelo êxito de seu experimento. A partir daí, começa uma narrativa bastante dinâmica, com encontros e desencontros da criatura com Victor e com outras pessoas.

Eu diria que o primeiro choque entre a minha não-leitura e a minha leitura de Frankenstein ficou por conta do imaginário que eu criei da ambientação da narrativa. Por causa de imagens e de flashes de filmes aos quais tive acesso, eu sempre associei Frankenstein a uma história passada em um ambiente escuro, grande parte dela no interior de algo que lembrasse um castelo. Engano o meu! Que delícia me deparar com um romance cheio de trânsitos por paisagens verdes, por montanhas, por florestas, por viagens a pé, por viagens de barco, de navio... Também minha ideia da personalidade da criatura não poderia ter sido mais equivocada: embora a cena icônica da criatura seja mesmo a de um balbuciar confuso e animalizado, no desenvolvimento da obra Mary Shelley nos permite ter um acesso sofisticado a seus sentimentos e pensamentos. Há limites a serem considerados no que diz respeito à forma como essa "voz" chega até nós, mas ela está lá e enriquece muito a trama.

Confesso que durante a leitura eu passei alguns panos pra Mary Shelley, pois há lacunas que escapam à abstração que ficções científicas exigem de nós. Ainda assim, os pontos altos são tão altos... Por exemplo, o retrato das relações acadêmicas e dos supostos indicativos de progresso da época são historicamente e criticamente bem abordados. Ou o que falar da própria complexidade dos sentimentos e das atitudes de criador e criatura: antes, durante o meu processo de não-leitura, eu achei por muito tempo que o Frankenstein era o "monstro"; e agora, após a leitura, eu continuo achando a mesma coisa, pois o jovem Victor conseguiu ser, pra mim, ainda mais repugnante! haha Ou seja, há aqui uma ambiguidade que só bons romances conseguem desenhar.

Ser surpreendida por um livro é sempre bom. Mas ser surpreendida por um clássico - ou, nos termos de Bayard, perceber que tudo aquilo que compõe a inevitável não-leitura de uma obra não é capaz de estragar um bom clássico - é ainda melhor.
Yasmin V. 15/04/2024minha estante
Ana, posso afirmar que não foi apenas seu inconsciente adolescente que pensou que esse livro foi escrito por um homem, eu também pensava! Mas pelos mesmos motivos: o espaço para as mulheres na literatura era praticamente nulo na época, tanto é que muitas publicavam com pseudônimos masculinos.
Detalhe que Mary Shelley tinha apenas 19 anos quando o escreveu! Maravilhosa, né?
Amei a resenha!!! Concordo com tudo! Esse livro realmente foi uma caixinha de surpresas pra mim!! Hahaha


Pablo Paz 15/04/2024minha estante
Toda vez que vejo resenho boa aqui no skoob, eu tenho um bordão: "Caraca, que resenha mais Ana Sá!". Mais uma maravilhosa. Tu tens que por na lista "Mary Shelley, Além da Criatura: Todos os Contos, de 1819 a 1839". É uma coletânea raríssima que uma editora brasileira (Cartola) fez que não existe nem no país dela nem noutro idioma. Acho que tu ias gostar de acompanhar o desenvolvimento dela...


Pablo Paz 15/04/2024minha estante
Toda vez que vejo resenho boa aqui no skoob, eu tenho um bordão: "Caraca, que resenha mais Ana Sá!". Mais uma maravilhosa. Tu tens que por na lista "Mary Shelley, Além da Criatura: Todos os Contos, de 1819 a 1839". É uma coletânea raríssima que uma editora brasileira (Cartola) fez que não existe nem no país dela nem noutro idioma. Acho que tu ias gostar de acompanhar o desenvolvimento e a versatilidade dela...


Pablo Paz 15/04/2024minha estante
Toda vez que vejo resenho boa aqui no skoob, eu tenho um bordão: "Caraca, que resenha mais Ana Sá!". Mais uma maravilhosa. Tu tens que por na lista "Mary Shelley, Além da Criatura: Todos os Contos, de 1819 a 1839". É uma coletânea raríssima que uma editora brasileira (Cartola) fez que não existe nem no país dela nem noutro idioma. Acho que tu ias gostar de acompanhar o desenvolvimento e a versatilidade dela...


Vania.Cristina 15/04/2024minha estante
Muito bom, Ana!!


Flávia Menezes 15/04/2024minha estante
Arrasou, amiga!!! ????
Ler sua resenha me dá aquele quentinho no coração, porque me faz pensar no quanto concordo contigo em tantas coisas, e como isso me faz sentir acolhida por essa sua resenha. ???


Pilar 17/04/2024minha estante
Que linda essa resenha tão sincera! Parabéns!


Ana Sá 17/04/2024minha estante
Yasmin, eu adorei ter lido sua resenha esses dias também, me senti quase numa leitura conjunta, de tanto que ela falou por mim, é muito bom ler resenha com a memória do livro tão fresca!! Que venham mais coincidências assim! :)


Ana Sá 17/04/2024minha estante
Obrigada, Vania e Pilar! ??


Ana Sá 17/04/2024minha estante
Flávia, as trocas que a gente teve assim que terminei a leitura foram um privilégio!! Deixaram essa experiência ainda mais especial, pra variar, né, amiga!!! ?


Ana Sá 17/04/2024minha estante
Pablo, quando você elogia uma resenha minha, a recíproca é verdadeira sem esforço nenhum! :) Mas confesso que pra este elogio eu não tinha nem roupa!!

Sobre a coletânea: Eu ADORO as preciosidades que você indica! Já está anotadíssima, obrigada! Depois eu volto pra contar!


Craotchky 18/04/2024minha estante
Que texto adorável, Ana. O embate de sua "não -leitura" e sua leitura deu todo o sabor especial da resenha. Gostei de conhecer esse conceito.


Ana Sá 18/04/2024minha estante
Que legal que você se interessou pelo conceito, Filipe! :)

Acho que essa teoria da não-leitura virou uma chavinha na minha forma de falar de clássicos... Há certo constrangimento ou certa angústia ao admitirmos que não lemos grandes obras (Bayard aborda isso quase que como premissa), e pensar nos meus caminhos de não-leitura tem enriquecido e deixado mais leves algumas experiências!

Não sei se o livro do Bayard foi reeditado ou se restam exemplares no Estante Virtual, mas ele apresenta essa teoria na obra "Como falar de livros que não lemos?". Tenho ressalvas sobre um ou outro capítulo, mas no geral adorei a discussão por ele proposta!


Craotchky 18/04/2024minha estante
Ah, que maravilha que conhecer o conceito tenha gerado em você essas coisas benéficas, Ana.


Cassia_kk 21/04/2024minha estante
Uau
Que resenha inteligente! Adorei conhecer esse conceito , nunca tinha ouvido falar e se encaixa perfeitamente (segundo a tua explicação). Me senti representada demais nessa resenha. Tive as mesma sensações ? obrigada por investir tempo e energia por aqui Ana. Tu és show. ?


Ana Sá 21/04/2024minha estante
Cassia, meu domingo será melhor com esse seu elogio! :) Eu que agradeço!




Maria_Thereza 10/05/2023

"O homem nasce bom, é a sociedade que o corrompe"
Talvez uma das histórias mais lindas e ao mesmo tempo tristes que eu já tenha lido. Com uma pegada melancólica e gótica, é tão necessária nos dias atuais por nos trazer muitas reflexões sobre uma sociedade preconceituosa e superficial, que é capaz de transformar em monstro até a mais pura das criaturas ao privá-la dos sentimentos mais sinceros como o amor e a compaixão.
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Victor Dantas 03/11/2020

Quem é o monstro?
Eu sou uma criatura do Frankenstein?
Será que nós (Eu) não já praticamos a monstruosidade alguma vez (s)?
Existe graus de monstruosidade?

São esses os questionamentos que ficaram na minha cabeça após finalizar a leitura de “Frankenstein” (1818).
Apesar de conhecer a obra através de adaptações na tv, principalmente de animações infantis, creio eu que a obra é muito distorcida em algumas adaptações e opiniões populares, no sentido de que, muita das vezes sabemos só um lado da história, em que “o monstro” é o único culpado e vilão.

Tive a oportunidade de ler esse clássico da literatura em uma Leitura Conjunta com a Isa Lubrano do “Ler antes de Morrer”, minhas pretensões para ler a obra até então eram inexistentes. Mas, ainda bem que eu li!
Uma grata experiência que provocou em mim reflexões, das quais de certa forma eu já vinha discutindo particularmente fora do âmbito literário.

Enfim, não vou deixar aqui uma sinopse pois acredito que você já conheça muito bem o enredo central, vou apenas relatar minha experiência e impressões.

Bom, vamos lá...

Primeiramente, que narrativa poética que a Mary Shelley possuí! Levando em consideração que esse livro foi publicado em 1818 quando ela tinha apenas 19 anos, temos aqui uma escrita de excelência que a destaca entre os escritores de sua época.

Segundo aspecto que me encantou, foi a ambientação, como a Mary escreve e descreve a geografia do lugar minuciosamente, sendo capaz com que o leitor, com muita facilidade, consiga visualizar a Genebra da época, seus alpes, suas montanhas, seus rios e lagos, vegetações, sua neve e aromas.

Eu que particularmente, sou apaixonado por Geografia (meu curso), me encantei profundamente com todos os detalhes que a autora deu, e como isso só deixou a obra ainda mais bela, e mais única.

O terceiro aspecto diz respeito aos diálogos e a psique dos personagens. A Mary Shelley construiu diálogos finos, com uma linguagem poética ímpar que consegue captar e transmitir os sentimentos dos personagens em suas falas, pensamentos e ações.

Por fim, o aspecto mais importante para mim foi sem dúvidas, as reflexões que questões levantadas no livro me causaram. Retornando as minhas perguntas acima, as respostas para ela é um sim.

Em Frankenstein eu pude perceber que existem diversos tipos de monstruosidades, e que estas não estão ligadas a aparência, aliás, a aparência do outro não é uma monstruosidade. Se ao olhar para o outro eu enxergo uma feiura sem ao menos conhecê-lo, só tomar sua aparência como referência máxima, nesse sentido, talvez eu seja o monstro, e o outro na verdade é o espelho que me reflete.

Apesar de ser considerado o precursor da ficção científica, vejo esta obra como um estudo sociológico e filosófico das relações humanas acima de tudo. Somos levados a questionar qual nosso parâmetro para definir o que é “Normal” e “Anormal”, como a nossa sociedade instituiu essa dualidade de códigos e normas que moldaram e seguem moldando a nossa vida até hoje.

O que é normal? O que anormal?

Normal é uma pessoa ser aparentemente e fisicamente bonita, mesmo sendo uma pessoa preconceituosa, mesmo sendo arrogante, com atos discriminatórios, soberba?
E anormal é uma pessoa que não é aparentemente e fisicamente bonita, mesmo que seus valores sejam o oposto da pessoa considerada normal?

Então o normal é só exterior?
Será que isso diz muito da nossa sociedade hoje, mesmo sendo um livro de 1818? Provavelmente sua resposta será sim...acertei?

Afinal, em uma sociedade onde reina a hegemonia cultural branca, onde reina a instituição da família padrão, da sexualidade padrão, do comportamento padrão, do sexo padrão, do corpo padrão, da classe padrão, da vestimenta padrão, do pensamento padrão, da fisiologia e psique padrão, tudo for diferente e contrário disso, não precisa de nada mais para ser considerado um anormal...um monstro. Assim como a criatura do Victor Frankenstein foi.

Pensando bem, será que eu não sou um monstro?
Seria eu uma criatura do Frankenstein?

E você? É um monstro também?
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Tina :) 05/10/2021

Precisamos falar sobre Frenkenstein
Este livros mostra a relação entre o ser humano e o monstro; o criador e a criação.
Possui uma ideia bem dark academy. Só consegui imaginar as cenas em preto e branco com uma única cor nos detalhes.
A narração é mais densa do que estamos acostumados, a descrição é perfeita e consegui entender tudo. Teve hora que me surpreendi ela. O livro tem frases e parágrafos muito boas e bem escritas.
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Elpidio 05/01/2024

Clássico.
Finalmente pude ler Frankenstein, uma obra muito bem construída, pouco arrastada e profunda. O livro aborda o humano de uma maneira complexa, o que torna a obra muito rica, provocando o leitor a pensar a respeito de diversas questões existenciais e em cada leitura extrair novas interpretações e observar pontos antes não vistos. Entendo agora o porquê de ser um clássico e como influenciou e influencia diversas outras obras.
aulusferreira 05/01/2024minha estante
Um dos meus prediletos. Curioso saber que o clássico nasceu devido um passatempo/ desafio entre amigos para criar uma história de terror mais assustadora (mais ou menos assim).




Stéfani 31/08/2020

Interessante
Livro completamente diferente dos estereótipos vistos em filmes ou adaptações. Mesmo com uma linguagem bem antiga, a escrita me deixou curiosa para saber o que aconteceria com o monstro. Me ensinou que, novamente, ninguém nunca é 100% bom ou totalmente ruim, apenas somos resultado da maneira que somos criados.
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Anna 03/07/2020

Sem palavras
Terminei e agora já não sei mais o sentido da vida. A linguagem é bem fácil de se entender, mas contém algumas partes do enredo em si que não fazem muito sentido. Mesmo assim, toda a genialidade dessa obra se sobrepõe a todos os possíveis defeitos. É maravilhoso!
Beto | @beto_anderson 14/07/2020minha estante
Já estou com o meu na estante. E estou ansioso por lê-lo. Espero que eu goste tbm. Abraços.




Julia.Ferraroli 17/12/2023

Esse livro é incrível! Você fica sempre na dualidade de sentir pena de se identificar com o monstro ou abominar suas acoes. A obra fica ainda mais interessante ao le-la sob uma perspectiva biografica da autora, que coloca suas próprias questões no personagem, como o fato de estar sempre a sombra de seus criadores (como o monstro é feito de pessoas que vieram antes dele), como ele é renegado por seu criador e como ele nao tem nome e acaba sendo chamado pelo nome de seu criador (como a autora era associada a seus pais e marido famosos).
Outro ponto interessante é como a autora foi responsável por iniciar o genero de ficção científica ao fazer com que o monstro fosse criado através da ciência, colocando-a como a causadora dos conflitos da história. Ela, dessa forma, coloca um debate sobre a etica dentro da ciencia
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Nado 13/10/2021

Livro de estreia da autora, considerado a sua maior obra-prima e um marco no romance gótico. A obra se tornou ícone do terror, sendo uma virada de chave para a ficção científica.
A trama começa com alguns capítulos epistolares e depois migra para uma narrativa lenta e densa. Ela é feita por um protagonista denso, carregado de dramas, medos e culpas. A história central gira em torno do Doutor Victor Frankenstein, um exímio cientista que cria um monstro em seu laboratório. Fugindo de sua criatura aterrorizante, ele se desfaz de sua concepção e o deixa à mercê de seu próprio destino.
Com formas assustadores e inarráveis, a criatura precisa aprender como é o mundo em que ele foi colocado sem conhecer nada das relações humanas. Tentando ter contato com a humanidade, ele tem a pior das experiências e é escrachado na primeira tentativa. Isso basta para mudar o seu pensamento em relação aos seres que ele tanto tentou admirar.
Como forma de tentar deixar os seus dias menos tristes, ele encontra o seu criador e faz a ele um pedido. Diante da resposta, o destino dessas duas ?criaturas? se tornará entrelaçado até o fim de seus dias. Personalidades opostas, mas não por isso menos odiáveis, a narrativa feita por esses personagens, trará ao leitor ótimos momentos de reflexão, principalmente sobre a consequência de seus atos.
?Que natureza estranha é a do conhecimento! Adere à mente e, uma vez que lá esteja, domina como um líquen na rocha. Por alguns instantes, desejei banir todo o pensamento e sentimento, mas aprendi que só havia um meio para superar a sensação de dor, e era a m0rt& - um estado que eu temia, embora não entendesse?, Mary Shelley.
@Billhavior 14/10/2021minha estante
Bom demais né




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