Fê 25/05/2014Fã de Richelle Mead que eu sou, desde que li Vampire Academy que tinha vontade de ler esse livro. Mas 1: eu não tinha; e 2, eu tinha um pouco de receio de ele ser parecido com A Irmandade da Adaga Negra (que eu detestei, aliás, julguem-me). O que me dava esperança é que eu já gostava de Richelle Mead, e ela é uma super contadora de histórias, então eu sabia que ela iria desenvolver uma história boa. E não me decepcionei.
Georgina Kincaid é uma jovem que trabalha numa livraria (babando) em Seattle, nos EUA. mas Georgina não é só isso. Ela é também um súcubo, espécie de demônio em forma de mulher que seduz homens e suga sua energia vital para sobreviver. Mas Georgina não quer ser assim. Depois de passar a eternidade usando homens, ela quer mais é levar uma vida normal, ou o mais próximo disso possível, já que ela realmente precisa da energia vital, mas ela fez um juramento solene a ela mesma de não se alimentar de caras legais. E ser súcubo tem também suas vantagens: ela pode tomar a forma que quiser, materializa para si a roupa e os sapatos que desejar, e como é imortal, vai ficar jovem e linda para sempre.
Além disso tudo, ela tem um bom emprego, bons amigos, e ainda teve a oportunidade de conhecer seu autor favorito. A vida vai relativamente bem para ela, seu chefe demônio não pega muito no seu pé, e ela tem bastante liberdade para fazer o que quiser. Mas quando seres sobrenaturais começam a morrer, Georgina é a primeira suspeita. Isso porque ela teve desentendimentos com eles pouco tempo antes de eles morrerem. Começa aí um mistério que vai se estender por todo o livro.
Georgina é forte, independente e não se intimida com qualquer coisa. Vai atrás do que quer, é sarcástica e inteligente, deduz muita coisa fácil. Com uma protagonista assim, claro que o livro já ganha muitos pontos. E ela não está sozinha. Seth Mortensen, o autor que eu falei ali em cima, é tímido, nerd, mas tem tiradas ótimas também. A princípio ele pode não parecer muita coisa, mas é só continuar lendo para ver que ele é sim, muito legal. E o contraponto a ele é Roman, um cara lindo, sociável e sexy para burro. Os personagens são muito bem construídos, e como sempre com Richelle Mead, nem tudo é o que parece.
A história segue de forma fluida, mas por ser um livro introdutório, ele às vezes se arrasta um pouquinho, mas nada que prejudique o resultado final. A narrativa se alterna entre o presente, e algumas passagens no passado, quando Georgina se tornou (e porquê) um súcubo. A trama também tem passagens eróticas, mais explícitas do que os fãs estão acostumados com VA ou Bloodlines. Mas ao contrário da série citada lá em cima, essas passagens são breves e em nenhum momento ofuscam a história, que vem sempre em primeiro lugar. E até dá para se entender isso, Georgina é um súcubo, é parte de sua natureza o sexo. Mas ao contrário do que acontece com a supracitada série, em nenhum momento essas cenas ofuscam a história, e os conflitos internos de Georgina, ou o desenrolar da trama são o centro da história.
Um livro leve, ótimo para espairecer e dar um tempo das guerras, batalhas e caos que eu tanto gosto. O mistério que há no livro prende, apesar de ser um tanto previsível. E como sempre, o livro tem ótimos cliffhangers para o próximo. E que venham mais aventuras de Georgina Kincaid.
Trilha sonora
Ultraviolet (light my way), do U2 foi mencionada, e só por ser linda e uma das minhas favoritas, já vale. Disarray, do Lifehouse também tem a ver.
Se você gostou de A Canção do Súcubo, pode gostar também de:
Vampire Academy Richelle Mead;
Bloodlines Richelle Mead;
Os Instrumentos Mortais Cassandra Clare;
Ahmnat Julien de Lucca.
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natrilhadoslivros.blogspot.com