@esselivrotemhistoria (ig) 30/07/2022
Contos de fadas com a cara do Brasil.
Estão neste livro o rio Negro, pássaros como Uirapuru, árvores e frutos tipicos da Amazônia. Claro no lugar do Lobo , o Boto.
A psicanálise fala de uma relação de flerte do lobo e Chapéuzinho, com jogos de perguntas sedutoras que cuminan no Lobo devorando a menina. O capuz vermelho tem essa conotações da transformação da menina em mulher. Nada mais apropriado em substituir o Lobo pelo Boto, não acham? Na região norte do Brasil, a lenda do Boto-cor -de-rosa é contada para justificar a gravidez de uma mulher solteira. (ou seja, o abuso e estrupo sem rosto e sem punição).
E, o quanto esse livro pode revelar, denunciar mesmo, eu tô dizendo...
E se você achou estranho essa história com um Boto, pare para pensar na conversa sa Chapéuzinho com um Lobo de toca. Confundir o logo com sua avó? Tão estranho quanto, não acham? Mas estamos acostumados com histórias de personagens europeus brancos ou animais de uma fauna que nem é a nossa.
O livro pergunta: e se Perrault, Andersen e Grimm tivesse nascido no Brasil? Ora... tivemos muitas histórias e tradições negadas neste país. Histórias tão ricas quanto e que em sua essência, trazem o subconsciente dos contos de fadas. Olhar para os povos que construiram (e estou falando de trabalho braçal) este país é excencial pra o resgate das histórias tradicionais de um povo.
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