Jessica 31/05/2020Espaço de falaO livro de Adrienne Berson "O sol mais brilhante" nos traz a história de três mulheres, uma massai, e duas estadunidenses, com a pretensão de falar sobre maternidade de uma forma difícil de ser abordada, bem mais realista e de diversos pontos de vista. Vamos acompanhar a história dessas três mulheres e as suas experiências com a maternidade.
Um grande pormenor do livro, é o que parece que a capa e de uma história e o miolo de outra , quando pegamos o sol é mais brilhante pensamos que vamos ler uma história sobre as mulheres massai ou sobre alguma tribo africana de mulheres negras, que vivem vidas diferentes da nossa com direitos restritos e dificuldades da vida, como o fato delas, aos 13 anos, serem circuncisado e mutiladas, gostaria de ver nesse livro o sentimento dela por que ter que acontecer isso, ou pelo menos o que a capa sugere, que é a relação de uma mãe com a sua criança branca, porém o livro só pincela esses assuntos, talvez pelo fato de que seja o escrito por uma mulher branca que cresceu próximo de uma tribo. No entanto o que vemos aqui é uma história de duas estadunidenses que foram para África e que vivem sua vida lá, e uma delas divide a maternidade com a personagem simi que é massai.
Cabe aqui a reflexão, já que tem uma roupagem tão afro, tão bela, porque não história dessas mulheres Áfricas , porque o livro inteiramente fala muito mais das mães estadunidenses que , ela já tem espaço para fala, e não fala do que é a maternidade massai, não com profundidade, do que é ser mãe para uma mulher massai.