Filho Da Noite

Filho Da Noite Antônio Calloni




Resenhas - Filho da Noite


15 encontrados | exibindo 1 a 15


Tifany.tauana 06/02/2024

Interessante
Bom, no início é legal e você consegue entender o caminho que a história começa trilhar, mas depois de um certo ponto eu não entendi o que acontecia, e era uma coisa atrás da outra, talvez eu não tenha absorvido a mensagem que o livro queria passar, por isso acabei achando que muitas pontas ficaram soltas, sem sentido nenhum.
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Consumidora de Histórias 23/01/2023

Desafiadora!
Dividido em duas partes, Filho da Noite é um livro que despertou minha curiosidade assim que li a sinopse que conseguiu me surpreender e depois, porque realmente fiquei curiosa para conferir a escrita do ator de teatro, televisão e cinema, Antonio Calloni. Hoje em dia não acompanho mais nenhuma novela, mas recordo demais dele, em O Clone. Sinceramente, não imaginava encontrar tom poético durante a narrativa que proporcionou uma deliciosa leitura e até arrisco em dizer encantadora. Contudo Filho da Noite não é uma leitura para qualquer leitor.

A primeira parte conta a história do velho Agenor, um contador que possuía uma rotina com hábitos antigos e vivia recluso em um casarão desgastado que pertencia sua falecida esposa, a Lailah. Em meio aos papéis e telefonemas de trabalho dos clientes, Agenor tinha a companhia de sua empregada, Cinira. Após a morte da esposa, Agenor estava decidido à cometer suicídio, porém Cinira chegou ao casarão pedindo emprego e por coincidência, ela interrompeu o ato desesperador de Agenor.

Desde então, Cinira trabalha no casarão e às vezes, mantinha relações sexuais com o patrão. Nada sério, pois Cinira tinha o sonho de se casar com o noivo Moacyr. Entretanto, o noivo de Cinira tinha uma enorme curiosidade de descobrir o segredo que havia num dos quartos do casarão. Quarto que Agenor não permitia a entrada de ninguém e Moacyr desconfiava que pudesse ter algo muito valioso escondido ou alguma situação que poderia chantagear e tirar aproveito. Com isso, Cinira conseguiu fazer uma copia da chave para entrar no quarto proibido.

A segunda parte do livro contém uma história menor e os acontecimentos ocorrem alguns anos depois da primeira parte. Antônio é um policial civil que está na faixa dos 33 anos e passando por conflitos internos. Contudo Antonio não tem o luxo de ficar abalado com esses conflitos, pois está investigando por um tempo o falsário chamado José. Na verdade é que ninguém sabia ao certo se José era o nome verdadeiro do falsário, que começou roubando identidades e com o tempo foi ampliando seus roubos. Agora, José roubava cartões de crédito, passaportes, diários, senhas e principalmente almas das suas vítimas.

A leitura de Filho da Noite contém uma escrita intensa e cheia de pequenos detalhes que conseguiu prender minha total atenção e manteve o suspense até o final. Posso dizer que foi uma leitura desafiadora. Ambas as partes do livro são desafiadoras e mostram como uma pessoa pode lidar com certas situações extremas entre a loucura e a razão. Em particular, eu fiquei um pouco perdida no início, logo nas primeiras páginas, mas o desenvolvimento da história e o enredo que foi encaixando naturalmente, foi se transformando numa história bem interessante.

Sem duvida nenhuma, o livro vai mexer com a mente do leitor de alguma maneira. Mas preciso avisar que Filho da Noite contém um conteúdo adulto, inclusive sexual. Nada muito pesado, que vai escandalizar o leitor, mas tem leitor que gosta de ser informado. Então caso fique incomodado por causa do conteúdo, que também contém um pouco de violência, talvez Filho da Noite não seja uma leitura ideal para apreciar.

Terminei minha experiência literária achando que Antonio Calloni tinha objetivo de tirar o leitor da zona de conforto literário. Foi dessa maneira que fiquei ao fechar o livro. Com uma enorme vontade de bater palmas para um livro nacional com enredo diferente e encantada com a edição.

site: https://consumidoradehistorias.blogspot.com/2023/01/filho-da-noite-antonio-calloni.html
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Clube do Farol 08/08/2022

Resenha por Elis Finco @efinco
Olá, pessoa!! Eu me encantei com a sinopse e as apresentações do livro durante a pré-venda da editora e fiquei curiosa sobre ele. Então, após a leitura, posso contar como foi minha experiência e, quem sabe, abrir o caminho para que você tenha a sua.

Logo no início me senti como alguém sendo convidada ao palco. Com uma narração quase onírica, vamos lendo e cada detalhe é praticamente impresso na imaginação, criando o cenário. O convite é irresistível, porque não existe melhor palco que o da própria vida, para se contar uma história. E alerto que, desde o começo, fica marcante a cultura da cena, dos ambientes e das marcações que fazem deste autor, tão brilhante e premiado ator.

A trama é dividida em dois atos. O primeiro fala sobre Agenor, um senhor já velho e viúvo, com antigos hábitos e uma rigorosa rotina. Durante o dia, tem a companhia de Cinira, empregada e amante, que se submete ao patrão em troca de sonhos, em especial o de se casar com seu noivo. Porém, na velha casa existe um segredo e, como é sabido, a existência de um implica em alguém, neste caso Agenor, tentando escondê-lo e noutro alguém buscando revelá-lo. Assim, vamos entendendo um pouco do que motiva a existência do segredo, porque Agenor se mantém preso ao passado que virá em busca do ajuste de contas.

Por vezes, a história traz do cotidiano, do corpo e da vida, algo vulgar, cru e ainda sim natural. Em algumas passagens o desconforto é inevitável, mas, ainda sim, proposital. Ao meu ver, deixando a trama visceral, humana, real. Impossível não lidar com o racismo que nossa sociedade diz não existir, entregando assim tudo que a sinopse prometeu, sem em momento nenhum dizer que iria agradar. E talvez o brilhantismo da obra esteja nessa não entrega do agradável e sim o olhar de quem saiu da caixa, do conforto.

A narrativa, com certeza, é fora da zona de conforto de muitos leitores, e devo dizer que de modo algum desanima, pelo contrário, instiga a leitura. Que tem o narrador em terceira pessoa, “O dramaturgo”, que rege as cenas e os destinos dos personagens, com uma ironia fina, refinada, alternando a linguagem, ora formal e na norma culta e noutro momento o popular, corriqueiro e cotidiano das periferias, fazendo assim um jogo de contrastes, de quase antagonismo de universos que se encontram e se repelem por serem distintos, coexistindo na mesma história. Esse destaque fica evidente nos diálogos e também na ausência deles, quando existe aceitação de que algumas coisas simplesmente são como são.

O primeiro ato termina com um final que poderia encerrar o livro, se não tão habilmente abrisse caminho para o segundo, deixando a sensação quase de alívio por não ser exatamente um fim. E, preciso dizer, que é surpreende a gama de emoções e pensamentos que me acompanharam nessa breve pausa. Quantas referências culturais e também históricas eu pude observar, a dura realidade de quem precisa lutar para sobreviver e, ainda sim, não faz mais que existir e não viver.

Nessa segunda parte temos o fruto da primeira. Antônio com a mente abençoada pela linhagem do pai e avós e a libido recebida como herança materna. Investigador da polícia civil, mostra-se dúbio todo o tempo, vivendo a vida na zona cinza entre o bem e o mal. Afinal, mais uma vez o passado vem receber a dívida, que sempre vence no tempo presente. Ambas as partes se contrastam em seus momentos, mostrando diferentes sentimentos e atitudes durante as mesmas situações que fazem parte da vida, da morte.

A leitura é densa e cheia de nuanças, não é uma história para ser lida de uma vez, requer tempo e reflexão, uma pausa para absorver o que fica subentendido. Assim me vi fascinada por tantas emoções. Espero que você viva a experiência dessa leitura, que termina com o quase apagar das luzes, fechar das cortinas e a espera para que os atores voltem ao palco e recebam do público o merecido aplauso.

O livro em si é um espetáculo à parte. A encadernação perfeita, papel amarelo e impressão para uma leitura muito confortável. Diagramação excelente e cheia de detalhes, informações não tão óbvias. A revisão está impecável sem erros de digitação ou ortografia. Enfim, a marca Valentina de qualidade no projeto gráfico.

site: http://www.clubedofarol.com/2020/07/resenha-filho-da-noite.html
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Gustavo Rafhael 24/11/2021

Eu não conhecia esse lado autor de Antônio Calloni mas, como gosto bastante dele como ator, ao ver que ele havia escrito esse livro fiquei curioso para lê-lo. E ele escreve muito bem.
Antes de mais nada o livro é composto por duas partes, mas poderia ter encerrado com chave de ouro no trágico desfecho da primeira parte. Digo isso porque a segunda pra mim foi totalmente desnecessária.
No mais a leitura é fácil, rápida, o livro é curtinho. Recomendo para aquelas leituras sem compromisso de uma tarde chuvosa..
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Sereia Literária 27/09/2021

Um dos livros mais esquisitos que já li.
Bom, sobre o modo de escrever do autor: peca muito ao inserir cenas de sex* com frequência desnecessária, que em sua maioria não fazem muita diferença para a história. As cenas parecem muito forçadas, irreais e sempre do ponto de vista de um "macho alfa super viril e nojento". Isso me incomodou muito.
Outro ponto é que o autor muda a cronologia da história de forma drástica algumas vezes, além de simplesmente cortar no meio uma trama que estava se desenrolando bem, simplesmente matando os personagens sem sentido algum. Ficou parecendo que ele ia escrever algo mas no meio do caminho mudou de ideia e matou os personagens para consertar a história da forma que ele queria.
O tema do livro em si tem grande potencial (casal maníaco, casarão com corpos sepultados nas paredes, filho indesejado deixado em cativeiro sem contato nenhum com o mundo exterior). Nos momentos em que autor foca no que realmente importa, o livro é bem instigante, mas infelizmente pecou em vários outros quesitos.
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Mars Henrique 08/10/2020

Resenha do Mars
Oie queridos, tudo bem com vocês? Hoje trouxe a resenha de uma das LCs do Clube Literário Fer Avellar em parceria com a Editora Valentina, o livro foi Filho da Noite do escritor e ator Antonio Calloni.
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O livro é dividido em duas partes, ou melhor atos, já que a história em si tem elementos do teatro, fazendo com que os leitores acabem emergindo entre os atos de uma uma peça de teatro.
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Na primeira parte acompanhamos Agenor, um senhor de idade que mora em um casarão com sua empregada e amante Cinira. O idoso possui uma vida regrada, sendo assim controlando suas atividades. O que chama atenção é o fato de no casarão morar um segredo que aos poucos o leitor vai acompanhando as pistas que o autor passa durante a narrativa.
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Até que a narrativa se encontra com as pistas que levam ao segredo, assim resultando em uma história de terror psicológico.
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Na segunda parte acompanhamos o desenvolvimento do que ocorreu na primeira parte, não quero entrar em mais detalhes para não dar spoilers.
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A leitura de Filho da Noite não é fácil, especialmente por não está na zona de conforto de muitos leitores, inclusive eu. Foi uma leitura que realmente mexeu comigo, pela fato de ser bastante lírico, até como diz na própria sinopse "desconfio que eu seja sombrio, vulgar (como sempre), lírico, erótico...
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Confesso que não foi uma leitura rápida, mesmo sendo um livro curtinho, pois o conteúdo é bem reflexivo e posso até dizer que foi complexo em alguns momentos pra mim.
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Mesmo com todos esses pontos não achei um livro ruim, ele é um livro que possui seu lado positivo, especialmente para quem gosta desse estilo de livro.
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Creio que em certos momentos os leitores podem se sentir incomodados pelo machismo e também racismo que há na obra, mas senti que Antonio inclui esses trechos propositadamente, para deixar o leitor com esse desconforto.
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Então essa foi a resenha, espero que tenham gostado. Abraço.

site: https://www.instagram.com/p/CFavLKrDW-E/
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Iêda Cavalcante 04/10/2020

Teatral!
Olá leitores! Cheguei com a resenha desse livro que foi um desafio, vem conhecer por quê.

O livro é dividido em duas partes, na primeira somos apresentados a Agenor, um senhor viúvo e solitário que mora em um casarão, num desses dias de total solidão ele se vê prestes a tirar a própria vida, mas é interrompido pela mulata Cinira, uma jovem que está em busca de emprego e sonha em casar de véu, grinalda e igreja, com seu noivo Moacir. Esse casarão já presenciou muitos acontecimentos e um deles está escondido atrás da porta de um de seus quartos. Será que Cinira terá coragem e curiosidade de desvendar esse mistério?

Na segunda parte conhecemos Antônio, fruto da parte anterior, um homem que ama os prazeres da carne, investigador de polícia que se vê no meio da investigação de um golpe sofrido por Maria. Nesse meio tempo Antônio vê sua vida virar de cabeça pra baixo, o que faz com que a cada dia ele se questione o que é real ou imaginação.

Como já falei, esse livro foi um desafio mental, tudo muda muito de repente, o autor usa e abusa de vários gêneros, como: terror, romance e mistério. Foi uma leitura muito intensa e me tirou totalmente da zona de conforto, porém ao mesmo tempo a leitura me prendeu do início ao fim, por vezes me vi sentada na cadeira de um teatro com as cenas acontecendo na frente dos meus olhos, o Calloni conseguiu um feito e tanto. A escrita é ao mesmo tempo simples e sofisticada, os personagens são pessoas bem comuns, o que faz com que aconteça uma ou outra identificação ao longo da leitura.

O livro é bem intenso, cheio de metalinguagem e poesia pura.

A arte da capa inicia cada capítulo, que são curtos e ajudam a leitura a fluir.
Recomendo demais, pra quem gosta de brincar com o imaginário e tentar descobrir o real do irreal é um prato cheio, foi uma experiência maravilhosa ler algo tão intrigante e que deu muito certo.
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Taize @viagemliteral 07/09/2020

De antemão posso afirmar que a leitura desse livro não é para todo mundo. Assim como tantas outras obras, muitas pessoas podem se identificar e amar, mas pode acontecer totalmente o contrário também.
"Filho da Noite" tem uma narrativa poética e um tanto complexa, apesar de conseguirmos ler em apenas um dia por se tratar de um livro curto, é necessário bastante atenção para que possamos de fato internalizar tudo o que o autor deseja passar para o leitor.

As reflexões sobre a vida e a morte, sobre ser livre e cativo, sobre a sanidade e a loucura, estão presentes em cada palavra impressa nestas páginas, muitas vezes em forma de metáforas.

"O que importa a motivação, a causa e a consequência? O resultado é e sempre será o mesmo: o desejo insaciável, a frustração, algumas poucas vitórias, normalmente sem nenhum valor real, e o fim. Não é isso?"

Existe um lirismo, originalidade e potência estampados na escrita do autor, e aqui, uma história perversa e perturbadora, contada em duas partes que se conectam e nos tira da "escuridão" que até então nos é apresentada.
Apesar de não ter me conectado tanto com a narrativa, não posso negar que ela é de uma genialidade sem igual, é poética, teatral, mórbida e sensual.

"Continuamos, a quatro mãos, produzindo uma poesia que provoca, diverte, não revela e abre um imenso sorriso àqueles que, como nós, percebem que inventar a vida é a única saída possível."

Se não conhece a obra, te convido a conhecer e tirar suas próprias conclusões, afinal, para cada cabeça, há uma sentença!
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Luana C. Berti 21/08/2020

Resenha! @psiubooks
? {RESENHA: FILHO DA NOITE}
Autor: Antonio Calloni.
Editora: Valentina.
Nota: 4/5?

"A morte é sempre o melhor estímulo. A vida é sempre melhor estímulo. O primeiro choro, o berro, o choque, o medo, a claridade, o calor, o carinho, o colostro. O cenário jamais desde ser real, o casarão e seus fantasmas estão lá.
É possível."

"Filho da Noite" narra uma história complexa, perturbadora e profundo. As vezes, o leitor se sente nas profundezas do oceano, no outro está na superfície com esse livro.

Gostei do estilo desse livro, rápido, profundo e perverso. Não se engane, esse livro não é para qualquer um, qualquer outro leitor pode acabar odiando esse livro pelas linhas de pensamento que essa obra segue.

Temos cenas e reflexões sobre a vida e a morte. Temos a noção da loucura e realidade se fundindo, um texto brutal e subversivo que mexe até com os mais bravos corações.

Li apenas em um dia e confesso que me senti no fundo do poço depois da leitura, mexeu comigo em um nível sobre humano por quanta dos temas sóbrios daqui.

A narrativa é intensa e pode incomodar alguns leitores, não é uma escrita de fácil entendimento, exige muito do raciocínio do leitor e também de sua capacidade de abranger essas palavras para outros campos da mente.

Leia e se reedescubra. Pense. Memorize. Não espere um final feliz de jeito nenhum. Uma novela gótica e altamente singular.
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Fábbio (@omeninoquele) 11/08/2020

Primeiro contato com a escrita do autor/ator.
#OMeninoResenhando
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❝... Talvez o Tempo seja um Deus... No princípio era o Verbo. No princípio no meio e no fim. É o Verbo.❞
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Agenor é um homem tanto solitário que vive num casarão com o filho, depois que a mulher falecera. Ele é contador, e dentre a monotonia de sua vida, ele atende ainda alguns clientes diariamente. Mas num certo dia, prestes a dar fim àquela vida, ele antes de chegar de fato ao ato, é interrompido por uma mulher que procurava trabalho. E essa mulher é a mulata Cinira, uma jovem que tenta encontrar seu lugar no mundo e sonha em se casar com Moacyr, como manda o figurino.
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Acontece que no casarão de Agenor, há um quarto trancado cheio de mistério e logo Cinira pensa que ali estaria a riqueza do homem solitário e junto com o namorado vão fazer de tudo pra conseguirem pegar a fortuna que acham que tem lá dentro. Mas nessa história, nada do que parece é e os caminhos desses personagens vão cruzar por momentos de fins e quando chegam a descobrir o que se encontra no quarto, talvez vão entender um pouco dos mistérios daquela casa e daquele homem.
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O livro tem duas partes, na segunda o nosso protagonista é Antonio, filho de Cinira, um investigador da polícia que vive sozinho por escolha e ama os prazeres que a vida tem a lhe oferecer, mas quando pega um caso, o caso de Maria que teve seus documentos e sua alma roubada por um tal de Jonas, Antônio verá sua vida mudar completamente. Essa parte é mais um romance noir, cheio de obscuridades, caracterizado por um personagem extremamente ligado aos prazeres da carne, e com um final bem surpreendente.
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A escrita de Calloni é recheada de metalinguagens e a trama está sempre desafiando o leitor, mas ao mesmo tempo a narrativa te prende demais na história. É quase impossível também você definir de que gênero o livro se trata, uma vez que a narrativa de Filho Da Noite está sempre em constante mudança, há um pouco do terror, do mistério, do próprio romance com um ar mais gótico/dark que o difere muito de outros livros que já li, nada é o que realmente parece e aqui nem o narrador onisciente sabe qual é o princípio e o fim das coisas, cabendo ao leitor tirar suas próprias conclusões.
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Não havia ainda lido nada do Antônio Calloni, e confesso que a sua escrita me desafiou muito e foi no fim uma experiência bastante produtiva. Mesmo que não tenha tido empatia pelos personagens e suas ambições, devo concordar que eles são bastante característicos e bem escritos. Termino por fim recomendando muito que você conheça a escrita do autor, tão já consagrado como ator, mas que certamente vai te surpreender com Filho da Noite.
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#FilhoDaNoite #AntonioCalloni #Valentina

site: https://www.instagram.com/p/CDuSCNNDaYI/
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Naty__ 06/08/2020

Existem leituras que não são pra gente mesmo, seja porque não estamos num momento bom ou simplesmente porque algumas coisas durante o livro não se encaixam com as nossas convicções. Sempre primo por dar chances, por isso que sempre digo para vocês que, independente da nossa opinião, a leitura é sempre válida. Certo?

Estava curiosa para ler esse livro, primeiro porque é de um ator, Antonio Calloni, segundo porque a sinopse é um tanto quanto reflexiva e eu adoro coisas assim. Mas, como eu disse, existem coisas aqui que vai contra os meus pensamentos – e está tudo bem até aí, a gente respeita e aceita. Vamos deixar de delongas e falar sobre o que se trata o livro.

Em muitas partes, temos a história se passando num antigo casarão, seu dono é Agenor e ele carrega consigo um passado estranho. O segredo, o casarão, as mãos sujas de culpa e nenhum arrependimento. Sua narrativa tem elementos de terror psicológico – é o que menciona a sinopse, e não está errada, claramente. É um misto de suspense com terror que nos deixa intrigados. Não há muito o que falar sobre o livro, justamente para que haja surpresas durante a leitura. E a sinopse também é sucinta nesse aspecto.

Quem é esse Filho da noite? E a sinopse já nos joga de bandeja dizendo que talvez possa ser um cara sombrio, vulgar, lírico, erótico, engraçado, romântico. Sim, vários adjetivos para descrever talvez o autor, talvez o personagem... Ou talvez o autor seja o personagem, afinal, é muito narcisismo num livro só. A imagem do autor está duas vezes na capa e em muitos finais de capítulos, além das duas partes em que a obra é dividida. Não vou considerar a orelha que tem a foto dele informando quem ele é, até por questões óbvias. Porém, o que me incomodou foi esse excesso do mito grego durante a leitura. E você vai justificar dizendo que é porque ele é famoso e que foi colocado para chamar a atenção... Bom, existem muitos livros famosos e não precisaram disso, né? E ainda que colocasse, pelo menos que fosse apenas na capa e não ao final de cada capítulo para acentuar a minha indignação.

Eu gosto muito de obras líricas, aquele tom poético durante a narrativa é gostoso de ler e encantador. Todavia, acho que me fechei um pouco na história por conta disso. Sei que não deveria deixar me levar, mas algumas coisas são difíceis de evitar, não é mesmo?

A narrativa é gostosa, em alguns momentos, mas há partes em que o machismo predomina e isso talvez possa incomodar. Não me incomodo com gatilhos, quando eles estão ali por alguma razão.

Como eu disse, friso, a leitura não foi uma experiência legal para mim por conta desses motivos, ainda que tivesse muitos elementos para me agradar. Contudo, pode ser que com você a experiência seja diferente e agradável. Dê uma chance e as coisas podem ser melhores no seu ponto de vista.


site: http://www.revelandosentimentos.com.br/2020/08/resenha-filho-da-noite.html
Sereia Literária 27/09/2021minha estante
Senti a mesma coisa que você.
O tempo todo o autor escrevendo como um "macho alfa viril grotesco" isso me incomodou demais. As vzs senti que cenas de sexo eram forçadas demais, inseridas no livro só por prazer do autor, sem necessidade real para a história.




Katia 23/06/2020

Instigante...
?E? possi?vel que eu esteja vendo uma cortina vermelha, de veludo, pesada, se fechando perante meus olhos de espectador; e que o espectador seja o inventor, o ouvinte da pro?pria memo?ria e de muitas outras. ? (pag 9)?
?
Um livro que te provoca. ?
Filho da Noite tem uma narrativa diferenciada, mas que te envolve de uma forma muito intensa, o que me fez ler o livro em uma tarde!?
Denso, poe?tico e instigante, com um enredo que levanta va?rias questo?es e que, no meu entender, tem a culpa como um personagem oculto na narrativa.?
?
Terminei o livro e a histo?ria ficou na minha cabec?a por um tempo. Com suas muitas nuances e as va?rias possibilidades, a trama se agarra em voce?, te da? um no? e te larga em campo aberto, a partir de enta?o, voce? precisa achar o caminho de volta na escurida?o. Agenor e Cinira te guiam por um caminho sinuoso e cheio de miste?rios que precisam de soluc?a?o.?
?
Na?o consigo me aprofundar mais, pois absolutamente qualquer coisa que eu falar da histo?ria sera? spoiler.?
Importante dizer que adorei a primeira parte! Fiquei realmente curiosa pra saber como as coisas iam se desenrolar. A segunda parte e?, propositalmente, muito fantasiosa, fiquei surpresa e confusa com o andamento da histo?ria ate? o final, quando tudo fez sentido.?
?
Existe um lirismo na escrita do autor, que te pede uma entrega; a mesma entrega dos personagens durante o decorrer do livro, mas que vale a pena quando voce? chega no final. ?
Uma leitura cheia de altos e baixos, mas que me prendeu até o final!
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LT 31/05/2020

Olá, como estão? Espero que bem.

Vou começar confessando para vocês que a leitura desse livro me foi um grande desafio, apesar de curtinho, a leitura me tirou completamente da minha zona de conforto literária. Bem, clica aí e vamos “bater um papo” sobre Filho da noite. Vem comigo!

Quem acompanha o blog, sabe que de tempos em tempos gosto de sair da minha zona de conforto literária, mas quando escolhi esse livro para ler, não esperava que esse me levasse a essa sensação de forma tão extrema.

A narrativa do livro é simples, apesar do uso de determinadas expressões em determinados momentos, o linguajar utilizado na obra, como um todo, é bem simples, valendo ressaltar aqui que a sinopse não nega e temos expressões vulgares com frequência. Nada que vá incomodar nesse quesito se você não é do tipo que se importa com isso, eu não me incomodo.

No entanto, preciso dizer que o livro não é nada do que eu esperava ao ler a sinopse, ele entrega em partes algo que me incomodou muito pela forma com que foram colocadas as palavras, mexe com algo que deixa a gente desconfortável, de forma lúdica, que para muitos tal parte possa não saltar aos olhos, um tanto alucinada como promete na sinopse e por vezes me deixou confusa. Vou revelar que li o livro duas vezes e refleti bastante sobre ele antes de vir-lhes entregar essa resenha, ainda assim, é uma das resenhas mais difíceis que escrevi até o presente momento, pelo tamanho desconforto que a leitura me causou, pela forma com que ela me tirou totalmente daquilo que eu esperava e por ainda não saber lidar com o que compreendi e o que vejo do enredo.

Antônio Calloni, acredito eu, quis brincar com a nossa mente, fazer o leitor se perder em suas palavras e ele consegue isso com maestria. Vejo que ele faz alguns rodeios e deixa alguns pormenores para que a gente interprete, faz com que fatores insinuados nos atormentem. Ele brinca com as insinuações de narrativa teatral, com uma forma de escrita não tão concisa e com um narrador que não se importa em muitos momentos com os detalhes de forma proposital, para que assim o leitor siga o caminho que ele deseja.

A verdade é que ainda não sei dizer para vocês o impacto dessa leitura na minha pessoa, mas ele me deixou reflexiva de como a mente humana pode trabalhar e do quanto as aparências podem enganar, também do quanto podemos fechar os olhos para determinadas situações. Tendo em vista que, a certa altura achei parte do enredo mexendo com algo racista pela forma escolhida e com a qual foi colocada, não estou dizendo que fora intencional ou não, mas que senti dessa forma e que me incomodou. Não que você, meu caro leitor, vá sentir dessa forma, cada um tem a sua interpretação e é isso que torna a leitura algo tão maravilhoso, podermos ler e debater nossas ideias e compreensões relacionadas para com cada página virada de cada livro que decidimos apreciar.

Temos ainda, um enredo dividido em duas partes que se interliga por ter, digamos assim, a mesma origem. No primeiro, temos um personagem central que nos desafia a compreender, ainda que indiretamente, a humanidade e os sentimentos, coisa que ele ainda não entende por mais que busque por isso incessantemente. É um livro que mexe com a mente por abordar doenças da mente sem mencioná-las, se é que posso dizer assim. É desafiador, de fato!

Um livro sem grandes pretensões mas que consegue incomodar bastante, é o que a maioria dos livros busca, de um modo ou de outro, marcar a gente, deixar ou tirar algo, ainda que não venha para isso, como dizem: Sou o resultado do que vivi e dos livros que li.

A edição é cheia de pequenos detalhes, que deixam a obra charmosa na sua edição, contando com uma boa brochura, folhas amareladas e fonte clara e de tamanho confortável que deixam a leitura mais confortável. A revisão está ótima, a Valentina caprichou no conjunto. Para finalizar, a escrita de Antônio, ainda que simples, é cheia de nuances e totalmente intrincada.

Quanto ao desfecho, feliz? Dúbio? Bom? Satisfatório? Sim? Não? Como se dá tudo isso? O que posso dizer é que acredito que Calloni quis nos tirar da zona de conforto e nos fazer refletir sobre determinados assuntos e ao mesmo tempo brincar com a gente, então, meus caros, se quiserem entender esse livro, leiam, mas estejam preparados para, como a sinopse mesmo diz, uma leitura perturbadora, não por algo como um suspense em si ou de livros de terror, não, mas pela forma com que ela é apresentada, narrada e entregue. É isso!

Resenhista: Ana Luz.

site: https://livrosetalgroup.blogspot.com/
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