ka mcd 28/11/2011
A Canção do Súcubo
Bom, acho que eu preciso começar dizendo que peguei esse livro para ler por duas razões: primeiro por que a sinopse me intrigou muito, já que acho os súcubos criaturas magníficas (e mal aproveitadas) e por que estava super curiosa para ler alguma coisa da Richelle Mead. Eu comecei a lê-lo ainda na livraria e não consegui parar mais. E só não virei a noite lendo-o porquê tinha aula no dia seguinte.
Foi assim que a Richelle começou a me conquistar.
Ela criou um mundo tão complexo e convincente que você quase acredita que ele é real. A escala de poder que existe entre cada empregado do inferno, o modo como todos trabalham e são escolhidos para o trabalho, a rivalidade entre eles e as regras que todos têm que seguir. Eu não consegui encontrar nenhuma falha nesse sistema. A Richelle soube misturar Súcubos, Vampiros, Duendes (ou Imps), Anjos e Demônios sem se perder ou deixar a estória confusa.
Mas o melhor ponto dela não é esse. O que ela melhor faz é criar personagens. Eles são tão únicos, fortes, cativantes e, principalmente, hilários. A Georgie é com certeza uma das melhores personagens femininas de todos os tempos. Ela se arrepende de muitas das coisas ruins que já fez - tanto quanto humana, quanto como súcubo -, mas não fica se lamentando pelos cantos por conta de todas elas. Na verdade, ela tem um ótimo humor. Sem contar que não tem medo de investigar todos os mistérios loucos do mundo demoníaco em que vive.
Depois temos Seth. Ah, o Seth. É impossível não ter um tombo por ele. Ele é todo envergonhado, fofo, nerd, homem e até mesmo sexy. E Georgina já começa pagando um mico daqueles quando o conhece. Mas é só no começo que existe algum desconforto entre eles. Depois? Ele parecem já se conhecer há séculos e vivem flertando descaradamente. Mas, claro, ela não pode nem beijá-lo sem tirar uma pequena parte de sua vida.
E tem o Roman também. O moreno sexy que está sempre aparecendo por aí e encantando a todas nós e à Georgie também. Nesse primeiro livro eu gostei muito mais do Roman do que do Seth (apesar dele ser completamente apaixonante também). Nós não conhecemos Seth o suficiente, em minha opinião. A autora poderia trabalhado-o um pouco mais, mas estou feliz por ela ter deixado a melhor parte dele para os outros livros.
Agora, sobre o enredo. O livro tem esse mistério sempre presente e você não consegue largá-lo antes de saber por que e o que está exatamente acontecendo. E a Richelle, apesar de ser óbvia em certos pontos, é completamente surpreendente em outros. Eu fiquei de queixo caído quando o mistério foi revelado, mesmo que já tivesse descoberto parte dele. Foi realmente genial. E ela ainda conseguiu colocar uma certa “ação” nele, o que deixou tudo ainda melhor.
Sei que algumas pessoas tem medo de ler essa série por conta do sexo (que, confesso, está sempre presente), mas, apesar de conter sim o sexo casual e os mais variados tipos dele, não chega a ser vulgar ou exagerado. E o modo como o livro tenta mostrar que preconceito é algo errado é lindo. Eu amei ver como a Richelle nos fez lembrar de coisas que estão presentes do nosso dia-a-dia, mas que muita gente tenta negar ou não enxergar.
http://lalalajustme.blogspot.com/2011/11/resenha-cancao-do-sucubo-o-poder-do.html