O Homem que Ri

O Homem que Ri Victor Hugo
Victor Hugo
Victor Hugo
Victor Hugo




Resenhas - O Homem que Ri


70 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5


laramaximo 27/02/2024

O livro que inspirou a criação do Coringa
Esse livro se passa na terceira pessoa, na Londres do século XVII e conta a história de um menino chamado Gwynplaine, um menino que ainda na infância foi sequestrado pelos comprachicos (pessoas que sequestravam criancas e as deformavam para vendê-las à nobreza como forma de entretenimento).

Os comprachicos fizeram cortes na boca do menino de modo que ele parecia estar sempre rindo, mesmo quando estava chorando.

Gwynplaine foi abandonado e, encontrando-se em uma floresta em um inverno muito rigoroso, ouviu o choro de um bebê. Era uma bebezinha tentando mamar no seio de sua mãe, que morreu congelada.

O menino então toma a menina em seus braços e continua andando com ela até encontrar um homem chamado Ursus que vivia sozinho com seu lobo (chamado Homo) em uma espécie de casa-ambulante.

Ursus e Homo adotam a criança e o bebê, e passam a levá-los às apresentações que Ursus fazia com seu lobo pelas cidades em que passavam, como forma de ganhar dinheiro. Ursus utiliza o menino como atração - devido à deformidade em seu rosto - e o menino torna-se bastante famoso na região.

Fim da resenha sem opinião.

Agora com opinião:

Que livro MARAVILHOSO. Victor Hugo ensina tudo sobre como funcionava a aristocracia da época, a hipocrisia da igreja católica ao saber da existência dos comprachicos e mostra como os seres humanos podem encontrar amor mesmo nas situações mais adversas.

Ursus é um dos melhores personagens que eu já vi. Um homem extremamente sensível que preferiu se isolar do que conviver com a população hipócrita, mesquinha e egoísta da Inglaterra naquela época e resolveu educar as crianças como se fossem seus filhos.

O livro tem um final lindo, emocionante e me fez chorar algumas vezes ao imaginar as cenas de Gwynplaine envergonhado de seu próprio rosto, ao mesmo tempo em que sua ?irmã? (a bebezinha que ele resgatou) crescia ao seu lado totalmente cega dos dois olhos, enxergando o Gwynplaine como o homem mais lindo do mundo pois ela via apenas o seu coração.

Cada página vale muito a pena.
comentários(0)comente



Bea 24/02/2024

Lorde Gwynplaine - A sociedade do escárnio
Inicie e termine no mar. Mergulhe nas profundezas do vazio, do abandono, da providência e das tragédias e terá uma família incomum que, entre tantas misérias, encontraram o paraíso no amor. A natureza acolhe o que a sociedade despreza. Aqui, acompanhamos os infortúnios de Gwynplaine, um menino vítima de uma soma de fatalidades (percebo que o autor tem uma inclinação por destinos fatais). Gwynplaine, o homem, o espectro, o símbolo. Advogado do povo, voz dos que não falam, sobrevivente hercúleo dos desprezos dos soberanos. Porém, uma maldição: um riso eterno entalhado em seu rosto. Crueldade permanente que lhe possibilitou as maiores conquistas e humilhações possíveis. Para sempre condenado entre o sublime e o grotesco. Entre os aplausos e os escárnios. Destinado a ser, como Victor Hugo diz, "a angústia petrificada em hilaridade, carregando o peso de um universo de calamidades, e estava emparedado para sempre dentro da jovialidade, dentro da ironia, dentro da diversão alheia; ele partilhava com todos os oprimidos, dos quais era a encarnação, essa fatalidade abominável de ser uma desolação não levada a sério; zombavam da sua desgraça; ele era sabe-se lá que grande bufão saído de uma espantosa concentração de infortúnios, evadido da sua prisão, endeusado, elevado do fundo da ralé ao pé do trono, misturado às constelações, e, depois, de ter divertido os danados, divertia agora os eleitos! Tudo que nele havia de generosidade, de entusiasmo, de eloquência, de coração, de alma, de furor, de ira, de amor, de inexprimível dor se resumia a isto: um acesso de riso?” (p. 486). Hugo traz o amargo desespero do mundo nas aberturas mutiladas do riso forçado de Gwynplaine. E todos riem dele, que chora, que grita, que desmorona.
Preciso incluir um comentário comparativo aqui, pois era meu objetivo desde o ínicio do livro. Gwynplaine conheceu o amor, o carinho e a ternura quando encontrou a pequena Dea e foi acolhido por Ursus e Homo. Encontrou sucesso através do seu riso permanente. Conquistou o calor de uma família, de um acolhimento, de um porto seguro para os conflitos internos que enfrentava constantemente. Quasímodo, em “?O Corcunda de Notre-Dame?”, por outro lado, jamais conheceu o amor. Foi adestrado, foi desumanizado desde pequeno. Foi acolhido pela sociedade uma única vez, pelo riso, na festa dos bufos. No dia seguinte, os mesmos que o ergueram e o aplaudiram, assistiram satisfeitos ele ser chicoteado por horas. Ainda, amou sem ser amado. Nem por aquele que considerava pai, nem pela menina que foi gentil com ele uma vez. Em casos de personagens desprezados pela sociedade, poderia dizer que Quasímodo foi mais desafortunado que Gwynplaine. Apesar de “?O Corcunda de Notre-Dame”? pouco revelar os sentimentos de Quasímodo, pois foca propriamente em Notre-Dame, Frollo e Esmeralda, podemos dizer que em temática de grotesco x sociedade, Quasímodo conheceu o desmoronamento do desprezo social. Gwynplaine o conheceu da mesma maneira, mas, pelo menos, pode se refugiar no amor de sua família nômade e suas apresentações esplêndidas.
Uma leitura mais fluida de Victor Hugo, porém densa e angustiante. Apaixone-se por Ursus e Homo. Encante-se por Dea. Mas, principalmente, admire a seleção assertiva de palavras, pensamentos, situações e denúncias que Hugo insere nas perturbações de Gwynplaine. Experimente, a cada nova fatalidade, a seguinte veracidade: “?É do inferno dos pobres que é feito o paraíso dos ricos?”. Afunde nessa atemporalidade desesperançada.
comentários(0)comente



Bastos 03/02/2024

O livro é muito bom só que é diferente do que eu esperava

A estoria tem uma ótima premissa e envolvente só que o autor não desenvolve ela direito, focando bastante em monólogos sobre a compreensão da condição humana. Todos esses discursos são maravilhosos e te levam a entender profundamente à cultura da época, aos cenários e à política. Tudo isso com críticas que são válidas até hoje.

Os personagens são maravilhosos e bem construídos, o amor entre Dea e Gwynplaine é algo tão puro e genuíno que só lendo o livro pra conseguir entender.

O maior problema aqui é o excesso de descrição e nomes de personagens e palácios que não agregam em nada. São inúmeras páginas seguidas que vai lendo sobre isso que dá até raiva. Outro problema é a falta de intrigas, o autor focou tanto na crítica que simplesmente acaba abandonando a estoria com uma conclusão simples.
comentários(0)comente



stcarvalho0102 31/01/2024

Que livro, meus amigos! Que livro. Com uma reviravolta de cair o queixo e um final surpreendente! Não vejo a hora de ler outros livros do autor!
comentários(0)comente



Rafael1906 19/01/2024

A trágica máscara do riso.
Um menino sofre uma traição pelo inimigo do seu pai, é desfigurado, vendido e cresce como saltimbanco, vivendo de vilarejo em vilarejo. É duplamente abandonado ainda adolescente, salva uma neném da morte numa noite de frio, são salvos eles dois por um filósofo Ursos e um lobo Homus. Essa narrativa singular, impactante e histórica é mais uma obra grandiosa de Victor Hugo. O homem que ri, criatura horrível, se torna um deus para o anjo cego.
É uma trama extensa, bem explicada, um tratado de historicidade como só o autor pode desenvolver, através de uma ligação entre a miséria, a monarquia, as desgraças sociais. Um livro eterno que nos faz pensar em como o riso máscara nossas dores.
comentários(0)comente



Jessica 13/01/2024

Esperava mais...
Victor Hugo criou uma história espetacular que prende o leitor. Mas, acredito que Victor Hugo peca nas longas descrições histórias.
comentários(0)comente



Luuaraa 13/12/2023

Ainda que tivesse chorado, riria.
Bom, o que dizer desta história encantadora, me prendeu do começo ao fim. Quem já leu algo do Victor Hugo sabe que ele gosta de uma digressão, mas por incrível que pareça neste livro você nem sente ou se incomoda com elas.
Passei por tristeza, indignação, raiva e muitos outros sentimentos, a beleza do amor entre Gwynplaine e Dea é muito comovente. Mas assim como outra obra deste autor que já li, o final é de partir o coração.


"Pois não é a carne que é real, e sim a alma. A carne é a cinza, a alma é a chama. As pessoas ligadas pelo parentesco da pobreza e do trabalho, e que eram sua verdadeira família..."
comentários(0)comente



Luana.Rayalla 04/12/2023

Primeiro livro de romantismo que adorei
Eu achei um livro fantástico. É bastante descritivo? Sim. É meu tipo de livro? Não, porém ele conseguiu o improvável: eu amei o livro mesmo não sendo meu tipo de leitura. Confesso que fiquei triste pelo final mas acho que é característico dessa escola literária esse final melancólico. Aliás foi o meu primeiro contato com Victor Hugo.
comentários(0)comente



Vivi 25/10/2023

E depois de quase 2 meses termino mais uma obra maravilhosa de Victor Hugo. Aqui capta o espírito de toda uma época (do final do século XVII) acompanhamos a trágica história de Gwynplaine e Dea. Mas o autor chama a atenção dos leitores para os acontecimentos significativos daquela época, bem como satiriza a aristocracia inglesa de uma forma brilhante! Hugo fala dos costumes sociais, tanto entre os pobres e miseráveis ??como entre os súditos ricos e poderosos do sistema monárquico britânico.Gwynplaine é com toda certeza um dos personagens mais memoráveis ??da obra do notável escritor francês! O filósofo Ursus também me impressionou e me conquistou profundamente. Ursus é um filósofo, um artista de rua, um andarilho, um personagem exagerado que viaja de aldeia em aldeia com o fiel Homo. A história de Ursus está interligada com a de Gwynplaine e Dea. A partir daqui fazemos uma curta viagem num navio que parte e é a bordo do navio que conhecemos Gwynplaine, uma criança abandonada na costa inglesa num frio congelante. Gwynplaine foi sequestrado pelos homens que fugiram para o mar, que não eram outros senão Comprachicos, comerciantes de crianças. Não apenas sequestrado, mas também com o rosto desfigurado; Gwynplaine tem uma o rosto desfigurado , um sorriso estranho que provoca risos em quem olha para ele. Procurando abrigo na noite gelada da Inglaterra, Gwynplaine se depara com Dea, um recém-nascido cego que não tem ninguém como ele. A partir daqui os caminhos dos três personagens se entrelaçarão em uma longa jornada feita de jornadas e segredos que aos poucos serão revelados.Mencionei apenas brevemente o enredo deste romance, apenas algumas dicas porque na realidade o enredo é muito mais do que isso, são muitos personagens, assim como os acontecimentos narrados no romance. Mais um livro fantástico que até que foi bom poder ler aos poucos devido minha correria da vida. Deve ser degustado. Meu Deus como sofri com as crianças e ao mesmo tempo achei brilhantes detalhes do geral nesse livro. E que final!!!
Simplesmente maravilhoso. Estava receosa em não gostar pq eu amo Os Miseráveis mas ???
5?
comentários(0)comente



Luz 16/10/2023

Quando eu morrer, atravessarei céu, purgatório e os nove círculos do inferno para encontrar Victor Hugo e me vingar pelo o que ele fez aqui. Não é uma ameaça nem um ato de revolta, mas sim um juramento.
Dito isso, considerando a escrita, forma na qual todas histórias se conectam, incrível talento para criação de personagens, pensamento crítico sobre a burguesia e profundidade das emoções; este, talvez, seja I melhor livro que já li em minha vida.
comentários(0)comente



Lucas 05/09/2023

Reflexões se sobrepondo à ficção: o homem que ri é um homem que chora
O Homem que Ri, obra lançada em 1869, é um dos últimos "livros-denúncia" de um escritor que se notabilizou por fazer de seus trabalhos verdadeiros gritos a favor da liberdade, do amor e do combate às mazelas sociais do seu tempo (e que persistem ao longo dos séculos). Trata-se de Victor-Marie Hugo (1802-1885), francês de nascimento e cidadão do mundo por excelência.

Victor Hugo era alguém "multifuncional": além de escritor, era poeta, desenhista, dramaturgo, político e exilado. Estes elementos definem suas obras e dão a elas uma prolixidade pluralizada que não se vê em nenhum outro autor conhecido. Ele sabe o que falar e como falar, com uma propriedade verborrágica sobre todos os temas acima citados. É capaz de dissecar qualquer incongruência que a sua narrativa ficcional se esbarra. A importância de se assinalar isso se destina em especial ao leitor de primeira viagem das suas linhas, pois Hugo reflete, filosofa, disserta, acusa e defende sem se preocupar com a duração destas suas famosas divagações.

Mas é importante também destacar que todas estas divagações se sustentam na sua ficção sempre atraente, na sua capacidade de misturar realismo e crítica social com um romantismo abrangente, ora casto e inocente, ora passional em excesso. Em se tratando de O Homem que Ri, Victor Hugo olha para fora (a Inglaterra) e para o passado (a narrativa se passa entre 1690 e 1705). Sem parecer piegas ou tomar partido do seu país, no que seria a derivação de uma das mais antigas rivalidades pátrias da Europa, o escritor aponta o seu bisturi narrativo para a monarquia inglesa daquele tempo.

Tudo começa com uma denúncia: os comprachicos, rótulo dado a traficantes de crianças que, protegidos por autoridades monárquicas, se apossavam de indivíduos abandonados e os tornavam alegorias circenses. Dentre elas, Victor Hugo narra as desventuras de Gwynplaine, um garoto de nove anos a qual se vê abandonado pelos seus sequestradores numa das muitas ilhas do Canal da Mancha (entre a França e a Inglaterra e onde o autor exilou-se por dois anos) numa noite de neve. No percurso em busca de abrigo, Gwynplaine acaba encontrando uma bebê recém-nascida na neve, abraçada a sua mãe que já estava morta. Todo este arco narrativo, dramático como se pode imaginar, ocupa boa parte das primeiras cem páginas da obra (na linda edição da Martin Claret). Mas tudo muda quando Gwynplaine e a criança encontram Ursus, um andarilho que tinha uma carroça e seu lobo domesticado, Homo.

Um detalhe torna a jornada inicial de Gwynplaine ainda mais cruel: ele fora mutilado e carregava em seu semblante as marcas de toda a conivência das autoridades e insensibilidade dos homens diante do eterno riso que formava o seu rosto. Riso este feito artificialmente, com a lâmina e a mão de um comprachico. Diante de tanta crueldade, Victor Hugo clama por justiça e destila toda a sua capacidade reflexiva para dissecar esta tragédia, seja em termos individuais, nos traumas as quais Gwynplaine carrega consigo ou em termos estruturais, de denúncia e condenação quanto a passividade e hipocrisia de indivíduos mais bem letrados e poderosos financeiramente que achavam graça dessa deformidade.

Treinado para isso, só lhe sobra o caminho de ser o que na época se chamava saltimbanco. Ursus, então, abriga e adota Gwynplaine e Dea (a bebê abandonada) e todos passam a se apresentar com pequenas peças de teatro de forma itinerante até que quinze anos depois, eles resolvem ir a Londres, onde o epicentro da narrativa se desenrola. Com a apresentação de alguns tipos da aristocracia inglesa da época diante da classe econômica mais baixa onde estavam os saltimbancos, tem-se assim um cenário composto de contradições, servindo como terreno fértil para o autor trazer aos holofotes muitas injustiças e mazelas sociais não exclusivas daquela época e daquele país.

Na verdade, tudo na narrativa de Victor Hugo lhe dá munição para reflexão. Um menino mutilado abandonado na neve? Bandidagem alheia, com a complacência de autoridades; um menino com uma bebê no colo batendo nas portas de casas silenciosas? Egoísmo humano; um navio à deriva em um mar bravio? Dramática situação, capaz de conduzir à redenção; um ser mutilado refletindo sobre as desventuras do mundo diante de uma plateia letrada e debochada? Insensibilidade e desdém sobre-humanos; preocupação com o bem-estar da Coroa e ampliação de seus benefícios? Promiscuidade e insensibilidade que sustentam uma enorme hipocrisia; uma moça cega (Dea) apaixonada por alguém deformado fisicamente (Gwynplaine)? Uma das mais lindas faces do amor. O Homem que Ri é um emaranhado disso: ficção provocativa e reflexão contundente surgem continuamente.

Entretanto, este que é o mais característico traço de Victor Hugo aqui se acentua em demasia, no meu entender. Tudo o que ele escreve é válido, especialmente quando se disseca sobre desigualdade social, mas inegavelmente cansa. Em muitos momentos essas reflexões se afastam tanto da ficção que parece estarmos diante de um livro de sociologia ou história. Acredito que O Homem que Ri exagera nessa abordagem reflexiva e oculta a trajetória dos protagonistas ficcionais, a qual parece correr sem muitos atos divisórios e torna a ficção um tanto quanto estática. Esse fato, aliado a um desfecho que não me agradou (agradar não é mesmo que concordar) e que deixou alguns questionamentos sem resposta reforça esse entendimento, de redução da ficção diante das reflexões e filosofias paralelas. Os Miseráveis, por exemplo, é muito mais volumoso, profundo, rico e equilibrado e trouxe bem menos momentos cansativos. Isso tudo é muito particular, entretanto, até porque a história de Jean Valjean, Fantine, Cosette, Marius, Javert, etc., não possui comparativo com nenhuma outra obra da humanidade.

Mas estamos falando de Victor Hugo e até mesmo o material um pouco menos incrível que leva o seu nome ainda é maravilhoso. O Homem que Ri, que serviu de inspiração para o eterno Coringa, personagem das histórias do Batman, é um livro excepcional, que emociona e ensina, apesar do inchaço narrativo. Gwynplaine carrega consigo um fardo que poucos personagens literários conseguiram carregar: o de culpa por pertencer a espécie humana, que em alguns aspectos é a mais animalesca das espécies conhecidas. E Victor Hugo é e sempre será a pessoa mais indicada para falar sobre tamanhas falhas, lapidando-as com um olhar humanista e ferinamente atual.
comentários(0)comente



Otávio 01/09/2023

Vitor Hugo sabe mesmo emocionar e pintar belas cenas, seja de amor e virtude, seja de sofrimento e até mesmo retratando a força da natureza como ele fez muito bem neste livro e em trabalhadores do mar. O enredo depende de certas coincidências e os personagens em geral são bastante unidimensionais representando esteriotipos muitas vezes contrastantes:
- Os nobres ambiciosos e violentos, e os heróis pobres e humildes, porém felizes.
- A mulher pura, de sentimentos profundos e a mulher ganaciosa e superficial.
- O velho nômade estranho e meio louco que é mais sábio que doutores e nobres prestigiados na sociedade.
Mas que quando colocados juntos na história criam um quadro, que apesar de não muito realista, expressa de forma vívida valores, vícios e sentimentos daquela sociedade e dos seres humanos em geral.

É um bom livro, porém esse e-book específico da Amazon tem uma tradução muito ruim, cheia de anglicismos e expressões traduzidas de forma literal em alguns pontos. Não fosse a história ter me prendido, eu teria abandonado por conta disso. Dito isso, recomendo o livro porém em outra edição.
comentários(0)comente



Erica 24/08/2023

Livro estranho, comprido que não acabava nunca, e com tantas histórias diferentes que fica difícil acompanhar...

Quando você começa a entender pra onde vai, o autor toma um desvio, começa a falar de outra coisa e quando a gente percebe mudou de assunto completamente.

Lá nos 30% finais, as histórias começam a se interligar e fica até interessante, mas foi duro chegar até lá.


Mapa de personagens:

Ursus e Homo
Gwynplaine e Dea

Dr Gerhardus Geestemunde, Asuncion, Barbara Fermoy, Gaïzdorra, Giangirate, Jacques Quatourze, Luc-Pierre Capgaroupe, Galdeazun e Ave-Maria

Barão Linn?us Clancharlie
Lorde David Dirry-Moir
Lady Josiane
Rainha Ana
Barkilphedro

Phelem-ghe-madone, Coronel Moncreif e Kilter, Helmsgail, Pughe Beaumaris e Lorde Desertum

Sr Nicless

 
comentários(0)comente



vincentseyes 18/07/2023

A terrível honestidade da tragédia
Victor Hugo não decepciona nunca, mas essa obra em específico é daquelas capazes de fazer você fechar o livro por um tempo porque precisa processar a profundidade do que acabou de ler.

Fatal, preciso, cruel é necessário. A história de Gwenplayne é a de toda humanidade. O Homem que Ri não pode ser apenas considerado como uma denúncia da realidade (que apesar de tratar-se da sociedade do século XVII, permanece assustadoramente atual), mas como um relato desesperado do gênero humano que quer parar de sofrer

Leia, mas com cuidado. Leia com calma. Absorva as palavras e a história. Nessa mesma obra, Victor Hugo diz que ?pode-se falar pelos mudos, mas é triste dizê-lo aos surdos?, mas essas 512 páginas são capazes de curar toda deficiência encrustada há tanto tempo na sociedade.
comentários(0)comente



Bruna Peixoto 29/06/2023

"Para o saciado o faminto não existe."
Amei o livro, mas sou suspeita para falar sobre Victor Hugo. É um dos meus escritores favoritos. É um livro sobre opostos. Me fez pensar bastante, só achei o final estranho, deu a impressão que faltou uma parte, foi corrido.
comentários(0)comente



70 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR