Autobiografia precoce

Autobiografia precoce Pagu




Resenhas - Autobiografia precoce


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luceliamesquita 31/03/2024

"Procurava talvez a humanidade e ela não existia na humanidade."

Pequeno retrato de uma trajetória marcada por desilusões, perseguições, abnegação e amor pela luta política.

PS: e que raiva do Oswald de Andrade!!!
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Daisy 20/02/2024

Patrícia Galvão por Patrícia Galvão
Quem foi Patrícia Galvão? Quem foi verdadeiramente Pagu? A mulher de Oswald de Andrade? A musa dos modernistas? O que pensava, sentia e o que tinha a dizer?

Podemos abandonar o “mito” e ouvir a voz agudamente sincera e sem intermediários de Patrícia Galvão em Autobiografia Precoce (2020), obra que tem como ponto de partida uma carta escrita por ela, em 1940, para seu segundo companheiro Geraldo Ferraz.

É ela quem conta sobre sua precoce iniciação sexual aos 11 anos de idade; o aborto aos 14 anos; sua relação sem amor com o expoente modernista, descrito no livro como um costumaz mulherengo em busca de autoafirmação; e seu desencanto com o sexo, ponto minado pela medíocre oferta masculina a quem buscava amor.

“Houve momentos em que maldisse minha situação de fêmea para os farejadores”. “Eu sempre me habituei a ser vista como um sexo. E me habituei a ser vista assim”

Na carta, Pagu narra também a iniciação na vida de militante no Partido Comunista durante a Ditadura Vargas; o encontro determinante com Luís Carlos Prestes; o sofrimento por deixar o filho para cumprir as obrigações partidárias; a atuação clandestina e algumas entre as tantas prisões políticas sofridas, isso sem deixar de tecer críticas e expor o movimento como, por exemplo, a proposta de uso do sexo como artifício para atender a causa, energicamente combatida pela escritora.

“Façam de mim o que quiserem. Mandem-me matar que eu matarei seja quem for, mas abertamente, me responsabilizando por tudo. Mandem-me matar Getúlio ou o diabo. Mandem-me botar fogo na polícia ou enfrentar o Exército inteiro. Dar tiros na avenida ou ser morta num comício. Mas não tomar parte em palhaçadas ridículas, com o sexo aberto a todo mundo”.

Intencionalmente ou não, Pagu expõe em seus escritos o que é ser uma mulher livre em uma sociedade estruturalmente machista e o preço a ser pago por isso. “Pensam que uma aventura a mais ou a menos para mim não tem importância nenhuma. Uma mulher de pernas abertas: é o que vocês pensam”.

Patrícia Galvão (1910-1962) é autora do romance protelário Parque Industrial (1933). Foi também jornalista, cronista, cartunista, tradutora, dramaturga, poeta. Com bases em seus escritos no cárcere foi publicado “Até onde chega a sonda”, com organização de Silvana Jeha. E sobre ela “Palavra em Rebeldia: uma antologia do jornalismo de Patrícia Galvão”, de Kenneth David Jackson.

site: https://www.instagram.com/qualquercoisaprapreencher/
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Narryman 07/01/2024

Gostei!
Li por influência da Flip e gostei de conhecê-la.

Muitas vezes lembrei dos diários da Sylvia Plath. Duas mulheres incríveis, mas ainda reféns de um sistema machista.

Senti um pouco de ranço do Oswald ?
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Danielle Bambace 29/12/2023

Presente
Pagu presente, Pagu viva e ativa, escrevendo e quase adivinhando as próprias condições de vida. Há ao mesmo tempo um torpor textual que por vezes nos faz imaginar em que ponto da vida ou da leitura estamos. Envolvente e necessária.
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Sena 24/11/2023

Pelos olhos de Pagu
Que viagem e cegueira foi essa em relação ao partido comunista ? Só gostei mesmo da parte que ela relata fatos da infância, adolescência e sua relação com o Oswald de Andrade.
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Leila 08/11/2023

A Autobiografia precoce da Pagu certamente é uma obra que nos permite adentrar na intimidade de uma mulher notável, à frente de seu tempo. É tocante a sinceridade com que Pagu se expõe, como se desnudasse sua alma diante do leitor. A narrativa revela uma personalidade transgressora, desafiadora das tradições e imposições sociais e culturais de sua época.

Contudo, eu não consegui estabelecer uma conexão emocional com a narrativa. A complexidade da vida de Pagu é muito interessante, e eu ainda estou tentando entender porque não consegui sentir essa empatia por ela durante a leitura, como senti pela Olga Benário, por exemplo, uma outra leitura que fiz recentemente.

Apesar disso, é inegável o valor de conhecer a trajetória de Pagu, uma mulher singular que desafiou convenções e deixou sua marca na história. A obra proporciona uma janela para uma época e uma vida que podem não ser totalmente familiares ao leitor contemporâneo. É uma oportunidade de compreender as lutas e conquistas de uma figura tão marcante.

Às vezes, a importância histórica e cultural de uma narrativa supera a imediata identificação emocional. A leitura, nesse caso, se torna uma ponte para o entendimento de uma mulher corajosa, cujo legado ressoa através das páginas e das décadas e por isso a experiência foi válida.
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Crixtina 08/11/2023

Pagu
Uma pessoa bem à frente do seu tempo

?Compreendia a poligamia como consequência da família criada em bases de moral reacionária e de preconceitos sociais. Mas não interferindo numa união livre, a par com uma exaltação espontânea que eu pretendia absorvente.?
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juliamblanck 06/11/2023

Pagu: mulher coragem! Militante ativa que nos ensina sobre abdicação e enfrentamento pelos ideais. Força e luta com bravura. Quebra paradigmas sociais e patriarcais. Em sua autobiografia indica a todas as mulheres, outros caminhos e possibilidades para a pulsão libidinal e de vida, que não apenas a amorosa ou maternal. Lutou e defendeu a participação ativa das mulheres na sociedade e na política. Foi a primeira mulher brasileira presa por motivos políticos, e detida 23 vezes!
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oslivrosdagiu 29/10/2023

Pagu indignada
Pequena biografia e repleta de detalhes interessantes sobre a vida de Patrícia Galvão, a Pagu, personalidade da literatura e da historia cultural do Brasil. Nasceu fora de seu tempo e lutou bravamente pelo que acreditada. Nascida em 1910, essa mulher de atitude revolucionária deve ser conhecida pelas novas gerações porque se nós mulheres estamos aqui em condições melhores sobre nossa autonomia, devemos em grande parte à mulheres que vieram antes de nós, como a corajosa Pagu.
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Bru 10/09/2023

Direcionada para Geraldo, com quem Patrícia teve um relacionamento - embora não tenha registo expresso no livro sobre o relacionamento - relata parte de sua vida, desde a juventude até quando visitou Moscou.
Contou sobre o início de seu trabalho na política, no partido comunista.
Senti vontade de procurar saber mais sobre a vida de Patrícia.
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Artemis 27/07/2023

"Falo ainda deste corpo e da inquietação que ele carregava."
Ouvi falar sobre Pagu em uma postagem de uma editora,fiquei intrigada com o nome bonito e diferente,então resolvi pesquisar sobre a figura que o pertencia: Patrícia Galvão,descobri que além de brasileira,era uma mulher a mil anos luz de sua época,que viveu centenas de vidas dentro de uma só e que era dona de uma natureza intensa e um espírito inquieto. A autobiografia "precoce" de Pagu demarca sua escrita cortante e fervorosa,revelando seu gênio político e humanidade latente. Durante a leitura é como ser guiado por ela ? e pelos termos dela ? através das memórias de uma mulher comprometida com tudo aquilo que lhe despertava inquietação.
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mimperatriz 05/07/2023

Pagu
Patricia Galvão, Pagu, foi mãe, escritora, poeta, jornalista, militante e muito mais! Ela foi o que ela quis ser - e esse ano será a autora homenageada na Flip.

Esse livro é uma coletânea de cartas escritas por Pagu para Geraldo, seu segundo marido e pai de seu segundo filho. Nessas cartas ela relata momentos da sua vida pessoal - como o relacionamento com Oswald de Andrade - e também as alegrias e as dores que a atingiram durante a militância no Partido Comunista.

O livro tem um pouco mais de 150 páginas (ebook), mas é uma obra de importância histórica, já que é possível conhecer um pouco mais de Pagu, por Pagu.

Vale muito a leitura e, principalmente, vale muito conhecer Pagu. ?
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Natalia Faria 01/07/2023

O sentimento para com este livro é o de que para realmente ter uma ideia de alguém, é preciso buscar as palavras da própria pessoa. Patrícia Galvão, a Pagu, é na minha opinião uma das figuras mais malcompreendidas da história brasileira e confirmo isso ao ler o que antes eram apenas cartas ao seu segundo marido contando-lhe sobre sua vida e que foram transformadas postumamente nesta autobiografia.

É doloroso acompanhar sua jornada, escrito sem reservas quanto aos acontecimentos. A sexualização precoce de seu corpo, o casamento com Oswald de Andrade, suas viagens, as inúmeras vezes em que precisou provar seu valor para com o partido comunista, a descrença. Patrícia se absteve do conforto, da identidade e até mesmo de seu filho, por acreditar na revolução. Não consigo imaginar o quão difícil tudo isso deve ter sido. Só me fez valorizar ainda mais a mulher que ela foi.

"Procurava talvez a humanidade e ela não existia na humanidade".
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JAQUELINE.ARGOLO 30/03/2023

Relatos de uma revolucionária
Recomendo o relato autobiográfico dessa mulher singular: Patricia Galvão, a Pagu. Além de narrar um pouco sobre seus relacionamentos, ela também discorre sobre sua militância política, suas dificuldades/lutas e sobre seu desencantamento com o regime soviético.
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