spoiler visualizarcalie 27/09/2020
aquele com a história decepcionante e perturbadora de um libertino encantador (mas nem tanto)
há algo nos livros da autora que torna alguns personagens mais interessantes quando estão em posição de secundários a quando estão em posição de principais. Sebastian, por exemplo, facilmente roubou holofotes com sua participação engraçada e cativante no livro anterior (o príncipe russo que o diga), mas sendo o protagonista da vez... decepcionante. inicialmente o personagem pareceu uma agradável mistura de Simon (primeiro livro Bridgertons), um pouco menos torturado, e Colin (quarto livro Bridgertons), um pouco menos despreocupado. por essa combinação tive grandes expectativas, mas, sinto dizer, foram todas pisoteadas. estou até acostumada a livros que levam pelo menos 2/3 para ficarem interessantes e chegarem onde a história prende a atenção e surpreende de uma maneira agradável, ENTRETANTO, não aconteceu desta vez. o que estava sendo um livro sem brilho tomou uma reviravolta para pior e se tornou PERTURBADOR e PROBLEMÁTICO (incluindo tentativa de est*pro, pelo amor de deus!). segue a lista de 11 COISAS QUE EU NÃO AMEI NESTE LIVRO:
UM: o primeiro encontro onde Annabel literalmente tropeçou e caiu em cima de Sebastian, que estava deitado no jardim tendo acabado de se relacionar com uma mulher casada. por alguma razão, DOIS: Sebastian se divertiu em deixar a senhorita boquiaberta ao admitir que ele estava tendo um caso com uma mulher casada. independente disso, TRÊS: Annabel ainda o achou super encantador (não vi nada de romântico na situação, imaginei ela dizendo aos filhos como conheceu o pai deles: ah, ele tinha acabado de ter um caso no bosque com uma mulher casada). QUATRO: Annabel foi descrita como sendo a mais provável de sua família a dizer o que pensa, porém, a personagem passou a maior parte da história sendo facilmente manipulada, além de ser sem graça e ter se misturado no fundo, o que é surpreendente considerando que ela era a protagonista (quando Lady Olivia apareceu, Annabel simplesmente desapareceu ao lado dela). CINCO: me irritou Sebastian ter sido construído para ser um libertino escandaloso, mas, ironicamente, foi só conhecer Annabel para esquecer seus casos anteriores, o que me leva a SEIS: nem mesmo a própria, que tropeçou em primeira mão nas evidências de Sebastian, mencionou alguma outra vez o fato de ele ser um mulherengo. SETE: a cena na sala de estar de Lady Olivia quando, não sei se os hormônios explodiram de repente mas, Sebastian começou a tirar a roupa de Annabel. os dois estavam rindo e conversando e então ele transformou o momento abruptamente em algo íntimo que terminou quase tão rápido quanto começou. a partir desse momento, OITO: foi só ladeira abaixo e tudo parecia fora de lugar e forçado. se o livro tinha me deixado desanimada, foi ali que realmente acentuou a falta de interesse em saber o resto. NOVE: a tensão sexual entre o casal não era fluida, tendia a vir do nada, sempre que parecia se adequar à cena em vez de complementar o a construção do relacionamento, de modo que me senti estranhamente desconfortável. DEZ: num piscar eles estavam apaixonados e eu nem vi isso acontecer, talvez por não terem passado tempo suficiente juntos para que o amor pudesse ser crível. e, o prêmio de PIOR MOMENTO DO LIVRO vai para, ONZE: a cena em que o velho Lorde invade o quarto de Annabel para abusá-la. céus! o estômago embrulhou a cada palavra durante aquele capítulo e foi definitivamente o que fez o livro se tornar intragável e ir direto para a lista dos que nunca serão relidos.