Polly 22/05/2023
O Enredo Vale a Pena, a Escrita Pode Melhorar
A Sophie é imprudente, a avó de certa forma a mima, e Allan querendo ou não cede as vontades da jovem quando não se aplica risco de vida ao que ela quer. Muitos que leram, vão comentar, ela estava num lugar obrigada, quem em sã consciência quereria ficar e não tentar fugir? A pergunta seria, quem em sã consciência sabendo que animais míticos e poderosos, e até mesmo um bando de humanos, os quais a queriam morta não seriam motivos suficientes para ficar próximo ao ser mais poderoso que poderia protegê-la?
Mas Allan é frio, mal fala, não demonstra nada, mentira que ele demonstra, só cegos não veem, esse seria o Von e ele foi um dos primeiros. O mais interessante é que avó mentiu a vida inteira para a neta, mas quando foi o Allan, foi crime imperdoável, e obvio que ele comete erros, só que, um ser possui seculos de existência e nunca mostrou indícios de querer o mal de alguém que não merecesse devia ser mais digno de confiança. Só que a jovem mulher, tem 18 anos, então madurez para algumas decisões sãos sonhos que nos leitores temos, pois na realidade a personagem raramente vai ter nessa idade. São atitudes de adolescente inconsequente, que resolveu naquele momento se tornar rebelde.
O romance funciona? Sim, é difícil não torcer pelo Allan, mas alguns diálogos são sofríveis, me peguei refazendo alguns enquanto lia, o contexto permanecia, no entanto algumas palavras eram trocadas durante a leitura. O enrendo foi bem interessante, ansiei por ler o mais rápido possível e não me arrependi. A junção do miticismo com o moderno funcionou bem, assim como outros autores já haviam feito, e a questão de Caçadores versus Feéricos, é política territorial bem trabalhada com base em subjugação de poder e vingança.
Sem falar das burradas que estavam na cara da Sophie que eram erros, além de sua decisão no último capítulo que mostra que não amadureceu NADA, recomendo muito o livro. Repetirei que é meio sofrível, mas já quero o segundo… Necessito ver uma tragédia grande, para que a heroína entenda que arrependimentos são coisas que se leva para a vida, a consequência de seu ato, seja feérico, humano ou mestiço.