Mulheres Extraordinárias

Mulheres Extraordinárias Charlotte Gordon




Resenhas - Mulheres Extraordinárias: As criadoras e a criatura


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Kris28 18/02/2024

Mulheres extraordinárias: um livro forte e importante
Eu gostei da proposta do livro que intercala as histórias de mãe e filha de maneira imersiva, eu me senti dentro da época de cada uma e pude ter uma noção de semelhança na carreira e na vida pessoal delas.
Através desse livro é possível entender que a negação de Frankenstein a sua criação é um reflexo da rejeição que Mary sofreu do próprio pai. Conhecer melhor a relação da Mary com Shelley só me fez ter certeza do que eu já havia antevisto, Percy Shelley não merecia a Mary Shelley, ela era boa demais para ele. Percy só queria admiração, Mary mesmo em luto tinha que agradá-lo pois tinha medo de que ele a abandonasse, no meu ponto de vista ela tinha certa dependência emocional nele, assim como Wollestonecraft tinha com Imlay. Boa parte do sofrimento de Mary Shelley e de sua irmã postiça Claire foi causado pelo idealismo de "amor livre" imposta pelo Percy Shelley e Lorde Byron, como a própria Claire recorda.
Enfim, o livro é incrivelmente bem escrito e importante por mostrar a realidade e os obstáculos que as duas escritoras tiveram por serem mulheres em épocas tão difíceis e misóginas e expor as tentativas que apagá-las da história. Simplesmente amei a escrita da Charlotte Gordon.
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batgaladriel 15/02/2024

De fato, Mulheres Extraordinarias
Esse livro me arrebatou de uma forma tão intensa, que eu estava evitando escrever esta resenha simplesmente por não conseguir encontrar palavras o suficiente para expressar o quão bem escrito e fascinante ele é.

ter conhecimento sobre as histórias dessas duas mulheres incríveis, mãe e filha, que não obtiveram um terço do mérito o qual mereciam e sofreram mais que o diabo na cruz, e que, ainda assim, mantiveram a cabeça em pé e seguiram suas vidas da forma que queriam, com certeza me inspirou e me mudou muito como pessoa.

tenho muito a agradecer pelas contribuições que a Mary Wollstonecraft e a Mary Shelley deixaram para o mundo literário e o cenário político. Uma leitura que eu irei levar pelo resto da minha vida.
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Babica 05/02/2024

Duas mulheres, um objetivo: a luta por liberdade!
Mulheres Extraordinárias: As Criadoras e Criatura" é um livro fascinante escrito por Charlotte Gordon, que conta a história de duas mulheres incríveis: Mary Shelley, autora de "Frankenstein", e Mary Wollstonecraft, filósofa e escritora feminista do século XVIII. Gordon tece uma narrativa envolvente, alternando as histórias dessas duas mulheres notáveis, destacando suas lutas e realizações, e mostrando como suas vidas se cruzaram de maneiras surpreendentes.
A autora explora a vida de Wollstonecraft, desde sua infância conturbada até sua morte precoce. Ela descreve a jornada de Wollstonecraft para se tornar uma filósofa e escritora de destaque, destacando suas lutas contra a opressão patriarcal e sua defesa apaixonada pelo direito das mulheres. Gordon também explora a vida de Mary Shelley, mostrando como ela foi influenciada pela obra de sua mãe e como ela criou uma das obras mais importantes da literatura gótica.
O livro é uma leitura obrigatória para aqueles que estão interessados em filosofia, literatura e história das mulheres. Gordon escreve com clareza e profundidade, trazendo essas duas mulheres extraordinárias à vida de uma maneira única e emocionante. "Mulheres Extraordinárias" é uma celebração das mulheres que lutaram contra a opressão e tiveram um impacto duradouro na história e na cultura.
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MykaaMoon 06/06/2023

Que obraaaaa
É o primeiro livro de biografia que leio, e fui presenteada com biografia dupla. Tendo a Mary Shelley como minha escritora favorita, ler também sobre a mãe dela é imensurável os sentimentos que tive.

A darkside como sempre magnífica com os livros sempre perfeitos!!! Impossível não se encantar.
Eu estava almejando por esse livro após ler uma resenha. Mas quando comprei acabei passando outros na frente dele.

Impossível não se apaixonar com a história das duas Marys, mulheres que pensavam a frente do seu tempo. Mulheres que infelizmente sofreram bastante e ainda mais em uma época nada acolhedora com as mulheres (se bem que hoje em dia ainda temos isso).
Eu já tinha assistido um filme da Mary Shelley e agora depois ter lido a biografia dela vejo às muitas diferenças.

Gostei muito da escrita da Charlotte Gordon que facilita para uma leitura fluída. Eu segui o livro na ordem que ele foi feito, não quis ler a história de cada Mary separada e linear.
Gostei como a autora fez cada capítulo em que momentos você via uma certa situação que cada Mary passou.

Enfim, esse livro é magnífico, ele se tornou um dos meus favoritos com certeza. Me peguei diversas vezes compartilhando detalhes da vida de cada Mary para o meu namorado. Me senti tão presa a vida dessas duas mulheres extraordinárias que não tenho mais palavras para descrever o quanto eu amei essa leitura.
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Roberta Irds 26/05/2023

Biografias não estavam em prioridade na minha lista de leituras...
Comprei esse livro na pré-venda em 2020 simplesmente pelo fato de querer conhecer um pouco mais sobre Mary Shelley e de quebra conhecer Mary Wollstonecraft. Durante os últimos anos eu nunca conseguia encaixar a leitura deste livro na minha TBR, eu não me sentia no momento certo de revirar suas páginas. Sim, eu acredito que algumas leituras tenham um momento propício. Agora, 3 anos depois, eu finalmente peguei minha edição belissima da @darksidebooks , folheei suas páginas e conheci um dos meus livros favoritos da vida!

"Mulheres extraordinárias" é uma biografia dupla, intercalando capítulos da vida de Mary Wollstonecraft e Mary Shelley. Você pode ler apenas os capitulos de uma e depois ler os capitulos de outra. Ou ler intercalando mesmo (foi a recomendação da autora e eu a segui). O conteúdo do livro é completíssimo, com base em cartas e diários de todos os envolvidos. As duas Marys foram mulheres revolucionárias para suas épocas: ousadas e ambiciosas.

É dificil mensurar meus sentimentos ao ler este livro. O favoritei antes mesmos das 100 primeiras paginas lidas, posterguei a leitura pois eu não queria me despedir do conteúdo de suas páginas, e ao final, me senti de certa forma conectada com essas mulheres extraordinárias. Confesso que me revoltei ao ler sobre a falta dos direitos das mulheres e de como a sociedade nos tratavam (e até hoje ainda tratam) como seres inferiores e sem capacidade intelectual.

A imersão na leitura faz destacar ainda mais a rebeldia de Mary Wollstonecraft, a autora de Reivindicação dos Direitos da Mulher, uma das obras fundadoras do feminismo, que denunciou a exclusão das mulheres aos direitos básicos no século 18. Por outro lado temos a exclusão e trajetoría árdua de Mary Shelley, a criadora de Frankenstein, verdadeiro ícone do terror. Foram suas experiências de vida que deram inicio ao legado literário transformador.

E referente a edição? Simplesmente impecável. É um dos livros mais bonitos e riquíssimos que possuo. Com toda certeza vale o investimento para adquirir essa edição incrível da @darksidebooks!!
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ThayAvalon 29/04/2023

QUE MULHERES FANTASTICAS
Tanto mãe Wollstonecraft quanto a filha Mary Shelley, fora lutadoras desde suas terras idades. Mãe lutou com unhas e dentes para sair de casa e viver sua vida sem as convenções de um lar opressor, onde os homens ( irmãos) sempre herdam tudo e as deixam na miséria, e a mulher não sabe se virar e quando arranja o próprio dinheiro é vista com mas olhos pela sociedade.
Mas ela lutou, mesmo q tenha feito inimigos, desamores, ela deixou obras que mudaram e revolucionaram o pensamento de sua época quanto ao tratamento das mulheres. Mesmo que isso tenha vindo com muitas perdas e angústias.
Mary S. A mesma coisa, fugindo das amarras do pai e se juntando a um homem radical de sua época, e não participando das convenções de casamento, lutaram juntos até o fim para viver sobre suas escolhas. Escolhas essas que custaram muito caro para ambos, Mary sofreu muito, de diversas dores , escreveu palavras do coração até o esgotamento, a depressão profunda a atingiu de uma maneira que somente as lembranças de seu amado poderia ajuda-la. Até não restar mais sopro de vida, e finalmente poder descansar com a esperança de reencontrar com sua musa , sua mãe.
É uma biografia linda, embora as vezes abordagem do perfil dos personagens não sejam tão legais em alguns pontos, é de deixar sem palavras, você sente a indignação junto com as memórias de Mary W. e Mary S. Pessoas abusivas, inimigas sempre tentando puxar o tapete e mesmo assim elas mostrando sua força e dando a volta por cima. INCIRIVEL
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Alessandro232 27/12/2022

As criadoras da criatura
Eu confesso que não sou leitor de biografias. No entanto, eu li "Mulheres Extraordinárias" por um motivo muito especial: eu gostaria de saber sobre o processo de criação de "Frankenstein", um dos meus livros favoritos da vida.
Não me arrependi. Posso dizer, com certeza, que "Mulheres Extraordinárias" é um dos melhores livros que li em 2022. Para mim, um de seus grandes méritos é a sua escrita. A autora Charlote Gordon não faz uso de uma linguagem acadêmica. Ela narra os eventos como se estivesse escrevendo um romance nos moldes do século XIX.
Também gostei do modo como ele dividido com capítulos que se alternam. Um deles foca aspectos da vida de Mary Wollstonecraft e outro de sua filha, Mary Shelley. É interessante como Gordon procura estabelecer uma relação de proximidade entre a mãe e filha, de modo a esmiuçar os pontos de aproximação, tanto na personalidade como na escrita, entre elas.
Interessante como Gordon enfatiza a importância de alguns eventos para ambas- a revolução francesa na visão de Wollstonecraft, o iluminismo e os avanços científicos na perspectiva de Shelley para a construção da trama de "Frankeinstein".
Também é interessante que Gordon revela aspectos até então pouco comentados da vida de Wollstonecraft, principalmente sobre sua infância e juventude. Achei que esta parte seria um tanto tediosa, mas me surpreendi com as constantes e surpreendentes mudanças de Wollstonecraft que revela ser uma mulher muito inteligente e bem à frente de seu tempo.
Na parte de Mary Shelley, alguns eventos eu conhecia, mesmo assim, eu gostei do modo como Gordon destaca a tensão que existia no relacionamento da autora com Percy Shelley. Eu sabia a respeito do grande amor que envolvia os dois, mas a respeito da "vida louca" que ambos levaram durante um período de sua vidas, eu não sabia e isso me surpreendeu.
Eu gostei muito de conhecer mais sobre a vida de Mary Wollstonecraft, principalmente seu relacionamento amoroso com William Godwin que, posteriormente, se tornaria o pai de Mary -e com quem, a autora manteria também uma relação conflituosa durante sua vida.
Mas, para mim, a "cereja do bolo" é quando Gordon comenta sobre a escritura de "Frankeinstein", o que reforça a minha interpretação que essa obra nasceu dos traumas pessoais da autora,- destacando-se seus abortos-, assim como sua desconfiança sobre os avanços da Ciência e, principalmente, a respeito do movimento romântico . Neste aspecto, Gordon destaca pontos de aproximação entre o personagem Victor Frankenstein- sim, este é o nome do criador e não da criatura, e Percy Shelley, no que se refere ao comportamento egocêntrico e narcisista e uma visão "romântica" do mundo.
"Mulheres Extraordinárias" é um livro muito interessante para quem quer saber mais sobre as criadoras da criatura que, posteriormente seria incorporada ao nosso imaginário coletivo. Por trás do monstro, encontramos duas mulheres aparentemente frágeis, mas que demonstraram coragem em situações difíceis em sua vidas. Além disso, o livro traz um interessante painel histórico, social e cultura do séculos XVIII e XIX. Leitura altamente recomendada para quem, assim como eu, quer saber mais sobre o processo de criação de "Frankenstein" e sobre os eventos históricos relacionados a sua escrita, com destaque para a revolução francesa e o iluminismo.
Sobre a edição: Não é exagero afirmar que este é um dos livros mais bonitos da Darkside. Ele tem capa dura com a imagem de ambas as autoras (o rosto de Wollstonecraft aparece um retrato). Também tem várias imagens, autoretrato de autores, várias notas e índice remissivo. Ou seja, ele é um ótimo material de apoio para entender com mais amplitudes a criação de um dos romances mais importantes do século XIX, uma obra-prima imortal e um clássico da literatura inglesa.
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Nathani 11/08/2022

Inspirador
Mary Shelley é uma de minhas autoras favoritas. Sempre fui fascinada pelo fato de uma menina de dezoito anos ter escrito um livro como Frankenstein em tão pouco tempo e sua influência ressoar até hoje, duzentos anos depois. Como se não bastasse, Mary foi filha de dois grandes autores, sendo sua mãe Mary Wollstonecraft a precursora de vários ideais que mais tarde seriam parte do feminismo. E, mais uma vez, como se não bastasse, foi casada com um dos grandes poetas Percy Shelley e amiga de Lord Byron e Coleridge (esse desde criança).

“Mulheres extraordinárias” é uma biografia dupla, intercalando capítulos da vida de Mary Wollstonecraft e Mary Shelley que podem ser lidos assim mesmo ou primeiro todos sobre uma e depois todos sobre a outra. Foi dessa última forma que li e gostei muito por poder acompanhar de forma cronológica. Suas vidas têm muito em comum, talvez a primeira forma de leitura evidencie ainda mais essas similaridades. Se antes Mary Shelley era uma de minhas favoritas agora posso dizer que Wollstonecraft se tornou uma de minhas inspirações também.

As duas foram mulheres muito à frente de seu tempo, tendo a coragem de sustentar aquilo em que acreditavam mesmo sendo renegadas e criticadas severamente apenas por serem quem eram. A morte precoce de Wollstonecraft não permitiu que ela e sua filha tivessem muito tempo juntas mas o amor entre elas persistiu até os últimos dias da vida de Mary Shelley, quando ao saber que em breve morreria ainda manteve a esperança de logo se unir à sua amada mãe. Durante toda a vida, Mary filha revisitou além do túmulo da mãe, seus escritos que foram a base de quem ela viria a ser.

Mary Wollstonecraft foi escritora e filósofa, lutou durante toda sua breve vida para que as mulheres tivessem acesso à educação assim como os homens e para que pudessem decidir o que fazer de suas próprias vidas. Infelizmente, mesmo depois de muitos anos após a sua morte, os escândalos de sua vida (que nada mais era que uma mulher que vivia da mesma forma que os homens da época) foram mais comentados do que seus livros.

Mary Shelley teve a infelicidade e o sofrimento de perder um filho por várias vezes em sua vida, assim como sua mãe não pode ter uma longa vida ao lado de suas filhas. As entradas em seu diário em que relatava seu medo ao ver mais um filho doente ou por estar em uma gravidez difícil são de cortar o coração. Ainda mais por estar sempre tão sozinha. Percy por inúmeras vezes abandonava Mary ao menor sinal de tristeza para encontrar parceiras felizes e que queriam ouvir o que ele tinha a dizer (poemas e barcos e amigos e trilhas).

Os homens que passaram pelas vidas de ambas as Marys foram extremamente decepcionantes e cruéis. Godwin, Percy, Byron e diversos que não me lembro agora em nenhum momento pareciam amá-las pelo que verdadeiramente eram. Godwin que no papel era contra o casamento e a favor da emancipação dos direitos das mulheres, primeiro com a esposa e depois com a filha, se mostrou o oposto daquilo que seus livros exaltavam. Após a morte de sua esposa, tentou vender uma imagem de uma Mary Wollstonecraft que nunca existiu ao mesmo tempo que escrevia sobre intimidades que mancharam ainda mais a reputação da autora por anos. Depois, se recusou terminantemente a aceitar a relação entre Mary e Percy Shelley: não queria ver ou responder cartas de sua filha que sofria com o rompimento abrupto com o pai enquanto ele pedia ajuda financeira para o genro.

É doloroso ler por tudo que passaram, as traições e abandonos que ambas sofreram em suas breves vidas. O apagamento que mesmo as pessoas que as amavam por vezes fizeram de suas verdadeiras personalidades. Não que elas tenham sido perfeitas, como nenhum de nós somos, mas foi inspirador ler sobre tudo que viveram e como foram corajosas em todos os momentos. É fascinante ler sobre a luta de ambas pela educação e igualdade entre os gêneros e como o amor nunca as deixou: o amor uma pela outra, o amor pela família mesmo com todos infortúnios, o amor pela escrita, o amor pela luta pelos direitos das mulheres e o amor e a esperança pelo mundo mesmo nos momentos mais sombrios. É uma biografia completa e essencial para qualquer um que admire as autoras ou apenas queira saber mais sobre como era a vida de uma mulher no século XIX.

site: instagram.com/livrosparaviver
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Sofi 07/07/2022

Mulheres extraordinárias
Que livrão. Em todos os sentidos. A biógrafa foi extremamente minuciosa, trazendo detalhes que nem imaginava que fosse possível acessar depois de mais de 200 anos e tantas pessoas difamando e distorcendo a história dessas duas mulheres que mudaram o mundo. Pra mim foi muito doido e mudou meu ponto de vista sobre pessoas importantes; pensava que ser relevante historicamente te torna, automaticamente, em um ser conhecido e minimamente respeitado pelo seu papel. Mas não: essas mulheres sofreram a vida toda nas mãos de uma sociedade fétida e não tiveram descanso após a morte, com uma série de distorções e mentiras. Fico feliz por saber que um livro tão completo circula hoje em dia, revelando os inúmeros feitos e a dignidade com que viveram essas mulheres, fiéis a uma ideologia de vida baseada na justiça e na liberdade. Essas Mary's, além de escritoras excepcionais, lutaram incansavelmente pela equalidade de gênero, pregando o feminismo em um período que o feminismo nem mesmo existia como movimento consolidado. Elas fazem parte dessa história e são em grande parte responsáveis pelos direitos que usufruimos hoje. Me sinto grata e emocionada por conhecê-las, mulheres reais em um mundo que o real assusta.

"Elas afirmaram seu direito de conduzir o próprio destino, dando início a uma revolução que ainda não terminou."
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Ana 03/01/2022

Revolucionario, assim como as Marys
Nunca fui muito chegada a biografias, mas essa (e a do King!) eram obrigatórias pra mim, por se tratarem de autores que eu admiro bastante o trabalho. Mas não é que eu adorei esse gênero, gente?

Mary Wollstonecraft, mãe de Mary Shelley, morreu dias depois do parto, porque na época a medicina não sabia da importância de... lavar as mãos. Com isso, ela contraiu uma doença de sua época e faleceu. Mary Shelley nunca teve contato com sua mãe, não fisicamente. Filha de dois intelectuais como era, a expectativa em cima da jovem sempre foi gigante e seu pai a ajudou com isso. William Godwin lia para a filha no túmulo de sua mãe, lugar esse que se tornou sagrado para ela. Essa foi uma das partes mais tocantes da leitura pra mim. Embora não a tivesse em vida, Mary Shelley tinha seus ideais. Leu e releu os livros da mãe diversas vezes. Seguiu seu legado até o fim de sua vida.

A biografia é bastante completa, acompanhando cada período da vida de cada uma, com base em cartas e diários delas. Foram mulheres revolucionárias, cada uma em sua época, e como se pode imaginar, foram absurdamente criticadas por isso. Mary Wollstonecraft foi condenada como nunca antes quando associou a condição da mulher à sua classe. Mary Shelley foi rejeitada pelo próprio pai quando decidiu não viver com Percy Shelley de forma tradicional (o que explica boa parte da narrativa de Frankenstein). As duas foram contra o casamento, e só se casaram pois tiveram que ceder à instituição que não acreditavam justamente pelos motivos de suas críticas: mulheres tinham direitos negados no casamento, mas sem ele suas vidas eram infinitamente piores, principalmente se fossem mães. Ambas conheciam muito bem as dores de ser mãe solteira.

Não vou conseguir falar de tudo que eu senti lendo o livro, mas ele me tocou de diversas formas. Pensei sobre todos os direitos que conquistamos até agora e os que não nos são garantidos ainda. Sobre o comportamento masculino que, pasmem, não mudou tanto de 200 anos pra cá. Pensei sobre a obra dessas grandes mulheres, que quase foram esquecidas - se não fosse o movimento feminista trazendo luz para elas. Fiquei admirada pelas suas personalidades e seus posicionamentos, e em como tentaram destruir suas reputações por tanto tempo.

Não sei se a revolucionária Mary Wollstonecraft imaginou que, duzentos anos depois, teríamos jovens, como eu, lendo sobre seu legado e suas obras. Admirando um dos livros escritos por sua filha, que foi a pioneira no gênero da ficção científica. Jovens mulheres pobres, universitárias... Levando suas ideias a outras mulheres.

Mary Wollstonecraft vive.
Mary Shelley vive.
Thárin 03/01/2022minha estante
Adorei a resenha! Tambem não sou muito fã de biografias, mas me interessei por essa




LariReis 03/11/2021

Uma obra incrível!
?As duas foram o que Wollstonecraft chamou de ?rebeldes?. Elas não apenas escreveram livros para mudar o mundo, mas infringiram as regras que regiam a conduta feminina, e não apenas uma, mas repetidas vezes?.

Que mulheres incríveis foram Mary Wollstonecraft (mãe) e Mary Shelley (filha)! E que trabalho primoroso fez a autora Charlotte Gordon.

Cada uma em seu tempo, as duas Marys foram rejeitadas pela sociedade, mas a desafiaram para defender ideais de liberdade e direitos das mulheres.

Hoje, Mary Shelley é bem conhecida por Frankenstein, mas demorou muito para que isso ocorresse. Mãe e filha tiveram muito de sua história deturpado, apagado ou escondido.

O livro torna possível entender como isso ocorreu e, mais importante, conhecer as duas possivelmente a partir de uma ótica mais justa à sua realidade.

Vale a leitura!
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Lord well 13/10/2021

Amei
Um verdadeiro legado. Mary wollstonecraft e Mery Shelley deixam. Mae e filha lutando, defendendo, protegendo pessoas. Tenho muito o que pensar depois que li não tenho o que falar mais posso dizer quesou um homem melhor depois de conhecer a historia e o drama que essas grandes mulheres sofreram com uma sociedade machista.
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Vanessa Ribeiro 11/10/2021

Mulheres extraordinárias
vale muito a pena ler esse livro!! É satisfatório conhecer a histórias de Mary wollstonecraft e Mary Shelley, essa leitura nos transfere aquela época,conseguimos sentir e entender todas as injustiças sofridas por ambas e as situações em que eram submetidas, é uma leitura longa, é preciso calma e atenção.
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