Salada Russa

Salada Russa Leon Tolstói...




Resenhas - Salada Russa


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jota 08/11/2021

MUITO BOM: histórias curtas e diversificadas que podem despertar o apetite do leitor jovem pelos clássicos russos
Lido entre 04 e 07/11/2021

Doze contos de poucas páginas selecionados e traduzidos diretamente do russo por Tatiana Belinky. Antes dos textos uma pequena nota biográfica sobre cada autor. Dentre as histórias escolhidas estão algumas que foram escritas pelos mais expressivos autores do século XIX. Com exceção de Depois do Baile, de Tolstoi e A Obra de Arte, de Tchekhov, os dez restantes constituíram novidade para mim, daí que valeu a pena ler esse pequeno volume. Vamos a eles:

Nevasca, de Aleksandr Puchkin (1799-1937): uma história de amor em que a influência dos elementos naturais produz um final que surpreende não apenas os personagens. MUITO BOM

O Fatalista, de Mikhail Liermontov (1814-1841): amigos discutem se alguém pode prever quando outra pessoa irá morrer. Um diz que sim. Da discussão à fatalidade, apenas pouco tempo se passa... BOM

A Codorniz, de Ivan Turgueniev (1818-1883): uma história de caça com final que hoje seria considerado ecológico, politicamente correto. Tudo a ver com seu primoroso livro de contos Cadernos de Um Caçador (edição portuguesa, que foi a que li). ÓTIMO

Depois do Baile, de Leon Tolstoi: conto extremamente repetido em coletâneas, terceira vez que leio. Após um baile que lhe parecera inesquecível, com promessas no futuro, rapaz conhece melhor o pai da moça por quem se apaixonara ao dançar com ela, um militar... BOM

O Sinal, de Vsievolod Garchin (1855-1888): dois homens de temperamentos muito diferentes acabam aproximados, mas não muito, pelo trabalho comum de vigias em alguns trechos de uma estrada de ferro, sinal de perigo. MUITO BOM

A Obra de Arte: confusão em torno de uma pequena escultura “erótica”, que ninguém quer; Pamonha: como é fácil ser forte neste mundo: diálogos entre o patrão e a governanta de sua casa; O Diplomata: é preciso diplomacia para contar ao marido que sua esposa faleceu, mesmo que eles estivessem separados; Um Problema: família tenta colocar na linha sobrinho trapaceiro e gastador. São quatro histórias leves, levemente engraçadas, todas muito boas, escritas por Anton Tchekhov (1860-1904), o maior contista russo e um dos melhores do mundo. MUITO BOM

Tão Simples: a acolhida dos filhos de operários de Parma (Itália) por trabalhadores genoveses, evitando que passassem fome; Bolês: um estudante, que escreve cartas a pedido de uma mulher analfabeta, faz uma descoberta desconcertante sobre suas cartas. Dois contos de Maksim Gorki (1868-1936), bem diferentes entre si. BOM

A Voz e o Olho, de Aleksandr Grin (1880-1932): a expectativa de um rapaz que fez cirurgia nos olhos e está prestes a retirar as vendas, por conhecer a enfermeira que o atendia tão carinhosamente antes. BOM

Como outros leitores já afirmaram, esses contos podem servir de estímulo para quem deseja se iniciar na leitura dos clássicos russos, indispensáveis para quem procura se cercar de alguns dos melhores livros e autores do século XIX e de sempre. E quem já leu alguns desses clássicos pode encontrar aqui boas histórias curtas, na maioria leves, um bom e rápido passatempo para algumas horas.
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Nina 05/11/2021

Como é bom ler os russos!
Que fascínio é esse que um país tão distante, com uma cultura tão diferente exerce em nós através das artes, sobretudo da literatura? Esse livrinho de contos foi um prazer e os mais marcantes para mim foram:

A Codorniz (I.S. Turguêniev): singelo, pode até soar piegas, mas emocionante e profundamente inspirador;

Depois do baile (L. Tolstói): como escrevia bem esse homem! Tenho a impressão que ele poderia descrever um motor de combustão a diesel e seria interessante! Neste conto ele nos mostra que o caráter e os valores são os maiores afrodisíacos; 

O Sinal (V. Gárchin): ideias revolucionárias, 'pero no mucho' ... 

A obra de arte (A. Tchêchov): simples, provocador e engraçadíssimo. Primeiro contato com Tchêchov comediante.

Tão simples (M. Górki): memorial de outro tempo, onde o sentimento de comunhão era tão grande quanto a fé  na revolução.
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Lima Neto 18/11/2009

fantástico
impressionante como a literatura russa, mesmo quando a julgamos tão conhecida, consegue ainda nos surpreender. e o livro "salada russa", além de nos apresentar textos fantásticos, alguns até bastante raros e pouco conhecidos, ainda nos guarda dois contos de autores pouco conhecidos e falados, Gárchin e Grin.
o livro trata-se de uma breve coletânea de contos, de alguns dos principais escritores russos, do que há de mais significativo na literatura daquele país no século XIX.
o primeiro conto do livro é do pioneiro da literatura daquele país: Puchkin. o conto possui o que é uma característica de muitos escritores russos: a tragédia. a diferença, na história que abre o livro "Salada Russa", é o tom que pode ser interpretado, também, como "cômico".
o segundo conto, de Liérmontov, escritor este tão pouco conhecido no Brasil, é de uma intensidade impressionante, e a história só tem seu verdadeiro desfecho na última linha, prendendo o leitor da primeira à última palavra.
o seguinte é de Turguêniev, escritor conhecido em nossas terras pela obra "Pais e Filhos". seu conto é de uma simplicidade e delicadeza ímpar que, apesar de possuir uma forte carga emocional, de possuir características de um drama, possui uma sensibilidade rara, de uma ternura impressionante.
o outro, de Tolstoi, trata-se do conto "depois do baile", que é relativamente comum em coletâneas de conto do autor. possui tudo que tornou-se a marca do consagrado escritor de "Guerra e Paz" de "Anna Kariênina": conflitos, dramas e finais com fortes tons "não muito felizes".
em seguida aparece o conto de Gárchin, escritor russo tão pouco conhecido no Brasil. pela história, muito forte e marcante, nós, leitores brasileiros, lamentamos enormemente por possuirmos tão pouca coisa desse escritor publicada por aqui.
Tchékhov, o que é considerado o principal contista russo de todos os tempos e um dos mais importantes de toda a literatura mundial, teve seu espaço reservado nesse livro, sendo o único a ter três histórias curtas na obra.
Gorki, escritor que tem como principal marca as história com forte cunho político, apresenta-nos dois textos de uma simplicidade tão pouco conhecida em sua obra. seus contos (são dois os que foram colocados no livro "Salada Russa") são curtos, ternos e delicados.
e para fechar o livro, temos um conto do escritor Grin, este tão conhecido quanto Gárchin. seu conto é de uma força impressionante, com personagens muito bem construidos e com situações muito marcantes.

o livro "salada russa" teve os textos, todos, traduzidos direto do russo por Tatiana Belinky.
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Teles 19/11/2009minha estante
nossa, fiquei com água na boca.




Jady 20/06/2021

Ótimo introdutório
Esse livro é um ótimo introdutório à literatura russa. Nem todos os contos são ótimos (na minha opinião), mas dão base para você entender a escrita de ótimos escritores.
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Henrique Fendrich 28/02/2011

Salada apetitosa
"Salada Russa" é um bom livro para se iniciar na aclamadíssima literatura do país. Neles estão representados alguns dos seus melhores escritores, que participam com contos e histórias curtas. Nomes como Tolstói, Púchkin, Liérmontov, Turguêniev, Gorki (2 vezes) e Tchékhov (merecidas 4 vezes) oferecem em poucas páginas um ambiente de densidade e percepção psicológica, por vezes beirando o existencialismo, mas manifestos em uma linguagem particularmente agradável e compreensível.
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Bia Araújo 12/01/2011

Deliciosa salada
A primeira vez que li este livro tinha uns quinze anos, foi meu professor de educação física quem me emprestou, grande professor Anselmo, na época eu gostei das histórias, mas não fazia idéia de que estava em contato com o melhor da literatura russa. Bolês é o meu campeão pra sempre, Nevasca também é ótimo, todos os contos são muito bons, mas esses dois são os melhores, o Bolês porque é uma lição pra vida toda e Nevasca porque é uma história tão improvavelmente romântica de maluca, a nevasca da Rússia parece um pouco com o vento da tramontana da Espanha, narrado pelo Gabo, com a diferença que a tramontana só bagunça, já a nevasca apesar de deixar tudo revirado, também põe tudo nos seus devidos lugares.
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jmrainho 27/11/2015

Salada Russa
A tradutora Tatiana Belinsky, dispensa comentários. Com mais de 250 livros, essa autora infantojuvenil faz um belo trabalho nessa coletânia de grandes contistas russos clássicos. Século XIX na Rússia imperial trouxe grandes autores. Uma geração de ouro, que sabia escrever e enxergava o social.
Coletânea traz textos de: Púchkin (1799-1837) o maior dos poetas russos, fundador da moderna literatura do país, morreu em duelo aos; Liérmontov (1814-1841), outro dos maiores poetas russos, também morto em duelo aos 28 anos; Turguêniev (1818-1883); Tolstói (1828-1910); Gárchin (1855-1888), mestre do conto curto, faleceu numa clinica psiquiátrica; Tchêkhov (1860-1904), um dos maiores contistas de todos os tempos no mundo; O politizado Gorki (1868-1936), pseudônimo que significa "amargo"; e Grin (1880-1932).
Recomendo os contos: Nevasca (Púchkin); A Codorniz (Turgêniev); Depois do Baile (Tolstí); O Sinal (Gárchin); A Obra de arte (Tchêkhov); Bolês (Gorki).
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TRECHOS:

"Já não somos capazes de grandes sacrifícios pelo bem da humanidade, nem mesmo pela nossa própria felicidade, porque sabemos que é impossível, E passamos indiferentes de uma dúvida para outra como os nossos antepassados se atiravam de um equívoco para outro, sem termos ao menos, como eles, sequer esperança, nem mesmo aquele deleite vago, embora forte, que a alma encontra em toda e qualquer luta contra os homens e o destino". (O Fatalista, Liérmontov).

"Êee, você! Muito viveu, pouco ganhou; muto olhou, pouco enxergou" ( Gárchin, O Sinal)

"Só vencem queles que crêem!" (Tão Simples/Gorki).

"Quanto mais o ser humano provou do amargo, tanto mais ardente é a sua ânsia pelo doce. E nós não compreendemos isso, envoltos nas nossas cediças virtudes mirando-nos uns aos outros através da névoa da nossa vaidade e da presunção da nossa decantada impecabilidade. O resultado e bastante tolo... e muito cruel. Falamos de gente decaída... E o que é um ser humano decaído? Antes de tudo é um ser humano, os mesmos ossos, a mesma carte, o mesmo sangue e nervos iguais aos nossos. Falam-nos disso há séculos, dia após dia. E nós ouvimos e... o diabo que entenda tudo isso é absurdo! No fundo, nós mesmos também somos decaídos, e quiçá até mui profundamente caídos... no abismo de toda sorte de presunção e convicção quanto à excelência superioridade dos nossos nervos e cérebros sobre os cérebros e os nervos daquelas pessoas que são tão somente menos astutas que nós, não conseguem fingir-se de bons como nós conseguimos fingir... (Bolês/Gorki)
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Rafa 14/01/2019

Salada Russa
Salada Russa é uma obra que reúne os maiores escritores da Rússia, obviamente. São inúmeros contos dos quais somos apresentados pela cultura e estilo diversificado de cada autor. Sendo uma obra de contos, é difícil citar apenas um em especial.

Os quatro autores representam uma qualidade indiscutível do universo literário russo. Alguns contos são curtos, outros mais extensos, já outros são mais comoventes e dramáticos. É uma verdadeira salada!

Uma viagem através das páginas, o leitor vai conhecer um pouco mais da Rússia e toda sua cultura da época, deixando toda obra ainda mais rica e vívida.

Essa edição possui uma pequena biografia de cada autor, antes de começar o conto, vale ressaltar que a obra possui uma diagramação simples, porém muito boa. Espaçamentos adequados e uma fonte mediana.

Vale a pena? Sim, é um livro curtinho que pode ser lido em algumas horas, principalmente em um final de semana, além de conhecer os maiores escritores russos.


site: http://www.livreando.com.br/2019/01/resenha-salada-russa.html
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