Gabriel 20/03/2021
Mais uma história incrível pra conta
(Resenha publicada no IG literário: @estantedodida)
Se você ainda não deu uma chance para Rainbow Rowell, pare tudo que você está fazendo e vá já ler! Ok, talvez eu esteja muito empolgado com a autora, eu sei, mas poucos livros de fantasia conseguiram me cativar tanto quanto Sempre Em Frente, primeiro livro da série. Eu fiquei tão vidrado que precisei comprar o segundo e O Filho Rebelde é o exemplo perfeito de uma continuação que consegue ser tão boa quanto seu antecessor.
Após os eventos de Sempre Em Frente, Simon vence seu inimigo, no entanto, como consequência, perde todos seus poderes e se torna uma pessoa normal (com exceção das asas de dragão e um rabo). Impedido de finalizar seu último ano em Watford, o jovem se encontra em um profundo estado de depressão e por mais que seu namorado Baz e sua melhor amiga Penelope tentem, nada é capaz de animá-lo. Penelope então convence o grupo a embarcarem em uma verdadeira aventura: uma road trip por todos os EUA para visitarem Agatha, que se mudou para o país após o término dos estudos e vive como se não soubesse o que é magia. Quando pisam em solo americano, o trio descobre que a relação das pessoas com magia é totalmente diferente do que estão acostumados Como o grupo atrai confusão por onde passa, eles logo se encontram envolvidos em uma guerra com um grupo de vampiros sanguinários e a partir daí só quem leu sabe a loucura que é.
O Filho Rebelde é aquele tipo de livro que te prende e você não consegue largar enquanto não chega ao final e quando chega, você quer sentar e chorar por não ter mais páginas pra ler. Eu comentei na resenha do primeiro volume o quão boa é a escrita de Rainbow e aqui ela repete a mesma mágica que cativa e prende o leitor. É uma leitura bem mais curta que Sempre em Frente, o que torna o ritmo ainda mais fluído e acho que a autora deu muito espaço para se aprofundar nos traços de cada um dos personagens.
Simon busca nessa viagem uma forma de se encontrar novamente, já que se sente vazio desde que perdeu seus poderes. Seus amigos tentam a todo custo reacender essa paixão pela vida e é uma DE-LÍ-CIA acompanhar as aventuras desses três, sempre com muitos deboches, ironias e situações muito, muito inusitadas.
Particularmente, Agatha continua sendo uma icógnita na minha lista de personagens. Eu definitivamente não gostei dela no primeiro livro e nesse segundo, Rainbow conseguiu subir um degrau e deixá-la irrelevante pra mim. Eu sei, é maldade, mas ainda não me importo o suficiente com ela (provavelmente mágoas do passado). Já Baz segue sendo um personagem incrível, denso e bem constrúido. Me sinto muito conectado com ele e com sua forma de pensar e é particularmente interessante a maneira como ele procura se acertar com Simon e ao mesmo tempo dar o espaço que o jovem necessita.
Como citei, é um livro que você facilmente irá devorar; uma vez finalizado, você vai querer praticamente entrar todo dia nos perfis das redes sociais da Seguinte pra saber se já há uma data para o lançamento do terceiro livro (não que eu faça isso, é claro), porque o final de O Filho Rebelde é... bem, quem leu sabe. Mais 5 estrelinhas pra conta da autora e reintero novamente o que eu disse acima: Se você ainda não leu, faça um esforcinho e vá conhecer essa história incrível com personagens incríveis num universo incrível e situações incríveis.