Angélica Patriano 10/06/2021Triste.A sonata perfeita é um livro bem em tom de cinza.
O livro é dividido em três partes: infância, o início à sombra da guerra iminente, a vida no presente.
Gustav é um garoto mestre de si, assim como sua mãe o ensinou desde cedo. Criado sem quaisquer luxos por sua Mutti viúva e amargurada pela vida, bem como essa costumava pensar de sua própria mãe. Anton é um garoto que cresceu no luxo, com pais que se amam muito, porém, cuja mãe projeta seu sonho de fama no pequenino.
Eles se conhecem na escola quando Gustav recepciona a chegada de Anton, e naquele momento um vínculo é criado. Uma criança que possui tudo, uma criança carente do amor da mãe, que passam a conviver.
Anton não consegue lidar com a ansiedade, Gustav é o porto seguro em quem se pode confiar, pois ele vai resolver tudo.
Emilie, ou Mutti para Gustav, era uma garota do interior, que idealizou a sua vida e com garras foi atrás do que queria. Idealizar e criar expectativas quando se vive num mundo à parte, sem viver na realidade, conturba o relacionamento dela com Erich e ela vai embora. Erich é um homem que foi condenado ao salvar vidas, destituído de seu cargo, sua casa e sem a esposa, ele tem que se agarrar a algo para viver.
Gustav nunca entendeu ou conheceu quem foi seu pai, Mutti morre sem nunca ter amado o filho, e Anton precisa que Gustav o salve de si, mesmo após 50 anos de vida.
É um livro com uma carga de realidade grande.
Boa leitura!