As Leis

As Leis Platão
Platão




Resenhas - As Leis


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Amanda 23/05/2021

4 estrelas
Em seus últimos escritos, Platão revisita ideias de sua primeira obra, A República, alterando algumas formas de pensar, graças à maturidade adquirida mas mantendo, essencialmente, os ideias de constituição/fundamentos de sua sociedade ideal.

Difere da República, ao dar maior enfoque às Leis e sua responsabilidade na orientação/norteamento do comportamento da sociedade por ele idealizada, ou seja, enquanto àquele criou a sociedade ideal, este propõe um ordenamento jurídico ideal para o Estado projetado por ele.

Destaca a importância do papel do legislador, que deve ser "um verdadeiro educador dos cidadãos" e sua missão principal não deve ser castigar transgressões cometidas mas previnir suas ocorrências.

Mantém sua ideia de que há três formas de governo, ou seja, três tipologias possíveis de se governar uma sociedade: a democracia, a aristocracia e a monarquia (formas puras), que quando desvirtuaras, no momento em que os interesses dos governantes se desvinculam do coletivo (sendo o democrático, corrompido pelo desejo de liberdade, o aristocrata pelo desejo de riqueza e o monarca pelo uso da violência para manter-se no poder), deságuam, respectivamente em governos anárquicos, oligárquicos ou tirânicos.

Para ele, as leis ideais combinariam elementos da monarquia e democracia. O autor confere origem divina às leis e trata, ainda de uma série de outros temais afins à constituição de uma sociedade, como religião, educação, guerra e exército, justiça (que define como a relação harmônica das 3 virtudes fundamentais que devem regular a alma: a temperança, a coragem e a sabedoria), relações civis.
Del Papa 18/01/2024minha estante
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Filino 31/12/2018

Últimos escritos do mestre ateniense
"As leis" constituem a última obra de Platão. Num apanhado de doze livros, o extenso (e mesmo assim incompleto) escrito retoma reflexões tratadas em outros diálogos, notadamente a "República". Discorre sobre virtude(s), governo e diversos outros temas. Em boa parte da obra o personagem central (identificado apenas como "o ateniense") desce a minúcias quando trata do estabelecimento e da constituição de uma cidade. Em vários momentos esses relatos são tão detalhados que cansam o leitor. Mas vale persistir, porque ler o que Platão tem a dizer é sempre de grande valia, mesmo cerca de 1.400 anos depois.

Integra a edição o diálogo "Epinomis", cuja autoria é negada por especialistas como obra de Platão. A despeito disso, o teor platônico da obra vale a leitura. Trata da sabedoria e da importância conferida às quatro virtudes - coragem, justiça, temperança e sabedoria e, nesta última, a necessidade do estudo da ciência do número e, sobretudo, da astronomia.

Finalmente, um curto ensaio de um autor francês sobre a sofística a partir da figura de Protágoras. Curto e didático.

A obra é enriquecida com diversas notas que explicam palavras e expressões gregas, como também considerações acerca da filosofia platônica e outros esclarecimentos que vêm bem a calhar. Utilíssimo.
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