A alma perdida

A alma perdida Olga Tokarczuk




Resenhas - A alma perdida


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Leila de Carvalho e Gonçalves 16/01/2021

Em Busca Do Dono
A Alma Perdida é um livro especial, pois reúne duas mulheres talentosas e de sucesso que coincidentemente nasceram na Polônia. A primeira é Olga Tokarczuk, vencedora do Nobel de Literatura em 2018; já a outra, trata-se de Joanna Concejo, uma premiada ilustradora de livros destinados ao publico infantil.

Entretanto, a despeito do que sugere à primeira vista, esta história não se destina às crianças. Seu alvo são as pessoas ?mais velhas?, com maior capacidade cognitiva para entender as inúmeras reflexões poéticas e filosóficas que ela carrega. Uma circunstância que me fez recordar de outro livro com a mesma característica: O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry.

Em poucas linhas, o livro apresenta a jornada de um homem solitário em busca de sua alma, após se dar conta que, em algum momento do corre-corre diário, eles haviam se distanciado e perdido o contato. Isto ocorre com muitas almas que não conseguem acompanhar seus donos e, ao ficarem para trás, causam uma grande confusão, isto é, ?elas acabam perdendo a cabeça e as pessoas deixam de ter coração?. Porém, elas sabem que ficaram sem seus donos, mas eles não percebem que perderam suas almas.

Nesta desordem, as pessoas esquecem até os próprios nomes, uma metáfora para a perda de identidade ? quando você deixa de ser um, para tornar-se apenas mais um ? um dos assuntos desenvolvidos numa história que também se debruça sobre o vazio existencial, precursor da depressão, a necessidade ?de dar tempo ao tempo? e a valorização da essência.

Por sinal, é interessante como a depressão é apresentada por intermédio das ilustrações. A princípio, as únicas cores usadas são branco, preto e diversos tons de cinza. Todavia, conforme João, é assim que se chama o protagonista, descobre a doença e começa a se tratar, outras cores começam a ganhar espaço, até tomarem conta das páginas finais.

A bem da verdade, A Alma Perdida é um pequeno conto em tamanho mas grande em conteúdo, que se redimensiona mediante belas ilustrações. Boa leitura! ?

Nota: O e-book está muito caro, se comparado ao livro que, por sinal, é muito bonito.
Karine 13/04/2021minha estante
Gostei mais ainda do livro depois que li sua resenha !!


Leila de Carvalho e Gonçalves 13/04/2021minha estante
Que bom! Fico contente com sua observação. Abraços!


Monique 13/04/2021minha estante
Voce é professora, fez algum curso de letras/resenha para compor tão bem uma resenha? Eu sou tão sucinta, simplesmente digo se gostei ou não, por mais que eu tente não consigo destrinchar o livro como você.


Leila de Carvalho e Gonçalves 13/04/2021minha estante
Não sou professora, nem cursei letras. Sou autodidata, sempre gostei de ler e comentar o que lia. Na verdade, sou da área de Exatas, formada em Estatística.


Monique 13/04/2021minha estante
Parabéns pela otima desenvoltura!


Leila de Carvalho e Gonçalves 13/04/2021minha estante
Grata, abraços!




Cleber 05/01/2024

Olga Tokarczuk
Uma brilhante fábula infantil para adultos. É assim que eu poderia definir este livro. Olga nos leva a refletir sobre a vida que levamos, sempre apressados e esquecendo da felicidade, de forma singela e com uma escrita que parece simples, mas que emociona o leitor.
O livro é muito bonito e vem com belas ilustrações. Li a edição digital e assim que tiver oportunidade, o preço é um pouco salgado, mas ainda quero ler a edição fisica.

"Se alguém pudesse nos olhar do alto, veria que o mundo está repleto de pessoas que andam apressadas, suadas e exaustas, e também veriam suas almas, atrasas e perdidas no caminho..."
skuser02844 09/01/2024minha estante
Também gostei ?




Mariana Dal Chico 06/03/2021

“A Alma perdida” de Olga Tokarczuk, ilustrado por Joanna Ragazzi, publicado no Brasil pela @todavialivros e traduzido por Gabriel Borowski, foi um belíssimo presente de aniversário que ganhei de amigos muito queridos @blogliteraturese e @literabola

A percepção do tempo é algo que me intriga e fascina, apesar de ser o mesmo e constante para todos, a sensação da passagem do tempo é algo peculiar, que em 2020 superou qualquer experiência que eu já tenha vivido nos meus 38 anos.

O medo, a incerteza, a insegurança, o distanciamento social, um turbilhão de sentimentos que interferem na percepção de que os dias passam em um piscar de olhos ou que anos se arrastam em apenas uma volta completa do ponteiro maior no relógio.

A cobrança para ser uma pessoa mais produtiva, mais ativa, mais prática, mais criativa, mais eficiente, mais organizada, mais focada, mais, mais, mais… Cresce e acaba fazendo parte da nossa rotina de uma forma que normalizamos esse comportamento e muitas vezes já me peguei me sentindo culpada por estar lendo um livro apenas por “prazer” em um domingo à tarde.

O livro é um convite para um mergulho em si mesmo, um olhar para dentro, para sair das linhas quadriculadas do caderno de matemática e das agendas com horários cronometrados e partir em busca da própria alma que talvez não tenha conseguido acompanhar seu ritmo frenético e ficado para trás em algum momento.

As ilustrações são belíssimas e casaram perfeitamente com o texto de Olga, que é curto, certeiro e indispensável. Um livro perfeito para te ajudar a parar e olhar o próprio velocímetro.

site: https://www.instagram.com/p/CKWjWjbDIFR/
Mari 06/03/2021minha estante
Quero muito ler esse livro. Ele parece render ótimas reflexões.




Evy 03/11/2023

MARAVILHOSO!
Tão poucas páginas com tamanho significado. Esse livro me impactou de uma forma que não consigo nem colocar em palavras. Era exatamente o que eu precisava ler e exatamente neste momento. A reflexão que fica dessa leitura, que não se prende apenas às palavras, mas as ilustrações riquíssimas com significados belíssimos (que me arrancou lágrimas dos olhos) é que corremos tanto nessa loucura da rotina e da busca de algo que nunca chega que acabamos deixando nossa alma em algum lugar...
Super recomendo a leitura!
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Marcia 26/01/2024

Literatura polonesa.
Esse livro é um conto curto com 48 páginas que gostei muito.
Trata-se de uma fábula, muito bem contada, com fotos lindas e tema muito importante : o tempo, a pressa, o corre-corre do dia a dia e a perda de momentos importantes.
Nessa história conheceremos um homem que trabalhava demais. Sua vida era o trabalho, viajando sem pausa, sem descanso. Estava sempre naquela correria diária, até que um dia, sua alma ficou perdida em um dos lugares por onde passou. O que fazer?? Sem sua alma ele não encontrava sentido na vida, ficou apático e foi procurar ajuda.
Gostei da história, achei muito importante para os dias de hoje que vivemos com tanta correria.
Valeu!
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Bruna 14/10/2022

Uma leitura rápida mas que gera bastante reflexão. A autora trouxe uma experiência diferente de entender a si mesmo, e seguir as coisas no seu tempo. As artes são muito lindas.
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Edu 22/08/2021

Um conto sobre alma
No estilo daquele livro "!a parte que me falta" o livro é um conto sobre a pressa e o esquecimento de quem somos.

É uma história para ser lida para nossso filhos antes de dormir, mas para todos nos atentarmos ao significado dela.

É simples, lúdica, eficaz e traz bonitas ilustrações. E apesar de muito curta, vale a pena exercitar a imaginação com essa história
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Charlene.Ximenes 17/01/2021


"Era uma vez um homem que trabalhava com muita pressa e sem descanso, e que já há muito tempo tinha deixado a própria alma em algum ponto distante. Sem a alma, a vida dele até que era boa — ele dormia, comia, trabalhava, dirigia um carro e até jogava tênis. Mas às vezes ele tinha a impressão de que tudo à sua volta tinha ficado plano e sem graça, como se ele se movimentasse numa folha em branco de um caderno de matemática — uma folha coberta por quadradinhos iguaizinhos e onipresentes".

A obra, de caráter filosófico, é uma fábula, daquelas indicadas para todas as idades. O homem, que se esquece de seu próprio nome, evidencia, metaforicamente, de forma clara, a perda de identidade e as relações impostas num mundo no qual somos tomados pelas ações rotineiras.

Após conversar com uma médica sábia que diz que há no mundo pessoas apressadas, suadas e exaustas, das quais suas almas não conseguem alcançar seus corpos, ele inicia uma jornada em busca de si.

"E isso cria uma grande confusão. As almas perdem a cabeça e as pessoas deixam de ter coração. As almas sabem que ficaram sem seus donos, mas as pessoas muitas vezes nem sequer percebem que perderam a própria alma".

O discurso das imagens, feitas pela ilustradora e ceramista Joanna Concejo, mostram o caminho desse homem a procura de sua essência.

Olga Tokarczuk é escritora polonesa, autora da obra "Sobre os Ossos dos Mortos" e recebeu o Prêmio Nobel de Literatura 2018.
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Gaby @gata.literaria 04/04/2021

Rapidinho
É um livro/quadrinho bem diferente. Uma história tocante que nos faz pensar na vida.
Fazemos tudo na correria hoje em dia e não nos preocupa mais com nossas almas.
É de
Uma delicadeza, as ilustrações são muito bem feitas e lindas.
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Bruna 22/03/2023

A Alma Perdida
Que livro lindo, lindo, lindo!
A história é curtinha, as ilustrações são maravilhosas!
Uma preciosidade muito bonita.
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Milena 02/09/2021

A alma perdida
No meio de tanto alvoroço, de tanta pressa, tanta exaustão, parar para ler esse pequeno conto, vai fazer com que você voltar a respirar e ponderar?será que perdemos nossas almas? Damos o devido valor ao tempo que temos?
Que baque!!!
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Geane.Gouvea 02/09/2021

Ilustrada por Joanna Concejo, vencedora da Menção Especial do Prêmio Bologna Ragazzi 2018, "A alma perdida", selecionada no White Ravens 2019, é a nova obra-prima da escritora polonesa Olga Tokarczuk, vencedora do Prêmio Nobel de Literatura.

Um livro que encanta, enternece e faz pensar.

Um homem, cujo sua a alma escapa, por não conseguir acompanhar a pressa do seu cotidiano. E quantos de nós, também estamos assim, envoltos na pressa?!

Uma leitura curta, mas reflexiva!
Vale a pena, se envolver! ?
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