Resenhas - O senhor dos metais

Estefani.Paula 24/01/2021

Eu estava super animada pra ler esse livro, fazia bastante tempo que eu queria saber mais sobre essa questão da influência de Tolkien na música.
O autor realmente passou um pente fino na história do heavy metal (na minha opinião até exagerando um pouco ao incluir referências obscuras e mínimas, mas bom, é o propósito do livro).
Eu realmente estava interessada, mas lá pelas tantas parecia que eu tava lendo a mesma coisa de novo e de novo e eu só queria acabar o livro, não porque ele é ruim, não é, mas é uma baita quantidade de informação que vai se tornando uma massa de conteúdo até o final do livro, then again, era o propósito do livro né, então essa é uma opinião bem pessoal.

Vinicius.Dias 10/12/2020

Obra prima do Tolkien Metal
Falar sobre o brilhantismo de J.R.R. Tolkien é chover no molhado. Se você ainda não ligou o nome à obra, estamos falando do autor de O Senhor Dos Anéis, O Hobbit, O Silmarillion e uma quantidade gigantesca de contos e textos que dão vida a um universo completamente novo e fantástico que, até sua participação, era consumido apenas por crianças e adolescentes. Ele foi responsável por trazer profundidade e seriedade ao universo da fantasia e com isso atingir pessoas de todas as gerações.

Pelo esplendor de sua obra, não é de se surpreender que se tornasse influência para diversas áreas distintas como o cinema, a TV e, claro, a música, que é o assunto abordado nesse livro. Para ser ainda mais específico, falamos dos gêneros Rock?n?Roll e do Metal.

Fora algumas referências em outros estilos, inclusive na música clássica, sua influência começou de forma tímida com algumas bandas do famoso Flower Power. Como os Hobbits são seres pacíficos, amantes da natureza e de fumar uma boa erva do condado, foi questão de tempo até que sua obra fosse trazida para o mundo hippie. Mesmo que o autor fosse extremamente conservador e representasse muito do que o movimento era contra, sua obra encontrou terra fértil nos campos do ?paz e amor? e da psicodelia para florir. Inclusive, durante a fase lisérgica dos Beatles, eles queriam gravar um filme como protagonistas da história do Senhor dos Anéis, ideia que Tolkien foi prontamente contra por não gostar da banda. Outra banda influenciada nessa época foi o Pink Floyd com a música The Gnome, criada pelo vocalista e fundador Syd Barrett, leitor assíduo dos livros do professor.

Passado a Flower Power, o Hard Rock foi o próximo estilo a ser influenciado. Tem referência no Black Sabbath e, principalmente, no Led Zeppelin. Robert Plant e Jimmy Page eram aficionados na literatura Tolkieniana e estudavam bastante o universo criado pela autor, inclusive pescando influências que o próprio Tolkien sofreu durante a sua escrita. Isso é sensacional. O livro segue mostrando cronologicamente as aparições pelos estilos do Metal, trazendo um monte de curiosidade bacana sobre cada um dos gêneros e das bandas que foram influenciadas pelo professor e suas estórias.

Ele dá ênfase em duas bandas. A primeira com os austríacos do Summoning, que praticam um Atmospheric Black Metal e que dão vida a várias músicas e poesias que o próprio Tolkien escreveu em seus livros pinçando trechos de umas letras aqui e misturando com trechos de outras acolá. Essa banda foi considerada uma das mais influentes nesse ramo, abrindo os portões de Mordor para que outras tantas legiões do Black Metal trouxessem para suas músicas temas da Terra-Média e do universo Tolkieniano. A segunda banda com uma abordagem mais detalhada no livro não poderia ser outra senão os alemães do Blind Guardian e seu Power Metal repleto de melodia e agressividade. Desde a época em que se chamavam Lucifer?s Heritage que a banda escrevia músicas com temas do Legendarium (A forma como Tolkien nomeou a sua coleção literária), mas foi com o álbum Nightfall In Middle-Earth (1998) que a coisa ficou séria. O nível de aprofundamento dado nesse lançamento conceitual que aborda o Silmarillion é perfeito e por isso são tidos, hoje, como a principal banda de temas fantásticos.

Esse livro é muito detalhista e com muitas referências o tempo todo. Por isso e pela quantidade de informações passadas, às vezes a leitura acaba sendo pesada para digerir. Além disso, de nada adianta ler uma bíblia do Tolkien Metal se não for para embalá-la ao som das bandas aqui citadas. Ou seja, é um livro para ler com calma e apreciando cada centímetro da pesquisa minuciosa feita pelo autor. Outra coisa que vale citar é que se não tiver lido uma parte significativa da obra do Tolkien, provavelmente você ficará um pouco perdido. O autor traz trechos dos livros O Senhor dos Anéis, O Hobbit, O Silmarillion e dos Contos Inacabados para ilustrar as letras das músicas que os referenciam. Se você já leu, não tenha dúvidas que vai querer relê-los, mas se ainda não leu, aconselho fortemente a fazer isso antes de ler O Senhor Dos Metais. Tenho certeza que você aproveitará muito mais tudo que está inserido aqui.

Foi lançado pela Editora Estética Torta e vem acompanhado de um belo pôster e um marcador de livro temático. Eu gostei demais e super aconselho para todo headbanger fã das obras do Tolkien. Além de relembrar sobre esse universo, pude conhecer muitas bandas interessantes e descobrir outras tantas curiosidades que eu não sabia sobre o professor, as suas obras e das bandas que foram influenciadas por ele. Uma obra prima relacionada ao tema. Permita-se juntar a essa comitiva e adentrar nos territórios da Terra-Média acompanhado de muita música e informação de primeira sobre esse universo tão extenso e detalhado criado pelo brilhante professor de Oxford, J.R.R. Tolkien.

?Seu lar ficou para trás agora. O mundo está à sua frente.?, Gandalf.

ThayAvalon 06/02/2024

Destrinchando o metal
Nesse livro o autor destrincha o metal, usando todas as bandas de conhecidas a menos conhecidas de folk metal, de Death metal , de heavy que se inspiraram na obra do tolken O Hobbit e senhor dos anéis . É incrível ver que todas as bandas , se inspiraram tanto nas capas dps álbuns quanto nas letras direta ou indiretamente.

ezziemetal 14/07/2023

Livro denso com mais informações que uma única leitura pode suportar. Um bom trabalho de pesquisa. Só o que incomoda um pouco é a fonte utilizada nas transcrições dos textos tolkenianos.