Poly 21/07/2021Atual!!Rafael é um jornalista e tem contrato com uma editora, prazo para entregar um livro chegando ao fim. Pai de duas filhas, mora sozinho e vive com as consequências de uma traição. Sua mulher, Luciana, seguiu a vida e já está namorando outro cara.
A filha adolescente, Marcela, não quer saber dele. Ela viu o que ele fez com a mãe e ainda não consegue tolerar o pai. A filha mais nova, Alice, de 7 anos não entende porque os pais não moram mais juntos. Sua melhor amiga da escola, Angie, diz família é quando o pai e a mãe moram juntos. Mas Alice tem um pai e uma mãe que a amam muito e acha que são família sim.
Angie é filha de Roberto, um médico renomado. Ele é casado com Laura, uma competente advogada e tem outro filho, Mateus, que inclusive é amigo de Marcela. Roberto acredita que tem a família perfeita aos olhos da sociedade. Tudo dentro dos conformes, família de acordo com a Constituição Federal e a Bíblia. Eles fazem as refeições juntos e agradecem à Deus pela comida na mesa. Ele acredita em meritocracia e acha que todo cidadão deve ter o direito de defender sua propriedade privada com uma arma de fogo.
Mas um tiro muda a vida dessas duas famílias para sempre.
A gentileza é a mais poderosa arma já inventada.
Capítulo 5
Que livro, amigos!
Descrevendo-o em uma palavra seria: atual! O Cidadão de Bem é um perfeito retrato da nossa sociedade com todas as discussões que vemos diariamente. Conseguimos nos identificar muito com os personagens e também conseguimos identificar alguém que a gente conhece neles.
Totalmente diferente de tudo o que Maurício já escreveu, mesmo assim, com a mesma qualidade de escrita. Capítulos curtos que te fazem devorar o livro para saber logo quem levou o tiro e quem atirou.
Eu tentei ler devagar e saborear melhor a história, pois era uma Leitura Coletiva para meu grupo de Leitura Virtual, mas não consegui e em menos de uma semana terminei. Não me arrependo de nada.
Do interior daquela redoma coberta com tinta a ódio diluída em hipocrisia, o pai nunca enxergaria que a força da humanidade estava justamente nas diferenças entre as pessoas.
Capítulo 24
Eu tive a sensação de que o livro foi um desabafo do autor, jogando na nossa cara toda a hipocrisia que vivemos. Porque a protagonista da história é ela, a hipocrisia. Nenhum personagem é totalmente bom ou mau, claro que tem alguns (Roberto) que a gente quer socar a cara, mas até os mais pacíficos mudam de tom quando a tragédia bate na porta.
Há muitas camadas na história e mesmo depois de terminar a leitura eu fiquei pensando nelas
, são personagens complexos e reais. Tudo o que acontece é muito próximo, ou você se vê na história ou você vê alguém que você conhece nela, aí não tem como não se apegar.
Hoje eu percebi que aconselhar alguém a ser forte é um milhão de vezes mais fácil do que ser forte.
Capítulo 77
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